Não percebo como é possível juntarem-se tantos ditos notáveis a agredir o Sporting e, pessoalmente, Bruno de Carvalho. Só tem uma explicação possível, descoberta pelos Romanos e aplicada na cidade de Roma, ainda durante a Monarquia, isto é há mais de dois mil e quinhentos anos: os Romanos, depois da construção da “Cloaca Maxima”, constataram ser possível juntar toda a merda no mesmo sítio e fazê-la desaparecer, como que por magia, no Rio Tibre, a jusante da Cidade, conduzindo-a por uma rede de esgotos subterrâneos, da qual ainda hoje se podem ver as ruínas.
Dizia-se em Roma que apesar disso, o cheiro dos corruptos com assento no Senado, a tudo se sobrepunha e que por isso, devia ser aberta uma caixa de visita no “Forum Romanum”, para que fossem de regresso a casa, todos, por essa via já que não havia necessidade de circularem pelas ruas da Cidade, disseminando o seu cheiro nauseabundo e tudo corrompendo à passagem.
Vejam lá que descoberta: – A merda tende a juntar-se toda na caixa de esgoto.
Fiquei especialmente magoado com o “discurso” do Dr. José Roquete por uma razão que lhe impõe, mais que a todos os outros, um dever acrescido de civilidade e educação. O Visconde Alvalade, antepassado do Dr. José Roquete foi um dos Fundadores do nosso Sporting. Por ele, todos os Sportinguistas nutrem um respeito e uma deferência louvável mas, acima de tudo, justa. Sem José Alvalade o Sporting não teria onde ficar, nada teria de seu a não ser a boa vontade dos seus Fundadores e provavelmente, tal como foi fundado, assim se teria extinto pois, qualquer associação que se proponha ser tão grande como os grandes da Europa, sem património, não iria a lado nenhum.
Até hoje, não tenho razões fundadas em factos que me levem a suspeitar que o Dr. José Roquete tenha gerido o Sporting de má-fé, com intenção de se apropriar ilegitimamente de património do Clube. Não tenho quaisquer razões para pensar que tenha intencionalmente contribuído para atirar com o Sporting para a vala comum, infectando-o com um passivo do qual acabaria por morrer de septicémia. Se errou, a auditoria o determinará, se era possível prever as consequências do erro a vinte anos de distância, penso que não. Estou convencido que o Dr. José Roquete geriu o Sporting com a intenção de satisfazer e honrar os desejos do seu Bisavô. Errarmos, todos erramos na vida e o Dr. José Roquete cometeu como qualquer outro, erros dos quais se arrepende, se o orgulho a isso se não sobrepuser.
Também penso que, o Dr. Bruno de Carvalho fez muitíssimo bem em mandar auditar a gestão do Clube relativa aos últimos vinte anos pois é preciso compreendermos porque razões e como, o Sporting que, à data da primeira eleição da Direcção do Dr. José Roquete, era um clube riquíssimo em património e sem dívidas de monta, agora, à data da Eleição da Direcção encabeçada pelo Dr. Bruno de Carvalho não só não tem património de que possa dispor em caso de necessidade como é um clube crivado de dívidas às quais o Estádio e a Academia servem de garantia real. Isto é, estão hipotecados aos credores. Em boa verdade, Estádio e Academia pertencem aos credores, enquanto o Sporting não pagar as dívidas que tem, até ao último cêntimo!
Se os Sportinguistas (que são o Sporting) não fizerem o luto destas perdas e não estiverem em paz consigo-mesmos, dificilmente o Sporting avança. Para isso, temos de compreender e saber exactamente o que se passou. A Auditoria não serve para encontrar culpados, serve para identificar erros. Caso, juntamente com os erros (que são uma merda) vierem os culpados (que são outra) a Auditoria junta-os todos na mesma caixa de esgoto e o Sporting faz desaparecer, como que por magia, um complexo que, de todos os Sportinguistas tomou conta, fazendo-nos desconfiar uns dos outros e fazendo-nos andar em guerras intestinas que parecem não ter fim. Os bois, em Alvalade, têm de ter nomes e tem de perceber-se como investem ou, antes, como investiram. Ninguém no Sporting e muito menos o Dr. Bruno de Carvalho irá colocar acções judiciais contra quem cometeu erros no exercício das suas funções, a não ser que esses erros resultem de gravíssima negligência ou tenham sido cometidos com dôlo, com intenção de enriquecimento pessoal ou de terceiros à custa do Sporting Clube de Portugal.
