Foi a festa que muitos esperavam mas há sempre margem para uma “surpresa”, ou não estivéssemos a de lampionagem, carnidagem, enfim, o que se lhe quiser chamar…
Não vou perder muito tempo a tecer considerações sobre o que se passou, nomeadamente, no Aeroporto da Maia (devo ser só eu que achei aquilo que aconteceu, para o local que é, altamente perigoso…) e no Marquês de Pombal no passado Domingo… todos vimos um pouco do que lá se passou. Ninguém poderá dizer que foi propriamente uma surpresa… Lá está, como há sempre uma margem para ser surpreendido, confesso que começar os distúrbios com arremesso de garrafas de VIDRO enquanto era entoado o hino do clube, não deixa de me criar alguma incredulidade… Se calhar sou eu que ainda tenho uma réstia de esperança na condição humana. Talvez seja mais SINTOMÁTICO do que surpreendente. Dos factos, em si, não estou surpreendido… é a “normalidade” esperada. Não estava à espera que a “festa” fosse de outra maneira…
Primeiro, quero falar dum caso que, esse sim, não esperava… Os desacatos que aconteceram perto do Estádio de Alvalade, conforme apresenta uma filmagem que circulava nas redes sociais na 2ª feira. Diz-se que começou com alguns escroques a quererem vandalizar as paredes do estádio. O espírito carnidense no seu expoente máximo: Não saber ganhar parece estar indelevelmente escrito no seu ADN. Provocações bafientas de outros tempos continuam a ser altamente apreciadas por aquelas paragens. Resultado, policias a distribuir “pau” e “chumbo” em Alvalade quando NADA temos a ver com esta dita “festa”… Porque?! Não sei… Mais uma vez, os sportinguistas veem-se envolvidos num caso que não é deles. Que raio…
Outra situação, esta sim, para mim, CHOCANTE, foi relativamente às imagens que acompanhei pela TVI no noticiário das 9 da manhã desta 3ª feira. Assisto, incrédulo (lá está, a capacidade dos lãzudos para conseguir surpreender, mesmo quando não se espera que eles desçam mais baixo), a uma PILHAGEM, a um ASSALTO, a um SAQUE, perpetrado, não pelos “gajos sem nome” (ou seja, gente parida por um calhau, porque que eu saiba, toda a gente que é gente tem direito a um nome… mas deve ser a capacidade subliminar do típico lampião em assumir as merdas que fazem e que são: Veja-se o #colinho!)… Nada disso, vejo uma rapariga normalissima a encher uma mochila, vejo um idoso com coisas descontraidamente debaixo do braço, vejo jovens perfeitamente “normais”, nada conotáveis com gangs de “sem nomes”, costumeiros na arte de vandalizar, pilhar, agredir… nada disso. Parecia um pic-nic de “familias benfiquistas” (lá está, ver a desfaçatez com que fazem isto, repugna-me enquanto elemento que faz parte duma suposta sociedade que cada vez vislumbro menos)… o que faz sentido, pois em todo pic-nic há sempre a necessidade de estender uma toalha para distribuir as iguarias. No caso, seria um “manto protector”? Não sei, mas estou para ver o que o “orgulho vitoriano” vai achar destas imagens… Claro que o “Sr. Orelhas” já veio dizer que vai pagar todos os estragos (será que ele tinha conhecimento destas imagens?)… Se isto não é “à campeão”, digam-me… o que é? A destruição feita em casas de banho e no estádio, à vista disto, parece brincadeiras de crianças… de si também perfeitamente vergonhosas e próprias de IDIOTAS de quem NÃO SABEM VIVER EM SOCIEDADE e sem qualquer tipo vislumbrável de FORMAÇÃO E EDUCAÇÃO! SÃO BICHARADA QUE DEVE SER TRATADA COMO BICHARADA! (Diria que toda a paulada que o pai daquela criança levou eram bem melhor aplicadas nesta ESCUMALHA SOCIAL!!!).
