Quando era puto, mesmo puto, o meu pai levava-me à bola. Por mais que isso lhe custasse ver mal e porcamente o jogo, ele fazia-o. Ir a Alvalade nesse tempo era outra coisa, pelo menos para mim era. Nos anos 80, ir à bola era especial. E não vos conto as horas que perdia nos dias anteriores a sonhar com o estádio cheio, os golos dos meus ídolos, as massas a vibrar naquele estádio. Passados mais de 30 anos, devolvi parte do que me deram. Levei eu o meu pai à bola.
Com quase 80 anos, o meu pai é dos tais que foram uma vez ao novo estádio para ver como era e não mais regressou. Embora nunca o confesse, o Alvalade dele será sempre o outro e não consegue ver neste, apesar de toda a modernidade e conforto, a “casa” do Sportinguismo. “É igual ao outros todos” diz-me ele… “não tem cheiro a história, nem a sócios”. Eu entendo o que diz, mas ao contrário dele eu quero apaixonar-me por este estádio….e fazer dele a minha “casa”.
Uma segunda-feira à noite pode ser muito complicada para um adulto com filhos, mas é igual ao litro para um reformado. Aos incessantes desafios para ir ver um jogo comigo durante anos, o meu pai aceitou vir ao Sporting-Penafiel, disse ele “não quero confusões…farto de disso estou eu”…e o jogo prometia uma noite calma e sobretudo uma partida previsível. 8 minutos e já nos tínhamos levantado duas vezes. Devo dizer que o meu pai é um fã incondicional do Slimani, “avançados destes são raros filho” e o Argelino retribui a admiração in loco, deu um sorriso ao meu pai.
Depois da alegria e promessa de goleada futura, a expulsão. Eu protesto, insulto o árbitro, o meu pai manda-me sentar “não sejas parvo pá! Foi expulso e bem expulso”. Sentei-me e expliquei-lhe que me pareceu que o Tobias ainda tinha tocado na bola, ele riu-se e disse-me que devia usar os óculos que comprei e nunca ponho. Golo do Penafiel…”pois…” disse ele. “A ganhar 2-0 para que é que o puto arriscou tanto?!” foi a reacção do meu pai e devo dizer que nos momentos a seguir debatemos taco-a-taco se o Tobias era inexperiente ou será sempre impetuoso neste tipo de lances. O meu pai defende que o Pepe no final da carreira e mesmo no Real Madrid nunca ficou “experiente”…eu defendo que até o maior caceteiro, com os anos, refina a porrada e evita estas expulsões. Concordámos em encerrar a discussão até porque o Penafiel acabava de empatar o jogo.
Por mim, o Marco já devia ter mexido na equipa, o meu pai foi aos arames comigo. “F&da-se, o que queres que o homem faça?! Que defenda o resultado de 2-1 com 1 a menos aos 15 minutos?! Tu vês o Penafiel a atacar? Então porque tem de meter um central?” O sentido táctico do meu pai foi sempre muito prático e muito ofensivo, ele nunca se rendeu às lógicas Mourinhianas que imperam no futebol moderno…aquilo a que nós chamamos de risco, o meu pai diz que é “tomates”….”quem tem medo de jogar desenha tácticas”…eu entendo o que ele diz, mas confesso que duvido do sucesso da sua visão, tal como adoraria ter Bielsa no meu banco, mas desconfio que durasse seis meses no Sporting.
Intervalo. Vamos para os túneis…”um café para arrebitar, tu não queres um?” Eu olho para ele e por momentos recuei três décadas e à volta de uma roulote a mesma frase mas com uma sandes de courato na oferta. Ele sabia que eu odiava, mas ver a minha resposta divertia-o…a sorte é que com a idade dele a sandes de orelha já não consta da lista de coisas saudáveis que pode comer…mas o sacana do velho trocou uma piada pela outra, ele sabe que eu não bebo café…
De volta ao jogo, eu entro desconfiado e o meu pai pergunta-me “tás nervoso?” Eu digo-lhe “É importante pá…o Braga perdeu…” ele respondeu-me “tu és como aqueles” apontou para o relvado “…enervam-se com pouco, estamos a lutar pelo 3º certo?” Eu encaixei aquela com dificuldade, mas o jogo tratou de me livrar de maiores apuros emocionais. Golo de Nani. O meu pai desta vez levanta-se também. “Sabes qual é a diferença entre um bom jogador e um mau?” Eu sei a resposta, já ouvi aquela durante o tempo em que eu jogava umas 100 vezes…mas deixei-o falar “Um bom jogador sente o jogo e sai da posição, vai defender ou atacar onde é preciso e não onde o treinador meteu o pino.” Nani tinha marcado o golo, fora de posição, o que leva o meu pai sempre ao nirvana absoluto…eu lembrei-me do André Martins e pensei que alguém devia juntar o meu pai com o jogador do Sporting para uma conversa e uns calduços como eu levei.
O árbitro deu show no final da partida. Eu regozijei com as expulsões e lances de golo finais, o “senhor desporto” meu pai ficou sentado, para ele o jogo já tinha acabado…dizia-me depois da segunda expulsão “estes gajos não têm sequer classe para serem corruptos, são é mesmo uma grande merda”. Na noite inteira concordámos nesse ponto. O jogo terminava mesmo e fico a ver as pessoas a abandonar o estádio, o meu pai também, faço-o da mesma maneira que ele sempre fez, aquele é o nosso momento de “templo”…por momentos quase que pude ler alguma admiração pela estrutura…mas um “cadeiras às corzinhas…nunca hei de entender isto” retirava-me da ilusão. Não respondi, nem comentei, a última vez que falámos nas cores das cadeiras do estádio a conversa não tinha corrido muito bem e quis deixar a coisa por aí.
Abandonamos o estádio e dou boleia ao meu pai até casa. Eu quis falar de bola durante a viagem. Ele não. “Chega…quero falar doutras coisas…a bola ficou em Alvalade”. Deixo-o em casa e ele devolve-me o cachecol que lhe tinha emprestado…”não queres ficar com esse, eu tenho outros” disse-lhe…”não leva, não me faz falta…um leão com 80 anos não precisa de cachecóis”…mas depois pensou e disse “dá cá isso…vou fazer uma partida à tua mãe”. A piada do bêbado…ela cai sempre…sacana do velho.
*às quartas, o Leão de Plástico passa-se da marmita e vira do avesso a cozinha da Tasca
11 Março, 2015 at 13:01
Eu das poucos vezes que fui ao estádio foi sempre acompanhado pelo velhote.
Assim que o pavilhão estiver pronto espero voltar para um dia de Sporting com passagem na roulote e tudo.
Frase do meu pai assim que mostram a primeira vez o arbitro: Nem sei como é que não escolheram o Paixão. (O meu pai odeia o homem)
11 Março, 2015 at 13:08
Grande Post LdP, felizmente tenho um pai e mãe sportinguistas, o meu pai então é mesmo doente e o meu irmão mais velho também, basicamente é uma casa verde e branca 🙂
Infelizmente por ser de tão longe não pude ir tantas vezes a Alvalade como gostaria mas ainda me lembro da primeira vez, foi contra o Milan em plena curva sul no antigo Alvalade e é um sentimento que acho que não consigo explicar, muito bom mesmo.de vez em quando ainda desafio o meu pai a ir ver uns jogos e ele vem, só não gosta de muita confusão, mas já disse que se formos ao jamor vai toda gente aqui de casa 😉
SL
11 Março, 2015 at 13:09
Para trás. Para trás… Para trás !!!! Para trás ?????????
É assim que querem ganhar o jogo? Para a frente !!!!!!
É sempre mais um passezinho de merda…até mete nojo…
Rematem!!!! Chutem !!!! Prontos, ao menos rematou!
Farto deste cabelinho do Capucho…
Saí à minha família…!
Novo estádio? Espero ainda ver em vida o Alvalade III.
SL
11 Março, 2015 at 13:41
ahahahaha … muito bom.
Sem fosso, com cadeiras verdes e quiçá, um relvado!
