Desculpem, mas talvez alguém tenha interesse em ler o “curriculo” deste “piratinha”…
É engraçado que ninguém “o quer ligado” a PJ…e tantos o querem ver ligado ao nossos Sporting…
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Paulo Pereira Cristóvão. A incrível história de um homem em queda
Nem os inimigos se atrevem a classificá-lo como mau polícia. Como ex-agente competente caiu em desgraça e é agora suspeito de ser mentor de uma associação criminosa
Se há uns anos dissessem a Maria Alice Fernandes que Paulo Pereira Cristóvão acabaria como suspeito de ser mentor de uma associação criminosa, em vésperas de ser julgado por outros sete crimes, a sua antiga chefe na Direcção Central de Combate ao Banditismo diria ser impossível. “Era disponível, trabalhador, nunca virava a cara a nada, e era um bom investigador.”
Foi a investigação do Caso Joana, a criança que desapareceu da aldeia de Figueira, em Portimão, que o trouxe para a ribalta. E essa foi também uma das causas da sua queda. Pereira Cristóvão, conhecido igualmente pelas iniciais PPC, foi um dos investigadores chamados a ajudar a equipa de Faro a desvendar o desaparecimento, em 2004. Cristóvão acabou acusado de ter agredido Leonor Cipriano, mãe da criança, em troca de uma confissão de homicídio.
Quem com ele trabalhou põe as mãos no fogo: não terá sido responsável pelas agressões. Ao julgamento somou-se um processo disciplinar. Não foi o único. Terá acumulado três ou quatro, um deles por alegado assédio a uma mulher que apresentou uma queixa ao piquete da PJ; outro por alegado desvio de 800 euros apreendidos. Quando se sentiu encurralado, contam, pediu a demissão. Teria esperança de que, com a sua saída, os processos fossem arquivados. Não foram. Acabou por recorrer de todas as condenações.
Mas o Caso Joana esteve longe de ser a única grande investigação que teve nas mãos desde que entrou para os quadros da PJ em 1990. Na longa passagem pela Direcção Central de Combate ao Banditismo, e mais tarde num trajecto mais curto na investigação do crime económico, investigou tráfico de seres humanos, terrorismo, corrupção e crimes como os de que agora é suspeito: rapto e associação criminosa. “Era um polícia obediente, de pose militar, que às 7 da manhã estava pronto para trabalhar. Não é de admirar que depois lhe fossem parar às mãos algumas das investigações mais importantes”, recorda ao i um antigo colega.
Hoje, mesmo entre os inimigos que fez na casa, é difícil encontrar quem não reconheça que era um bom polícia. Se algo fazia adivinhar que o promissor agente da PJ poderia vir a ser acusado de ligações a um esquema de assaltos à mão armada?
Só se fosse a sua “esperteza”, a sua “ambição” e o seu “olho para o negócio” a deixarem pistas. Antigos agentes da PJ contam que um dia Paulo Pereira Cristóvão apareceu a vender frigoríficos aos colegas. Que os guardava numa garagem e teriam vindo do Estoril. Maria Alice Fernandes desmistifica: Cristóvão andou, de facto, a vender minifrigoríficos. E também candeeiros. Mas a fonte dos electrodomésticos e peças de decoração seria outra, segundo a antiga investigadora da PJ.
“A mãe dele trabalhava naquele hotel do Campo Pequeno, o ALIF. Em 2004 o hotel ia remodelar-se e vendeu aquilo. Eu ainda lhe comprei um candeeiro. E quis comprar um frigorífico, mas já não havia.” Noutra fase, há quem também se recorde de o ver a vender canetas com câmaras integradas.
Um ano depois de sair da PJ, Pereira Cristóvão tem uma estreia grandiosa no mundo dos livros. “A Estrela de Joana”, que falava dos bastidores da investigação e, pelo meio, “reduzia a cinzas” alguns colegas da polícia, vendeu milhares de exemplares, chegando a bestseller. Seguiram-se outros quatro livros: um deles, “Uns Feios, Outros Porcos, Todos Maus”, lançado em 2008, conta a vida dupla de um inspector da polícia com uma veia criminosa. Hoje há quem pense que Cristóvão se terá inspirado em si próprio para dar corpo ao protagonista, Maurício Fagundes.