Para acabar, a situação do pai que leva umas valentes “arrochas” dum policia com excesso de zelo (e de força desnecessária). Esta deixa-me “mixed-feelings”, confesso. Toda a gente veio a terreiro mostrar-se indignada com as imagens. Diria que, as imagens, pelas imagens, sou forçado a concordar. Aparentemente, aquilo não devia ter acontecido. Desmontando de alguma forma as imagens, diria que há ali duas coisas que claramente não deviam nunca ter acontecido: 1) A agressividade utilizada para com o avô da criança (completamente desproporcional); 2) A criança que assiste a um episódio que nunca nenhuma criança deveria ver (o pai a ser tratado daquela forma violenta). Em relação ao pai, não consigo dizer honestamente se mereceu ou não mereceu… nem me cabe a mim dizê-lo. Só eles saberão o que estavam a falar naquele momento. Só eles saberão o que se disse ou não se disse. Do que consigo perceber das imagens é que a criança estava a tomar água, e o policia aparentemente transmitia de forma calma a sua posição. A determinado momento vê-se o pai a gesticular com os braços e a dizer qualquer coisa que terá ultrapassado o razoável e que, ai sim, gera todo aquele reboliço.
Posto isto, não consigo HONESTAMENTE fazer juízos de valor sobre quem terá mais responsabilidade no caso. A carga parece-me claramente desproporcional neste caso… mas a verdade é que não sabemos o que aconteceu antes. Não temos o devido enquadramento. Já antes tinham acontecido outros episódios com claques lãzudas, distúrbios na cidade, problemas no estádio, os tais roubos “em família”… enfim. Consigo entender o estado de tensão que as forças policiais podem atravessar nestes momentos. Sempre ouvi dizer que o Homem é ele e as suas circunstâncias. Não poderia estar mais de acordo. E é em função disso que me recuso fazer um juízo sumário do tal agente Filipe Silva. Não sei o que o motivou a aquela reacção e pelo esbracejar do pai, presumo que não terá dito nada de elogioso… Recuso porque detesto populismos, detesto quem procura manipular a opinião pública e detesto quem se faz valer deste tipo de acontecimentos para ficar bem na foto…
Esta questão de populismo quero deixar bem clara. O “Sr. Orelhas” já veio dizer que pagava os estragos… fica-lhe bem, como ele próprio perceberá que lhe fica. Não o terá dito por acaso. Tenho algumas dúvidas que o tenha dito por convicção. O que me deixa realmente doente com esta afirmação é que, quando se é “campeão” tudo está bem e tudo se aceita. “Eu pago”… É coisa mesmo “à” campeão. Mas também quer o “Sr. Orelhas” dizer que quer apurar responsabilidades… Ora sim senhor. Podia ser que ajudasse a apurar responsabilidades se as claques “sem nome” do seu clube estivessem devidamente legalizadas, identificando devidamente os seus membros. Por isso, poderia dizer que parte da responsabilidade também cabe ao “Sr. Orelhas”… por omissão, por falta de interesse e por conveniência.
Então se vamos falar de populismo, que dizer o convite do “Sr. Orelhas” ao pai e às crianças, para receberem o título na próxima jornada em plena ETAR. O bom senso mandaria, quanto muito, colocar a criança… essa sim, a maior lesada em tudo isto, porque teve de assistir a todo o episódio. Agora o pai?! Mas quem diz que o pai teve um comportamento exemplar nisto tudo? Será que o pai não teve um comportamento errado que originou todo o desacato? A prudência e a sensatez mandariam assim… mas pronto, estamos a falar de carnidagem… ali a coisa não impera.
Infelizmente continuo a perceber que neste tipo de situações, continua a existir a impunidade de quem se julga acima da sociedade. Volto a dizer, o que mais me chocou este fim de semana, são mesmo as imagens do SAQUE perpetrado por pessoas “aparentemente” normais (estou a falar de raparigas a encher mochilas, de idosos a lavar coisas debaixo do braço, de jovens alegremente a assistir e a participar) nas instalações do Vitória, carregando camisolas, bolas, enfim… tudo na MAIOR DAS CALMAS, alegremente, num ambiente de descontracção absolutamente desconcertante! Isto sim, para mim, é chocante! Parece que estava num país de 3º mundo onde os saques ocorrem impunemente… Espero, para bem da sociedade civil, que as imagens que vi hoje, 3ª feira, às 9h na TVI sejam devidamente encaminhadas às autoridades para apurar responsabilidades.
