suspeito que este futebol miserável não vai passar nem na albânia nem na arménia…

a vaca de ganhar os jogos só com 1-0 ou 2-1 vai acabar mal.

Paulo Bento II, Segunda Edição do antigo Seleccionador Nacional, nova encadernação.

Este seleccionador revelou hoje que tem um crânio espesso, capaz de albergar, com conforto, o “cérebro de Seleccionador Nacional” que Paulo Bento lhe legou, deixando-o no balneário, cacifo nº1, antes de partir.

Acho bem que os Seleccionadores deixem “o cérebro de seleccionador” aos seus sucessores. Trata-se de uma verdadeira medida profilática que, visa assegurar estarem todos os Seleccionadores Nacionais dos últimos 10 anos ao mesmo nível, não sobressaindo nenhum de entre o ramalhete de “umbrófilas” que constituem.

Estrategicamente, bate certo com os desígnios do Governo que assenta a política económica, como é de bom-tom, no crescimento das exportações não petrolíferas de 2,5% para 3,2% do PIB.
Ora, é sabido que as calculadoras de bolso já tiveram a sua época áurea (nos anos 80 pois, na década de 90 já havia portáteis com fartura). Acontece que, na região de Leiria, existe uma fábrica de calculadoras que vive actualmente da exportação de rolhas de cortiça mas, vive mal, porque as perspectivas de crescimento das suas exportações, para o ano em curso, se cifra em 0,7% e caso ultrapasse esta quota de crescimento, arrisca-se a ver o IRC passar para 45%, acrescido de mais 3% a título de “taxa de solidariedade”.

Paulo Bento II resolveu dar uma oportunidade à venda de 9 Milhões de calculadoras que ganham bolor na fábrica J. Mendes, de Leiria. É Patriota. Vai receber uma comenda.

Paulo Bento II, estrategicamente não podia ter estado melhor. Seleccionou os melhores e procurou evitar a debandada geral de “empregados” da fábrica J. Mendes, bem como tentou esforçadamente assegurar a venda do stock de calculadoras em armazém.

Paulo Bento II, do ponto de vista táctico, face aos objectivos estratégicos definidos, esteve também em grande aeroplano (viu o jogo do alto). Armou a equipe com os mais velhos do lote dos convocados, conseguindo atingir a extraordinária média de idades, nunca antes vista, de 38,5 anos! Escolheu também os mais baixinhos; pôs a jogar dois dos piores que encontrou entre os melhores e finalmente, atribuiu funções inabituais a outros, de modo a conseguir, pelo menos, o empate. Uma derrota poderia afastar-nos irremediavelmente do Europeu e as calculadoras não se venderiam. Uma vitória trairia esse propósito pela positiva. Por outro lado, Cristiano e Nani não podiam ter bola com regularidade e convinha que jogassem devagar, devagarinho, permitindo à Sérvia colocar bem (e a tempo) a equipe no processo defensivo, não fosse um dos nossos dois avançados perder a cabeça e meter lá uma indesejada batata que desequilibrasse as coisas no sentido de uma vitória, profundamente desmotivante para a nossa já deprimida indústria de electrónica de sem-sumo, centrada na fábrica J.Mendes que, ao longo da semana, veio já a perder alguns efectivos de relêvo com receio de uma vitória farta das nossas cores, face à convocatória efectuada.

Pois é mas, Paulo Bento II sabe o que faz e à última da hora, convocou uma arma secreta para lateral esquerdo da Selecção. Escultural. Mais não posso dizer.

Ora, colocando como médios, um defesa que não joga habitualmente na sua equipe e do outro lado um jogador que chegou congelado da Rússia, Paulo Bento II efectuou uma manobra táctica de alta competência desde que vista da perspectiva de Rui Patrício que, à frente da área descortinou o autocarro da Selecção exibindo, sentado no pára-choques, um lateral esquerdo, escultural, que encontrou no caixote do lixo, onde fora deixado ficar, pelos colegas, Domingo passado, a ver se JJ se esquecia dele (pensando que vinha da formação do Carnide). Brilhante!

Para não ser injusto, devo analisar ao detalhe as ordens que Paulo Bento II deu, quer a Bosingwa, quer a Dani demonstrando, mais uma vez, pelas suas invulgares classe e sobriedade, não ser merecedor de um castigo de 8 jogos no Aeroplano.

Dando indicações a Dani para não descongelar antes de Segunda-feira e a Bosingwa que se não cansasse demasiado e ficasse lá à frente sempre que se deslocasse ao meio campo garantiu-se praticamente que não iriamos ganhar o jogo. Estava lá Nani, pelo menos 10 anos mais novo, para fazer esse esforço extra e percorrer toda a lateral.

Tudo estava a correr pelo melhor, o lateral esquerdo cheirava tão mal, depois de uma semana no caixote do lixo que, Matic lhe pediu que se afastasse para a linha lateral de modo a não dar cabo do cheiro da relva, regada ao intervalo.
Tendo acedido ao solicitado a escultura de Fídias, educadamente, manteve-se junto à linha e aí ficou, onde está ainda agora, já às escuras, uma hora depois do fim do jogo.