A par da exploração do mercado editorial, abre uma empresa de business inteligence. “Ele queria implementar um sistema de investigação à americana, mas cá isso é ilegal”, lembra um colega. Funda a Associação Portuguesa de Crianças Desaparecidas, desdobra-se em entrevistas, convida António Pragal Colaço para o acompanhar nessa missão. Hoje o advogado que chegou a ser seu defensor não quer nem ouvir falar do antigo amigo por quem se sentiu atraiçoado. A história da amizade de ambos envolve até mulheres: uma antiga sócia de Pragal ter-se-á casado com Cristóvão. Mas não terá sido por aí que se incompatibilizaram: Pragal Colaço, aliás, terá até estado presente no casamento. A história de amizade e parceria que acabou com dois homens desavindos conta-se em muitos episódios. Fontes relatam que, num deles, Cristóvão terá chegado ao ponto de tirar três quadros do escritório do advogado.
Quando os devolveu, Pragal Colaço terá acabado por lhe oferecer um como presente de aniversário retardado. Na altura, um ainda conseguia ouvir falar do nome do outro.
As suspeitas de que o ex-inspector poderia estar a entrar por caminhos perigosos intensificaram-se quando, em 2009, se candidatou a presidente do Sporting, e sobretudo dois anos mais tarde, quando aceitou integrar a lista de Godinho Lopes e ficar como vice-presidente com o pelouro da segurança e dos grupos organizados de adeptos.
Antigos colegas que ainda se lembravam do alegado envolvimento de Godinho Lopes no caso dos navios da Expo ligaram-lhe: “Sabes com quem é que te estás a meter? Tu tem cuidado!” Mais uma vez, não correu bem. Quando Cristóvão se demitiu do cargo, em Junho de 2012, já tinha de novo a cabeça debaixo da guilhotina. Era então suspeito de ter montado uma armadilha a um árbitro, José Cardinal, para o vir a incriminar por corrupção. Foi a última vez que Maria Alice Fernandes ligou ao seu antigo funcionário: “Mas você agora adopta os métodos do crime organizado?”
O mais surpreendente, para quem o conheceu e aprendeu a admirar a sua inteligência e a sua capacidade de sedução, é como terá sido o próprio a “entalar-se”. As suspeitas começaram logo quando se dirigiu a um antigo amigo na PJ e este constatou que o que tinha em mãos não eram cópias, mas os documentos originais.
A um mês de começar a ser julgado nas Varas Criminais de Lisboa, por um tribunal de júri, por crimes como burla qualificada e denúncia caluniosa agravada, Cristóvão voltava a aparecer nas notícias como protagonista de uma história de bandidos. Terça-feira de manhã Cristóvão era detido por suspeita de escolher e controlar vítimas de assaltos. Os telefones de actuais e antigos inspectores da PJ não pararam: “Já viste o que aconteceu?”
Agora, quando é preciso traçar o retrato da ascensão e da queda do homem que prometia ser um investigador brilhante, há quem diga que Cristóvão dava um case study: “Tem pontos em comum com um Vale e Azevedo, mas é muito mais assertivo, mais cativante.
É uma figura ímpar: tanto para o mal como para o bem.” Há quem diga que se perdeu. Que se deixou “embebedar” pelo dinheiro fácil e pelas actuais necessidades financeiras – que já não são as mesmas de outrora. “Na polícia, em sectores perigosos, as pessoas têm de ser muito seguras em termos morais, ter os pés no chão. Quando saiu da polícia perdeu a instância de controlo.”
Na sua página no Facebook, PPC mostrava ser um homem que distribuía sopa aos pobres. Os agentes da PJ e os procuradores que o investigaram criaram uma teoria: era uma estratégia para comover os jurados em julgamento. Sucessivas fotos de capa – todas elas públicas por definição – também não escondiam que pertencia a uma loja maçónica. Quem o conheceu interpretou-o como um aviso. “O próprio livro do Sporting era uma ameaça”, conta um antigo colega. Ninguém acredita que Cristóvão acaba aqui. “Mesmo preso não acaba. Sabe muita coisa e saberá usar esses trunfos como moeda de troca.”
********
Com esta leitura aprendi mais uma coisa com “algum peso”…
É também “maçon”…
Sendo assim…tem a escola toda para o crime de colarinho branco…!
