Não sei se terá passado pela cabeça de outro Leão ou Leoa, mas enquanto a Arena quase vinha abaixo com o apoio à equipa de Sporting Clube de Portugal, eu recordava a noite de 24 de abril de 1974. 41 anos depois, aquele “nós acreditamos em vocês” transformado em grito de golo, soou-me a um “E Depois do Adeus”. E toda aquela noite em que soubemos ser tão grandes quanto os maiores da Europa, ainda me sabe a senha.
Confesso que desde ontem, pergunto a mim mesmo como foi possível. Como foi possível terem-nos tirado metade do coração? Como foi possível terem silenciado rugidos que fizeram história pelo mundo? E, mais ainda, como foi possível nós termos deixado? Deixámos tirar-nos a Nave. E construir um estádio que ignorava o nosso ecletismo. Deixámos tirar-nos o hóquei, o basquetebol, o voleibol. Deixámos o atletismo correr e saltar para parte incerta. Deixámos atirarem o andebol para um qualquer canto e teria bastado uma curva mais sinuosa para deixarmos o futsal ser varrido na mesma direcção. Deixámos que nos amordaçassem.
E de todo o mal que deixámos fazer a quem cantamos ser o nosso grande amor, este terá sido o maior. Deixámos que nos dissessem que era o que faltava gastar dinheiro nas modalidades, se esse dinheiro podia ser canalizado para o futebol. Mesmo que, quase em simultâneo, nos dissessem que afinal o dinheiro era para pagar negociatas com amigos de berloque e que já não era mau ficarmos em segundo lugar. Tudo isto nós deixámos. Quis, no entanto, o destino, que Leões com ou sem bigode, com ou sem boina, com ou sem flanela, de esquerda ou de direita, se recusassem a viver assim. Trabalhou-se, trabalhou-se muito, trabalhou-se tanto. Tanto se trabalhou para que essa história continuasse viva, à espera do momento certo para ser recontada.
Não sei se terá passado pela cabeça de outro Leão ou Leoa, mas enquanto a Arena quase vinha abaixo com o apoio à equipa de Sporting Clube de Portugal, eu recordava a noite de 24 de abril de 1974. 41 anos depois, aquele “nós acreditamos em vocês” transformado em grito de golo, soou-me a um “E Depois do Adeus”. E toda aquela noite em que soubemos ser tão grandes quanto os maiores da Europa, ainda me sabe a senha. Uma senha que faz com que, hoje, o mundo do futsal e grande parte do universo desportivo, comente o impressionante apoio que um tal de Sporting Clube de Portugal teve num mero jogo de futsal. Uma senha que, acima de tudo, todos os Sportinguistas terão que saber escutar.
Hoje como há 41 anos, sentimos soltar a mordaça que nos abafou as modalidades. Hoje, como há 41 anos, sentimos que vamos ter que trabalhar o dobro para ultrapassar um atraso que nós próprios consentimos. Hoje, como há 41 anos, está tudo nas nossas mãos. Há um pavilhão para construir e para o qual todos podemos contribuir. Há todo um mundo de modalidades que temos obrigação de apoiar, sabendo que o seu crescimento e fortalecimento depende do aumento efectivo do número de sócios activos! Não basta dizermos que o Sporting somos nós! É preciso passar das palavras à prática! Como ontem, numa tão grande manifestação de orgulho por poder usar uma verde e branca de rampante ao peito nas camisolas verdes e brancas.
Que, esta noite, os nossos bravos do hóquei, lá por terras catalãs, saibam patinar sobre este espírito. Que os ecos do rugido de ontem lhes cheguem e que também eles escutem a senha. Que também eles nos ajudem a lembrar o quão perto estamos de ter a nossa Grândola, a que chamaremos pavilhão. E que orgulho terei eu, como tiveram os meus pais, de sentir-me parte desse pedaço de história que tudo tem para iluminar a nossa. De dizer à minha filha que, ali, somos todos amigos e somos todos iguais. Porque somos todos do Sporting. Aí, sim, a revolução estará em marcha.
