Era uma vez um menino que queria ser alguém. Todos lhe perguntavam “mas alguém como?”. O menino não sabia responder, ele só tinha como certo que um dia os seus pequenos caracóis pretos dariam lugar a um nome que todos repetissem com veneração. Não era especialmente inteligente, não era assim tão alto e corpanzudo, a beleza nunca lhe tinha sido gabada e muitos menos os pais tinham posses para o governar num futuro de estudos e escalada social.
Mas isso não deteve o menino. Nem o jovem fura-vidas que espreitava sempre qualquer oportunidade para almejar mais do que uma vida de operário. Aqui e ali colhe insucessos mas muita aprendizagem na arte da sacanice e oportunismo. Os subúrbios de Lisboa são terra fértil para os golpes de algibeira. Um conto do vigário hoje, um desvio de materiais de construção na semana seguinte…o sucesso é contado em dias onde a universidade da rua não obriga a pensar em novos esquemas e os cafés são salas de aula para a malandragem.
Sem espaço nos grupos mais hardcore e entendendo que o crime violento à séria não é para gente com esperteza, o jovem decide fazer qualquer coisa com as horas que lhe sobram de uma idade onde o descanso não chama. Os pneus eram coisa que se vendia sem arte, mas com muita manha. Habitat natural para um moço com queda para a mentira de ocasião, o nosso herói colecciona aldrabices e vai aplicando o conhecimento adquirido em vistas mais amplas, ou se quiserem, em aldrabices com mais rentabilidade. Construção civil. O oásis da especulação. Aqui o nosso jovem mais adulto tinha espaço e foi um tiro até ter amealhado o suficiente para se aventurar a especular sozinho em vez de fazer o trabalho sujo dos outros.
O negócio das “obras” é irmão gémeo do poder politico e primo torto do futebol. O adulto já tinha atingido a bonança financeira, mas o sonho de criança continuava por atingir. Para politico não mentia bem durante muito tempo e nem tinha paciência para voltar a estudar, restava o futebol. Em menino não gostava, como jovem tinha passado ao lado e como adulto achava uma perda de tempo, mas era um território onde muitos palermas conquistavam nome na praça e à nossa vedeta faltava plano para conseguir isso mesmo. Na verdade tinha de “entrar” por algum lado, mas ao contrário dos poucos amigos que não tinha aldrabado pelo caminho, não tinha qualquer preferência clubística. À falta de amor, o interesse apontava o caminho do Porto, clube que coleccionava tris e pentas. O azar é que num subúrbio de Lisboa não há pontes aéreas para ser um afamado portista, a coisa teria de começar mais atrás, bastante mais atrás e mais a sul. Na falta de melhor ideia fez-se sócio dos 3 grandes, logo se veria mais tarde qual lhe daria escadas para subir.
Para um construtor civil, hábil na gestão de influências a entrada só poderia ser feita no seu “território de acção” e num subúrbio de Lisboa existem muitos clubes decrépitos à mingua de uma colher de açúcar. O nosso herói escolheu o mais próximo, como seria de esperar. Havia um problema, para colocar aquele clube a gerar fama para alguém era preciso dinheiro, muito dinheiro…pois não há fama sem vitórias, nem vitórias sem jogadores e muito menos existem jogadores sem dinheiro. A cabeça pensou e pensou e sem tempo para dedicar a presidir um clube, aposta no financiamento de contratação de jogadores. É um território à sua medida. Comprar barato, usar favorecimentos e lucrar escandalosamente…quase com 40 anos esta alma descobre o seu metier…afinal o futebol tinha espaço para as duas coisas que mais queria: continuar a aldrabar meio-mundo e amealhar o seu quinhão de fama.
O mecenato de trafulhices foi tão bem feito que a idolatria das gentes mal informadas da vila viu na nossa personagem um Boss à medida dos poucos valores que se vão promovendo em famílias humildes e cada vez menos preocupadas em condutas morais. Estamos em plena era do “whatever it takes” e nos arrabaldes de Lisboa a crise prometia fazer selecção natural às pequenas agremiações, cada vez mais satélites dos dois monstros desportivos da capital.
Ninguém sabe se foi alguma vez preciso fazer promessas ou campanha e ainda bem. Não há coisa que este “patrão” odeie mais do que ter de pensar nos retroactivos das aldrabices que promove e muito menos entende como isso deve ser olhado como uma “promessa efectiva”. Nasce o presidente. Um presidente peculiar, que gere o clube como se fosse dele, nunca o tendo comprado…na verdade ninguém queria mesmo saber de onde vinha o dinheiro para as promessas que ia resgatando para os planteis e muito menos alguém fazia perguntas para onde ia o dinheiro quando desapareciam.
