«O mais difícil não é chegar lá acima, é saber estar lá em cima. É isso que estamos a fazer. O nosso objetivo é ganhar títulos, não é ganhar jogos, mas para ganhar títulos temos de ganhar muitos jogos.»
As palavras são de Jorge Jesus e acabam por resumir o que se passou, ontem, num estádio José Alvalade com mais de 40 mil pessoas e um fantástico ambiente em torno da equipa. Crença, é essa a palavra que define a relação entre os adeptos e toda a estrutura (direcção, equipa técnica, jogadores) e será essa palavra que se tornará fundamental ao longo do tanto que nos separa das desejadas conquistas. Principalmente em jogos como o de ontem e que, tal como se antevia, seria daqueles que poderia dar goleada ou que, casos os golos demorassem a surgir, se complicaria.
É verdade que as exibições do Estoril frente a fcp e benfica tinham mostrado uma equipa capaz de chegar com perigo à área adversária, mas, aposto, muito poucos adeptos leoninos estariam à espera de uma primeira parte com tantos calafrios. Usando uma pressão logo na zona do meio-campo, o Estoril foi capaz de emperrar a máquina ofensiva do Sporting e partir em rápidos contra-ataques que podiam ter resultado em golo, o primeiro logo aos dois minutos, com Dieguinho a falhar de baliza escancarada. Respondeu o Sporting, volvidos três minutos, com Slimani a desperdiçar, de cabeça, uma claríssima oportunidade de golo após centro de João Pereira. Na baliza contrária, Patrício tornava-se gigante e ia buscar uma bola de golo feito. Tudo isto antes dos dez minutos, num fortíssimo arranque de jogo. O Sporting tinha bola, muita bola, mas não conseguia desequilibrar nos últimos 20 metros do campo. E o Estoril, sempre que a recuperava, lançava as setas que punham em sentido a defensiva verde e branca (Ewerton deve ter ganho, ontem, todo o ritmo que lhe faltava, tais as correrias que teve que fazer). Foi esta a toada até final da primeira parte, muito por culpa de um vontade consecutiva de colocar a bola em Slimani, apenas alterada quando Gelson tentou aquele que seria um dos golos deste campeonato.
Alguma coisa tinha que mudar ao intervalo. E mudou. O carrossel acelerou e a pressão canarinha deixou de funcionar. Espaços, os espaços que haviam faltado ao longo da primeira parte eram, agora, descobertos pela turma de Alvalade. O falhanço de Ruiz, a um metro da baliza, deixava os adeptos leoninos de mãos na cabeça, mas Teo diminuía o stress: ganha o penalti que converte com calma, desbloqueando o marcador. Uma jogada que começa num fora de jogo que, com toda a certeza, dará muito que falar, mas que, se existir honestidade intelectual, não dará menos que falar do que o penalti claríssimo que, cinco minutos antes, ficou por marcar contra o Estoril por mão na bola de Mano.
Já com Montero em campo e embalado pelo golo e pelo apoio das bancadas, o Sporting desperdiçaria mais situações de golo. Gelson e Jefferson tiveram a baliza à sua mercê, Montero ensaiaria uma das suas bombas, Jefferson tentaria de livre. O Estoril tinha desaparecido e só apareceria a três minutos do fim, num perigoso remate de fora da área, não o suficiente para impedir os Leões de somarem mais três pontos. Três pontos importantíssimos, na ressaca de uma barrigada que precisava de ser digerida e que nos colocou onde continuamos. Em primeiro.
p.s. – ainda bem que há pessoal atento às sugestões que os adeptos vão fazendo e que começaram a aproveitar o espaço livre nas camisolas para publicitarem o que é nosso. Isso e o facto dos calções pretos estarem (mesmo) de volta.
1 Novembro, 2015 at 18:34
Jogo difícil,como se esperava, e podia ter sido bem pior se o Estoril tem concretizado nas oportunidades que teve nos primeiros minutos.Excelente organização do Estoril e má abordagem inicial de JP na marcação ao Gerso, dando-lhe espaço para o lançamento dos contra ataques. Que este jogo sirva para colocar um pouco de gelo nos mais eufóricos.Vai ser sempre assim o comportamento dos adversários, 2 linhas de 4/5 para roubar espaços.Houve boa circulação de bola, mas poucas situações de remate e faltou o remate de média distância. Para mim Gelson foi o melhor
1 Novembro, 2015 at 21:13
Parabéns aos tasqueiros Ultra e Saiote, que contem muitos com saúde.
Espero que o aniversário da tasca tenha corrido pelo melhor, por aquilo que li parece-me que sim, fico com pena de não ter podido estar presente, a ver se para a próxima.
