Agora que a época caminha para o seu fim, sem esquecer o facto de existir uma importante Taça para conquistar, posso confessar-vos que não tem sido nada fácil tentar ser um catalisador de união. Nomeadamente desde dezembro, esse mês que está gravado na minha memória como bem pior do que aqueles em que levava com os meus amigos ou colegas lampiões a dizerem-me “não chegas ao Natal”.
A verdade é que, desde essa altura, os adeptos leoninos vivem num mundo imaginário de perseguições e teorias da conspiração que conduzem a uma espécie de clima de guerrilha. Se um gajo elogia o presidente, é porque está contra o treinador. Se um gajo elogia o treinador, é inacreditável que esteja a juntar-se a um bando de traidores que só querem é acabar com o presidente. E se um gajo apela à união, é um merdas sem exigência. Estou farto. Tão farto, que ando a protelar abordar este assunto há algumas semanas. Mas algum dia tinha que ser, por isso é mesmo agora. Será a primeira e última vez que abordarei o tema treinador, independentemente do que vier a acontecer daqui para a frente. Depois voltarei a concentrar-me naquilo que me move: o apoio ao Sporting, por mais romântico que isso possa parecer.
Permitam-me começar por dizer, apesar de achar que todos já o sabem, que Bruno de Carvalho voltaria a ser a minha escolha para presidente do Sporting Clube de Portugal. Digo-vos, também, que voltaria a aplaudir a escolha de Marco Silva para treinador do meu clube. E, para rematar os esclarecimentos, digo-vos que não conheço nenhum deles pessoalmente. Posto isto, recuemos a esse cabrão desse dezembro e a um momento de tensão indesmentível entre o presidente e o treinador. Nas mais recentes e aprofundadas entrevistas que deu, Bruno de Carvalho admitiu que a partir de determinada altura, perdeu o controlo da situação. Admitiu, também, que existiram erros de parte a parte e afirmou algo que, pelo menos para mim, ajudou a clarificar um pouco mais o puzzle: que Marco Silva era um treinador jovem, acabado de chegar a um clube grande e a aprender a lidar com o que isso implica.
Juntando essas entrevistas aos dados que tenho, a minha análise é de que, a determinada altura da época, duas pessoas com personalidades vincadas olharam de prismas diferentes para uma mesma questão: a vontade de ganhar. Marco Silva foi contratado por quatro épocas e, na sua apresentação, assumiu a vontade de ganhar. Nesse mesmo arranque de época, a nossa estrutura directiva assumiu esse desejo de partir em busca do título. Até aqui, tudo normal. Agora, atentemos num pormenor: Marco Silva é contratado numa perspectiva de dar continuidade ao trabalho de Leonardo Jardim e de conduzir o Sporting à conquista de campeonatos e de taças sendo que, para fazê-lo, lhe são dados quatro anos. Internamente é esta a mensagem: é para lutar até ao final por tudo. Para fora, a comunicação transforma essa exigência de lutar numa exigência de ganhar. E, parece-me, é aqui que estala o verniz: Bruno de Carvalho acha que é utilizando jogadores da equipa B que se atingem essas vitórias, Marco Silva acha que se as vitórias são para ser imediatas, necessita de reforços tarimbados.
Faço novo flashback, para recuperar algumas conferências de imprensa de Leonardo Jardim, já naquela fase em que lhe perguntavam se continuaria, etc etc. A dada altura, Bruno de Carvalho assume que, na época seguinte, o Sporting é assumidamente candidato ao título. Jardim mostra-se surpreendido com as palavras do presidente e deixa claro que se o Sporting quer ser campeão, tem que ir ao mercado e reforçar-se com jogadores que façam a diferença.
