Se o Sporting é verdadeiramente dos sócios, devemos ser informados.
No entanto, acho prudente que o Sporting o não faça e penso que Bruno de Carvalho não vai cair dessa abaixo, deixando a iniciativa nesta matéria a Marco Silva.

Sem que tenha conhecimento concreto daquilo que se tenha passado, a única hipótese de integração da enumeração taxativa das causas de rescisão unilateral do contrato de trabalho por parte da entidade patronal deverá situar-se ao nível do incumprimento de ordens legítimas do seu superior hierárquico. Basicamente o Sporting invocará a violação de ordens verbais dadas na presença de Augusto Inácio a Marco Silva que este reiteradamente não terá cumprido.

O Administração da SAD diz que Marco Silva não quis uma rescisão negociada e, consequentemente, posto perante a acusação que lhe é feita e perante a compensação financeira que lhe foi proposta a tanto se terá recusado.

Nestas circunstâncias não restaria ao Sporting outra solução senão aplicar a sanção disciplinar máxima legal assente na desobediência a ordens legítimas da entidade patronal e à quebra de confiança que essa desobediência configurará e o cargo de Marco Silva determina como necessária, para a subsistência da relação de laboral.

Assim, é de reter:
– Desobediência reiterada (que o Sporting dá como provada)
– Quebra de confiança em Marco Silva, emergente da dita desobediência.

No âmbito de um processo disciplinar que culmine em despedimento, a repetição de desobediência tem de ser alvo de um processo escrito com informação ao “desobediente” a quem deverá ser dada a oportunidade. Além disso a desobediência tem de ser grava.
Marco, vai ali buscar um café para mim. Bruno, não vou. Não é objectivamente uma desobediência grave mesmo que seja reiterada por acontecer diariamente.
Agora, “Marco, no jogo contra a equipe x, o jogador a não pode entrar na convocatória, pelas razões que conheces e não vale a pena repetir aqui”. – Tá bem, tá bem. Dois dias depois o jogador é convocado, joga e até marca um golo que dá a vitória ao Sporting.
Essa protecção dada pelo treinador acaba por ajudar na transferência do jogador que foi observado pelo Manchester United no jogo em que Marco, em violação de uma ordem legítima de Bruno, o pôs a jogar. Esse facto veio a verificar-se ter resultado em prejuízo grave para o Clube.

Com outro jogador, passa-se a mesma coisa e o dito acaba por não jogar nas primeiras seis jornadas . Neste caso o Sporting contava com esse jogador que se sentiu no direito de não ir aos treinos, etc. Nesses seis jogos perdemos 9 pontos. Por 7 pontos não fomos apurados directamente para a champions e não pudemos disputar o título nacional. Por estes motivos, perdemos patrocinadores e prémios. O Sporting sofreu grave prejuízo em directo resultado do incumprimento das ordens, por parte de marco Silva.

Quais são as outras causas de despedimento? Segundo me lembro são mais nove. entre as quais avultam:
a) Agressões;
b) Furto
c) divulgação de informações sobre as quais tivesse obrigação de sigilo, etc. resultando em danos graves.
d) utilização deliberadamente (ou não) irresponsável de bens da empresa que, esta lhe tenha entregue para o exercício da sua actividade, de tal modo que resulte em danos patrimoniais graves.
e) e por aí fora, das outra já me não lembro e não estou com disposição para ir à procura da Lei.

Aquilo que me parece mais provável seja invocado pelo Sporting é a desobediência de ordens legítimas e a insubsistência da necessária confiança na pessoa de Marco Silva.

É virtualmente impossível, caso o tribunal dê como provada a desobediência ilegítima, defender-se alguém da invocação da “quebra de confiança” como causa decisiva do despedimento com justa causa.