Quero ver se o “Sr. Orelhas” partilha da mesma opinião… Mas duvido muito, pois eles querem é as coisas “à Campeão” (entenda-se, no sentido mais pejorativo do termo, obviamente)… Há ganhar e ganhar… pelo que entendo do meu Sportinguismo, nunca na vida poderia andar desta forma, de cara levantada na rua… “à Campeão”! Diferenças??? Eu ajudo… nem todos usam camisolas encarnadas!
Exemplo 1 (clica) Exemplo 2 (clica) Exemplo 3 (clica) Exemplo 4 (clica)
ESCRITO POR Ricardo Sampaio
*às quartas, a cozinha da Tasca abre-se a todos os que a frequentam. Para te candidatares a servir estes Leões, basta estares preparado para as palmas ou para as cuspidelas. E enviares um e-mail com o teu texto para [email protected]
20 Maio, 2015 at 20:07
Off
Alguem tem o link do stream do jogo de Andebol?
Obrigado!
SL
20 Maio, 2015 at 20:11
Acho que dá na SportingTV…
http://svpn.blogspot.pt/p/sporting-tv.html
20 Maio, 2015 at 20:41
Obrigado ! 🙂
20 Maio, 2015 at 21:34
Meu caro Ricardo, parei na agressão à família.
Desculpa, mas nada justifica que um agente policial, altamente treinado e qualificado, responda com aquela violência e meios seja a que provocação for ( que não se vislumbra, de resto ), seja ele adepto de que clube seja. O facto de ser benfiquista não o diminui perante a Lei, desculpa!
Abraço.
20 Maio, 2015 at 21:44
Mas eu justifiquei alguma coisa?
20 Maio, 2015 at 22:42
Não o diminui mas também não engrandece pois não? Eu não percebo isto. Quase todos nós, incluindo o Ricard, começamos por dizer que a atitude do agente é indesculpável mas parece que não chega. … Querem que beatifiquemos o adepto que além de gesticular de forma agressiva parece que já é reincidente?!
20 Maio, 2015 at 21:51
Não quero entrar em diálogo contigo, tens a tua opinião.
Mas recordo que escreveste “Em relação ao pai, não consigo dizer honestamente se mereceu ou não mereceu… nem me cabe a mim dizê-lo. Só eles saberão o que estavam a falar naquele momento. Só eles saberão o que se disse ou não se disse.”
Ricardo, tu és muito melhor que isto que escreveste!
20 Maio, 2015 at 21:58
A sério?!
Portanto, eu digo que não faço juizos publicos pq não sei o que se passou, antes, durante… E isso legitima alguma coisa?
Eu ia jurar que escrevi as coisas de forma bem ponderada para não tomar partido de ninguém…
Enfim…
20 Maio, 2015 at 22:09
Entende que ao não tomares partido, estás a tomar partido, só isso!
Nada justifica aquela actuação e “não tomar partido” é aceitar a prepotência, a acção descabida, o abuso de autoridade como legítimo.
Com isso não posso pactuar, meu amigo.
É que um dia posso ser eu, e não quero ter alguém, seja lá em que local for, a “não tomar partido”.
Mas esquece, sou eu que, como levei umas bordoadas da PIDE, detesto merdas destas.
20 Maio, 2015 at 22:44
Julgamento popular sem ter os dados todos? Exercício perigoso, caro amigo…
20 Maio, 2015 at 23:08
É por isso que eu aqui venho, leio e me vou embora.
Caro Leoníssimo, imagine-se no lugar daquele indivíduo.
Depois de interiorizar, terá certamente outra opinião.
