Ao acabar dos 90 minutos da primeira mão frente a este CSKA, corro na memória muitas das jogadas que podiam ter sido algo que não foram. Digo a mim próprio que o “quase” não traz 3 pontos, nem prémios de participação na Champions. Esta é a hora do talento real, de ter ou não ter malta com tusa pelos grandes jogos e as grandes batalhas. Eu sei que foi isso que Jesus procurou no mercado, pois não chega fazer proezas contra Bragas, a fasquia é definitivamente outra.

Fala-se nos 14 milhões, nos 14 milhões, 14 milhões, 14…o número quase que se transforma num machado a oscilar sobre a qualidade do plantel. Já entendemos que não cairá em Agosto, mas em Janeiro. Eu acredito que mesmo que fiquemos fora da Champions, BdC não o fará….pois ao estar na frente da Liga (acredito mesmo nisso) será difícil de amputar um dedo do pé. E ainda tenho fé que a paciência e boa capacidade de negociação tragam um patrocinador que venha atenuar um possível desfalque.

Fora idealismos, os bons jogadores custam dinheiro. Mas recorro à velha máxima que deu o último título ao Carnide, o título em Portugal vence-se frente aos clubes mais “pequenos” e nos empates e derrotas surpresas. Nesses encontros não são precisos jogadores de milhões, mas atletas sérios e focados nos 3 pontos. Se queremos a Champions para ter dinheiro para atacar o título, se não chegarem, que o ataquemos com 100% de dedicação e empenho frente aos Tondelas e Aroucas. O quero provar é simples. Um plantel bem trabalhado, com bons jogadores que alie sabedoria e muita exigência táctica pode e deve lutar pelo título…nem que seja ao simplesmente não perder pontos com equipas com menos valia que a sua.

O dinheiro ainda não é tudo. Para lá caminha, mas ainda não é tudo. A sabedoria, a ousadia, a coragem e o esforço ainda contam e é aqui que o Sporting deve jogar todas as suas fichas. Sei que Octávio, Inácio, Virgilio e Manuel Fernandes concordariam comigo.

*às quartas, o Leão de Plástico passa-se da marmita e vira do avesso a cozinha da Tasca