O Dr. José Roquete, por quem tenho admiração e respeito não estará certamente receoso que lhe possa ser imputada uma gestão “mafiosa” do clube, ou está? Se não está, como calculo, não entendo a reacção que teve fazendo-a culminar, vergonhosamente, num feroz ataque pessoal ao Dr. Bruno de Carvalho, ataque esse caracterizado por uma inqualificável má-criação sem, no entanto, dispôr de qualquer informação que justifique fazê-lo. Aquilo que fez é duma tal baixeza que constitui uma muito grave ofensa à estatura de um homem impoluto. O Dr. Bruno de Carvalho salvou o Sporting da falência e da extinção pura e simples, para onde foi conduzido por uma gestão inqualificável dos Presidentes que o antecederam a partir do primeiro mandato do Dr. José Roquete, inclusivé. Tudo o que tem feito pelo Sporting Clube de Portugal tem o sêlo da transparência de objectivos e processos que se não encontra nos actos de gestão quer nos mandatos do Dr. José Roquete, quer nos daqueles Presidentes que lhe sucederam.
O Sporting, levantou-se e saiu da vala comum para onde foi atirado pelas direcções da qual a do Dr. José Roquete faz parte, pela mão de Bruno de Carvalho e da sua Direcção que tudo o que tem feito tem sido restituir ao Clube a saúde financeira e desportiva, o prestígio e pujança de que foi espoliado. O Dr. Bruno de Carvalho tem cometido erros no percurso? Tem, ainda que eu só consiga divisar erros menores sem quaisquer consequências, designadamente, consequências graves que de algum modo se possam comparar com as consequências dos erros, dolosos ou não, das anteriores direcções. Admito que tenha cometido erros na gestão do quotidiano mas, para dizer a verdade, nem eu nem os Sportinguistas sabem quais foram de tão irrelevantes que são, perante uma obra extraordinária, já feita. Uma coisa é certa, se cometeu erros, não são esses erros que se configuram como um passivo de quase Quinhentos Milhões de Euros, esse passivo resultou da gestão das sucessivas direcções cujos mandatos são cronologicamente anteriores ao do Senhor Dr. Bruno de Carvalho, começando com a do Dr. José Roquete e culminando na gestão do Eng.º Godinho Lopes. Estes são os factos e são estes factos que temos a obrigação moral indeclinável de esclarecer.
Dito isto, que entendo essencial para clarear a visão dos Sportinguistas, obscurecida por tantos ataques e maledicências recentes, por mentiras, calúnias e difamações aos seus representantes e designadamente, ao Dr. Bruno de Carvalho, dito isto, repito, para dar a todos argumentos que lhes permitam esmagar a cabeça da serpente que os ataca no calcanhar, vou debruçar-me por breves instantes sobre o asqueroso ataque pessoal de José Roquete a Bruno de Carvalho pois, dessa baixeza, não pode ficar impune nestas linhas, convindo que os Sportinguistas conheçam a sua génese espúria, entendam a traição que representa e que entendam que tal insulto se dirige a todos nós que, partilhamos há décadas, com Bruno de Carvalho o sofrimento de vermos o nosso Sporting financeiramente moribundo, perdedor e escárnio dos nossos permanentes inimigos.
O Dr. José Roquete dirigiu-se ao Dr. Bruno de Carvalho, tratando-o por Senhor Carvalho, omitindo, como se o não soubesse, a referência ao título académico de que ele tem feito prova consistente, contrariamente àquele que o Senhor Dr. Roquete usa, antes do nome e por quem toda a gente o trata deferentemente apesar de, de nada lhe terá servido quando esteve à frente dos destinos do Sporting Clube de Portugal. Se alguém se poderia arrogar o direito de se dirigir a outrem pelo epíteto de ” o senhor” seria o Dr. Bruno de Carvalho, na resposta que lhe poderia dar, se quisesse adoptar um comportamento tão baixo como o do Dr. José Roquete.
Subjacente à forma que frase tomou está a intenção de apoucar a formação universitária do Dr. Bruno de Carvalho como tratando-se dum curso tirado por correspondência, através do reader’s digest ou da internet, se quisermos ser actuais, sem que tal formação lhe outorgasse, por isso, a necessária competência para o desempenho do cargo para o qual foi Eleito.
Por outro lado, a formação académica do Dr. José Roquete, obtida nas melhores universidades da Europa e arredores é obviamente de elevada qualidade e nunca ninguém a omitiu quando se lhe dirige. Má-criação pura.
Mas, a intenção de José Roquete vai mais além, não se queda por aqui. Descendente directo do Sr. Visconde de Alvalade, para o Dr. José Roquete, o Sr. Carvalho é o “moiral das éguas”, um empregado seu, objectivamente inferior, tanto intelectual como socialmente, a quem deve tratar desse modo, como se de mais uma “coisa” se tratasse, para dela dispôr como bem entenda ou decida ignorar, se lhe aprouver.