Foi muito cedo que a habilidade deste jovem presidente captou a atenção do aldrabão-mor do reino do futebol. Pinto da Costa viu no já promissor clube dos subúrbios de Lisboa uma proto possibilidade de roubar “sangue” aos grandes de Lisboa e foi educando o nosso homem na arte dos negócios à futebol português. A pós-graduação foi rápida e bem cedo o clube e o homem já estavam na grande roda dos esquemas, dos roubos e dinheiros do desporto-rei cá do burgo. Foi através de muitos apadrinhamentos, lucros e chico-espertices que o clube outrora decrépito, continuava decrépito mas a “fachada” dos bolsos do seu presidente chegavam à primeira divisão.
O ego do nosso herói estava nas sete quintas. A bajulice, mentira e corrupção eram à barda neste novo patamar e as horas passavam felizes nos telefonemas de compadrio sobre isto e aquilo contra este e aquele.
Sob o manto de Pinto da Costa, começa a receber jogadores em trânsito do Benfica para o Porto e sempre que possível cola-se ao poder nortenho apunhalando Lisboa de qualquer maneira e feitio. É um comparsa do sistema e conhece tudo o que há para conhecer dos podres do mesmo. A carreira como protegé do papa do futebol português cai num marasmo e é de certa forma repetitiva a tarefa de ser mais um dos lacaios do Porto, e há tantos espalhados pelo país. A fama emperrava.
O Benfica cai de repente numa convulsão natural. Outro aldrabão, este com mais estudos mas muito menos cuidado tomara de assalto o clube de Lisboa e com o tempo a sua ascensão messiânica seria um preâmbulo para a hecatombe. O nosso intrépido presidente via uma janela de oportunidade que poderia fazer continuar uma aproximação gerada com negócios muito lucrativos para si mesmo e à custa de capital benfiquista. Para dispersar colagens não convenientes a Pinto da Costa e ao Porto, o cartão de sócio benfiquista já tinha saltado da carteira várias vezes e não menos que muitas admitia ser agora uma águia “desde o ninho” e um aliado contra…pois é…Pinto da Costa. No vazio de poder que levaria o fantoche Vilarinho ao poder, o nosso sequioso presidente ponderou uma candidatura, mas a “nata” dos, esses sim já famosos barões vermelhos, chumbara-o contundentemente. Aquilo foi a gota de água. O pior que se pode dizer a um ressabiado de carteira é que ele não poderá ter ou ser alguma coisa que outros têm ou são. Meteu na cabeça que ia ser mesmo presidente daquele clube e vingar-se da desonra, custasse o que custasse.
Os negócios da empresa de construção civil começavam a perder fulgor à medida que a especulação perdera as margens de lucros pornográficas e só bancos ávidos de contrair dívida suportavam as enormes operações e ritmo da construção. Os sucessivos governos iam ajudando mas estava na cara que a bolha rebentaria a qualquer momento. A necessidade juntava-se ao desígnio de toda uma vida. Ao chegar a presidente do Benfica, o nosso “velho” macaco de “velhas” aldrabices atingiria um estatuto complicado para a justiça e poder politico ameaçarem e seria o ponto-chave para a consagração do seu nome.
Se não foi à primeira, foi à segunda. O presidente de clube decrépito com fachada de competência ganharia umas eleições ao seu gosto – fáceis. É verdade que teve de prometer muitos proveitos a muitas pessoas, mas o tempo dar-lhe-ia a oportunidade e sobretudo o poder de humilhar todos os barões dando-lhes posição hierárquica à vez e arquitectando mentiras servidas de uns contra outros, criando uma espécie de corte onde a sua figura seria incontestável à medida das promessas de “pão” e “vinho” plantadas por toda a família benfiquista. Quem aceitasse sombra comeria, quem não o fizesse estaria fora. Nada de muito diferente de vender pneus a tolos.
