A diferença entre cortesia e corrupção está no princípio
O Benfica não reagiu oficialmente às acusações lançadas por Bruno de Carvalho sobre as ofertas que alegadamente faria a árbitros, mas fontes do clube já se desdobraram em esclarecimentos destinados a desdramatizar a situação. Que a caixa só tem um custo de produção de 24 euros, aos quais se somam as entradas no Museu Cosme Damião e os jantares no Museu da Cerveja, mas que de qualquer modo o total respeita os limites máximos impostos pela UEFA, que é de 200 francos suíços, algo como 183 euros. Acredito. Mas não me chega. O presidente da APAF, José Fontelas Gomes, apressou-se a vir defender a classe, garantindo que nenhum dos seus membros aceitava ofertas que fossem além dos tais 183 euros. Percebo. Mas também não me chega. Porque a diferença entre cortesia e corrupção não está no valor da oferta mas sim no princípio.
Nunca decidi jogos, como podem inadvertidamente fazê-lo os árbitros, mas sempre tive como muito claro que as minhas responsabilidades como jornalista não me permitiam aceitar ofertas de dirigentes de clubes, jogadores, treinadores ou empresários. E poucos saberão como me era sempre difícil explicar a familiares e amigos próximos as razões pelas quais não podia pedir sequer bilhetes para ir ver este ou aquele jogo, que já tinha lotação esgotada, mesmo que me oferecesse para os pagar – porque do outro lado podia sempre vir uma resposta como o “deixe lá estar isso: um dia destes faz-me um favor a mim”. A verdade é que nunca fiz pedidos desses e que jamais os farei. Porque a última coisa de que precisaria era de que um dia alguém me viesse recordar que uma vez lhe tinha pedido um bilhete para ir à bola, comido um almoço à conta ou aceite uma lembrança. Ora se isso é válido para mim, que – repito – não decido jogos, muito mais devia sê-lo para os árbitros, que com azar até podem fazê-lo.
É verdade que, por tradição, vários clubes fazem ofertas a árbitros há décadas. É uma questão de cortesia, alegam. Mas mais do que ir buscar o limite máximo de euros que a UEFA impõe, o presidente da APAF devia ter sido claro nas indicações a dar aos seus homens: não há razão nenhuma para que essas ofertas, mesmo sendo legais, sejam aceites por agentes que já são relativamente bem pagos para cumprirem as suas tarefas de modo profissional. Da mesma forma que não há razão nenhuma para que os clubes pensem em oferecer aos árbitros presentes cujo valor se aproxima da metade de um salário mínimo. Porque ninguém oferece presentes a juízes do tribunal antes de uma audiência. E porque não se pode bradar pela verdade desportiva, condenar a “fruta” e o “café com leite” e depois ser assim tão cortez com os árbitros. É que às vezes mais vale ser bruto.
9 Outubro, 2015 at 18:08
Os lampiões andaram a alterar a página da wikipédia sobre o Sporting (https://pt.wikipedia.org/wiki/Sporting_Clube_de_Portugal).
No segundo parágrafo diz:
“O Sporting Clube de Portugal assumiu em 2015 uma parceria com o clube angolano Recreativo de Caala, onde os leões passariam a ser o clube satélite e receberia jovens promessas dos angolanos, como Bruno Paulista.”
Alguém sabe como podemos denunciar ou alterar isto?
9 Outubro, 2015 at 18:18
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Sporting_Clube_de_Portugal&action=edit
tens que criar conta
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Especial:Entrar/signup&campaign=anoneditwarning&returnto=Sporting_Clube_de_Portugal&returntoquery=action%3Dedit
9 Outubro, 2015 at 18:20
Creio que basta registares-te
9 Outubro, 2015 at 18:20
BRUNO AO ATAQUE!
Bruno de Carvalho: «Estão prestes a ser todos presos»
PRESIDENTE E OS AUTORES DO FOOTBALL LEAKS
Bruno de Carvalho abordou o tema “Football Leaks” na entrevista ao Económico TV, que irá parar o ar esta sexta-feira às 22 horas, deixando claro que os membros daquele site estão prestes a ser presos pelos atos que cometeram. Mesmo assim, BdC assegura nada ter a esconder.