Não vou recuperar as palavras menos bonitas que foram dirigidas a Jardim, por essa ocasião, mas “sonso” terá sido das mais simpáticas. Seja como for, o que me levou a recuperar esta situação foi o facto de achar que o que se passou entre Bruno e Marco foi algo que poderia ser resolvido internamente. O que fez toda a diferença e abriu feridas que até hoje estão por sarar, foi a intervenção de um ilustre José Eduardo. Por mais anos que viva, o que este senhor fez, chamando jornalistas ao aeroporto e atirando o dia a dia do Sporting para um lodaçal de suspeições, não me sairá da memória. Pior, este “grande Sportinguista”, como ele tanto gosta de apelidar-se, para lá de transformar o treinador num infiltrado, conseguiu lançar a suspeição sobre o presidente, abrindo caminho a que a oposição sempre alertar pudesse acenar a bandeira de que Bruno de Carvalho estava a utilizar estratégias sujas para ver se se livrava do treinador.
Por tudo isto, parece-me inacreditável que ainda exista quem considere que o Zé foi um exemplo de devoção ao Rampante. E, sinceramente, já dei comigo a pensar no que teria acontecido se o Zé, em dezembro de 2013, se tivesse lembrado de convocar os jornalistas para atacar o Leonardo Jardim. Que, por essa altura, já tinha deixado bem claro ao presidente que não continuaria no Sporting na época seguinte. Adiante.
Portanto, a partir desse mês de dezembro, a situação tornou-se num verdadeiro massacre e num verdadeiro festim para os jornais. Os adeptos dividiram-se e foram engordando os dois lados da barricada, alimentando uma guerra civil capaz de levar ao desespero quem tentava unir as tropas. Das apreciações tácticas, a análise ao trabalho do treinador passou a medir-se pelas caras que faz, pela forma como esbraceja ou fica de mãos nos bolsos, por aquilo que diz. E, que fique claro, acho que Marco Silva tem cometido alguns erros de cariz táctico e acho que, mesmo que a sua vontade fosse defender o plantel, esteve mal na forma como reagiu publicamente às críticas feitas pelo presidente. Mesmo, que, repito, também não concorde com aquela “facebookada” descontrolada que caiu que nem uma bomba no balneário.
Agora, não me peçam para embarcar na crítica fácil. Não me peçam bater canholas saudosistas a pensar no Jardim, porque esse é que apostava nos putos, quando foi o Jardim quem, por exemplo, preferiu o Magrão ao João Mário. Não me peçam para chamar tudo e mais alguma coisa a um treinador porque resolveu convocar o Gauld e o deixou na bancada, quando, com um bocadinho de atenção e de menos ódio, saberiam que o Gauld não podia jogar pelos B por estar lesionado e que essa chamada à equipa principal visou integrá-lo mais ainda, já a pensar na época seguinte. Não me peçam para ser intelectualmente desonesto, afirmando que não se percebe porque raio o Paulo Oliveira não jogou sempre quando, deixem-se de merdas, foi esmagadora a opinião que a camisola estava a pesar demasiado à medida que os erros se acumulavam na pré-época.
Resumidamente, o trabalho do Marco podia ser melhor? Podia, claro que sim. Podíamos e devíamos ter perdido menos pontos com equipas que se apresentam fechadinhas, podíamos não ter jogado para o Montero como se fosse o Slimani a estar lá, podíamos marcar mais golos de bola parada (e, atenção, isto é diferente de dizer que não há trabalho específico, porque esta será das épocas em que, na última década, mais oportunidades de golo surgem a partir de cantos e afins. Pena a pontaria…), podíamos ter dado oportunidades a Wallyson, até para permitir o refrescar do meio-campo. Mas se me perguntarem se gostava que o treinador continuasse, a minha resposta é que sim, gostava.