Os primeiros tempos não foram fáceis e precisou de bastante tempo para descobrir que o amigo Pinto da Costa nunca lhe daria colheres de chá de forma gratuita. Apesar de todas as promessas o nosso já não tão jovem presidente estava entre a espada e a parede. Ou renegava o seu mestre ou aceitava o protectorado nortenho. Tentou ir pelo meio, como fazem os bêbados e tal como um…constatou que as visões de glória eram apenas coisas efémeras, o chão continuava sempre a fugir por debaixo dos pés e as quedas eram amnésicas o suficiente para nunca conseguir entender onde falhara. O sistema continuava a ser indomável e inexplicavelmente incoerente. Não havia volta a dar. Para dividir havia que conquistar primeiro. Foi o que fez e durante 3 anos. Jorrou dinheiro para cima do sistema e o mesmo esquema de promessas que lhe tinha garantido o poder no clube. Demorou, mas chegou lá. E ao atingir o Olimpo dos podres mecanismo de poder, chegou às vitórias. As continuadas paradas de vitória estimulariam a vontade de garantir, sempre a qualquer custo, a saciedade das próximas. O poder e o dinheiro são viciantes, mas não há nenhuma droga mais aditiva que o sucesso. O nosso herói conquistara o seu nome, a sua eternidade supérflua, mas descobrira ao chegar ao topo da montanha que a placa com o seus 3 nomes demoraria pouco tempo a suster-se sozinha. O seu sucessor herdaria um clube ou dívidas? Receberia um projecto ou um fracasso? O seu nome seria imortalizado pelo mérito ou pela má gestão?
Colocar um nome na história daria um pouco mais de trabalho e sobretudo necessitaria de legar cofres mais cheios. Pois que sempre soube que o dinheiro é o carimbo universal que sela todas as felicidades, o nosso astro maior resolveu fazer o que nunca ninguém tinha feito, vir do nada e chegar ao tudo, abandonando a montanha em homenagens em vida…com ainda alguma que lhe restasse. Os cafés de outrora na faculdade da malandragem seriam agora resorts de hotéis caribenhos e conversas com árabes ou russos sobre golpes de milhões…mas o engenho por detrás da preguiça estaria sempre lá, intacto. A mentira e o engano teriam de manter-se por mais algum tempo, desta vez com um desígnio diferente…ao nosso herói interessa agora conquistar o lucro de sair do casino ainda com algumas fichas e há todo um clube alicerçado na imundice para lavar. Apenas “lavar” que mudar seria demais, até para as rotinas do nosso destemido e ocioso rapaz dos subúrbios.
Continua…
*às quartas, o Leão de Plástico passa-se da marmita e vira do avesso a cozinha da Tasca
12 Agosto, 2015 at 23:08
Sobre o Wally…
Basta rever os comentários na Tasca após os jogos da B, focando a sua qualidade, personalidade em campo e apostando num grande futuro. Basta reler as críticas qd não era opção do MS…
O que quero dizer com isto é o seguinte:
Qq jogador da B, se vendido por 15M é sempre um grande negócio. Mas um grande negócio no momento. É que um jogador promissor como este, potenciado pelo Jesus (diria até lançado por um LJ), poderá valer muito mais, desde que jogue.
O empréstimo é uma excelente jogada, tendo em conta o meio campo que temos e a “experiência contratada”. Só os 15M ainda não digeri. Posso não ter percebido bem o negócio, pode ser isso. É que parece-me que temos ali um diamante, mas já percebi que muita gente apenas olha para a realidade actual e venha a guita…
12 Agosto, 2015 at 23:14
Como se os 15M entrassem agora.
Entram, se ele no fim do ano valer muito mais! Ou tiver mostrado o potencial de valer muito mais.
Enfim….
12 Agosto, 2015 at 23:25
Acredito numa conversa séria entre BC e Jesus.
Vou-me ficar por aqui.
13 Agosto, 2015 at 0:42
Eu pergunto, o rapaz só depois de estar para se passar para o Mónaco é que renovou com o Sporting, alguém sabe quais foram as condições dessa renovação? Se fosse para o Mónaco o Sporting iria ganhar alguma coisa? Como não estou dentro destes assuntos limito-me a aguardar pois penso que as pessoas que até aqui não me defraudaram desta vez também a sua decisão não me deve defraudar.
13 Agosto, 2015 at 0:45
ed : Esse não foi o Wallyson. Foi o Matheus Pereira.
13 Agosto, 2015 at 12:16
Depois de se falar do interesse, esse bem real do Mónaco no Matheus Pereira e no Mané ( 15 ME ,pois claro) tenho quase a certeza que saiu uma noticia sobre o Wally mas parece-me que o interessado era o Bordeus e não o Mónaco
13 Agosto, 2015 at 11:32
Atrás do biombo Nice é capaz de estar a Doyen… Essa dos 15 ME a exercer no fim do empréstimo é o padrão da lavandaria… Acho que chegou a falar-se no Mónaco há tempos…
Não gosto da operação.