(lembre-se de Brecht)
21 Maio, 2015 at 0:03
Caro amigo a primeira coisa foi imaginar-me a mim e a um dos meus filhos no lugar dele. Mas se estivesse e se o polícia estivesse a dirigir-se a mim com bons modos (que é tudo o que parece acontecer no início) e mesmo que não concordasse com o que ele estava a dizer não iria esbracejar nem mandá-lo para nenhum sítio menos recomendável…
21 Maio, 2015 at 7:31
Definitivamente, a última vez que comentarei aqui!
Não vale a pena.
Quer então o meu caro dizer que um polícia tem o direito de usar os braços para empurrar, os punhos para socar, um bastão para bater e outro para partir ossos e em última instância matar, de forma bárbara e cobarde (se usado na cabeça, p.e.), se eu o insultar? Lembro-lhe que o desgraçado a única arma que tem é uma garrafa de água… provavelmente vazia.
Fica registado para memória futura! Para quando acontecer a um dos nossos (e irá acontecer, se como o meu amigo faz, esta atitude bárbara for desculpabilizada e até, por tão absurdo que possa parecer, perfeitamente entendível e compreensível).
Portanto virei cá ler os excelentes textos do Cherba, do Sá, da Maria Ribeiro e de todos os outros e o meu amigo faça o favor de comentar, que já percebi que para si um bom benfiquista é um benfiquista morto. Mas, mais uma vez, não esqueça Brecht. Um dia toca-nos a nós e poderá ser já tarde.
Saudações Leoninas
21 Maio, 2015 at 8:21
Comente as vezes que quiser mas quando o fizer tente não deturpar o que os outros dizem. Não é isso que lhe vai dar razão. Pela última vez e a ver se consigo ser claro: Eu SEMPRE CONDENEI A ACTUAÇÃO DO AGENTE. Já disse aqui que actuou usando de violência excessiva e indesculpável. A única coisa que digo é que o adepto deu todas as indicações de ter faltado ao respeito ao agente antes de acontecer o episódio de violência. Isto não iliba o agente obviamente mas também não torna o indivíduo agredido um cidadão exemplar. Onde é que, perante o que eu disse, vê que eu esteja a caucionar tentativas de assassinato? Mas está a brincar comigo ou quê? Ou o senhor também estará a fazer a apologia do caos e anarquia total? Quero acreditar que não será o caso, certamente. Só lhe digo e espero ser claro, que quero que os meus filhos vivam num país em que não há abuso de autoridade mas em que os cidadãos sabem respeitar a lei e os seus limites. E já agora em que os pais dão bons exemplos aos filhos – acho que tudo isto é não só compatível como desejável. SL
21 Maio, 2015 at 8:24
E já agora esse seu remate final de que um bom benfiquista para mim é um benfiquista morto é de uma enorme imbecilidade se surge como interpretação do que eu disse. SL
21 Maio, 2015 at 8:27
Um dia toca a todos. Espero também e sinceramente que não lhe toque a si nem a um dos seus ter a sua propriedade vandalizada ou a sua integridade física ou dos seus postos em causa por criminosos e que a polícia nada faça. Porque é também para isso que ela serve ( sem abuso de força e de autoridade obviamente).
21 Maio, 2015 at 10:39
Isso acontece muitas vezes mas longe das câmeras! Acontece muitas vezes mas sem crianças próximas das bastonadas. Infelizmente acontece muitas vezes por ano!
21 Maio, 2015 at 10:44
Sem dúvida DeFran. E cada vez que um polícia agredir cidadãos sem ser um último recurso deve ir para a choldra e ser denunciado e esses comportamentos nunca podem ser admitidos. Mas temos de ver tudo o resto também…SL
21 Maio, 2015 at 7:56
A ver se eu entendi.
Imaginemos que estamos aqui a discutir o caso duma violação duma rapariga num beco escuro…
Se eu disser por hipótese que a rapariga não devia ter passado sozinha naquele local por ser potencialmente perigoso… isso quer dizer que estou a tomar partido do violador?????? A sério ????
21 Maio, 2015 at 8:09
Como fui eu que escrevi o ” não tomo partido” parece-me que só eu saberei exactamente o que queria dizer. E dizer com a minha frase que tomei um partido quando não o fiz, no minimo, é abusivo.
