Podia ter sido menos sofrido, claro que podia, mas às vezes as conquistas complicadas fazem-nos sorrir a dobrar. E, ontem, foi uma dessas vezes, muito por culpa de mais uma actuação inenarrável de um tal Olegário Benquerença, figura de proa do que tem sido a vergonha do futebol nos últimos anos. Aliás, não deixa de ser caricato que depois do Duarte Gomes ter escrito aquele texto lamechas, como que colocando os árbitros no papel de vítimas, Olegário venha colocar as coisas nos seus devidos lugares. Mas vamos ao que interessa, o Sporting.
Não sei se foi estratégia se foi surpresa, mas entrámos pior do que o adversário, permitindo-lhe acercar-se da nossa área ao longo dos primeiros dez ou doze minutos. É verdade que os lances criados não resultaram em grandes situações de perigo, mas era necessário que o Sporting desse uma sapatada no jogo. Fê-lo à passagem do quarto de hora, numa jogada em que a bola anda a passear pela área sadina, como que pedindo para ser rematada à baliza. O disparo acabaria por surgir dos pés de João Mário, para a primeira de várias boas defesas do guarda redes do Vitória, com destaque para o desvio à cabeçada de Paulo Oliveira, que levaria a bola ao travessão da baliza.
O Sporting tinha pegado no jogo, com Adrien e Rosell a libertarem João Mário para descair para as alas e permitir a entrada do extremo, Carrillo ou Mané, para zonas mais interiores. E foi, precisamente, no coração da área que Mané apareceria a cabecear para o primeiro golo, num belíssimo gesto técnico em resposta a cruzamento de Miguel Lopes. Adrien e Tanaka também quiseram entrar no concurso de nota artística e, menos de cinco minutos volvidos, fabricaram o segundo golo: fantástica abertura do médio para a desmarcação de Mané, com o japonês a aproveitar, de primeira e cheio de estilo, a bola cortada pela defesa. Estava feito o 0-2 à beira do intervalo e dado um passo fundamental para arrecadar os três pontos.
A incerteza voltaria logo a abrir a segunda parte: Ewerton disputa uma bola aérea com Suk e cai mal, ficando impossibilitado de continuar a acompanhar o avançado. Sem a devida compensação rápida por parte do trinco ou de um dos laterais, o coreano segue em direcção à baliza e, com categoria, reduz para 1-2. O Sporting não abanou com o golo e continuou a mandar no jogo, levando-o para perto da área sadina sem, no entanto, criar grandes situações de golo. A meia hora do final, confusão na área leonina, com Venâncio a ver o segundo amarelo e a ser expulso. Ewerton veria, também, a cartolina amarela e passados dois minutos seria expulso numa decisão vergonhosa do árbitro. Dez para dez, meia hora para jogar.
Tobias entra para o lugar de João Mário e coloca-se ao lado de Paulo Oliveira, obrigando Tanaka a ficar sem apoio directo nas suas costas. Mané e Carrillo eram os homens que esticavam o jogo e o peruano assume a tarefa de continuar a bombear sangue para o corpo do leão. Grande remate de fora da área e arrancadas travadas em falta, como que contrariando quem o acusa de não aguentar 90 minutos. O jogo caminhava para o final, mas o Sporting teimava em não adormecê-lo, deixando no ar a possibilidade de um contra-ataque que deitasse tudo a perder. Unhas roídas, antes de saborear um borrego com cinco anos e marinado em arbitragens que o tornam ainda mais saboroso.
13 Abril, 2015 at 11:50
Boa vitoria!
Gostei do facto de algumas segundas linhas terem dado uma boa resposta.
13 Abril, 2015 at 11:59
Claramente o Sporting está a pagar a fatura da falta de soluções a nível do meio campo,Slavchev nunca apareceu,André Martins jogador mediano pouco jogou,Rossel não tem categoria para jogar no Sporting…consequência ,jogaram quase sempre os mesmos pelo que hoje em dia se nota a falta de intensidade nas zonas de pressão porque nâo há “pernas” para mais e é penoso ver Adrien,Joâo Mário e William tentarem e não conseguirem fazer mais.