12 Agosto, 2015 at 23:40
Acredito que o Sporting ainda possa ficar com uma percentagem do passe é seguramente há cláusulas anti rivais
12 Agosto, 2015 at 23:09
AH !! e agora há “guerra” com AM na renovação. Exige um aumento de 50.000 € … ( informação fidedigna ) que dizem tratar-se de um excecional futebolista ?! LOL
Resumindo : temos uma revolta na bounty !! e provavelmente vai sair tudo a custo Zero.
Estes ressabiados da merda já não sabem onde atacar mais… não sei o que o Dani está ali a fazer. Só o ouvi dizer maravilhas dos jogadores do Carnide.
12 Agosto, 2015 at 23:13
O Dani “não está ali”, está “noutro lado”.
12 Agosto, 2015 at 23:14
Eles não se apercebem do ridículo.
12 Agosto, 2015 at 23:16
O Dani está ali para dar lições de profissionalismo e comportamento dignos de um jogador.
12 Agosto, 2015 at 23:26
lol
12 Agosto, 2015 at 23:47
Lá está… Dani preocupado com o facto de Aquilani reforçar apenas a zona de Cascais. Quem sabe, sabe.
12 Agosto, 2015 at 23:14
Este fdp do Braz diz agora que o Paulista foi 4 milhões.. cabrão. só para nos denegrir ( amanhã se calhar são 5 Milhões ) Todas as opções do JJ são uma merda… ressabiado merdoso. Mais um que se habilita a levar uma cabeçada…
12 Agosto, 2015 at 23:17
A conversa do Dani é mais ou menos isto…
Alguém atira um tema ao ar. Por exemplo: tomates biológicos.
“Bom, tomates biológicos, está tudo dito, podem ser usados numa salada, num refogado, quer dizer, eu até os uso para tirar os pontos negros dos tomates… perdão do nariz”
Depois alguém dispara outro tema. “Palhinha”
“Sim, sim, o Palhinha é um jogador do caralho, perdão, é um excelente jogador, jogador, jogar, acreditar, estou a rimar, e é isso, o treinador é que sabe”.
ESTÁ TODO FODIDO DA MARMITA CARALHO
12 Agosto, 2015 at 23:20
Rui Braz é um escroque.
12 Agosto, 2015 at 23:21
Agora sobre o Ruben… o palhaço do Bras diz que é uma vergonha o Vitória poder inscrever o rapaz !? ( se calhar para o Mónaco também acharia mal )
Que FDP . Agora espalha em todos os programas que só emprestamos e pagamos favores por causa do apoio desses clubes ao Pedro Proença.
Está preocupado com estas jogadas de bastidores do Sporting…
12 Agosto, 2015 at 23:26
Vergonha pq?
Sim… Benfica tem os seus satélites. Porto idem. Vergonha é driblarem as leis, com doenças raras.
12 Agosto, 2015 at 23:21
Nem acredito que o presidente do marítimo tenha ladrado sobre o heldon, depois do caso Danilo. Partir lhe os dentes era pouco.
Os euros são iguais na madeira e em vila do conde, tanto faz.
12 Agosto, 2015 at 23:22
Betinho no Belenenses.em definitivo.
12 Agosto, 2015 at 23:26
Temos 60% do passe.
Espero que contra nós só jogue 40%.
12 Agosto, 2015 at 23:29
O ressabiado continua… agora o Heldon ao assinar com o Sporting um contrato ( que supostamente previa a preferencia ao Maritimo nos empréstimos ) foi “amarrado” na sua vontade pois tem direito a ter liberdade de opção e escolher para onde pretenderia ser emprestado. Insinuando que teria sido coagido pelo Sporting a aceitar esta clausula… depois contradiz-se ironizando “acredito que esteja tudo legal”.. FDP.
12 Agosto, 2015 at 23:30
A Tasca está toda cheia de equívocos….
Quem é que acabou de ganhar a Super taça?
Quem nos levou até lá?
Um Miúdo?!
Ah???
ok! 😉
Vá lá … mais confiança….
Sai quem tem de sair e entra quem tiver de entrar,
Uma coisa é certa.
É o Sporting quem vai ganhar!
12 Agosto, 2015 at 23:32
Volto a dizer, masoquismo do caracas assistir a esses programas.
Enfim, para desanuviar, fica aqui o pastel de uma entrevista do ZZ a Padrao, antigo GR do benfica e amigo de JJ.
Nada de novo, mas enaltece o nosso treinador e dá um dado interessante: primeiro o orelhas nao o deixou sair (para o porto) mas agora foi o Jesus que quis sair. Vale o que vale
**************
Muito mais que um simples cruzar de rua, do começar um novo projeto em tons de verde e branco, deixando para trás seis anos de encarnado vestido, Jorge Jesus carrega em si o foco mediático no mundo da bola. Mais que peso do presente, em Alvalade, há também um passado (o mais recente) onde reacendeu a “chama imensa” do Benfica.