O Dr. José Roquete, não sabe e nem desconfia porque não pode saber nem desconfiar, passadas apenas três ou quatro gerações, depois de agraciado o Visconde com o título, no que constituem as responsabilidades da verdadeira Nobreza, daqueles que representam linhagens titulares erguidas por feitos gigantescos realizados ao serviço de Portugal, ao longo de setecentos ou oitocentos anos de História. Na Monarquia tardia os Reis de Portugal outorgavam títulos nobiliárquicos aos que enriqueciam, subitamente, vindos do nada. Negreiros, produtores de café e cacau nas roças em África à custa de trabalho escravo e de sistemática utilização de chicote, nas costas dos seus semelhantes. Por excelência, a referência à “Nobreza Instantânea”, daqueles que a ela eram formalmente guindados então, fê-la de forma exemplar o “Visconde” de Almeida Garrett na conhecida e lapidar tirada, só passível de ser proferida por alguém muito inteligente, ácido e malcriado, cujo título provinha, apenas, de meados do século IXX: – Foge cão que, te fazem Barão! Para onde, se me fazem Visconde!” “Veja lá o que fez, que o fazem Marquês!” acrescento eu, porque há vários exemplos dessa outorga, também. Títulos que nada valiam, nem nada valeram. No caso do Visconde de Alvalade, só por ter fundado o Sporting, não é essa a minha opinião. Acresce que a República tendo extinto os títulos nobiliárquicos, não extinguiu as responsabilidades daqueles que os detêm, responsabilidades para com Portugal mas, principalmente responsabilidade face à sua Família, aos Antepassados que honraram com sangue esses mesmos títulos e a responsabilidade face às pessoas com quem se cruzam na vida.
Quem estudou Direito sabe da existência de um princípio com mais de dois mil anos, que reza assim “nemo in allium plus juris transferre potest, quam ipso habet”, isto é ninguém pode dispôr daquilo que não é seu para dispôr e portanto, não poude a República, por mais decretos que emitisse, extinguir uma realidade que não era sua para extinguir. O objecto não estava na sua disponibilidade, por ser de natureza moral. Aquilo que distinguia um Duque de Aveiro ou o Marquês de Vila Real do comum dos mortais era o grau da sua responsabilidade avassaladoramente superior à de muitos outros porque, como bem o sabem os modernos representantes das verdadeiras Casas Nobres Portuguesas, não há Portugueses inferiores a outros, excepto no peso das responsabilidades que recaem sobre os ombros de cada um. Então, o Dr. José Roquete não compreende esta simples verdade, a verdade que consiste em entender a nobreza como carácter, como exemplo de abnegação, como sacrifício próprio em benefício alheio, O Dr. José Roquete não entende que a Nobreza verdadeira acarreta Serviço aos outros e ao País. Não entende porque numa Família Nobre, verdadeiramente Nobre, o conceito de Nobreza leva séculos a construir, vivendo cada um dos membros da Família essa noção no dia-a-dia, assumindo as responsabilidades que a Honra exige e apenas nela residem. Três ou quatro gerações são insuficientes para que pudesse tornar seu o conceito e vivesse de acordo com o inerente código de conduta.
O Dr. José Roquete comportou-se com verdadeira baixeza moral e desceu a um nível execrável, nível a que um Homem, como o Dr. Bruno de Carvalho, forjado no serviço aos outros, por uma questão de Honra e Carácter, jamais se permitiria descer. Um Homem torna-se num Homem Superior pela forma como assume as suas responsabilidades. Pelos vistos, o Dr. Bruno de Carvalho é um Homem Superior e o Dr. José Roquete, não. O Dr. José Roquete foi malcriado, ordinário e baixo nos seus propósitos. Tenho a certeza (nem preciso de ir ver) que o seu amor ao Sporting é tão grande que, o levou a contribuir e certamente com uma razoável soma para a Missão Pavilhão, a exemplo daquilo que fez o seu Trisavô quando fundou o Sporting que, contribuiu com a doação de uma quinta.
Não há nada como um carácter forjado no serviço aos outros e às instituições, pelas quais cada um de nós é responsável permanente. Uns devem essa responsabilidade ao facto de fazerem sua determinada causa, outros herdam essa responsabilidade daqueles que os antecederam, na mesma causa. Fico descansado no que respeita ao sentido de responsabilidade do Dr. José Roquete e à verdadeira natureza do seu carácter, apesar de, em meu entender, não ser de forma alguma um “Homem Superior”, ainda que imagine sê-lo.
Queria ter acabado com uma brincadeira que tinha por objectivo “aligeirar a carga” naquilo que afirmo mas, é superior às minhas forças. Reconheço que não sou capaz. Assim sendo, mais vale escrever aquilo que me vai na alma e deixar-me de rodeios, senão rebento.