É mesmo possível que aí se mantenha até de aqui a quinze dias, para evitar a JJ o incómodo de chamar um júnior para o seu lugar. Assim com’ássim, já que lhe pediram para lá ficar, vai ficando. Pode ser que se lembrem dele e lhe levem um cozido das furnas. Que saúdades do cozido à moda lá da terrinha…
De resto, junto à lateral é um lugar extraordinário para ver golos de moinho sem qualquer obstrução da vista.

Tudo corria bem, satisfaziam-se os objectivos, a estratégia sabiamente estabelecida e a táctica não poderia revelar-se mais eficaz. Estávamos empatados, J Mendes esfregava as mãos e fazia já contas à entrada de dinheiro com a calculadora que tinha ido buscar aos stocks e designa, orgulhosamente, de “calculadora de serviço às vendas”.

Porém, como sempre, o Seleccionador planeia e os jogadores não compreendem o planeado. É assim. O “baixinho” que estava no meio campo para ser atropelado por duas vezes, levantou-se e pôs uma bola quase dentro da baliza, em frente dos pés do defesa cocho que nunca joga ao Domingo. Azar dos azares, mais uma vez se desfez o empate. Ainda por cima, a nosso favor, o que foi gravíssimo.

Pensarmos nós que, aquela maravilha estratégico-táctica que tivemos a oportunidade única de observar na fase final do Mundial do ano passado deixando, até muito tarde na prova, todos os Portugueses agarrados às calculadoras e ao cálculo de probabilidades, quase se repetia hoje em Carnide!
Que emoção! Não há emoção no futebol senão a da calculadora.
Direi mais, que impulso extraordinário que o Seleccionador de então deu à Indústria Nacional de componentes electrónicos e que maravilha de vendas para J. Mendes, no Verão, altura em que habitualmente a fábrica fecha e as vendas de existências foram todas mas, todas, não de rolhas mas, de calculadoras do stock!!

Paulo Bento II está de parabéns tendo eu a apontar-lhe apenas um erro táctico (de somenos importância) que consistiu na perigosa entrada de William de Carvalho a cinco minutos do final do jogo. Porquê? Não tinha lá, por exemplo, o Samaris espetado no caixote do lixo ao lado do Escultural? Um jogador que conhece tão bem e sabe que não presta, que é mesmo lixo e vai pôr em Campo o William? Não viu a equipe a jogar logo doutra maneira com o William em campo? Cortou quaisquer hipóteses à Sérvia de empatar o jogo. Não se faz. Pior só se tivesse posto o William a jogar cinco minutos ante, arriscávamo-nos a marcar mais um golito, o que seria o ruir de todas as esperanças de J Mendes quanto às vendas, em barda, de calculadoras ainda este Verão!

Paulo Bento II, mudaste de visual mas não podes pôr em risco, desta forma, as legítimas expectativas da Economia Nacional e o elevado nível emocional dos Portugueses. Levanta a cabeça porque, apesar de pareceres diferente, mais fluente na fala, um penteado que se não adquire no chuveiro, etc. TU ÉS O MESMO! Tens o mesmo cérebro não és pior agora, que aquilo que eras antes. Não nos desiludas, vê lá. Depois do Burreiróz, cujo cérebro também desenterraste no Aeroporto de Durban, ao lado da pista 44 e agora estava no lixo, isto é, no cacifo do Seleccionador Nacional, desculpa mas, lembra-te que tu não mudaste! Podes continuar animado porque és tão mau Seleccionador como os piores. Não te acanhes! Com a Federação que temos é melhor que fiques pois se fugires, pode vir o Prof. Neca substituir-te. Se te pirares então, não recebes comenda nenhuma e estamos lixados. Nunca mais se venderá uma calculadora em Portugal. Olha a triste figura que o Rui Jorge anda a fazer. À conta dele não se vende uma esferográfica, quanto mais uma calculadora. É verdade que teve agora um empatesito sem importância mas, olha que não serve para absolutamente nada. Nunca há-de ser condecorado pelo Cavaco e o próximo Presidente, então, que não terá certamente ligações à Banca, nem experiência em relações internacionais, só o condecora, se não for engenheiro. Mas, se tivermos a sorte de eleger um engenheiro, então estamos garantidos, o Rui Jorge que veio do Lumiar e não da Porcalhota, passou por Alvalade e não por Carnide, não recebe mesmo medalha nenhuma.

E assim me despeço, hoje, com a calculadora que não saiu do bolso a acumular condensação nos circuitos impressos.

Cambada de ingratos!
A criticarem o FSantos?
Já se esqueceram que foi ele o treinador que após o penta e com o Jardel a marcar 38 golos conseguiu perder o campeonato e assim matar-mos o borrego que já estava duro com 18 anos?
Já lhe disse pessoalmente que ele me tinha dado essa grande alegria 😀