“Sporting queixa-se de isenções da Câmara ao Benfica e reclama €40,6 milhões de “apoios em falta”
Com a questão da isenção das taxas urbanísticas ao Benfica ainda por esclarecer, Bruno de Carvalho considera que há uma “desigualdade de tratamento” ao Sporting. Em carta enviada a 26 de fevereiro, faz as contas ao que terão sido os apoios dados aos dois clubes e exige à autarquia a diferença: 40,6 milhões de euros
Sporting queixa-se de isenções da Câmara ao Benfica e reclama €40,6 milhões de “apoios em falta”
Benfica, 88,5 milhões; Sporting, 47,9 milhões (incluindo aqui €5,4 milhões de pedidos pendentes). É este o resultado, segundo as contas do Sporting, para os apoios concedidos pela Câmara de Lisboa, desde 1990, aos dois principais clubes da cidade.
Com a polémica da proposta de isenção ao Benfica das taxas urbanísticas e das compensações ao rubro (o assunto transitou da Câmara para a Asembleia Municipal, que terá a última palavra), Bruno de Carvalho escreveu na quinta-feira da semana passada ao vice-presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina.
Os leões sentem-se “discriminados”. Mas a carta vai muito além dos lamentos. “Considerando (…) que o total de apoios finaceiros da Câmara ao Benfica foi de €88.587.400, entende o Sporting ter legitimidade para solicitar (…) que a Câmara conceda ao Sporting benefícios ou direitos a acordar, tais como direitos de edificabilidade na cidade de Lisboa, no mesmo valor”.
Para Bruno de Carvalho, “o valor total de novos apoios em falta a conceder ao Sporting estima-se em €40.633.240”.
Um mur(r)o de lamentações
A carta do presidente do Sporting teve como destinatário o vice-presidente da Câmara, Fernando Medina. Duas semanas antes, haviam estado frente a frente, numa reunião em que o Sporting discutiu com a autarquia várias questões relacionadas com o pavilhão que o clube pretende edificar na zona do antigo Estádio José de Alvalade.
A reunião teve lugar a 11 de fevereiro, curiosamente o mesmo dia em que o executivo municipal discutiu e aprovou, apenas com os votos do PS, a proposta a levar à Assembleia Municipal em que o Benfica reclama a isenção de taxas urbanísticas (ao abrigo de um protocolo celebrado entre o clube e a Câmara de Lisboa em 1995).
Ao saber depois, assume-o Bruno de Carvalho na carta a Medina, os termos da proposta respeitante ao Benfica, o Sporting subiu a parada.
Para começar, o clube vem colocar em causa o protocolo assinado com a autarquia em 2011 e o plano de pormenor daí decorrente, aprovado em 2014. “O atual Conselho Diretivo [do Sporting] entende que as obrigações decorrentes do protocolo e do plano de pormenor (…) estão desiquilibradas e [são] muitíssimo onerosas para o clube”.
Mais adiante, noutro dos exemplos invocados, o presidente leonino diz que “o Sporting considera-se fortemente prejudicado na medida em que a Câmara concedeu ao Benfica um conjunto de vantagens financeiras, no âmbito dos apoios à construção do novo estádio destinado ao Euro 2004, de que o Sporting não benefiicou”.
Bruno de Carvalho afirma que as “notícias” sobre a proposta para a isenção de taxas ao Benfica – quantificada pela Câmara em €1,8 milhões, mas pela presidente da Assembleia Municipal, Helena Roseta, em €4,6 milhões – “motivaram naturalmente grande contestação e controvérsia entre os sócios do Sporting, em particular os residentes na cidade de Lisboa, que se sentem discriminados, sentimento que é partilhado pelo órgãos sociais do Sporting”.
A guerra Sporting-Benfica, tão acesa nos últimos tempos, chegou agora a mais uma trincheira: a Câmara de Lisboa.
António Costa, que tinha a rebentar à sua volta as explosões da proposta de isenção das taxas urbanísticas ao Benfica, recebe agora mais fogo, disparado pelo Sporting.”
5 Março, 2015 at 16:18
Desculpem, mas talvez alguém tenha interesse em ler o “curriculo” deste “piratinha”…
É engraçado que ninguém “o quer ligado” a PJ…e tantos o querem ver ligado ao nossos Sporting…
**********************
Paulo Pereira Cristóvão. A incrível história de um homem em queda
Nem os inimigos se atrevem a classificá-lo como mau polícia. Como ex-agente competente caiu em desgraça e é agora suspeito de ser mentor de uma associação criminosa
Se há uns anos dissessem a Maria Alice Fernandes que Paulo Pereira Cristóvão acabaria como suspeito de ser mentor de uma associação criminosa, em vésperas de ser julgado por outros sete crimes, a sua antiga chefe na Direcção Central de Combate ao Banditismo diria ser impossível. “Era disponível, trabalhador, nunca virava a cara a nada, e era um bom investigador.”