Acho que alguns jogadores só para não o ouvirem fazem tudo direitinho [risos]Nos corredores do futebol já muito se disse sobre se fez bem ou mal, sobre o que ficou para trás e os desafios do futuro. Nos dias mais recentes, “à boleia” da vitória do novo Sporting de Jesus diante do Benfica, a estrutura encarnada tem sido questionada e aumentou, por outro lado, a expectativa no lado leonino. O zerozero.pt conversou com Carlos Padrão (amigo de longa data e muito próximo de Jesus) para perceber o que está a acontecer em Alvalade com a chegada de JJ e como está o Benfica a viver uma nova era sem o técnico.
Dupla Jesus e Octávio Machado
«A estrutura só funciona em pleno com resultados, como em todas as áreas de atividade empresarial. Uma boa estrutura deixa-nos mais perto do sucesso, só isso. No Benfica, onde estava a estrutura quando perderam? Estava toda contra o Jesus e foi aí que emergiu um líder forte que, contra tudo e contra todos, decidiu pura e simplesmente manter a aposta, porque sabia exatamente que o destino, na altura, era o FC Porto e sabia bem a capacidade do treinador que ia despedir. Ele ia ter muito sucesso e seria a derrocada no Benfica», começou por nos dizer Padrão.
Padrão com o amigo Jesus, quando o técnico orientava o Benfica ©Arquivo pessoal de Padrão
Olhando para a saída de Jesus, o antigo guarda-redes dos dragões salienta que «Jesus é que decidiu sair», entendendo que havia chegado o tempo de rumar a outro projeto na sua já longa carreira. Mas sobre este tema, Padrão não se quis alongar mais, limitando-se a dizer que o «tempo trará mais explicações».
A verdade é que Jesus decidiu dar um novo rumo à sua vida. Para trás ficavam seis anos de Benfica, na frente… uma nova missão em Alvalade. Nos bastidores do futebol diz-se que Luís Filipe Vieira quer provar que a “estrutura”, mais que uma mera palavra na narrativa da bola, ganha sem Jesus.
«A estrutura tem de começar por ser criada entre presidente e treinador e é sempre um trabalho de equipa, mas com líderes fortes», sublinhou Carlos Padrão, questionando: «Quantas vezes falou o Rui Costa durante o consulado do Jesus?»
Sendo Jesus um treinador da “velha guarda”, o balneário é um território sagrado, onde «ninguém interferia em relação à equipa principal». «Ele e o presidente traçaram a estratégia e cumpria-se. Ponto. É assim no Chelsea, Arsenal, Bayern, Barcelona, Paris SG e em quase todos os clubes de topo», explicou-nos, destacando o papel de Octávio Machado, homem do futebol que Jesus levou para Alvalade.
Padrão e Jesus num momento de descontração ©Arquivo pessoal de Padrão«O Octávio é importante na ligação jogadores – presidente – treinador», sublinhou Carlos Padrão, ciente das diferenças de rendimento dos jogadores quando são treinados por Jesus ou não.
«O Jesus tem uma forma de treino que é única e foi criada por ele, em função de como joga a equipa. Acresce pressão máxima nos jogadores em treino. Muitas repetições, muitas mesmo, até à exaustão. Depois no jogo parece que os jogadores têm um joystick na mão. Acho que alguns jogadores só para não o ouvirem fazem tudo direitinho [risos]», disse, lembrando que «agora é mais fácil, ganhou estatuto, e os jogadores obedecem cegamente».
Jesus – para quem a «amizade é uma coisa, o trabalho é outra» – é um treinador «autodidata de grande sucesso e na Europa os doutores não gostam disso». Mas não só. É um técnico que privilegia «o poder de autoridade» do técnico no balneário. «Ponham lá os jogadores que entenderem mas a equipa e os interesses da equipa são sempre da responsabilidade dele. Não trabalha de outra maneira desde o Amora.»
Jesus em Alvalade cria «pânico» na Luz
Com a saída de Jesus, o Benfica foi buscar Rui Vitória. Carlos Padrão reconhece «qualidade» ao novo timoneiro dos bicampeões nacionais mas salienta que «o futebol de topo é como na vida» e explicou: «É para corajosos, sem medo.»
Depois do jogo com o Sporting, Jonas e Jesus protagonizaram um episódio de desentendimento. Padrão socorre-se da sua experiência no mundo da bola e deixa uma explicação. «Os jogadores são empregados que têm que obdecer ao patrão», frisou.