Quanto ao jogo, o Sporting entrou um pouco receoso, a acusar a responsabilidade de estar em primeiro lugar isolado, pelo contrário o Estoril vinha com a lição bem estudada e ia aproveitando esta momentânea ansiedade. A partir dos 10 minutos o Sporting começou a tomar conta do jogo e então depois do intervalo dominou completamente a partida, não dando qualquer oportunidade ao Estoril de marcar, exceptuando um lance nos últimos 4 minutos. Não é intelectualmente honesto quem quer ver na arbitragem algum beneficio à vitória do Sporting.
No lance do penalti que ninguém contestou e supostamente foi precedido de fora de jogo, gostava de chamar a atenção aqui para um facto, que se passou à minha frente, pois o meu lugar fica mesmo no enfiamento da grande área. O arbitro assistente daquele lado (banco do Sporting) estava constantemente mal posicionado, não acompanhando devidamente as jogadas e na primeira parte deixou passar no mínimo duas a três jogadas do Estoril em fora de jogo, que eu saiba ninguém fala delas e poderiam ter dado golo. Foi o mesmo que no lance do penalti não viu o adiantamento de Teo Gutierrez por estar mal posicionado. O árbitro não tem culpa nesse lance e só se viu o mesmo na televisão, a incompetência do auxiliar poderá ter permitido o seguimento desse lance, mas também poderia ter dado origem a algum golo do Estoril se os seus avançados tivessem tido habilidade para os fazerem.
Já não falando do penalti claríssimo que ficou por marcar por mão voluntária do jogador do Estoril, que afastou assim a bola de Slimani, que se vai habituando a ver os adversários a tirarem-lhe as bolas com a mão sem que os árbitros
marquem o que lhes compete.
1 Novembro, 2015 at 22:15
Quanto ao “bailando”…. na minha opinião não é basófia!!
Percebo que muito Sportinguista face ao passado recente dos ultimos 30 anos se tenha “esquecido” que o Sporting pode ser Feliz Ganhando e por isso sinta um certo “temor” em gritar a plennos pulmões o momento actual…. mas não tenham e nem chamem basófia ao simples facto de se ter aproveitado a onda sugerida pela lampionagem com o Bailando.
Vai ser o nosso Hino esta época um pouco à semelhança do que sucedeu com o Só eu Sei!!
Por isso…. basófia NÃO…. mas MUITA CONFIANÇA…SIM!!!
Confiança na QUALIDADE e TRABALHO!!
Acredito que esta época vai ficar na História do nosso Clube como uma das páginas mais douradas!!
A equipa respira Confiança!!! Por isso…façamos todos o mesmo!!! Confiança nos nosso Leões!!!
2 Novembro, 2015 at 13:37
Não me revejo no ” Bailando” nem no ” Assobiando”. Acho que há outras formas mais inteligentes e eficazes de apoiar a nossa equipa. Além do mais essas duas formas bipolares, que exprimem estados de alma diametralmente opostos, estão mais próximas do que parece podendo num jogo passar de uma à outra num ápice. Na minha opinião ambas ajudam a motivar, por reacção `a primeira, os adversários, e por desmotivação, no caso da segunda, a nossa equipa.
2 Novembro, 2015 at 13:47
Nem sequer percebi que o Bailando era tema…
A sério…os Sportinguistas têm de começar a tomar uns comprimidos! Então numa altura de festa e quando se está em primeiro não se pode “bailar” quando se pode?! Bailando não significa está ganho…significa uma alegria momentânea!
Não se pode expressar a alegria quando estamos a ganhar e à frente quando se pode?! Só se pode pai durante 1 mês, que é o tempo que medeia entre o final da época e o inicio da pré-época (sim…porque depois andar a festejar o titulo do ano anterior é igualmente bazófia quando devíamos estar concentrados neste)?! E mesmo assim de forma contida para que para o próximo ano quando outro ganhar não nos venha atirar à cara os festejos deste ano?! Ainda se tivessem a cantar a musica dos campeões ou assim ainda vá…agora bailando?!?! Enfim..
Eu tenho um principio…nunca critico quem está e quem apoia! Não gosto quando chamam fdp ou cantam o que quer que seja aos lampiões num jogo qualquer e portanto não o faço! Agora nunca irei criticar alguém por estar em Alvalade ou noutro estádio qualquer a gritar em plenos pulmões! Ainda por cima num jogo que era para encher e em que ficam mais de 10.000 lugares vazios! Isso sim é grave! Isso sim para mim é tema a debate! Agora o bailando?! Mais ainda criticar por ter medo de um dia gozarem com isso…há traumas nos Sportinguistas que não percebo…
2 Novembro, 2015 at 14:19
Cada um vive o clube à sua maneira, mas todos queremos o melhor. Há comunhão de objectivos. Eu não estou preocupado com o ser ou não gozado mas apenas em tentar percepcionar qual a influência que as formas de apoio possam ter sobre os nossos jogadores e adversários. É uma opinião que, admito, possa estar completamente errada.