11 Março, 2015 at 13:31
Estava aqui a ouvir falar sobre a vingança e o perdão…
E escutei uma frase que mesmo sendo velh… eu nunca tinha escutado…:
“O ódio, é um veneno que você toma…esperando que ele faça mal ao outro…!”
E pensando bem, assim é…!
SL
11 Março, 2015 at 13:31
Revejo-me neste post.
Embora sejamos naturais de Matosinhos, cheguei a ir com o meu pai ao velho Alvalade e depois ao novo. Mas iamos mais vezes ver os jogos perto de casa… Rio Ave, Paços, Leixões, Espinho, Boavista, Salgueiros (no ano do campeonato), etc…
Hoje em dia, estando eu a viver fora do país, sou eu que levo o meu pai a Alvalade, dependendo das minhas viajens a Portugal. A ultima vez foi na recepção ao Chelsea onde fiz uma viajem de 3 dias de proposito para ir ver a bola com ele. Foi o nosso baptismo na Champions. Espero ainda fazer muitas idas à bola com ele, especialmente se for possivel voltar a Portugal nos próximos anos.
Frases típicas do meu pai:
Quando falhamos golos: – “Quem não marca sofre”
Quando não jogamos nada: – “Até a bola chora” ou “Parecem duas adegas a jogar”
Quando vê o BdC: – “Este gajo é lixado” (com ar de satisfação!!!)
11 Março, 2015 at 13:45
Só pelas histórias e pela nostalgia nos comentários a este post, esta marmita já valeu totalmente a pena.
Como único da familia que liga à bola, não posso contribuir. Mas faço aqui a vénia ao Javardeiro.
11 Março, 2015 at 13:46
Espectáculo de post!
Compreendo perfeitamente o teu Pai em muitas das coisas que ele diz… Jogador a sentir o jogo, futebol ofensivo…
Sobretudo nunca hei-de entender a cor das cadeiras (só mesmo o Sporting pra ir naquela cantiga) e também com 35 anos não me sinto em casa naquele estádio 🙁
Tens de o levar mais vezes! Deu vitória e em equipa que ganha não se mexe!
Saudações Leoninas
11 Março, 2015 at 13:58
Nunca me esquecerei de um jogo que assisti com o meu saudoso pai em Alvalade.
Taça dos Campeões Europeus, época 82 /83 , antes do Jogo começar já se sabia da morte do pai do António menos ele.
Jogo memorável nessa noite no sempre nosso Alvalade, eu e o meu pai a assistir na então apelidada bancada nova.
Só vos digo..O Oliveira fez um jogo monumental, demos 3 a eles todos marcados por ele.
O 2º golo então é uma obra prima,uma pintura de como se joga futebol ao mais alto nível só ao alcance dos sobredotados.
No 2 golo o meu pai levanta-se e grita..”Mas qual Maradona?? Este é igualinho a ele e como bigode e tudo!!””
Saudades…fica em paz pai e espera por mim para aquele abraço que voltaremos a trocar.
SL
11 Março, 2015 at 13:59
O meu pai em tempos foi um gajo que viveu o Sporting como ninguém. A distância não o impediu de ir ver grandes jogos europeus ao velhinho Alvalade contra o Barcelona, Real Madrid, Celtic, etc. Ele nunca me conta grandes histórias, mas eu sei muito bem o fervor com que ele vivia o clube. Uma das minhas grandes magoas é nunca me ter levado ao velhinho Alvalade. Digo-lhe isso constantemente, mas já não há volta a dar. Actualmente vive o clube de forma conformada. Adora quando ganhamos, e quando perdemos então nem vale a pena dizer nada… No entanto não vive tanto o clube como eu. E creio que a grande machada no seu fervorismo foi a final da Taça UEFA em 2005, no novo Alvalade. Foi com um colega de trabalho, (não me levou, fiquei lixado) e conta-me que na viagem para baixo, os dois não disseram uma única palavra em 3 horas de viagem. Creio que a partir dai a sua animosidade perante o clube, a pessoa que me fez sócio no ano em que nasci, nunca mais foi a mesma. E as direcções que nos governaram durante esse período de tempo até ao surgimento do Presidente Bruno de Carvalho, prejudicou ainda mais.
No entanto, adquiri dois bilhetes para a UEFA FUTSAL CUP e obriguei-o a ir comigo ver este momento histórico no nosso clube. Este não vai falhar.
SL
11 Março, 2015 at 14:02
O meu Pai, sempre me levou a bola e eu sempre queria ir. Fosse nos jogos normais ou naqueles especiais – Dia do Clube.
recordo-me uma vez que viemos de Vila Nova de Mil Fontes para ver o Grande Maradona. Infelizmente acabei por nao ir porque circulou um rumor que por ser jogo de alto risco so maiores de n anos e que podiam entrar – Que grande desilusao que apanhei, como calculam.
O meu Pai a ver a bola é um pouco chato, antes e agora ainda mais. Nao consegue parar de dizer mal de quem, desde o inicio, diz mal. E é altamente faccioso. E mete-se com o vizinho do lado porque está a dizer algo com que ele nao concordava, normalmente a dizer mal da equipa…
recordo-me de um episodio que me marcou bastante, ja nem sei em que ano foi, quando o Porto foi a Alvalade para a taca de Portugal. Ficamos, como habitualmente, na curva sul por cima da Torcida Verde. Como sabem o jogo nao estava a correr bem, e num lance de ataque, já nem sei se do Sporting se do Porto, o pessoal comeca a levantar-se (para ver melhor ou sei lá) e o meu Pai, naquele seu jeito meiguinho (lol), dá ordem para todos se sentarem – SEEEEEENTEMMMM-SEEE!!!!!!!!!! Resultado: após respeitarem a ordem de imediato, devo confessar que durante o resto do jogo de vez em quanto algumas pessoas olhavam para cima para ver quem é que era aquele individuo que tinha mandado o pessoal sentar. Recordo-me que sempre que me apercebia desse facto, enchia o peito(inho) de ar e fazia cara de mau.
E existem tantos outros: como ir assistir á final da taca no Jamor e ir parar a bancada do benfica, por engano do meu Pai (lol); a eliminatoria em Alvalade contra o Newcastle, etc tec.
Hoje em dia, já nao vai. Diz que nao tem paciencia para aturar os que dizem mal desde o inicio e nem coracao para sofrer. Normalmente assiste os jogos em casa (sempre sem som) e normalmente nao os acaba de ver.
Espero que muito em breve, uns anitos, poucos, comece a ir com o meu filho de 2 anos. Seria, e vai ser de certeza, uma das maiores alegrias que vou ter enquanto Pai!
Um abraco grande a todos desde Bxl e um abraco especial ao Miguel, com quem vi aquele que foi o melhor golo a que já assisti: No velhinho estadio de Alvalade, contra o Boavista, num espetacular pontape de bicleta do Jusko. Nunca mais me vou esquecer desse momento, incrivel sensacao!!!
11 Março, 2015 at 14:03
O primeiro jogo que vi em alvalade foi no titulo de 1979/1980. Vitória por 3-0 ao União de Leiria, com os meus 8 anos e uma confusão enorme lembro-me de entrar às cavalitas do meu pai. Os 80 km até Lisboa eram feitos pela EN1, chegava-se cedo, cada um levava o seu farnel e era tudo partilhado, claro que não faltava o garrafão de 5 Lt. Voltei a viver uma tarde semelhante na final da taça de 1982, ainda hoje não sei quem tinha mais classe, se o Mezaros na baliza, se o trio atacante Oliveira no apoio a Manuel Fernandes e Jordão.
Com o meu pai fui duas vezes ao novo Alvalade, um jogo da liga europa com o Herta de Berlin que vencemos por 1-0 (Adrien a marcar?) e o ano passado na derrota com o Estoril na despedida do campeonato, este ano aproveitei o jogo do sócio para levar o meu sobrinho de 10 anos, como não tenho filhos é por ele que deixo a sucessão do amor ao Sporting, ainda hoje ele fala do golão do Nani…
Termino contando como o meu pai contornava a proibição que nos anos 80 começou, à entrada de garrafas de vidro no estádio: ele arranjou uma cabaça que enchia de vinho e dizia aos porteiros que aquilo não era vidro e que por isso podia entrar, andou anos nas competições europeias a beber tinto dentro do estadio com esta “manobra”.