Não me cabe a mim fazer juízos sumários em praça pública… E isso fazia-se bem antes da PIDE andar a dar nos lombos… Digo eu, que nunca levei da PIDE nem de ninguém… Peço desculpa por isso?
21 Maio, 2015 at 9:17
A ambos e pela última vez:
O facto de ficarem tão incomodados com o que escrevi, e já trazerem à colacção situações que nada têm a ver com o facto em questão, insinuando que concordarei com elas, revela que bati no ponto.
E agora é mesmo ponto. Final!
Passem ambos muito bem, sinceramente!
21 Maio, 2015 at 10:02
Já que diz que “bateu no ponto” esta notícia de hoje do Público é com especial dedicatória para si (e confirmo que tenho uma familiar que em trabalho no HSFX me deu conta disto mesmo). Talvez assim quando falar que “toca a todos” consiga mesmo perceber o real alcance das suas palavras….
A PSP deu parecer prévio negativo aos moldes em que foram organizados os festejos da vitória do Benfica, na Rotunda do Marquês, em Lisboa, considerando que a segurança de adeptos e polícias poderia estar em risco, mas proibiu os agentes do Corpo de Intervenção (CI) de usarem equipamentos de protecção, os capacetes e até os escudos. Fontes policiais adiantaram ao PÚBLICO que algumas normas, que obrigam ao uso daquele equipamento em situações de reposição de ordem pública, poderão ter sido violadas e que esta actuação deverá também ser investigada no âmbito do inquérito aberto pela própria PSP e pela Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI).
O objectivo era dar melhor imagem à actuação policial. <b<A Câmara de Lisboa e o Benfica discordaram do alerta da PSP e pressionaram para que a festa se fizesse daquela forma. Dezenas de agentes foram socorridos por técnicos do INEM colocados perto de ambulâncias nas imediações. Alguns tiveram de ser carregados aos ombros por colegas até lá. Questionada pelo PÚBLICO, a Direcção Nacional da PSP não se pronunciou até à hora de fecho desta edição.
Poucos minutos depois de entrarem em terreno, centenas de agentes tiveram de fugir para as carrinhas, agredidos e atingidos por pedras e garrafas de cerveja. Oito dos 16 agentes ficaram feridos com lesões mais graves e estão agora ausentes do serviço com baixa médica. Um deles, atingido com uma garrafa de vidro num olho, corre o risco de perder a visão, adiantaram fontes da PSP.
Os polícias exigem que no âmbito dos processos abertos, quer na PSP quer na IGAI, os oficiais responsáveis pela ordem sejam responsabilizados. “Não é compreensível como é que é dada uma ordem que coloca em causa a vida dos agentes, apesar de se saber do risco que corriam. Dos inquéritos tem de resultar a responsabilização de quem deu essa ordem mal dada”, considera o presidente do Sindicato dos Profissionais de Polícia, Mário Andrade. Também o presidente do Sindicato Nacional de Polícia, Armando Ferreira, sublinha a preocupação “de a integridade física dos agentes ter sido colocada em causa por uma ordem” da própria PSP.
Logo na segunda-feira, a PSP referiu em comunicado que, “durante o restabelecimento da ordem pública, ficaram feridos 16 polícias com escoriações várias, devido sobretudo ao arremesso de pedras, garrafas de vidro e com material pirotécnico, havendo um veículo da divisão de trânsito com um vidro partido”, mas não explicou o que esteve na origem do descontrolo. Agentes envolvidos e feridos na operação narraram ao PÚBLICO momentos de pânico em que não lhes restou mais do que fugir.
Terá sido o comandante e o segundo comandante do corpo de intervenção a dar a ordem no briefing. Não queriam que os agentes surgissem com um ar demasiado bélico e ostensivo naquele momento que era afinal de festa. Logo então, vários elementos questionaram a ordem estupefactos face ao conhecimento do parecer negativo que sublinhava a possibilidade de violência e de descontrolo naquele cenário. Perante o sucedido, o clima actual no corpo de intervenção da PSP em Lisboa, que tem cerca de 300 elementos, é de indignação. Mesmo quando corriam para chegar às 30 carrinhas, a cinco minutos do local e onde estava o equipamento, foram apedrejados.