13 Abril, 2015 at 15:06
Adoro estas sentenças do “não tem categoria para jogar no Sporting”…
Ontem houve outro nick que utilizou exactamente as mesmas palavras para o Rosell e para o Tanaka (jogador com melhor relação minutos/golos e que ontem marcou…). Cheira-me a teorias com penas transmitidas por osmose… trazem água no bico, if you know what i mean…
IMO é um pouco pesado e desagradável para um tipo sem ritmo que joga um jogo de três em três meses por estar à sombra do Rei William e que quando é chamado tem cumprido. Mas isto sou eu…
13 Abril, 2015 at 12:22
Sem ler os comentários que por aqui já se escreveram e correndo o risco de repetir a pergunta: o lance do golo do setúbal não é procedido de falta (é que eu só vi a repetição e vi uma carga no meio-campo, que dá o contra-ataque)?
Quanto ao jogo, não vi a 1.ª parte, só ouvi o relato até ao 30 min. (+/-) e quando fui para o steam vi as repetições dos golos e percebi que venciamos 2-0.
A 2.ª parte vi-a (depois de um momento doloroso, voltei a ver parte de um jogo do Sporting, mesmo assim ainda me custa) e, mesmo após o golo do setúbal e a expulsão do Ewerton, tive aquela ideia que ou o árbitro inventaria alguma coisa muito ruim ou a vitória não nes escaparia: pela forma coo controlamos o jogo, guardamos a bola (bom trabalho do Carrillo). Não chegaria para uma equipa mais forte, mas depois de tudo o que tem acontecido, nada mau mesmo.
13 Abril, 2015 at 13:21
É nestes momentos que o Sporting deveria falar sobre arbitragem. É preciso condicionar a nomeação de um
qualque olegario para o jamor.
13 Abril, 2015 at 13:41
Algumas notas:
Mané — extremo com fato de golo… Nota-se a escola de PL nas camadas jovens…
Carrillo — jogador fantástico! Espero MESMO q renove!!!
Temos 3 centrais BONS e o 4 central pode ser o R Semedo !
O Rossel não pode ser o substituto do William caso este último seja transferido … A diferença é abissal… ENORME!!!
Tal como o Boeck não pode ser o substituto do Rui!!! A diferença é abissal… ENORME!!!
Nota muito negativa:
Para a forma como possibilitamos um contra-ataque aos sadinos no último fôlego do jogo… muito MAU!!!!
O Paulo Baptista e o Olegário são dos maiores fdp da arbitragem … medo, muito MEDO caso apitem a final !!!!!!
SL
13 Abril, 2015 at 14:16
Terminei o jogo de ontem fodido com aquele lance do contra ataque sadino, que só não deu golo por acaso, já são erros a mais este ano a gerir uma vantagem e neste caso embora a culpa principal seja do Jeff, penso que o treinador não esteve bem, não percebi a substituição do Rossell pelo William, penso que deveriam ter ficado 3 unidades no meio campo e arriscámo-nos seriamente a perder mais 2 pontos.
Algumas notas que retiro deste jogo
Rossell – Muito fraco este jogador, pouca intensidade, pouco esclarecimento com a bola nos pés, é verdade que não tem ritmo de jogo e fica a dúvida, mas parece-me um jogador banal.
João Mário – Na concretização está um desastre, mas enquanto tem forças é um dos principais dinamizadores do nosso futebol ofensivo.
Jefferson – Depois de um bom jogo contra o Nacional, mais um jogo que deixa muito a desejar, penso que é dos jogadores que demonstra menor frescura fisica
Este aspecto da preparação fisica da equipa começa a preocupar-me, é verdade que fizémos mais jogos do que a época passada, mas comparando com outras equipas em situação semelhante, parece-me uma equipa muito fatigada.
P.S – Quanto ao Olarápio, só confirmou que juntamente com o Bruno Paixão são os 2 piores árbitros do futebol português dos últimos anos.