«William já é um jogador muito valorizado e o Mónaco não vai fazer investimentos desse género para reforçar a equipa. Já Carlos Mané tem o perfil que procuramos».

As palavras de Leonardo Jardim ganham novo impacto com as manchetes dos diários desportivos, segundo os quais Mané quer rumar ao encontro do seu ex-treinador. No fundo, monta-se um novo circo em redor de um dos jogadores do Sporting, etiquetando-o com o desejo de sair e apostando na máxima: onde há fumo há fogo. Se, logo à noite, a selecção portuguesa se sagrar campeã europeia como todos esperamos, as perguntas para Mané terão tudo menos a ver com a conquista. E a novela continuará.

Uma novela na qual Leonardo Jardim acaba por ter um papel um tanto ou quanto desnecessário. Leonardo não é parvo e sabia, perfeitamente, a forma como as suas palavras seriam tratadas ao nível da comunicação social. Importa, ainda, saber, se o técnico já terá de alguma forma tentado chegar à fala com Mané, dando-lhe a conhecer o desejo de tê-lo no Mónaco. E, no meio de tudo isto, existe, ainda, um pormenor: o que é que leva Leonardo Jardim a acreditar que pode chegar a Alvalade e levar um jogador que tem tudo para poder explodir esta época, contrato até 2018 e uma cláusula de 45 milhões, por um preço ao estilo dos que se vão praticando no entreposto de Valência?