“É um problema de polícia, de confidencialidade das coisas e é aborrecido. Alguns dos documentos são verdade, outros são manipulados e outros são mentira. Mas há ali entidades envolvidas, seja verdade ou não. Há nomes envolvidos, há pessoas envolvidas, há empresas envolvidas. Portanto, isto é uma devassa. Se estou preocupado? Absolutamente nada. Felizmente, e já disse várias vezes, sabemos o que cá estamos a fazer e não temos problema absolutamente nenhum”, assegurou.
“Como sabe, o Sporting tem um blogue oficial, que é o Verdade Leonina, onde estamos a colocar uma série de documentos como os que levei ao último programa onde estive. Não é só para esclarecer, mas porque as pessoas de precisam de ter um sítio para os ver”, explicou.
Quanto aos membros do “Football Leaks”, o presidente leonino não tem dúvidas. “Acho que vão ser todos presos, não tenho dúvida nenhuma. Hoje [quarta-feira] já retiraram todos os documentos. E sabe porquê? Porque estão prestes a ser presos”, atirou
9 Outubro, 2015 at 18:24
UIUIUIU…que ainda vou ver a Morsa no Linhó:)
9 Outubro, 2015 at 18:52
ahahahah isso é que era… no linho a apanhar sabonete liquido durante o banho…
9 Outubro, 2015 at 18:29
Grande jogada dos putos. Grande golo.
9 Outubro, 2015 at 22:07
devias destacar tb o artigo de opinião de hoje no record do José Ribeiro:
«Bruno de Carvalho quer ganhar. Como Pinto da Costa, quando entrou em funções no FC Porto, na década de 1980 ou Luís Filipe Vieira quando pegou no Benfica no início deste século. A quem a memória não falhar, perceberá que o presidente leonino não tem uma forma de fazer muito diferente das que tiveram os seus homólogos. Mas num outro tempo, mais mediático, com certeza, e bem mais escrutinado, por via das redes sociais.
O tempo em que o Sporting se contentava com o 2.º lugar pertence a um passado muito recente. Foi o então presidente Soares Franco quem assumiu a entrada directa na Champions como o mais importante. Esse era o tempo em que a atitude dos leões agradava à concorrência. Era um clube simpático e Bruno de Carvalho rasgou de forma clara e inequívoca esse “contrato”. Para o fazer teria de criar ondas de choque. Obviamente.
Os “viscondes” de Alvalade sentem-se incomodados por terem um líder que não se importa de ir, como convidado, a um programa televisivo onde, para além de uma entrevista, tem de sujeitar-se a debater com um assalariado do Benfica. Mas como são esses mesmos “viscondes” que afiam as facas a cada derrota, Bruno de Carvalho também os ataca, move-lhes uma espécie de perseguição permanente. E fá-lo às claras, em Assembleias Gerais do clube. Bruno de Carvalho não conta com os votos deles para permanecer em Alvalade, por isso dirige a “campanha” para a franja maioritária, aquela que exige a conquista imediata de títulos. Onde é que tal opção é discutível, em democracia?
Há uns anos, sem ser convidado, Luís Filipe Vieira irrompeu pelos estúdios da SIC e exigiu entrar em directo num programa de debate não muito diferente do “Prolongamento” da TVI24. E ainda hoje é presidente do Benfica. Não há muito tempo, Vieira calou boa parte da oposição interna oferecendo aos seus cabecilhas lugares na administração da SAD. E ainda hoje lá estão.
É por isso que volto ao início:
todos querem ganhar, todos começaram por fazer muito estardalhaço para chegar ao topo do futebol português. Se Pinto da Costa e Luís Filipe Vieira o fizeram e ganharam, por que razão Bruno de Carvalho não o pode tentar fazer da mesma forma? Haja memória.»
(José Ribeiro, Opinião, in Record)
9 Outubro, 2015 at 22:08
Ops está no post a seguir…
9 Outubro, 2015 at 22:09
Não tinha lá chegado ainda 🙂