Amigo e compadre «do coração», como Padrão gosta de referir, Jesus é «objetivo na profissão e só pensa ganhar, ganhar». «O Jesus é a pessoa mais obstinada e trabalhadora com quem me cruzei na vida e o Octávio também, por isso o nervosismo a norte». Estas duas figuras do futebol, segundo Padrão, estão a cimentar uma «mentalidade vencedora» em Alvalade. «Sem descanso, eles passam tudo aos colaboradores. Batalham e trabalham muito.»
12 Agosto, 2015 at 23:41
Uma pergunta aos super managers da tasca:
No dia de hoje recusavam 15 milhões de €uros limpos e pagos a pronto pelo Wallyson?
Atenção, são €uros e não €uRobertos !
13 Agosto, 2015 at 0:08
+1
13 Agosto, 2015 at 0:09
O Wallyson foi vendido hoje, por 15M, pagos a pronto?
13 Agosto, 2015 at 0:19
Essa forma de ver tem de facto pertinência Maria, mas façamos outro exercício: ficando cá o Wallyson, existiria alguma possibilidade de daqui a um ano ele valer 15 milhões de euros? Nessa altura se oferecessem seriam um bom negócio?
13 Agosto, 2015 at 0:23
Mas eu compreendo o empréstimo do Wallyson.
A cláusula é que não.
13 Agosto, 2015 at 0:42
Será que a cláusula não foi imposta pelo Nice? outra possibilidade: será que JJ não garantiu a BdC que não contaria com ele mesmo para o ano (estou a especular é certo) ? Como disse, a possibilidade que nos deixa a todos mais lixados é ele fazer uma enorme época e o Nice (ou alguém por eles) pagar os 15 M e depois ser vendido por 30M. Bem, nessa altura ficamos apenas com um prémio de consolação… que nunca teríamos se ele cá ficasse um ano, emprestado a um clube da Pirmeira Liga ou muito menos se ficasse na B.
13 Agosto, 2015 at 0:48
Lá está. Cláusula imposta pelo Nice? O Nice? Mas quem é o Nice?
13 Agosto, 2015 at 0:52
É apenas uma hipótese. Neste momento é o clube que te vai receber o jogador e o vai tentar projectar.
13 Agosto, 2015 at 0:54
Cheira-me tanto a esturro….
13 Agosto, 2015 at 0:58
E disso não vai passar. Onde é que o Nice tem 15M para dar por ele. A não ser….
13 Agosto, 2015 at 1:00
Também mentiria se te dissesse que não tenho dúvidas nenhumas… E tu sabes que apesar de apoiar esta Direcção (tem tido méritos indiscutíveis) não digo Amen a tudo o que tem sido feito…
13 Agosto, 2015 at 1:01
Também mentiria se te dissesse que não tenho dúvidas nenhumas… E apesar de apoiar esta Direcção (tem tido méritos indiscutíveis) não digo Amen a tudo o que tem sido feito… quanto a ter dinheiro já respondi abaixo: se ele valorizar, obviamente que o arranja…
13 Agosto, 2015 at 0:12
15 M€’e 25% de uma futura venda HOJE? SIM!!!
13 Agosto, 2015 at 0:14
Eu avalio o Wallyson por um fasquia muito elevada, mas esta é que é a verdade: são 15 milhões de euros, é muito dinheiro, não são promissórias do JMendes!!!!
13 Agosto, 2015 at 0:19
Negócio incompreensível este com o Nice (há uns tempos atrás demoraram a pagar o Djaló…) não faz nenhum sentido ter a opção de compra com os 15 M€ (ainda por cima 15M€???o número especial dos aldrabões!).
Um dos meus jogadores preferidos e ainda nem tinha chegado à equipa A…espero sinceramente que volte mesmo que isso signifique uma época menos positiva!
A nossa posição é que é difícil de compreender…mesmo que o Nice não o queira\não consiga pagar se ele se valorizar eles compram por 15 e revendem por mais como aconteceu com o Iturbe! Grande erro que cometemos!