26 Abril, 2015 at 1:26
Isto realmente é tudo conversa fiada, os verdadeiros sportinguistas
são aqueles que acompanham o clube nem que esteja na segunda
divisão. Há 48 anos quando o hoquei estava na 2ª divisão e nem
tinhamos pavilhão jogavamos nos Maristas em campolide ou ao ar
livre por trás do peão do velho Alvalade ao ar livre com jogadores
como Vítor Ferreira, Américo Solipa etc, as bancadas estavam sempre
cheias e foi assim que se construiu o futuro para a célebre equipa
que nos anos 70 enchia os pavilhões e nos deliciou a todos. Para
se colher é preciso semear, claro que atingimos aquele nível porque
tínhamos os melhores,
26 Abril, 2015 at 1:29
O Sporting é um amor sem divisão.
26 Abril, 2015 at 1:46
Saudações Leoninas.
Tive que ausentar quando faltavam 5 minutos para acabar o jogo. Cheguei agora a casa e fui ver o resto do jogo e vibrei com o apuramento para a final.
Que grande jogo dos leões do hóquei.
Quando aparecerem aqui na tasca os fdp que só cá vêem quando não ganhamos (não são Sportinguistas de certeza) façam o que se faz a merda, puxem o autoclismo s.f.f.
26 Abril, 2015 at 9:19
Bom dia Sporting!
26 Abril, 2015 at 9:32
será pedir muito, (aos meninos do futebol e respectivo “comandante”), que “mostrem a mesma dedicacao, devocao e esforco que o futsal, o hóquei e o andebol mostram??
a quem se deverao assacar “responsabilidades”?
aos “meninos”?
ou a quem os deve/deveria de “por na ordem”?
seria interessante, (pelo menos para mim), que o futebol tambem tivesse o pedido de desconto de tempo, para ver as “palestras motivacionais”, em comparacao com as do hóquei, futsal e andebol… e para se “perceber” o que se passa com o “desleixo” que algumas vezes, (demais para o meu gosto), os mais bem pagos a nivel de modalidades apresentam… (as vezes penso que se o “nosso” futebol fosse “amador”, como as modalidades, veriamos muito mais “vontade” do que se ve actualmente… (utopias,eu sei), mas f*^&-se, vejam os exemplos dos hoquistas e dos “futsalistas” e vejam as “ganas” que eles mostram em contraste com o “temos de levantar a cabeca e blablabla dos “principes encantados”…
dará para “trazer” o Miguel Albuquerque por uns tempos para o futebol? para “sacudir” certas mentalidades??
ás vezes penso que as modalidades “ditas amadoras” representam bem mais os valores do SCP do que a equipa de futebol em si…
triste, mas é a “sensacao” com que ás vezes fico…
lembro que quando ganhámos os ultimos campeonatos, tinhamos jogadores que deixavam sangue, suor e alma em campo… agora vejo “fedelhos” que parece que fazem um “frete” por andar ali… e nao vejo um “comandante” com colhoes de aco, (como o Presidente), para lhes dar nos touticos, quando andam a “passear no jardim”, (e se o Presidente lhes dá nas orelhas, ainda sai como o mau da fita…)
eh pá se o “sonso” nao vos dá nas orelhas, ao menos tenho brio e orgulho em vestir essa Camisola, e mostrem-nos que realmente merecem vesti-la… vejam os jogos do hoquei, do futsal, do andebol e “aprendam” o que é sentir vestir aquela Camisola…
Honrem a camisola como os “amadores” fazem…
honrem-se a voces proprios…
Marco,
nao te esquecas que um fraco general, faz fracas as fortes tropas…
e se o “nosso” futebol, nao apresenta os mesmos indices motivacionais e de devocao que as outras modalidades, acho que é a ti que devo pedir para fazer “algo”… e, sinceramente, vejo-te muito apático, para aquilo que deveria ser o comandante em chefe das nossas tropas…
desculpem o desabafo, mas depois de ver as modalidades este fim-de-semana, a honrar os nossos valores, os “profissionais”, parecem-me nao mais do que putos mimados com a mania que já sao crescidos…mas a continuar assim serao as “amadoras” que continuaram a levar o nome do SCP bem longe, enquanto os “ricos” nao se podem dar ao incomodo de o fazer…
VIVA O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL