O futebol está cheio de chavões que são quebrados de forma natural. Um dos que mais oiço é: “Ainda têm de crescer!” ou “Ainda estão verdes!” ou qualquer outra expressão que defina qualquer jovem talento que surge nos nossos viveiros.
Toda a gente conhece a história da Classe de 92 do poderoso Manchester United e todos os sucessos alcançaram quer a nível interno, quer a nível europeu sob a orientação de Sir Alex Ferguson. O que se calhar nem toda gente se lembra é como ela surgiu, como foi lançada e como foi acarinhada seja pelos adeptos, pelos jogadores mais velhos ou pelo treinador.
A história começa em 1994, quando os Red Devils conquistam o campeonato com uma equipa de monstros como: Peter Schmeichel, Steve Bruce, Paul Ince, Eric Cantona ou Mark Hughes. Já antes dessa época, ouviam-se histórias sobre um conjunto de miúdos que andavam a dar espectáculo na equipa de reservas. Na ressaca do título e, na preparação do ano seguinte, três titulares indiscutíveis abandonaram a equipa: o lateral esquerdo Kanchelskys, o médio Paul Ince e o avançado Mark Hughes. Quem se lembra, sabe que estou a falar de três jogadores importantíssimos no ManUtd. Toda a gente dentro do clube pensava que os seus substitutos seriam contratados, sobretudo porque falamos do poderoso Manchester United, recém campeão e com grandes responsabilidades no futebol inglês. Toda a gente menos um, Sir Alex Ferguson.
O manager escocês decidiu, em vez de contratar os tais substitutos, promover os tais jovens da Classe de 92. As reacções não se fizeram esperar. O “nosso” Grand Danois (pausa para vénia), um dos mais influentes do plantel e, já naquela altura, o melhor guarda redes do Mundo, chegou a questionar Sir Alex sobre essa opção. Muitos apelidaram o escocês de “louco”. Antes de continuar, convém dizer de quem estou a falar: os irmãos Neville, Nicky Butt, Ryan Giggs, Paul Scholes e David Beckham. E, atentem o que vou escrever, não foram promovidos para ir para o banco, para “aprender” ou para “ganhar calo”. Saltaram directamente para o onze inicial por indicação do treinador.
O primeiro a subir foi Ryan Giggs, ainda na época em que se sagraram campeões. No ano seguinte, Gary Neville substituiu Kanchelskys, Scholes substituiu Paul Ince e, à medida que outros foram saindo, Beckham, Butt e Phill Neville também ganharam o seu lugar. Em pouco menos de 2 anos, praticamente todos eles passaram a ser titulares e guiaram o Manchester United ao domínio do futebol inglês.
Tentando fazer um paralelismo com o nosso clube, com as devidas distâncias, até porque estamos a falar de um conjunto de jovens em que, salvo uma ou outra excepção, atingiram o topo sendo considerados dos melhores do Mundo nas suas posições. Ainda está para nascer um lateral direito tão equilibrado a defender e a atacar como Gary Neville. Paul Scholes, ainda hoje é considerado um dos melhores mèdios ofensivos que a Premier League já viu. David Beckham atingiu o estrelato sendo, ainda hoje, um dos melhores (senão o melhor) passador da história do futebol. E isto são epítetos difíceis de alcançar, mas, na minha opinião acho que é possível fazer no Sporting aquilo que Alex Ferguson fez no Manchester United.
Será que Sir Alex sabia que eles iam atingir esse estatuto? Duvido muito. O manager, como qualquer comum mortal, terá visto os “lads” a jogar e ficou com os olhos a brilhar com tamanha qualidade. Depois, foi “só” acreditar neles. Acreditou tanto que chegou ao ponto de promovê-los da equipa de reservas directamente para o onze inicial. Teve resistência? Muita! Sobretudo das “vacas sagradas” como Schmeichel e, até dos adeptos tremendamente exigentes que adivinhavam uma catástrofe. Mas também é por isso que Sir Alex é especial. Tem um instinto apuradíssimo para o futebol e foi esse instinto que lhe permitiu, não só ganhar aquilo que ganhou, mas também tomar este tipo de decisões que, à primeira vista, seriam incompreensíveis. Segundo Schmeichel, bastaram uns quantos treinos para todo o plantel se render à qualidade daqueles miúdos insolentes que chegaram ali e jogavam como se estivessem nos lamaçais do campeonato de reservas. O resto da história, toda a gente conhece. Campeonatos em barda e época memorável do “treble” onde conquistaram a Premier League, a FA Cup e a Champions League. Este é o legado da Classe de 92 que, até hoje, nenhuma outra equipa inglesa conseguiu igualar.
Sinceramente, nåo entendo porque raio andamos nós, Sporting, cheios de receios e desconfianças acompanhados por chavões ridículos quando vemos talento puro mesmo à frente do nosso nariz. Quantos mais exemplos precisaremos nós para realmente perceber que nossa formação ainda é o caminho mais rápido, mais seguro e menos dispendioso para sermos competitivos? Porque raio dizemos nós, tantas vezes que já perdi a conta, que “com os miúdos não vamos lutar por títulos”? As provas mais recentes são João Mário, Tobias Figueiredo e Carlos Manè. Foram todos eles chamados em circunstâncias difíceis e nenhum deles desapontou, bem pelo contrário. Se a geração anterior com Patrício, Cédric, André Martins, William e Adrien se revelou uma boa base para nos reerguermos, será que devemos parar por aqui? Logo agora que vem aí a fornada do Iuri Medeiros, Wallyson, Esgaio ou Chaby? E quando outra imediatamente a seguir corre o risco de superar esta com Matheus, Podence, Gelson e Palhinha? Que faria Sir Alex com esta “classe”?