Se ainda houver algum jogo à tarde esta época, quero levar o meu pai e o meu sobrinho e assim juntar 3 gerações no Alvalade XXI
11 Março, 2015 at 14:12
Quando o Sporting estava a perder ou empatado e só fazia passes para trás, para o guarda-redes….era ouvir o meu pai a dizer: “para trás mija a burra!!” Ahahaha acho que nada bate esta! E a quantidade de murros que ele dava no sofá?!
Pena nunca mais poder partilhar esses momentos com ele. E sei o quanto ele sofreria por ver como o Sporting esteve estes anos…abraços
11 Março, 2015 at 14:23
O meu pai e lampiao e levou pela primeira vez a alvalade há uns anos! Querem melhor demonstração de amor pelo filho? 🙂
11 Março, 2015 at 14:39
Eh pá… que delícia!
Obrigado Leão de Plástico
SPOOOOOOORTING!
11 Março, 2015 at 14:51
O meu pai sempre me levou à bola, mas nunca a Alvalade.
Sempre fomos muito unidos, sobretudo por causa do futebol.
Os nossos fins-de-semana sempre foram a acompanhar a equipa da terra e quando comecei a jogar futebol, aos 10 anos, eram divididos a acompanhar-me e a levar-me à bola ao domingo à tarde.
Lembro-me que ele via o Sporting, sempre na TV e só mais tarde passei a acompanhá-lo nesse ritual.
Como disse mais acima, nunca me levou a Alvalade.
Julgo que pela distância (pouco mais de 100km de Lisboa) nunca foi de ir a Alvalade, embora tenha lá ido um par de vezes sem mim e também nunca foi sócio do Sporting.
Não moro com os meus pais à cerca de uma década e nunca mais fui à bola com o meu pai…nem para ver o clube da terra.
A meio da época passada, decidi que me ia fazer sócio e que, apesar de estar a morar no Porto ia comprar uma Gamebox e passaria a ser presença assídua em Alvalade…a ideia sempre foi arrastar comigo o meu pai.
Disse que não, que eu era tonto e que ele já não tinha idade para essas ‘aventuras’.
Acabou por ir ver um jogo, outro e outro. Disse-lhe: “Já reparaste que acabas por vir na mesma?”…”tens de ser sócio e comprar o teu lugar para virmos sempre juntos!”.
Assim foi…
O meu pai encontrou um escape para o final de uma semana intensa de trabalho e passa mais tempo comigo.
Eu ganhei de volta o meu companheiro para ir à bola e sinto-me ainda mais próximo do meu pai.
O Sporting teve o condão de nos juntar, pelo menos um dia inteiro, de 15 em 15 dias, e isso já ninguém nos tira.
Haja dinheiro e saúde e será sempre assim!
11 Março, 2015 at 15:40
🙂
11 Março, 2015 at 14:55
A ouvir na radionoar.pt o relato dos bs.
No trabalho é o melhor que se arranja 🙂
11 Março, 2015 at 14:58
Ricos empregos …
11 Março, 2015 at 15:14
É como quem está a ouvir a comercial…
11 Março, 2015 at 15:16
Eu estou a ouvir a Comercial 😀
11 Março, 2015 at 16:21
+1
11 Março, 2015 at 15:09
bela dica
11 Março, 2015 at 15:13
Lá se foi a dica! E o relato do SCP B… 😐
11 Março, 2015 at 15:03
Formação Inicial
96
Luís Ribeiro
Guarda-Redes
2
Rabia
Defesa
76
Mica Pinto
Defesa
81
André Geraldes
Defesa
44
Nuno Reis
Defesa
34
Diego Rubio
Ponta de Lança
40
Samba
Defesa
42
Wallyson
Médio
27
Ryan Gauld
Médio
60
Gelson Martins
Ponta de Lança
93
Dramé
Ponta de Lança
11 Março, 2015 at 15:11
3PL?????!!!!!