13 Agosto, 2015 at 0:28
Tenhamos calma. Para o ano vemos. Na pior das hipóteses (para alguns) ele vai valorizar-se claramente e “só” ganhamos 15 milhões. Eu admito que se o Nice quis essa cláusula é porque pensa na hipótese de o rentabilizar e pagar isso por ele (portanto nem vou ao facto de nunca terem pago esse valor por ninguém). Mas nesse caso, também é porque o conseguiu valorizar, coisa que nós infelizmente ainda não soubenos fazer… Espero que haja qualquer proteção no contrato anti-nádegas. Claro que também preferia que fosse sem opção de compra. Mas não sabemos os detalhes…
Numa outra possibilidade (se calhar mais provável?) ele volta novamente e logo veremos o que fazer com ele…
13 Agosto, 2015 at 0:37
Para o ano logo vemos as consequências deste negócio… Agora o importante é vencermos com os que cá estão! (embora admita que esta opção de compra deixou-me muito chateado!)
13 Agosto, 2015 at 0:39
Eu percebo. Eu também ficarei chateado se de facto ele explodir e ficarmos sem ele. Mas nessa altura teremos pelo menos 15 M. Neste momento temos a nossa fé nele e… como dizes, vamos atacar com os que cá temos. Depois se verá.
13 Agosto, 2015 at 0:25
Nós Sportinguistas temos que nos habituar a um novo paradigma.
Com putos não se ganham títulos, os jogadores que vêm da academia servem para munir a equipa principal com opções e não com soluções de curto prazo, caso raras excepções em que os putos são craques e fora de série. Passa-se isto em todas as equipas … que ganham … Temos sempre que olhar para as soluções que temos em casa, mas de momentos temos um novo projecto em andamento e as coisas estão definidas, ganhar !
Qualquer Sportinguista se sente dividido, entre querer ser campeão e ter um plantel de 25 jogadores todos da cantera do Sporting, mas reparem, o Sporting dos 25 do plantel, tem Patrício, Esgaio, Tobias, William, Adrien, J. Mário, A. Martins, Mané, Gelson, sendo que 3\4 são titulares indiscutíveis e Mané pode perfeitamente vir a ser.
Nem todos podem ficar nem todos podem jogar, o custo de oportunidade é algo inerente a todos os negócios, mas temos que ver todas as opções, receber agora 15, seguros, ou aguardar 2/3 anos e receber 25/30, sendo que nunca saberemos se atingirá esses 25/30, muitas variáveis, actualizando os 15M a 2/3 anos, poderá valer a pena os 15 hoje.
Temos que nos mentalizar que muitos jogadores que nós achamos que são craques, podem ser e podem não o ser, não ponho isto em causa, podem sair devido à necessidade de ganhar no curto prazo.
Preferiam ver o Tobias e o Wallyson a jogar de titular este ano ou preferiam ser campeões ?
13 Agosto, 2015 at 0:32
Isso é verdade. Não podemos ser campeões só com putos da formação. O ideal era reforçar com alguns jogadores experientes em posições que não consigamos com a formação, cobrir as necessidades ou de forma a aumentar as alternativas para a composição do onze.
Penso que foi esta a opção que foi tomada esta época (não o ano passado…) e estou de acordo. Não estarei apenas de acordo quando se forem buscar jogadores que além de serem experientes (não esquecer que a ideia é rendimento imediato até porque não se vai buscar dinheiro nenhum com eles em futuras vendas na maioria dos casos) não acrescentam nada ou até são inferiores aos que cá temos.
Para ser completamente franco não gostaria que deixássemos novamente de contar com a formação como há pouco tempo fizemos com resultados desastrosos. Neste momento, nada disso está a acontecer e espero que não aconteça.
Não esquecer ainda que foi com base na formação que conseguimos um 2º lugar depois do annus horribilis e que o ano passado ganhámos uma Taça de Portugal. Não esquecer ainda que até há data as grandes vendas que tivemos (e quase sempre abaixo do que podiam ter sido…) foram com jogadores da formação.
13 Agosto, 2015 at 0:33
“até à data”
13 Agosto, 2015 at 0:43
E já agora também importante: foi recorrendo à formação que não ficámos ainda pior que o sétimo lugar. Estou disposto a abdicar da maioria dos jogadores da formação no onze principal, mas não gostaria de ter apenas 1 ou 2…
13 Agosto, 2015 at 0:44
Concordo com tudo o que disseste, só me estranha é o facto de o Wally ter sido emprestado, nem sequer foi vendido (sim, tem clausula de compra, creio que o Labyad também tinha e voltou) e haver pessoas que parece que querem deprimir pelo Wally ter sido emprestado com clausula de compra, que ao que parece não é obrigatória.