Processos disciplinares anteriores, não há que se saiba.
Informação ao Marco Silva, por escrito daquilo que foi sendo alinhado durante o ano, também não deve existir. Portanto Marco pode invocar que nunca se apercebeu de nada de estranho e que não teve oportunidade de contrapôr e de se defender.
Existe então aqui uma questão de natureza adjectiva (processual) que se traduz no incumprimento, por parte do Sporting de aspectos de natureza formal que constituem requisitos essenciais da validade do processo, designadamente, faltando no processo disciplinar ao abrigo do qual despediu Marco Silva documentação que evidencie o contraditório e que tenha facultado ao trabalhador a oportunidade de se defender.

Ora, num processo deste tipo é indispensável a produção de uma nota de culpa (contendo as acusações) e é ainda necessário esperar pela resposta que o trabalhador lhe dê no prazo legalmente estabelecido de forma imperativa pela Lei. O trabalhador tem 15 dias (ou 30, já não precisar) para “Contestar a nota de culpa”.

Não é lícito despedir alguém antes da contestação que, terá de ser avaliada pelo instrutor do processo, devendo este, depois disso, produzir um relatório escrito à entidade patronal com proposta de sanção disciplinar a aplicar.

O Conselho de Administração não pode sentar-se à mesa e querer resolver tudo de uma assentada sem que seja pela via negocial. Não pode dizer ao Marco Silva:
– Aqui está a nota de culpa. Leia-a.
– Perante esta acusação não prefere acordar na rescisão?
Resposta do Marco:
-Não.
– Então tome lá uma nota escrita de despedimento.

O Sporting pode ter razão e Marco Silva acabar por ganhar a causa verificando o tribunal irregularidades formais e violação de requisitos adjectivos essenciais do processo disciplinar, por parte do Sporting.

Lampiões preparem-se!! O “Africano” além de emprestar guita ensinou-nos uns truques…

O vosso treinador já cá canta, agora vamos comer-vos as filhas!!!

Para quem se interessar:

“2 – O procedimento disciplinar deve iniciar-se nos 60 dias subsequentes àquele em que o empregador, ou o superior hierárquico com competência disciplinar, teve conhecimento da infracção.”

Pelo que, a meu ver, processo para despedimento com justa causa do MS só por factos ocorridos nos últimos 2 meses OU que o SCP alegue ter tido conhecimento há menos de 2 meses.
Será, assim, de esquecer tudo o que se falou em Dezembro, por se tratarem de factos noticiados e que deveriam levar o SCP a abrir um processo prévio de inquérito.

SL

já dizia a senhora:

“Tudo isto existe
Tudo isto é triste
Tudo isto é fado.”

Que merda de fado o nosso com os treinadores
já começa a tornar-se um enfado…

Eu tenho-me andado aqui a conter mas cá vai:

mas que caralho de Sportinguistas são estes que põem as mão no fogo por um coninhas de merda que, após a final da Taça, no discurso de agradecimento, nem uma palavra para a estrutura teve? 5 minutos depois, em frente das tv’s, afirmava-se muito feliz no Sporting e com 3 anos de contrato, revelando toda a sua frieza e calculismo.

Não me fodam, pah!

Até ao lavar dos cestos é vindima.
Aquilo que sabemos é que Marco Silva já não é treinador do Sporting.
Vamos ver quem lhe sucederá e ainda não estou convencido que seja Jorge Jesus.
Se calhar quem vem é o Vilas Boas e no “interim”, João de Deus.
A esperança é a última a morrer…

“Se não serve, paguem ao homem”

É o pensamento croquette do dia, retirado aqui dos comentários. Como é que é possível que ainda colha entre tantos Sportinguistas?

O departamento jurídico do Sporting são todos incompetentes,competentes são os viscondes,tios e tias que por aí debitam comentários a favor do lampião marco Silva,treinador este que estava apalavrado a época passada com o Benfica

Fica claro para mim, aquilo que disse há uns tempos, mas hoje constato:

Somos 3 milhões é o caralhinho é que somos! Hoje fica bem visto quantos “somos”…