E gostava, desde logo, porque acho que chegar a um grande e ter um ano tão duro de aprendizagem, só pode fazê-lo crescer. Depois, porque acho que existe uma identificação plena do plantel e das suas lacunas, bem como um trabalho de análise em parceria com João de Deus. E, em meu entender, será bem melhor planear uma época em conjunto com um treinador que continua, do que andar a contratar jogadores a quem o treinador que chega terá que adaptar-se (sim, já sei, é o modelo, mas ninguém me demove da ideia que é um modelo que resulta melhor mantendo um treinador). Depois existem outros pormenores, como o facto de ter visto o Sporting jogar um futebol empolgante como há muito não via e acreditar que é possível conciliar essa vertigem ofensiva, sacrificada a partir de determinada altura da época, com um maior equilíbrio defensivo.
Agora, também sou muito sincero: se Marco Silva, por exemplo, chegou à conclusão que, afinal, não quer trabalhar com pouco dinheiro e com base em miúdos de inegável talento, obviamente que o melhor será procurarmos outro treinador. Ou se existirem divergências profundas e feridas irrecuperáveis entre treinador e presidente (o que até me parece estranho, porque de cada vez que surgem juntos, nomeadamente na Academia, o clima é de amena cavaqueira e não é coisa forçada), o melhor também será a separação. Para já, temos as palavras de Bruno de Carvalho: Marco Silva tem mais três anos de contrato e tenho a certeza que celebrará connosco várias conquistas do Sporting Clube de Portugal. Palavras que deveriam servir para colocar um ponto final no assunto, mas que são rapidamente esquecidas quando surgem capas como as dos últimos dois dias (ou quando ficamos com a certeza que há quem não aceite a continuidade do treinador e vá começar a época a desejar que seja despedido).
Curiosamente, o tiro de partida para o dinamitar do universo leonino é dado por, imagine-se, José Eduardo. Agora com menos alarido e, inclusivamente, sem ter direito a chamada na capa da Bola, o Zé, que cada vez mais tenho a certeza que anda aqui pela Tasca, escreve, há uma semana, uma crónica intitulada “… e depois de mim? O caos?”, onde depois de elogiar Jorge Jesus ao longo de não sei quantos parágrafos, tem a distinta lata de dizer que o pobre Lopetegui foi vítima de um plantel com poucas soluções (foda-se…) e termina referindo-se a Marco Silva da seguinte forma: «Sobre Marco, por maioria de razões, teço poucas palavras. Entendo, aceito e desejo, que os treinadores tenham projectos pessoais (were we go again) […] blablablá […] se o projecto do Sporting não for respeitado, por qualquer motivo que conduza à incompatibilidade, só resta um caminho. E nesse entendimento, afinal tão simples, ficando amigos como dantes! Com desejos sinceros de boa sorte!»
Curiosamente, passados cinco dias, A Bola faz manchete de que Marco não quer o Sporting e o Sporting não quer Marco. Os exércitos reagrupam-se e trocam acusações. Surgem nomes, muito nomes, com a certeza de que tudo correrá bem com um Bielsa, com um Paulo Sousa, com um Vitor Pereira ou com um João de Deus. Com qualquer um deles, ou de outros que sejam atirados ao ar, estaremos mais perto do paraíso. Pelo menos até alguém servir um tacho intitulado “traidor em papelote sobre cama de interesses pessoais”. Ou até não ganharmos um jogo. Depois dois e depois três. Lá se vai a paciência, lá se vai o dar tempo como deu o ManU, lá se vai o sair do buraco à la Dortmund.
Ora, se me permitem, agora que já desabafei, podem continuar a atirar os nomes que quiserem. Podem continuar a insultar o treinador e a apelidar os jogadores de tudo e mais alguma coisa (os próximos são os do andebol). Eu tenho dois jogos para fechar o campeonato e tenho uma Taça de Portugal para ganhar. Também tenho um presidente de quem gosto, um treinador de quem gosto e um plantel de que gosto. E são eles que, sem reservas, como sempre, apoiarei nos próximos três domingos.
16 Maio, 2015 at 17:59
Espero que hoje 16 de MAIO ninguem tenha comprado ou clickado nos pasquins.
O Sporting agradece.