Olhando para os seis miúdos que Sir Alex promoveu naquela altura, nós podemos escolher os nossos. E a palavra chave é mesmo essa: “escolher”. Porque a qualidade é tanta e tão evidente que e dificuldade é precisamente escolher. Obviamente que nem todos poderão ser promovidos ao mesmo tempo e, se calhar, poucos saltariam para o onze inicial. Mas será que não chegam nem para estar no banco? Será que é obrigatório ter de fazer apostas de risco, dispendiosas, com jogadores estrangeiros, não adaptados e com total desconhecimento sobre o que é o Sporting? O que temos a perder? Um campeonato? Já alguém experimentou para ver se é mesmo assim?
Eu recuso-me a acreditar nessa ideia. Por várias razões: Primeiro, porque nunca tivemos uma geração deste nível em quantidade e qualidade. Segundo, porque se eles limparam tudo nos escalões jovens, significa que já nessa altura eram os melhores. E, se o trabalho for correcto, ser o melhor nos júniores é meio caminho andado para ser o melhor nos séniores. Terceiro, porque cresceram com sportinguismo entranhado nas veias e, mais importante, foram consistentemente ganhadores com a nossa camisola vestida (algo que os séniores não podem dizer). E quarto, porque…porra, já os viram jogar????
Ter um 11 totalmente da formação que seja capaz de lutar por títulos é uma utopia para a maioria. Talvez seja. Só que simplesmente recuso-me a rejeitar uma ideia sem a tentar colocar em prática. Talvez tivessemos uma surpresa. Ou não. E, na verdade, nem é bem isto que queremos (ninguém é obrigado a partilhar os meus delírios). É apenas acreditarem neles. Um, três, cinco ou dez, tanto me faz quantos sobem, quantos ficam ou quantos jogam. Tenho plena convicção que a maioria não desapontará. Porque haveriam, com tantos exemplos de sucesso que já tivemos?
Portanto, quem me diz que a miudagem está verde eu respondo que ainda bem porque é verde (e branco) que os queremos. Ou então, como o Ronaldo fez com o Queirós, direi: “Perguntem ao Ferguson!”
* todas as sextas, directamente de Angola, Sá abandona o seu lugar cativo à mesa da Tasca e toma conta da cozinha!
17 Abril, 2015 at 13:57
É uma boa analogia, embora eu ache que a classe de 95 do Ajax se enquadre melhor na nossa realidade, nesse ano, com uma equipa de miúdos ganharam a Champions com o comando de Van Gaal.
Edwin van der Sar
Michael Reiziger
Danny Blind (c)
Frank de Boer
Frank Rijkaard
Clarence Seedorf
Edgar Davids
Jari Litmanen
Finidi George
Marc Overmars
Ronald de Boer
No banco:
Fred Grim
Winston Bogarde
Nwankwo Kanu
Patrick Kluivert
Peter van Vossen
17 Abril, 2015 at 14:33
Cuidado com as comparações com o Ajax. A escola Holandesa é completamente diferente.
Vivo na Holanda e os meus 2 putos + velhos (10 e 8 anos) jogam num clube. A grande diferença aqui na Holanda p/ Portugal ( e penso q p/ a maioria dos países Europeus) é a quantidade de miúdos q jogam futebol. Vivo numa cidade c/ 25’000 habitantes e tem 4 clubes de futebol, cada um c/ vários campos relvados e diversas equipas (em média 7 equipas por cada escalão de 2 anos no caso do clube dos meus putos). Ou seja os clubes grandes (Ajax, Feynoord, PSV, etc.) têm acesso a milhares de putos com uma facilidade impressionante, porque ainda por cima o país é pequeno e densamente povoado.
O q eu quero dizer é q enquanto os nossos putos são formados em Alcochete desde tenra idade, a maioria dos craques do Ajax chega lá c/ 15, 16, 17 anos. O mérito da formação do Sporting é essencialmente apenas do Sporting. O mérito da formação do Ajax, Feynoord, PSV etc é essencialmente da federação holandesa de futebol e do dinamismo dado ao futebol juvenil neste país.
Como em tudo na vida há prós e cons: é muito mais fácil na Holanda fazer uma equipa de putos c/ grande qualidade, mas é muito mais difícil q essa equipa tenha uma cultura táctica e encarne uma determinada filosofia de jogo pois provavelmente cada puto conheceu diversos treinadores ao longo dos anos e c/ ideias muito diferentes. Por isso os Holandeses são tão bons individualmente e falham as vezes como equipa. Por isso há muito melhores atacantes do q defesas na Holanda.
17 Abril, 2015 at 14:00
Também eu gostava, mas da teoria á prática vai uma grande distância.
Primeira grande diferença, a intensidade de jogo de uns e outros. Enquanto neville’s, ince’s, scholes e butt podiam fazer 2 jogos seguidos que não se notava em termos fisicos…os nossos não aguentam 60 minutos. Isto para mim é o grande mistério da nossa estrutura, pois faz-me imensa confusão como miudos de 20 anos não aguentam 90 minutos (é excepção de moutinho talvez).
Segunda é a vontade de ganhar. Não vejo nos nossos jogadores essa vontade, muitos deles estão mesmo acomodados.
17 Abril, 2015 at 14:03
Antes de comentar este belo prato, Sá, deixa-me deixar-vos a agenda leonina para o fim-de-semana.
http://grandeartistaegoleador.blogs.sapo.pt/agenda-leonina-176463
Mais tarde volto cá para, com calma, falar do teu prato. Tenho uma viagem de duas horas para fazer antes disso 😉
Abraço e SL a todos
17 Abril, 2015 at 14:28
Obrigado (a dobrar)!
Aproveito para destacar que há um título de Campeão Nacional de Futsal (Juniores) para conquistar no Domingo à tarde, em Tabuaço, lá para os lados de Lamego/Vila Real/Viseu. Ganhando o jogo (última jornada) somos Campeões.
Se algum dos nossos for dessas zonas ou puder lá ir (e se não for pedir muito, ir dando notícias do jogo) era óptimo.
17 Abril, 2015 at 14:03
Boa tarde…
Então ao que parece, hoje os meus parabéns e desejos de boa saúde muitos anos de vida vão para o nosso amigo
“Lulinha” (1982)
E já agora se tudo isso for acompanhado de muitas vitórias verdes, tanto melhor…
Abr do Max e SL
17 Abril, 2015 at 14:20
Deixo-vos aqui um pequeno excerto da crónica do Bruno Pexibeque no Rascord de ontem.
“(…) ou seja, Bruno de Carvalho devia era estar nesta altura a afinar a preparação da próxima época na maior concórdia possível com Marco Silva. E já vai tarde, porque a concorrência já o está a fazer há muito, como se viu nos falhanços de Marçal e Hassan. Mais: a imprensa vem ciciicamente anunciando a venda de quase todos os titulares do Sporting. Mesmo descontando exageros que acabam que acabam por ser fruto da época, bem com a razoabilidade de não perder alguns bons negócios que cimentem a recuperação financeira, seria bom que BC não confiasse em demasia numa espécie de milagre da miltiplicação dos pães, como acabaria por ser a aposta de supetão em Iuri Medeiros, Esgaio, Wallyson, Ryan Gauld, etc, por muitas potencialidades que alguns deles parecem ter . Nesse caso, até a MS poderia agradar poder saltar do comboio a meio da viagem…”
17 Abril, 2015 at 14:21
Mais uma tirada do mesmo texto “Não continuar com Marco Silva seri uma jumentada de todo o tamanho”.
17 Abril, 2015 at 14:22
Jumentada é estar aqui a transcrever um texto de um atrasado mental. Foi o meu caso.
17 Abril, 2015 at 14:23
Esse cabeçudo farpa-se como o caralho sempre que dá à caneta.
17 Abril, 2015 at 14:27
O panasca de “bolso” fuma ums piriscas do passeio e sente-se logo o Todo-Poderoso da escrita. Puta que pariu a tua escrita parolo de merda! Escarro pra cima do teu pullitzer imaginário!
17 Abril, 2015 at 14:38
Engraçado… não vejo esse panasca preocupado com as possíveis / prováveis saídas de Lopatego ou do Jasus – aí se calhar estão mais adiantados… Nem com os jogadores que podem sair das nádegas. Já metem nojo estas tiradas pseudo-jornalísticas de atrasados mentais. Que ódio ao nosso presidente.
17 Abril, 2015 at 15:01
Para castigar esse gajo só mesmo com uma vagina escarrapachada no seu focinho. Golden Rain à mistura… boi do Pexibeque.
17 Abril, 2015 at 15:02
Ele é daqueles que adora ter um Chihuahua ao colo.
17 Abril, 2015 at 15:21
A crónica semanal chama-se Ludopédio 😀 hahahaha peido lusitano.
17 Abril, 2015 at 14:23
A inveja e dor de cotovelo é uma coisa muito feia …eheh
17 Abril, 2015 at 15:07
Querer acusar os casos de Marçal e Hassan para atingir BdC só demonstra má-fé além de estupidez. Obviamente que com a diferença de meios que existem, é muito difícil ao Sporting movimentar-se no mercado português. Isto porque basta constar que está interessado em alguém logo virá uma nádega alvoraçada ou começam a pedir mundos e fundos. E está por demonstrar que qualquer deles seja efetivamente uma grande contratação… (embora o Hassan possa ter potencial)
17 Abril, 2015 at 15:36
E ainda falta provar…
Que em ambos o Sporting tenha efectivamente feito deligencias para a contratação…
Mas é como diz…é trabalho escusado tentar contratar seja quem for que jogue aqui no quintal lusitano…
O diabo que os carregue…!!
Abr e SL
17 Abril, 2015 at 15:51
Correção: nádega “alvoroçada”.
17 Abril, 2015 at 15:15
Texto para guardar e esfregar lhe na tromba daqui a uns meses.
17 Abril, 2015 at 14:23
O ManUnited fez aquilo que consta do post com inquestionável sucesso. Fez bem porque ninguém deve investir na formação se, o melhor que produz é o Ivan Cavaleiro, um jogador de berlinde guindado ao estrelato pelos media do seu clube.
Relativamente ao post posso dizer que concordo com 98% do conteúdo e 100% da ideia de termos uma equipe do Sporting constituída exclusivamente por Sportinguistas.
Não me parece no entanto possível, a curto prazo, se queremos ter sucesso na Liga dos Campeões sendo, também Campeões Nacionais com alguma regularidade.
Aduzo, a favor desta minha convicção alguns argumentos que me parecem decisivos:
1. Nenhum clube foi alguma vez Campeão Nacional sem dispor de um ou dois “Matadores” nas suas fileiras, capazes de fazerem cada um 15 golos por época. Não há na Academia jogadores desse tipo, por culpa própria pois temos tudo o que necessitamos à nossa disposição para os “fabricar”. Que tem faltado nestes últimos 50 anos? A consciência que, jogadores que tenham o necessário perfil psicológico para se transformarem em “Matadores” carecem de formação específica, tal como os guarda redes. Manel Fernandes tentou criar uma “escola de avançados” mas, faltou-lhe, além do know how e da capacidade para os ensinar, toda a estrutura da nossa Academia e o projecto “desmoronou-se”. Nós temos Manel Fernandes à mão de semear o que no Sporting não existe é consciência dessa necessidade. Nem tudo é perfeito. Podemos fabricar novos “Manuel Fernandes”, “Liedsons”, “Jardeis”, “Peyroteus”? Podemos, tal como formámos, Rui Patrício; Ronaldo, Figo, Futre, Nani, Tobias Figueiredo, Ilori, João Mário William. Somos especialistas na formação ESPECÍFICA de guarda-redes e na Formação Genérica de meio campistas, incluindo extremos.
Não formamos nem Pontas de lança, nem números 10, nem números 8. Porquê? Falta-nos a formação específica de avançados e pontas de lança (quanto aos números 10 haverá diferentes razões).
2. Ninguém pode ambicionar ser Campeão Nacional, sem uma defesa sólida capaz de fazer frente com sucesso regular às linhas avançadas dos rivais. O chavão “o Campeão chega ao título sem contar com os jogos com os concorrentes directos”, é outra treta.
Na defesa, um central ou dois experientes, são absolutamente essenciais, um central ou dois novos e rápidos (antes de se tornarem lentos e experientes) também.
Por outro lado, a “foice” tem entrado na nossa seara de centrais como faca em manteiga (Ilori, Dier e Rojo que, tinha a experiência mas era lateral, foram à vida). Aqui, tal como na especialidade dos pontas de lança, não temos alternativa senão contratar fora.
3. Nos Guarda redes formamos gente que pode vir a ocupar a nossa baliza mas, Ruis Patrícios, dada a exiguidade de formandos para a posição, são agulhas num palheiro por isso, levou 40 anos a formarmos um segundo Vítor Damas. Teremos de continuar a contratar fora, com regularidade.
Está na altura de começar a dar muitas oportunidades ao Marcelo Boeck, desde que tenhamos na equipe, em 2015/16, um verdadeiro Matador que, Slimani não é. Tenhamos consciência disso. Slimani é um “André Martins” dos ponta de lança mas, está longíssimo de um Liedson, Yazalde ou Manuel Fernandes.
Mais 1 ano e teremos um novo William (?) mas, um novo Manel, não.
Assim, visto na perspectiva do post, associada à minha, o Sporting não precisando, financeiramente, de vender jogadores, graças à Direcção do Dr. Bruno de Carvalho e a mais ninguém, se quer ser Campeão Nacional, tem de vender muitos activos por motivos de ordem desportiva. Tem de vender jogadores da equipe A e da equipe B. Tem de recorrer também a alguma entrada de capital adicional na SAD, Tem ainda de montar um ferrolho jurídico que nos assegure a irrepetibilidade de casos como , recentemente, o do Bruma; o do Dier, do Ilori e mesmo o do Rojo. Nenhum jogador deverá poder largar o Sporting sem rentabilidade desportiva e financeira para o Clube e sem que o Clube decida, sem interferências externas, ter chegado o momento de realizar o “Encaixe óptimo”.
Feitas estas considerações prévias, que fazer?
A primeira coisa é decidir comprar o tal “Matador” e o tal central.
A segunda é garantir a continuidade da “espinha dorsal” da equipe para a próxima época. Jogadores como Patrício, Slimani, João Mário, Adrien, Ewersson, Tobias, William e Tanaka, ambos os laterais esquerdos, um dos laterais direitos, Carrillo e Carlos Mané, NÃO PODEM SAIR este ano.
Jogadores como Iuri Medeiros, Wallison, Gauld, Gelson Martins, Rúben Semedo, Esgaio, Enoh (?), Rubio (?), o actual trinco da “B” de quem de momento não recordo o nome e outros têm de regressar ao Sporting, integrar uma das equipes profissionais, ser promovidos a equipe “A” e manterem-se no Sporting, por muitos e bons anos.
Os melhores jogadores de cada escalão da formação têm de ser promovidos aos escalões imediatamente superiores
O remanescente tem de ser vendido. Lamento dizê-lo mas, se não servem para a equipe B nem para a A são custos, puros e duros que é preciso evitar.
Precisamos de 25 a 30 Milhões de Euros para investir num Matador a sério e num Central a sério. Todas as outras posições podem ser asseguradas pela nossa espinha dorsal e rapaziada da Academia. Temos valores que cheguem.
Alguém me vai dizer: – então e o André Martins? Actualmente ainda dá mais garantias que o Gauld ou o Wallison… Pois é mas, se não arriscarmos nada, nada petiscamos e o resto é pura conversa. Há que fazer como Ferguson e arriscar nos melhores.
Se temos dúvidas, pode ser que Fergusson esteja interessado num período de Golf em Portugal e o possamos “contratar” para nos dar alguma consultoria externa durante 1 ano. Será? O custo será incomportável? Não sei se o Sporting estará disposto a correr o risco de “ele nos não vir ensinar nada”. Têm a certeza que nos não ensina coisa nenhuma? E se fizermos dele nosso “agente” para colocação futura de jogadores, interessando-o nas vendas futuras de alguns jogadores da nossa formação, será o custo incomportável?
Voltando à vaca fria, veria com bons olhos um plantel A no próximo ano constituído da seguinte maneira:
Guarda redes: Patrício e Boeck
Laterais direitos: Geraldes e Miguel Lopes ou Cédric
Centrais: Ewersson, Tobias, Paulo Oliveira e Novo Central
Laterais Esquerdos: Jonathan e Jefferson
Meio Campo: William, o tal trinco da B ou Rossel, Gauld, Wallison, João Mário, Adrien, Iuri Medeiros
Extremos: Carrillo, Wilson Eduardo ou Podence, Carlos Mané
Avançados puros: Slimani, Tanaka e Novo Ponta de lança
Teríamos assim um plantel fantástico de 24 ou 25 jogadores.
Grandes obstáculos a este sonho: Arranjar 25M para as compras e mais 12 para o aumento de ordenados que isso iria provocar, mais os 25M da ordem que já nos custa o Futebol profissional. Estamos a falar de um aumento do orçamento, para 60M de Euros se não começarmos com engenharias financeiras de amortização a desvirtuar as contas…
Pode-se sonhar?
17 Abril, 2015 at 14:54
Mario acho que é o teu melhor comentário 😉
“Precisamos de 25 a 30 Milhões de Euros para investir num Matador a sério e num Central a sério. Todas as outras posições podem ser asseguradas pela nossa espinha dorsal e rapaziada da Academia. Temos valores que cheguem.”
O problema será o valor … 25 a 30 milhões no matador para muitos anos é, será improvável nesta altura.
“Avançados puros: Slimani, Tanaka e Novo Ponta de lança”
Rubio? não sendo (ainda) um matador tem esse potencial. Acrescentá-lo ia à tua lista, que diga-se não andará muito longe do nosso próximo plantel.
17 Abril, 2015 at 15:40
Golaço.
17 Abril, 2015 at 14:32
Então o paspalho do Patego vem agora queixar-se pelo facto da sua equipa ter pouco tempo de descanso após o jogo da CL. O mesmo morca que desvalorizou o hipotético cansaço físico do SCP após o jogo da 2ª mão da Liga Europa contra o Wolfs?! Este gajo é um vómito. Puta que pariu o Javier Bardem do putedo.
17 Abril, 2015 at 14:36
Deixa lá que 3ª em munique é cilindrado e no domingo seguinte o colinho ataca em força à frente do colombo e acaba-se a época para o lopatego
17 Abril, 2015 at 14:41
É o cenário que me parece mais provável… Até domingo (jogo com o Carnide) define-se a época para o Porco e para o Patego.
17 Abril, 2015 at 14:59
Eles que dêem todos novamente na bombinha!
17 Abril, 2015 at 14:35
Parabéns tasqueiro Lulinha! Abraço e Saudações Leoninas!
17 Abril, 2015 at 14:44
Quick comment só p/ deixar claro q estou totalmente de acordo com o Sá.
Só q ainda sou mais optimista:
Estou convencido q vamos ter já uma grande equipa na próxima época, com uma qualidade tremenda dos mais novos aliada a muita garra e já considerável experiência dos q vão ficar. Acredito q não vamos vender nenhuma pérola q seja de difícil substituição, à excepção talvez do William.
17 Abril, 2015 at 14:45
Depois de ler os comentários na diagonal:
1) A ideia de que os jovens que Ferguson lançou estarem protegidos pela malta experiente é verdadeira. Não percebo é porque é que acham que nós não temos esses “experientes”. Cada um na sua dimensão, Patrício pode ser o nosso Schmeichel, Adrien o nosso Steve Bruce, Cédric ou Miguel Lopes o nosso Irwin ou Pallister. Isto, falando em conhecimento do clube e dedicação ao mesmo. E, mesmo na propalada experiência, não se tratam de jogadores acabadinhos de lançar. Têm todos muita experiência de Primeira Liga. E, mesmo em relação a troféus, Adrien, Cédric e Rui Patrício já os conquistaram, sabem o que é ganhar. Só lhes falta um campeonato. Não podemos continuar a falar destes jogadores como se fossem jovens. Já têm alguns anos de clube e já têm uma certa responsabilidade.
2) Centrar a questão do lançamento de jovens exclusivamente à protecção dos experientes é ignorar a resistência que Sir Alex teve quando tomou essa decisão. Não tenham dúvidas, o factor mais importante foi a coragem do escocês. Coragem e resiliência. Porque acreditou neles e foi resistente às críticas dos adeptos e até dos tais experientes. Seria muito fácil “ir na onda” dos exigentes adeptos do United e adiar essa integração, indo ao mercado e contratando vários jogadores. Mas como sabia da qualidade deles, tomou uma decisão polémica e manteve-se fiel à mesma.