Ah bruto! Caso para dizer… (João de) “Deus” nos guarde!
11 Março, 2015 at 15:46
1-0 para nós!!!
11 Março, 2015 at 15:05
E correr na bancada nova quando nem cadeiras havia… Espectáculo!
Será que foi aí que começaram a matar o futebol?
Cadeiras, cachorros, futebol as 21… Porque será que muitos dos nossos pais já não vão? O meu felizmente ainda vai!
Não gosto deste futebol (portugues mafioso e futebol negócio), detesto-o até, não gosto deste estádio… Só mesmo o amor ao Sporting me faz continuar!
11 Março, 2015 at 15:38
Chirola quantas vezes eu corri na bancada nova dum lado ao outro.
E naqueles dias mais frios, um gajo tinha-se de levantar durante o jogo às vezes, porque a pedra da bancada ficava tão fria que até chegava aos ossos? Já para não falar nos dias de chuva que até as cuecas ficavam molhadas! E ver o estádio todo cheio de chapéus de chuva pretos? Foda-se que saudades. Estou como tu, isto agora não tem graça nenhuma!
11 Março, 2015 at 19:07
Foda-se que saudosismo!
Quem me dera o tempo voltar pra trás nem que fosse por uma época…
11 Março, 2015 at 15:09
O fascínio que o Estádio José de Alvalade, a 300 Km de distância, exerceu sobre a minha juventude é qualquer coisa que não consigo explicar.
Conhecia-o de fotos gastas de tão devoradas, da televisão, das histórias que ouvia ao meu pai dos tempos de tropa. Nunca lá tinha ido e quase o conhecia de cor.
Até que no Verão de 98 decidimos ir ver um Sporting-Porto da pré-época. Foi a primeira vez que vi o Sporting e foi dos dias mais emocionantes da minha vida.
Nunca mais voltei ao velho estádio. Hoje, a viver em Lisboa, tenho bilhete de época. Trouxe o meu pai à bola em 2012 num jogo contra o Olhanense. Foi bonito. Tal como eu, gosta do antes: da azáfama das pessoas a chegar de cachecol, das tendas com bandeiras, da bifana e da cerveja, daquele sentimento de comunhão.
Hoje, ao lado do estádio novo há um enorme descampado abraçado por chapas de zinco. Quando lá passo, estremeço quando penso que naquelas poças de lama já voou o Damas. A história daquele espaço não merece tanto desprezo. Que os próximos tempos consigam minimizar essa injustiça.
11 Março, 2015 at 15:12
Para quem estiver interessado, segue o link para o relato do jogo dos B contra o Trofense (vai saltitando com outros jogos, mas foi o melhor que se arranjou):
http://tunein.com/radio/R%C3%A1dio-NoAr-1078-s107133/
SL
11 Março, 2015 at 15:18
Este texto diz-me muito, e portanto agradeço à Tasca e ao Leão de Plástico esta pequena pérola.
Aconselho a este leitura uma música com a mesma temática do Sam Alone: “Warm” e vão ver se não é um momento “daqueles”
11 Março, 2015 at 15:25
Mas que granda posta LdP! É sempre um prazer ler as tuas crónicas, mas esta em particular fez-me lembrar muita coisa, se calhar temos sensivelmente a mesma idade.
Infelizmente não vou poder levar mais nenhuma vez o meu pai à bola, levei-o apenas uma vez ao estádio atual para vermos um Sporting 4 – Estrela Amadora 0, com o Jardel a jogar e a marcar. Também na altura o meu pai, disse qualquer coisa do género: “vê-se melhor neste estádio, mas o outro era bem melhor. Isto parece que um gajo está no cinema, é tudo muito artificial”.
E passados uns bons anos, continuo a dar-lhe razão. Eu próprio tenho saudades do velhinho Alvalade. Em que não havia lugares marcados, em que entrava na Superior Sul e escolhia o meu lugar. Antes de ser feita a bancada nova, era giro ver o peão e até havia lugares especiais à frente, mas ao nivel do chão, para as pessoas de cadeiras de rodas. Quantas vezes não fui ver jogos em que se passava de uma ponta à outra na bancada nova! Assim via o extremo direito do SCP mais perto na 1ªa parte e na 2ª via o extremo esquerdo (era engraçado ver o Marlon e os seus arranques, o Lima que costumava entrar ao fim). Quantas vezes não mudei da Superior Sul para a Superior Norte ao intervalo? E o gajo a gritar “é pó cú, é pó cú, almofadinhas pá bola”, o velhote ao lado de transistor no ouvido e toda a gente a perguntar como estava a bola nos outros campos. Não é como agora que os jogos são a horas diferentes e toda a gente tem um smartphone para receber os golos na hora. E quando chegava o autocarro do Sporting e iamos todos para ao pé da porta 10A onde os jogadores entravam 1 a 1? Até paravam para dar autógrafos em dias de jogo! Não é como agora que entram para as garagens e nem os vês!
Não sou velho de idade, e muito menos sou velho do Restelo, mas apetece-me soltar um valente “Foda-se!” e dizer LdP, graças a Deus termos tido o privilégio de termos conhecido e feito parte do futebol dessa altura!
11 Março, 2015 at 15:39
Muito bom 🙂
11 Março, 2015 at 15:28
Eu não costumo comentar mas este post eos comentários deram-me uma saudade tremenda do meu pai. Ele não ligava muito à bola mas torcia pelo Braga pois estudou lá. Quem me levava à bola era o meu vizinho foi assim que me tornei sportinguista. Saudades de ver o Sporting com o Braga e as nossas picardias. Abraços e SL vivó Sporting
11 Março, 2015 at 15:33
Grande manjar!
Bonita história 😀
Apesar do meu velhote ser Sportinguista, assim como toda a Familia, nunca foi fã de futebol e só há relativamente pouco tempo começou a dar mais atenção, qualquer dia levo-o ao Santuário!
SL
11 Março, 2015 at 15:41
Off:
Rubio com 4/5 oportunidades claras de golo. Estamos muito fortes.
Dame marcou!
11 Março, 2015 at 15:42
Drame…
11 Março, 2015 at 16:03
Foi o Rubio que marcou….não?
11 Março, 2015 at 16:40
Drame cruzou 🙂
11 Março, 2015 at 15:42
Grande tupperware, Javardeiro.
Também comigo foi o meu pai que me levou à bola, num longíquo e mágico Oriental – Sporting. Algures em 1973, vi o Yazalde ao vivo. Já prometi ao Cherba que iria escrever um post sobre isso (ainda estávamo na dimensão “Cacifo), mas ainda não o fiz. Comio é que era a rubrica? “Verdes Anos”?
Tenho que arranjar um teclado à prova de água. Amo o meu querido pai, que ainda vai a Alvalade duas ou três vezes por ano. Amo o meu Sporting. Para mim estes dois amores são mesmo indissociáveis, imaginem a minha sorte!
SL
11 Março, 2015 at 15:43
Golo do Sporting Rubio
11 Março, 2015 at 15:43
http://radionoar.pt/emissao-online/
1-0. dizem que foi o Rubio!
11 Março, 2015 at 15:46
Dramé ou Rubio são parecidos 🙂
11 Março, 2015 at 15:44
genial , fui parar á minha infancia !!!!!!!!
SL !!!!
11 Março, 2015 at 15:45
Golo do Rubio, não para de pingar este miúdo!
À atenção do MS…
SL
11 Março, 2015 at 15:48
Cabeceamento de Diego Rubio … O pequeno ja merecia uma oportunidade na A, pelo menos na convocatoria !
11 Março, 2015 at 16:23
É franzino….
Como na 2ª divisão não há defesas fortes fisicamente ele dá nas vistas…
Ironic mode off!
11 Março, 2015 at 15:46
O Dario do Trofense deve ser o Capel lá do sitio…
Cada vez que o rapaz toca na bola, o relatador goza com ele ou critica-o sem nenhum problema 🙂
11 Março, 2015 at 15:49
LOOL, agora vem de dizer “Por amor de Deus, tirem-me esse homem do campo.” ahahah
11 Março, 2015 at 15:50
* acabou de dizer
11 Março, 2015 at 15:53
Mesmo! =D
O homem não pode ver esse jogador nem pintado!
1-0 ao intervalo mas já podíamos estar a golear, o Rubio falhou umas quantas isolado.
No jogo do leixões, o Enoh marcou o golo da equipa.
SL
11 Março, 2015 at 15:57
Foi o Enoh ou foi o Enoque ? 😀
11 Março, 2015 at 16:23
E na nossa equipa joga um tal de Álisson! =)
11 Março, 2015 at 17:02
https://www.youtube.com/watch?v=2q9aZ5-z-_k
“mamei…também mamei!”
11 Março, 2015 at 15:47
OFF-TOPIC
Atenção aos horários das modalidades! Porque é que no Sábado o jogo do hóquei para a Taça de Portugal começa às 16.00h e o do andebol para o campeonato se inicia às 17.00h? Custa alguma coisa compatibilizar os dois horários para que possam haver duas transmissões em directo? É da maior importância em termos de audiência, já que para além da partida da Taça ser obviamente a eliminar e contra uma equipa boa, no andebol em caso de vitória o Sporting qualifica-se para a fase seguinte. Sendo o Sporting o clube visitado, porque é que o hóquei no Livramento não começa às 15.00h, ou o andebol em Odivelas às 18.00h?
11 Março, 2015 at 16:35
Gauld sai lesionado, parece sério … :/
11 Março, 2015 at 16:36
Penalti e golo. Foda-se
11 Março, 2015 at 16:36
Falta do Sambinha, penalty a favor do Trofense e golo dos gajos …
11 Março, 2015 at 16:42
E logo a seguir, uma casa enorme … ia sendo o 2-1.
11 Março, 2015 at 16:47
Não sou muito fã de samba…
11 Março, 2015 at 16:37
1-1…de penalty…
11 Março, 2015 at 16:39
Opa, que injustiça ! Até o relatador diz que o resultado, face ao que o Trofense fez em todo o jogo, é bastante injusto pois o Sporting B esta a dominar desde o inicio.
11 Março, 2015 at 16:41
Já dizia aqui um pai …
“Quem não marca … sofre”
🙂
11 Março, 2015 at 17:03
https://www.youtube.com/watch?v=2q9aZ5-z-_k
“mamei…também mamei!”
11 Março, 2015 at 16:49
1-1, acabou.
11 Março, 2015 at 17:47
O meu pai é lampião…
Mas em compensação o meu avô foi o responsável por quem sou hoje. Desde sempre dizia aquilo que me ensinavam, e como o meu pai era o meu ídolo toca de dizer que era do benfica (batam-me lá agora)…
Num verão, numa das férias passadas em Nisa eu olho para um relógio numa montra e peço-o aos meus avós. Sei que ele chegou logo nessa tarde. Era verde e tinha o mais belo emblema no mostrador. Não sabia ver as horas, mas aquilo fascinava-me. Presumo que ao meu avô também, por ter ouvido o neto a pedir um relógio do Sporting, do seu Sporting!
Com isso começou a luta em casa. O meu pai embora lampião nunca apagou a chama verde, juntou-se aos meus avós para juntos me oferecerem o primeiro equipamento do grande.
Com o meu avô ia à bola ver o clube da terra, a Alvalade sei que nunca fora. Com um dos meus primeiros ordenados levei-o a Alvalade. Claro, não era o seu Alvalade, mas era o seu, o nosso Sporting. Contra o Marítimo, para a Taça, ganhámos 3-0. Saiu super contente!
Esta segunda-feira voltei a levá-lo. Desta vez no coração, a sua foto na carteira e o cachecol que lhe comprara para esse jogo da Taça.
11 Março, 2015 at 18:37
Grande Post… como sempre LdP
Fenomenal
SL