16 Maio, 2015 at 18:59
Esta é a posta do dia e sem dúvida o tema do momento. Há muitos aspectos no teu texto, Cherba, e poderia estar aqui até amanhã a descortinar cada frase num texto interminável, mas vou tentar ir ao(s) essencial(is):
1. Dezembro foi um pesadelo. Nisso estamos em sintonia. Foi um natal de merda. Mesmo. O que mais me saturou a pilha de nervos foi a facilidade com que os sportinguistas cairam na esparrela e já estavam capazes de mandar o homem que os salvou da terceira divisão às urtigas para dar palmadinhas num gajo, que independentemente de ser bonito ou feio, é um treinador. Mais nada. Um gajo que daqui a 2 anos está na quinta casa do caralho a fazer outra merda qualquer e ponto. Foi lamentável as merdas que se escreveram no facebook do Sporting nessa altura por muitos forasteiros e sportinguistas lorpas.
2. Já que falas em “facebookadas”, continuo a não entender porque caiu o carmo e a trindade com a mensagem do BdC. Ainda há umas semanas, o vice-presidente do Bayern, um tipo sem experiência no futebol certamente, de seu nome Beckenbauer, descascou forte e feio na equipa campeã de alemanha e da europa e particularmente no Dante, e cito: “parecia que estava a jogar com botas de esqui”. Não me consta que tenha sido convocado à chancelaria pela Merkel para dar explicações e não ouvi o Guardiola (outro que tem 2 dias no mundo do futebol) a tossir com azia, nem tive ecos de que os jogadores do Bayern entraram em depressão e foram pedir miminhos à mãe. Mas pronto, devo ser eu que não entendo a alma lusitana…
3. Jardim vs Silva. Quanto à qualidade de um e outro, os nomes já dizem muito. Prefiro passear num jardim do que nas silvas, mais isso sou eu. Há uma diferença fundamental entre a atitude de um e de outro: o Jardim entrou sem objectivos a não ser a dignidade e saiu quando não concordou com os novos objectivos. Tudo claro e limpo. O Silva assinou contrato sabendo dos novos objectivos e em cima concordou com esses objectivos dizendo que era normal o Sporting ser candidato ao título. Que eu saiba ninguém o obrigou nem a uma coisa nem a outra.
4. E aqui é onde eu entro em desacordo com o que está subjacente no teu texto. O lutar vs ganhar e os 4 anos de contrato. Confesso que vou aos arames e me mordo todo quando me dizem: “bem, candidato sim, pela história e pela reputação, mas ser campeão, já é querer demais. Têm de ter paciência…” NÃO ENTENDO ESTA LÓGICA. O que é esta merda???? alguém me explica? lutar sim, mas ganhar talvez? Se me candidato a um emprego é só para me habituar às entrevistas? “Caro senhor, não estou REALMENTE a pensar em trabalhar aí, mas gosto de ter fantasias sobre o assunto… seja como fôr tenho 4 anos para isso! Então até pró ano!” Não me fodam! Candidato é candidato. É a sério! É para ser MESMO campeões, senão, NÃO se é candidato PONTO FINAL PARÁGRAFO! 4 Anos? porque não 40? Tem 4 anos para ser campeão UMA vez??? A sério? Isto é o Sporting?? E os jogadores também precisam de 120 minutos para ganhar o jogo e os 90 é só para lutar? Talvez assim se expliquem os empates a torto e a direito. Não, descupla mas não me peças para alinhar nessa onda dos “projectos a 3 / 4 anos” andamos com 15 anos de projectos desses. Ou queres ser campeão ou não. Se queres dizes “Quero!” se achas que é cedo, dizes “agora não!”. Agora candidatos pelo pedigree mas não é para levar a sério, pó caralho. Comigo não pega. E com o senhor MS também não deveria pegar. Mas pelos vistos assim pensam, ele e tu. Sim somos candidatos… mas só a ganhar o título em 4 anos. Então avisem em qual dos 4 que assim evito de roer as unhas em todos.