A política que estamos a seguir agora agrada-me, jogadores com experiência e a formação a servir de reforço ao plantel, com jogadores com qualidade imediata e com muito futuro e perspectivas de jogarem (Gelson)
No miolo da equipa é onde JJ faz menos rotação
Até agora não concordo com Ciani porque acho que vai jogar pouco e com os seus 30’s não apresenta perspectiva de retorno e com Aquilani fico dividido, um jogador que gosto bastante, técnica, visão, passe, remate, mas não creio que vá jogar muito, será um suplente de luxo e pode passar muita sabedoria a J Mário, que a meu ver fez o melhor jogo, até agora, com a verde e branca vestida.
13 Agosto, 2015 at 0:47
Também concordo contigo. Não concordei com o Ciani e nem com o Aquilani (tem qualidade, mas não fiabilidade), concordo com os restantes. E temos neste momento quatro reforços a jogar na equipa principal. E é sobretudo para isso que se compram jogadores… para jogarem e acrescentarem algo à equipa. E quem quer ser campeão, tem de fazer apostas para rendimento imediato na equipa A.
13 Agosto, 2015 at 0:40
Preferia ser campeão com o Tobias e o Wallison a titular…
Nem 8 nem 80 o ADN do Sporting é a formação e depois reforçamo-nos nas posições mais carenciadas!
Mas no fim de tudo o que conta é a qualidade de acordo com as nossas possibilidades financeiras!
13 Agosto, 2015 at 0:49
Claro, isso eu também preferia, mas temos que ser coerentes e realistas.
Mas repara que seres campeão sem o Tobias e o Wally a titulares, significa seres campeão com Patrício, William, Adrien, João Mário, André Martins, Mané, Gélson, Esgaio, Tobias (ainda cá está e é suplente), Paulo Oliveira (conto como um dos nossos à séria, aquela raça é de LEAO !)
Resumindo o ADN está lá ! Estava só a tentar explicar que nem todos podem jogar e nem todos podem ficar, mesmo sem contratar Aquilani, acho que Wally estaria ainda atrás de André Martins, seria o nosso 3º/4º médio (para a posição 8) com esta idade precisa de jogar
13 Agosto, 2015 at 0:35
desmistificando o Wally…
o nice nunca vai pagar esse valor, nem sequer pode concorrer com o mónaco ou com o marselha…
mas primeiro, é preciso que o Wally faça uma boa época.
13 Agosto, 2015 at 0:44
Se eles colocam essa cláusula é porque prevêem poder pagar de algum modo. De outro modo nem faria sentido… Se tiverem alguém que lhes dá 30 M, arranjam 15 M na hora. Nem vale a pena pensarmos por aí….
13 Agosto, 2015 at 1:21
apenas 2 clubes podem pagar 15 milhões por um jogador no campeonato frances… e não o vão fazer.
o monaco está bem servido com o bernardo silva… o psg é de outro campeonato.
fora de frança só os clubes do meio da tabela do campeonato ingles.
13 Agosto, 2015 at 12:10
É evidente que o Nice nunca exercerá a cláusula para ficar com o jogador para o seu quadro, mas fa-lo-á se atrás de si tiver a Doyen, o Mendes, etc . O padrão 15 ME deixa muitas suspeitas. Poderão estar de forma camuflada a aplicar a estratégia Seixal.A verdade é que eles não arriscam nada, porque se correr bem exercem e ganham dinheiro, se correr mal devolvem e nós estando na posição contrária arriscamos muito
13 Agosto, 2015 at 1:25
o especulativo transfermarkt não lhe dá sequer 1 milhão de euros de valor aparente no mercado.
vamos aguardar…
13 Agosto, 2015 at 1:33
Como te disse, não podem pagar directamente, talvez possam pagar indirectamente por interposta parte…
13 Agosto, 2015 at 9:29
O único clube em frança que pode dar mais de 15 milhões por um jogador é o psg. E o psg nao compra jogadores promissores de 20 anos, vai atras de tudo o que é hype sul americano. Portanto tenham calma. É quase impossível o nice accionar a clausula. Eve ter sido um acordo de cavalheiros
13 Agosto, 2015 at 0:56
Ao ler o que os do costume vêem para aqui escrever só me apetece desejar-lhes:
– Ide dormir e acordai na segunda-feira passada ou
– Ide dormir e acordai no próximo sábado.
Dá-me igual.
SL
13 Agosto, 2015 at 1:02
O problema esta mesmo ai: ha pessoal que nunca mais acorda.
13 Agosto, 2015 at 8:39
As capas de hj:
Carrillo 1
Jesus 2
Conclusão: O Jimenez foi com o caralho. Acha-se normal que no Carnide os “exames” demorem 3 dias (e a contar)…
13 Agosto, 2015 at 9:08
Wallyson
Eu ontem bem dizia.
Com 21 anos se não fica no plantel…. dificilmente seria para ficar