No local, o primeiro grupo a ser agredido foi um com 90 agentes mal se embrenharam na multidão. A seguir, entraram no Marquês os agentes com cães-polícia e outro grupo de 90 agentes. Nenhum deles estava com protecções e foram recuando a correr para as carrinhas em grupos de 60 elementos de cada vez. Face ao descontrolo, rapidamente a ordem do comando do CI foi ignorada. Os comandantes de cada grupo ordenaram aos agentes que corressem e se equipassem, confirmou fonte da PSP.
O subinspector-geral da Administração Interna, Paulo Ferreira, não quis comentar. Recordou que foi aberto um processo que averigua o que se passou em Lisboa e em Guimarães. O subcomissário visado nesse inquérito e num processo-crime por ter agredido um adepto em Guimarães continuará ao serviço como comandante da esquadra de investigação criminal. O adepto entregou esta quarta-feira uma queixa-crime em que sublinha que foi agredido com um bastão de aço.
21 Maio, 2015 at 10:25
Você insiste!
Eu apenas me reportei ao assunto Guimarães.
(vá lá acima ver o que disse em resposta ao Sampaio, que aprecio desde “outros carnavais”: “parei na agressão à família”)
Concretamente em relação a este assunto, procure informar-se da reacção do sindicato unificado de polícias.
Já quanto à sua extença citação, que já conhecia, onde viu alguma coisa escrita por mim que não estivesse de acordo com a actuação da polícia no Marquês? Aliás, ao não mencionar o facto, implicitamente concordo com ele, já que, como se costuma dizer, quem cala consente.
Não confundamos as coisas, por favor! não misturemos a reposição da ordem pública, onde a polícia teve a paciência toda do mundo (a que não teve o polícia de Guimarães, está a ver a diferença?) até ser obrigada a actuar, de forma legítima e de acordo com os procedimentos, o que, mais uma vez, não se passou com o polícia de Guimarães.
Deixe-me fazer uma pergunta clara: fosse aquela família de sportinguistas, a sua reacção de dúvida (?) seria a mesma, ou condenaria de imediato o polícia?
(por favor veja um pouco mais além da clubite, que aquela atitude é demasiado grave para ser encarada como mera rivalidade clubística)
E agora pode ter mesmo a certeza, para este peditório já não darei mais!
21 Maio, 2015 at 10:35
Você é que insiste em não ver que em lado nenhum eu fiz a apologia da violência do polícia de Guimarães (até me veio falar que eu defendia assassinatos, mas você está a brincar com quem quando diz que eu é que vou buscar outras coisas??). Compreendo que lhe desse jeito para a sua argumentação mas infelizmente eu nunca defendo nem defenderei violência gratuita. Lamento desiludi-lo…
E respondo à sua pergunta: se fosse uma família de sportinguistas, condenaria na mesma as duas coisas: a provocação à autoridade e a reação destemperada do Polícia. Também não lhe dá jeito? Paciência. Mas é a verdade.
21 Maio, 2015 at 10:54
Nao vale a pena Leonissimo…pior cego e aquele que nao quer ver…e o camarada ai em cima ta cegado….
21 Maio, 2015 at 13:18
A divergência não nos separa… apenas nos faz questionar.
Os “outros carnavais” no SportingApoio… (Tais eram as picardias com um tal de Vitor, se bem se lembra!)… ui… isso eram verdadeiras “faenas” que lá se faziam… (Atenção: Digo isto sem querer chamar ninguém de touro nem sendo apologista de touradas… que não sou!)
Passar bem, caro Edmundo (com quem cheguei a ter algumas discussões mais acaloradas mas sempre do lado de cá da urbanidade).
Apareça e comente mais… o espaço é de todos!
Vale sempre a pena discutir quando há gente que não entra “a matar” a ofender directamente as pessoas nem os seus familiares… como acontece aqui com alguns “exemplares” bem identificados…
21 Maio, 2015 at 10:10
Ah e passe também muito bem…