O Dr. José Roquete representa uma linha de pensamento e acção de muito má memória para Portugal e para o Sporting. Desferiu contra Bruno de Carvalho um ataque vil e baixo, indigno de um homem vertical e sério. Insultou Bruno de Carvalho e ao fazê-lo insultou o Sporting que é hoje a imagem de Bruno de Carvalho e não a de José Roquete. Insultando o Sporting, porque o Sporting não é um ser humano, insultou cada Sportinguista, passado presente e futuro. Insulta-nos com baixeza e sem pudor, dando à evidência o que nos faltava para que dele devêssemos suspeitar como co-autor e responsável directo pelos danos sofridos pelo Sporting nos seus vários mandatos. Temos esse direito porque contrariamente àquilo que parecia, o comportamento recente de José Roquete nos revelou o seu mau carácter. De gente de mau carácter, tudo se espera. Fico atento ao relatório da auditoria e exigirei enquanto sócio, se for necessário, que os responsáveis sejam entregues à Justiça, sem dó nem piedade.
Viva o Sporting Clube de Portugal! Viva Bruno de Carvalho, o Presidente com Honra!
ESCRITO POR Mário Túlio
*às quartas, a cozinha da Tasca abre-se a todos os que a frequentam. Para te candidatares a servir estes Leões, basta estares preparado para as palmas ou para as cuspidelas. E enviares um e-mail com o teu texto para [email protected]
17 Junho, 2015 at 16:10
Diz o povo que não se deve gastar cera com ruins defuntos
Assim estamos nós: não devemos perder tempo com quem não merece um segundo da nossa atenção nem devemos alimentar desejos de notoriedade de ruins ‘defuntos’.
É claro que se percebe a manobra, à luz daquela velha máxima que diz que a melhor defesa é o ataque; é claro que por aí quem esteja absolutamente à rasca com o que teme seja descoberto em breve.
Mas não metia o José no mesmo saco dos outros… até ver a entrevista de Santana Lopes ao canal televisivo de um ‘jornal’ e ler este texto.
Obrigado Mário Túlio
SPOOOOOOOOOOOOORTING!
17 Junho, 2015 at 16:18
Ainda a propósito de José Roquete não esquecer os casos Pacheco e Paulo Sousa tirados ao Benfica e que ganharam a causa no Tribunal de Trabalho(ninguém recebe ordenados com cheques sem provisão) mas como o Sporting era um clube com ética ,pagou-se centenas de milhares de contos (escudos) para gaudio do Manuel Damásio que era o pres. do Benfica ressa altura .Quem estava à frente do Sporting nessa altura era Pedro Santana Lopes (se calhar por isso nâo atacou BC ) Perguntem ao amigo Max se ele nâo se recorda dessa triste figura que fizeram
17 Junho, 2015 at 18:44
AG dia 28… Mal posso esperar!
17 Junho, 2015 at 22:32
Já estava na hora de o Mário Túlio ter um dia por semana a cozinha da Tasca à disposição…
Sem prejuízo de outros cozinhados avulsos.
18 Junho, 2015 at 0:00
Só alguém completamente alheado da realidade do Sporting e que não faz ideia daquilo que José Roquette fez antes de chegar ao Sporting e quando chegou ao Sporting, é que poderá dizer que “até hoje” não tinha razões para duvidar desse senhor ou da sua gestão.
José Roquette, foi só o maior aldrabão que já passou no Sporting. Sim, estão a ler bem, ainda mais aldrabão que o Jorge Gonçalves e que o Godinho Lopes.
Mas já é uma tradição familiar ao que parece… Também o seu antepassado, sim o José Alvalade, tinha a mania que o clube era só dele, e também retirou património ao Sporting, sob o pretexto que seriam coisas suas e não do Sporting e dos seus sócios. Também ele teve que ser corrido pelos sócios da altura, numa primeira fase colocando-o apenas a tratar da tesouraria do clube e depois corrido de vez, já que o seu respeito pelo Sporting e seus sócios passou a ser nulo a certa altura.
E isto é algo que muito poucos Sportinguistas sabem, e provavelmente a algumas pessoas não convém que se saiba, não fossem os sócios se lembrar que se calhar o estádio do Sporting Clube de Portugal jamais se deveria chamar “Estádio José Alvalade”.
Mas pronto, isto é outra “história”. Mas para quem a conhece, fica evidente que este José Roquette tem mesmo a quem sair.
18 Junho, 2015 at 1:13
Na minha Família existe um ditado amiúde mencionado “quem não rouba ou não herda, só tem merda e se alguém herdou, alguém antes dele roubou.” Não será uma verdade absoluta mas, não andará longe.
Espero pelas provas e pelas acções judiciais.