3) Eu continuo a dizer que seria possível integrar mais jovens, dar-lhes mais jogo e não perder competitividade. Mas admito que isto é uma crença pessoal porque, objectivamente, ainda não foi feito. Logo, não sei se tenho razão ou não.
4) Podem encontrar, implicitamente, uma crítica ao treinador. Admito. Mas também é uma crítica à direcção porque foi esta que foi contratar lá fora acabando por ter de emprestar os jovens que cá temos para haver espaço para todos. Nem todos foram mal contratados nem sequer os empréstimos foram maus, até porque alguns já são actuais titulares e outros estão na calha para ser. No fundo, isto é uma chamada de atenção para a definição da estratégia para o próximo ano. O treinador, em vez de pedir N jogadores, deve integrar os jovens e centrar o seu pedido nos tais 2/3 titulares. A direcção tem de refrear o ímpeto de ir gastar dinheiro desnecessariamente e centrar-se em dar os tais 2/3 titulares ao treinador. Com isto definido, acredito que o próprio treinador vai sentir que tem aquilo que pediu e vai começar a integrar os tais jovens de forma natural. Pelo menos é o que eu espero.
17 Abril, 2015 at 15:13
Sá concordo com tudo. Falando por mim, eu quando falo em juntar jogadores experientes conto com os que já lá estão (um jogador com 24, 25 anos (ou até menos) pode ser já muito experiente e com um ou outro que venha. Não estava a pensar em trintões ou perto disso, embora não os exclua (um Acosta agora por exemplo, quem desdenharia?)
17 Abril, 2015 at 14:52
Um pormenorzinho:
O futebol e 1 desporto de ….EQUIPA!!
PQ?? Pq e composto por 11 elementos….
Ganha campeonatos e taças a EQUIPA que marca mais golos do que sofre dos adversarios!
E tantas verdades de La Palisse para que?
Para lembrar que nao e necessariamt a comprar avançados de “25, 26 ou 27 golos” …. o q e verdadeiramente necessário é a equipa ser coesa dentro de campo!!
Nesse aspeto, um golo ou uma assistencia para golo num jogo de equipa tem o mm valor!!
E se virem as coisas por este prisma, sabem quem e o nosso jogador mais influente esta epoca???
1- Carrilho
2- Nani
Mais …comparem…
PL A: 10 golos 9 assistencias
PL B: 17 golos 1 assistencias
Quem serviu melhor a Equipa?
O PL B marcou quase o dobro dos golos mas a EQUIPA lucrou mais com o PL A que so marcou 10!!
O Foco tem de ser a equipa e nao ganhar a Bota de Ouro!
17 Abril, 2015 at 15:11
Tens toda a razão, mas continua a fazer falta um bom ponta-de-lança : condição que não é suficiente mas claramente necessária…
17 Abril, 2015 at 15:12
Acrescentei o Slimani Frost …. e fiz a maldade de acrescentar os dados dos dois amrmanjos que apontam ao Sporting.
https://infogr.am/o_futuro_no_ataque
o Hassan do Rio Ave e o tal Kachunga … só para percebermos como a tentar contratar alguém que seja quem vale mesmo a pena.
Mas para mim e como disse atrá na resposta do Mario Túlio …. é em Rubio que temos de colocar as fichas todas.
17 Abril, 2015 at 15:51
eu gosto deste “Kanu” em potência
Mamadou Obbi Oulare
17 Abril, 2015 at 16:14
Tkx!
O q o grafico revela e q ordenando pelo score temos:
1 rubio
2 slimani
3 tanaka
4 hassan
Tao a ver? Tanaka e mais influenciador (qd joga!) do q Hassan no Rio Ave!
17 Abril, 2015 at 16:23
Paulo, se aunda tiveres pachorra poe ai o nani e o carrilho…ja q jogamos em 4-3-3…
De cabeca ou mt engamo mas o mvp e carrilho e so depois nani e slimani a par.
Convem dizer ao ppl q tem de clicar em cima das bolinhas pa verem o score total do player…rubio e o unico q supera 0.8
17 Abril, 2015 at 17:01
Se o Montero numa época má tem estas estatísticas, eu prefiro por as fichas no Montero e re-organizar a equipa para lhe dar mais condições.
17 Abril, 2015 at 17:58
Montero é “classe”, mas não tem intensidade e apenas e só por isso não serve. Falta-lhe “nervo” / “sangue na guelra.
Apesar de isto tudo tem números bem semelhantes ao “SuperSlimani”, mas sempre ouvi dizer que mais vale cair em graça do que ser engraçado….
Quanto a não ser necessário um Goleador…. deixo esta perguntas a quem “souber” responder:
Teriamos sido Campeões sem Jardel e Acosta?
Adivinhar é proibido…. mas atrevo-me a escrever que sem ambos não teriamos sido Campeões.
Por isso para o Sporting ser Campeão em Portugal (para outros basta Apaf) é fundamental ter um verdadeiro Goleador! Um verdadeiro Matador que seja o “terror”!
17 Abril, 2015 at 18:40
Mesmo com Jardel, sem JVP não teria dado (digo eu).
Montero (e Mané) poderia fazer essa posição de João Pinto na próxima época.
Acima de tudo temos é de ter uma fluidez maior na linha da frente (para baralhar o adversário), coisa que começámos a fazer bem no inicio da época mas que agora se tem perdido e estamos muito presos num desenho táctico com os extremos muito encostados.