Foi a investigação do Caso Joana, a criança que desapareceu da aldeia de Figueira, em Portimão, que o trouxe para a ribalta. E essa foi também uma das causas da sua queda. Pereira Cristóvão, conhecido igualmente pelas iniciais PPC, foi um dos investigadores chamados a ajudar a equipa de Faro a desvendar o desaparecimento, em 2004. Cristóvão acabou acusado de ter agredido Leonor Cipriano, mãe da criança, em troca de uma confissão de homicídio.
Quem com ele trabalhou põe as mãos no fogo: não terá sido responsável pelas agressões. Ao julgamento somou-se um processo disciplinar. Não foi o único. Terá acumulado três ou quatro, um deles por alegado assédio a uma mulher que apresentou uma queixa ao piquete da PJ; outro por alegado desvio de 800 euros apreendidos. Quando se sentiu encurralado, contam, pediu a demissão. Teria esperança de que, com a sua saída, os processos fossem arquivados. Não foram. Acabou por recorrer de todas as condenações.
Mas o Caso Joana esteve longe de ser a única grande investigação que teve nas mãos desde que entrou para os quadros da PJ em 1990. Na longa passagem pela Direcção Central de Combate ao Banditismo, e mais tarde num trajecto mais curto na investigação do crime económico, investigou tráfico de seres humanos, terrorismo, corrupção e crimes como os de que agora é suspeito: rapto e associação criminosa. “Era um polícia obediente, de pose militar, que às 7 da manhã estava pronto para trabalhar. Não é de admirar que depois lhe fossem parar às mãos algumas das investigações mais importantes”, recorda ao i um antigo colega.
Hoje, mesmo entre os inimigos que fez na casa, é difícil encontrar quem não reconheça que era um bom polícia. Se algo fazia adivinhar que o promissor agente da PJ poderia vir a ser acusado de ligações a um esquema de assaltos à mão armada?
Só se fosse a sua “esperteza”, a sua “ambição” e o seu “olho para o negócio” a deixarem pistas. Antigos agentes da PJ contam que um dia Paulo Pereira Cristóvão apareceu a vender frigoríficos aos colegas. Que os guardava numa garagem e teriam vindo do Estoril. Maria Alice Fernandes desmistifica: Cristóvão andou, de facto, a vender minifrigoríficos. E também candeeiros. Mas a fonte dos electrodomésticos e peças de decoração seria outra, segundo a antiga investigadora da PJ.
“A mãe dele trabalhava naquele hotel do Campo Pequeno, o ALIF. Em 2004 o hotel ia remodelar-se e vendeu aquilo. Eu ainda lhe comprei um candeeiro. E quis comprar um frigorífico, mas já não havia.” Noutra fase, há quem também se recorde de o ver a vender canetas com câmaras integradas.
Um ano depois de sair da PJ, Pereira Cristóvão tem uma estreia grandiosa no mundo dos livros. “A Estrela de Joana”, que falava dos bastidores da investigação e, pelo meio, “reduzia a cinzas” alguns colegas da polícia, vendeu milhares de exemplares, chegando a bestseller. Seguiram-se outros quatro livros: um deles, “Uns Feios, Outros Porcos, Todos Maus”, lançado em 2008, conta a vida dupla de um inspector da polícia com uma veia criminosa. Hoje há quem pense que Cristóvão se terá inspirado em si próprio para dar corpo ao protagonista, Maurício Fagundes.
A par da exploração do mercado editorial, abre uma empresa de business inteligence. “Ele queria implementar um sistema de investigação à americana, mas cá isso é ilegal”, lembra um colega. Funda a Associação Portuguesa de Crianças Desaparecidas, desdobra-se em entrevistas, convida António Pragal Colaço para o acompanhar nessa missão. Hoje o advogado que chegou a ser seu defensor não quer nem ouvir falar do antigo amigo por quem se sentiu atraiçoado. A história da amizade de ambos envolve até mulheres: uma antiga sócia de Pragal ter-se-á casado com Cristóvão. Mas não terá sido por aí que se incompatibilizaram: Pragal Colaço, aliás, terá até estado presente no casamento. A história de amizade e parceria que acabou com dois homens desavindos conta-se em muitos episódios. Fontes relatam que, num deles, Cristóvão terá chegado ao ponto de tirar três quadros do escritório do advogado.