5. A continuidade do MS. Digo o mesmo hoje que disse em dezembro. Se ganhar a Taça tem toda a legitimidade para continuar, e não há razões para achar que este treinador não possa melhorar. Com certeza que pode! É jovem e tem talento. Não gosto do futebol que jogamos a partir de certa altura da época (os últimos 30 metros do meio-campo deixaram de ser zona de jogo e a verticalidade parece heresia, é lateralizar, lateralizar e mais lateralizar), mas também me lembro que nos primeiros jogos a equipa tinha fio de jogo e apresentava um futebol seguro e confiante. Há vida para além desta época e o MS pode fazer parte dela. Mas se não ganhar a Taça: ala que se faz tarde. Não podemos ser a escola de treinadores para ganhar calo e ir dar títulos a outros. E repito: o próximo treinador tem de ser estrangeiro. Os portugueses (todos) perderam o respeito ao Sporting, e dezembro provou-o claramente.
5. Finalmente, repito que temos o melhor plantel da liga, por isso ser campeões não era uma quimera. Se pedirem muito posso explicar porque penso isso, em detalhe.
17 Maio, 2015 at 7:26
Muito bom
16 Maio, 2015 at 19:20
Ė mesmo isto. Concordo completamente. Grande posta.
SL
17 Maio, 2015 at 3:44
Cem por cento de acordo, com tudo o que escreveu.Isto tudo só serve um interesse:o dos nossos adversários.Isto entristece me profundamente.Até o meu filho tem de mudar o canal para que não se ouça mais falar do caso Marco/Bruno, quando precisávamos de estar focados no jogo de amanhã.De qualquer das formas, espero que isto tenha servido para dar mais união à equipa e que mostrem em campo, a garra , a honra e o brio profissional de que é feita esta equipa do Sporting.Dizem que são inexperientes, que são meninos, tenho a certeza que vão dar uma resposta adequada amanhã liderados por um grande treinador,que apoio desde o princípio nas vitórias e nas derrotas.Têm de crescer, cometeram erros, mas quem não os comete?E é por isso que se é crucificado, que todo o bom desempenho e trabalho demonstrado já é posto em causa? não consigo conviver com esta hipocrisia, fico doente!Pergunto, para que serviu esta conferência de imprensa?Nao veio esclarecer nada, só criar maus dúvidas.Nao deveria o Bruno de Carvalho esperar até ao final da Taca de Portugal?Para que foram estas frases cheias de ironia? se por um lado parece querer transmitir que está com o Marco, logo a seguir tem uma frase dúbia.Já não percebo nada,será que isto é propositado?sinceramente não acredito no encontro do Zmarco com Pinto da Costa Depois de Dezembro e de toda a crise o Marco já correr o risco de ser visto em público a jantar com O presidente do Porto?Nao acredito, isto é para criar mau ambiente Agora o propósito é o seu autor é que não sei.Será gente do Sporting?do Benfica para atingir o Sporting e agora o Porto tb?Será manipulações do Porto?Será o Zé Eduardo? Tantas dúvidas e não consigo sossegar a minha cabeça as 3h41 m da manhã.Vou pedir aos meus jogadores e treinador que se concentrem e pique ganhem estes dois jogos e a Ztaca de Portugal, porque é o mínimo que merecem, por tudo quanto fizeram nesta época rio conturbada de incidentes. força Equipa Força Marco FOrÇA SPORTING
17 Maio, 2015 at 7:23
O MS foi colocado na posição de ter que decidir entre o Sporting ou o seu macaco.
17 Maio, 2015 at 17:49
Muito bom Cherba! (especialmente lido hoje…)
SPOOOOOOOOOOORTING!
19 Maio, 2015 at 23:45
É desta lucidez que precisamos para voltar aos títulos. Obrigado, Cherba.