Para isso (ter Montero ou Mané) temos de sacrificar alguem do meio campo e a minha escolha recai em usar apenas JM e Adrien.
William poderia ser vendido para bem das contas do clube e para ir buscar o tal avançado que valha 20 golos.
17 Abril, 2015 at 16:34
Hoje em dia estes jovens de 18-20 anos já chegam aos seniores com muitos jogos nas pernas, a única coisa que lhes poderá faltar é a responsabilidade de uma 1ª divisão, porque se até aos 15-16 anos apenas querem ganhar (generalizando), aos 17-18 já começa a pesar o peso da competição, uma segunda liga já é a doer, já há porrada a sério, entradas malandras, ou seja quando saltam para a equipa principal já são homens (jogadores) feitos! Qualquer jogador nosso da equipa B que seja bem recebido no plantel principal (e acho que isso acontece na nossa equipa com a maior das normalidades) tem condições para se impor
17 Abril, 2015 at 16:43
Alguém de vocês se lembra de eu ter dito que duvidava que o Wolfs chegasse às meias-finais? (isto após a nossa penosa eliminação).
Está quase a acontecer.
17 Abril, 2015 at 19:04
o Kanchelskis nao era avançado?
18 Abril, 2015 at 12:42
Era uma espécie de médio-ala/extremo. Um 7 misturado com um 8.
17 Abril, 2015 at 19:08
Fantástico post transparece perfeitamente a minha opinião) e é excelente comparação! A meu ver no próximo ano entre banco e titularidade terão obrigatóriamente que andar Esgaio, Iuri, Wallyson e Gauld. E daqui a um dois anos ou até mais cedo Palhinha, Riquicho, Gelson e Matheus Pereira também têm qualidade para vingar no Sporting mas precisam de ser emprestados para virem com outro estatuto já que o nosso bom treinador ainda não tem a mesma a capacidade de avaliação de jogadores ou auto-confiança que o grande Sir Alex tem pois certamente que este ano Wallyson e Gauld teriam muito mais oportunidades e elementos com André Martins e Capel teriam sido dispensados.Ponde, Francisco Geraldes e Podence também podem vir a entrar no plantel A no futuro mas não têm mesma qualidade dos acima citados e Chaby enquanto não mudar de atitude vai permanecer uma eterna promessa. Mas para isto acontecer era preciso vender Cedric, André Martins, Capel e Adrien.
Marco Silva não é o unico culpado nisto tudo quem contratou Sarr quando tinhamos Tobias e Ruben Semedo? Por que razão Sambinha e Nuno Reis que irão terminar (felizmente!) contrato em junho ainda estão na plantel a ocupar o espaço de Domingos Duarte? Porque razão os limitados André Geraldes e Mica Pinto estão a ocupar e roubar o lugar inexplicavelmente a King e Riquicho?
É preciso que tanto na equipa B como na A seja feita uma limpeza não só para dar espaço aos elementos mais talentosos mas também para serem colmatadas algumas falhas da formação (a partir da geração de 95 incluido há um deserto com uns poucos oásis: Matheus Pereira e Elói) com talentos de fora, também será preciso melhorar a politica de emprestimos para alguns elementos não estagnarem e ganharem intensidade e estatuto perante a Direcção, equipa técnica e adeptos. Sacko Dramé e principalmente Rubio terão que ser integrados na equipa A ou emprestados ou vendidos pois correm o risco de estagnar na segunda liga.
17 Abril, 2015 at 19:52
Parece que o Sindicato dos Jogadores deu o prémio de Jogador Jovem a um sénior do Benfica B-verySAD
É cada tiro cada melro.
17 Abril, 2015 at 20:00
Ao Sporting, para lá dos adeptos britânicos, faltam pesos pesados tipo Roy Keane para puxar as orelhas aos putos e, claro, dinheiro para tapar os buracos. Porque a rapaziada de 92 nada ganharia sem o Sheringham, Yorke ou Rio Ferdinand.
18 Abril, 2015 at 0:04
Só agora tive tempo para vir à Tasca e não queria deixar de comentar um dos mais pertinentes posts de sempre.
Utopia completa ou não?
Mais uma vez e para não variar, estou com o Sá 🙂
Acho que não devemos contratar para posições onde temos qualidade evidente, mesmo que sem grande experiência ao mais alto nível. É que, para todos os efeitos, não me parece que tenhamos capacidade para adquirir fora qualidade com experiência.
Concordo que falta coragem para apostar e acho até que teria um efeito ainda mais positivo nos Sportinguistas.
Discordo daquela teoria de alguns que os Sportinguistas não têm paciência, que acham sempre que está tudo mal e que colocam tudo em causa ao mínimo deslize.
Aquilo que Sportinguista não tolera (nem deve) é falta de entrega e de competência. Queremos 11 leões em campo e não têm de ser 11 Ronaldos.
Há quantos anos não somos campeões? Quantas vezes o fomos nos últimos 30 anos?
Pois…
Então e nós é que não temos paciência?! Claro que temos! Aliás, ninguém tem mais do que nós.
Por isso, assino por baixo o prato do Sá e digo mais, quero renovar…porque estava bom e tenho fome para mais.
Haja coragem pois qualidade há de sobra!
18 Abril, 2015 at 12:15
O não termos paciência é que nos tem levado ao insucesso. Por causa dela quantos treinadores tivemos nos últimos 30 anos? Não sei mas provavelmente mais de 30. E titulos ? Dois. Não se pode argumentar que tivemos paciência porque aguentamos com apenas dois titulos. A falta de paciência foi a causa e a consequência são 2 titulos em 30 anos ! Como dizia o outro depois da asneira ” ai aguentamos, aguentamos..”. Somos pacientes forçados.
18 Abril, 2015 at 4:09
Ó Marco anda cá ver isto!!!
18 Abril, 2015 at 4:09
Haja “Cojones”…!!!
18 Abril, 2015 at 11:22
Em primeiro cumprimentar o Sá, grande abraço (tens feito falta nas roullotes…) em segundo cumprimentar o Sá, grande post com o qual eu concordo inteiramente do ponto de vista ideológico mas, precisamos não nos esquecer de um ponto fundamental, o Sir AF quando fez o que fez, não tinha as condições”agrestes” com que o SCP se defronta em Portugal (todos nós sabemos quais são) ou seja o Sir, montou um projecto e teve a coragem e o engenho de apostar nele até ao fim, mas numa liga em que o espectáculo desportivo, a honestidade, a competitividade, a equidade e a transparência são os valores defendidos diariamente por aqueles lados, qualquer semelhança com o “caso” Português é PURA coincidência…
Quero eu com isto dizer que não devemos seguir esse caminho? Nem pouco mais ou menos, o que eu quero dizer é que a tradução de uma aposta na(s) nossa(s) “classe de 92” não vai ter a mesma correspondência em títulos, que teve a do MU, não quero com isto dizer que não vamos nos próximos 2/3 anos ganhar um campeonato, quero dizer que ao contrário do exemplo Inglês o trabalho sério na formação, a seriedade, a competência e a coragem de defender os nossos princípios, não irá produzir uma hegemonia do futebol Nacional enquanto este estiver refém dos compadrios, esquemas corruptos e a bandidagem que grassa impunemente por essas tribunas fora, então, mas podemos ganhar nas Taças Europeias dizem vocês, podemos sim digo eu, mas só se tudo sair imaculadamente perfeito nesse dia, porque sub-conscientemente, os árbitros estrangeiros pensam de Portugal e dos clubes Portugueses aquilo que todos nós pensamos, esquemas manhosos, jogadores fiteiros, futebol inconsequente com “artistas” que simulam tudo e mais alguma coisa para enganar os árbitros, mais do que a possível desonestidade de alguns árbitros europeus (que também os há) o que puxa as nossas equipas para baixo é a imagem que lá fora se tem do que se passa no futebol Português e se calhar com razão…
Portanto o que eu quero dizer é que idealisticamente não posso estar mais de acordo com o Sá do que estou, devemos apostar sem medo na nossa formação, desde que enquadrada por verdadeiras mais valias na espinha dorsal da equipa (já lá vamos) mas realisticamente não esperem que os resultados sejam aqueles que esta política merece, enquanto as condições do futebol cá do burgo forem as actuais, na altura da hegemonia do fcporco nos orgãos decisórios a “coisa” era feita com algum recato e ás escondidas, hoje em dia debaixo da pata encarnada perdeu-se completamente a vergonha e os esquemas são feitos ás claras e com o beneplácito dos órgãos federativos/liga, juízes, CS, associações “profissionais” etc, na altura do esquema azul, os roubos eram cirúrgicos e apenas quando eram necessários, na 1ª e 2ª ligas, para pagar favores ou ganhar campeonatos, agora é a torto e a direito, ás claras e sem vergonha nenhuma na cara seja na 1ª liga, na 2ª, nos júniores, juvenis ou iniciados e toda a gente sabe disto e NINGUÉM faz nada, de resto a ladroagem e pouca vergonhice estão ao nível do ideólogo (vulgo orelhas) que montou o esquema que é que vocês estavam á espera? Dizem que os leopardos não mudam as manchas, pelos vistos as hienas também não…E nós ao contrário do MU temos de resolver o problema desportivo e o extra-desportivo… era essa a noção que eu queria passar, podemos e devemos seguir a mesma linha de acção do Sir AF, mas não existe nenhum paralelismo entre as duas situações.
Por último o enquadramento dos nossos jovens, numa estrutura que possua experiência e mais valias, essa espinha dorsal não têm de provir obrigatoriamente de contratações mais ou menos sonantes, temos actualmente uma espinha dorsal na equipa A com valor e experiência de jogadores maioritariamente formados por nós, mas sou apologista de que se tivermos que comprar, prefiro comprar um jogador muito bom, do que 5 mais ou menos cheios de potencial e isto entronca na questão dos salários quem ouviu o BdC com atenção sabe que ele disse que o SCP não tem um tecto salarial para um jogador individualmente, tem um tecto salarial para a equipa, ou seja, a soma de todos os ordenados não pode exceder “x”, mas que para um jogador ser colocado num patamar diferente é preciso que o grupo reconheça a sua importância e mais valia dentro da equipa (ninguém reclamou ou se pôs em bicos dos pés pelos aumentos que foram dados ao William ou ao Slimani, por exemplo) e se esta politica pode “entravar” um bocado as negociações de algumas renovações, também pode facilitar a vinda de uma verdadeira “mais valia” porque no Sporting não há tectos salariais monetários, há é tectos salariais “morais” como se viu no caso Miguel Lopes…
Abcos e SL