Quando os devolveu, Pragal Colaço terá acabado por lhe oferecer um como presente de aniversário retardado. Na altura, um ainda conseguia ouvir falar do nome do outro.
As suspeitas de que o ex-inspector poderia estar a entrar por caminhos perigosos intensificaram-se quando, em 2009, se candidatou a presidente do Sporting, e sobretudo dois anos mais tarde, quando aceitou integrar a lista de Godinho Lopes e ficar como vice-presidente com o pelouro da segurança e dos grupos organizados de adeptos.
Antigos colegas que ainda se lembravam do alegado envolvimento de Godinho Lopes no caso dos navios da Expo ligaram-lhe: “Sabes com quem é que te estás a meter? Tu tem cuidado!” Mais uma vez, não correu bem. Quando Cristóvão se demitiu do cargo, em Junho de 2012, já tinha de novo a cabeça debaixo da guilhotina. Era então suspeito de ter montado uma armadilha a um árbitro, José Cardinal, para o vir a incriminar por corrupção. Foi a última vez que Maria Alice Fernandes ligou ao seu antigo funcionário: “Mas você agora adopta os métodos do crime organizado?”
O mais surpreendente, para quem o conheceu e aprendeu a admirar a sua inteligência e a sua capacidade de sedução, é como terá sido o próprio a “entalar-se”. As suspeitas começaram logo quando se dirigiu a um antigo amigo na PJ e este constatou que o que tinha em mãos não eram cópias, mas os documentos originais.
A um mês de começar a ser julgado nas Varas Criminais de Lisboa, por um tribunal de júri, por crimes como burla qualificada e denúncia caluniosa agravada, Cristóvão voltava a aparecer nas notícias como protagonista de uma história de bandidos. Terça-feira de manhã Cristóvão era detido por suspeita de escolher e controlar vítimas de assaltos. Os telefones de actuais e antigos inspectores da PJ não pararam: “Já viste o que aconteceu?”
Agora, quando é preciso traçar o retrato da ascensão e da queda do homem que prometia ser um investigador brilhante, há quem diga que Cristóvão dava um case study: “Tem pontos em comum com um Vale e Azevedo, mas é muito mais assertivo, mais cativante.
É uma figura ímpar: tanto para o mal como para o bem.” Há quem diga que se perdeu. Que se deixou “embebedar” pelo dinheiro fácil e pelas actuais necessidades financeiras – que já não são as mesmas de outrora. “Na polícia, em sectores perigosos, as pessoas têm de ser muito seguras em termos morais, ter os pés no chão. Quando saiu da polícia perdeu a instância de controlo.”
Na sua página no Facebook, PPC mostrava ser um homem que distribuía sopa aos pobres. Os agentes da PJ e os procuradores que o investigaram criaram uma teoria: era uma estratégia para comover os jurados em julgamento. Sucessivas fotos de capa – todas elas públicas por definição – também não escondiam que pertencia a uma loja maçónica. Quem o conheceu interpretou-o como um aviso. “O próprio livro do Sporting era uma ameaça”, conta um antigo colega. Ninguém acredita que Cristóvão acaba aqui. “Mesmo preso não acaba. Sabe muita coisa e saberá usar esses trunfos como moeda de troca.”
********
Com esta leitura aprendi mais uma coisa com “algum peso”…
É também “maçon”…
Sendo assim…tem a escola toda para o crime de colarinho branco…!
5 Março, 2015 at 16:45
“Mesmo preso não acaba. Sabe muita coisa e saberá usar esses trunfos como moeda de troca.”
Espero que ponha a boca no trombone … ou então noutro sítio qq.
5 Março, 2015 at 19:43
E a mim ninguém me tira da cabeça que foi ele o responsável pelas tristes “afinações” que levara gl à presidência…
Z
5 Março, 2015 at 16:58
Porra… currículo impressionante!
5 Março, 2015 at 18:55
Ah grande presidente! É assim mesmo!!!
“Sporting queixa-se de isenções da Câmara ao Benfica e reclama €40,6 milhões de “apoios em falta”
Com a questão da isenção das taxas urbanísticas ao Benfica ainda por esclarecer, Bruno de Carvalho considera que há uma “desigualdade de tratamento” ao Sporting. Em carta enviada a 26 de fevereiro, faz as contas ao que terão sido os apoios dados aos dois clubes e exige à autarquia a diferença: 40,6 milhões de euros
Sporting queixa-se de isenções da Câmara ao Benfica e reclama €40,6 milhões de “apoios em falta”
Benfica, 88,5 milhões; Sporting, 47,9 milhões (incluindo aqui €5,4 milhões de pedidos pendentes). É este o resultado, segundo as contas do Sporting, para os apoios concedidos pela Câmara de Lisboa, desde 1990, aos dois principais clubes da cidade.
Com a polémica da proposta de isenção ao Benfica das taxas urbanísticas e das compensações ao rubro (o assunto transitou da Câmara para a Asembleia Municipal, que terá a última palavra), Bruno de Carvalho escreveu na quinta-feira da semana passada ao vice-presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina.
Os leões sentem-se “discriminados”. Mas a carta vai muito além dos lamentos. “Considerando (…) que o total de apoios finaceiros da Câmara ao Benfica foi de €88.587.400, entende o Sporting ter legitimidade para solicitar (…) que a Câmara conceda ao Sporting benefícios ou direitos a acordar, tais como direitos de edificabilidade na cidade de Lisboa, no mesmo valor”.
Para Bruno de Carvalho, “o valor total de novos apoios em falta a conceder ao Sporting estima-se em €40.633.240”.
Um mur(r)o de lamentações
A carta do presidente do Sporting teve como destinatário o vice-presidente da Câmara, Fernando Medina. Duas semanas antes, haviam estado frente a frente, numa reunião em que o Sporting discutiu com a autarquia várias questões relacionadas com o pavilhão que o clube pretende edificar na zona do antigo Estádio José de Alvalade.
A reunião teve lugar a 11 de fevereiro, curiosamente o mesmo dia em que o executivo municipal discutiu e aprovou, apenas com os votos do PS, a proposta a levar à Assembleia Municipal em que o Benfica reclama a isenção de taxas urbanísticas (ao abrigo de um protocolo celebrado entre o clube e a Câmara de Lisboa em 1995).
Ao saber depois, assume-o Bruno de Carvalho na carta a Medina, os termos da proposta respeitante ao Benfica, o Sporting subiu a parada.
Para começar, o clube vem colocar em causa o protocolo assinado com a autarquia em 2011 e o plano de pormenor daí decorrente, aprovado em 2014. “O atual Conselho Diretivo [do Sporting] entende que as obrigações decorrentes do protocolo e do plano de pormenor (…) estão desiquilibradas e [são] muitíssimo onerosas para o clube”.
Mais adiante, noutro dos exemplos invocados, o presidente leonino diz que “o Sporting considera-se fortemente prejudicado na medida em que a Câmara concedeu ao Benfica um conjunto de vantagens financeiras, no âmbito dos apoios à construção do novo estádio destinado ao Euro 2004, de que o Sporting não benefiicou”.
Bruno de Carvalho afirma que as “notícias” sobre a proposta para a isenção de taxas ao Benfica – quantificada pela Câmara em €1,8 milhões, mas pela presidente da Assembleia Municipal, Helena Roseta, em €4,6 milhões – “motivaram naturalmente grande contestação e controvérsia entre os sócios do Sporting, em particular os residentes na cidade de Lisboa, que se sentem discriminados, sentimento que é partilhado pelo órgãos sociais do Sporting”.
A guerra Sporting-Benfica, tão acesa nos últimos tempos, chegou agora a mais uma trincheira: a Câmara de Lisboa.
António Costa, que tinha a rebentar à sua volta as explosões da proposta de isenção das taxas urbanísticas ao Benfica, recebe agora mais fogo, disparado pelo Sporting.”
Fonte: http://m.expresso.sapo.pt/inicio/modal/destaques/artigo/913709
5 Março, 2015 at 19:57
Não sei se já foi aqui discutido mas tenho uma dúvida:
Não existe um mínimo de 72 horas de intervalo entre dois jogos?
O Sporting-Wolfsburgo começou às 20h05 de quinta-feira; o porto-Sporting começou às 19h15 de Domingo.
Isto corresponde a 71h10, não?
5 Março, 2015 at 20:06
Se o jogo não for em Portugal.
Como foi, só não podia jogar de novo na Sexta ou no Sábado.
5 Março, 2015 at 20:21
Ah, ok. Obrigado.