“Os adeptos do Tondela mostraram todo o seu desagrado pela imposição da Liga para que o jogo de ontem se realizasse no Municipal de Aveiro e não no Estádio João Cardoso.

Assim que entraram nas bancadas, os adeptos do clube da casa… emprestada não pouparam o presidente da Liga, Pedro Proença, e dirigiram-lhe vários insultos, apesar de ele não ter estado presente em Aveiro.”
Então porque é que este gajo não obrigou o Arouca a jogar em Aveiro contra o Sporting?

A águia vitória (é tudo vitória no carnide) meteu um ovo estrelado.

O Renato Sanches é um orgulho para o Fifica? O Saldanha Sanches também é um orgulho para o MRPP mas, esses factos não lhes conferem qualidade, apenas qualificam quem por eles se sente orgulhoso. A realidade é esta.

Jogadores do nível do Renato Sanches já o Sporting empandeirou às dúzias, antes de chegarem a júniores. Um deles é o André Almeida que, agora, é um orgulho da formação do Fifica apesar de lá ter chegado já com a barba por fazer.

Enquanto se orgulharem de jogadores dessa qualidade vão continuar a plantar duas palhotas e um terreiro de bola às dezenas em Países como o Botswana, o Nepal, o Butão, etc.

O Sporting, continuará a estabelecer Academias Sporting em Países como os EUA, África do Sul, Angola e China, para dar carreira, pelo menos, a jogadores como Nani, Quaresma, Cédric, Moutinho, José Fonte, Rui Patrício, João Mário, Gelson, Carlos Mané, Dani, Djáló, William Carvalho, Beto, Podence, Iuri Medeiros, Wallison, Riquicho, Mica, Semedo, Palhinha, Futre, Cristiano Ronaldo, Figo, Hilário, Matheus Pereira, Damas, Viana, Eric Dier, Fokobo, Chaby e tantos outros, como por Eusébio da Silva Ferreira, fruto da nossa escola de Moçambique e “desviado” ilegitimamente e por burla, para o Benfica, por mais uma direcção desonesta do clube em questão.

Nós temos razões de sobra para nos orgulharmos dos Homens e atletas que formamos, eles ainda não e talvez nunca venham a tê-las.

O problema não está em formar tecnicamente jogadores. Isso até o Guimarães faz, com algum sucesso. O Problema surge quando se trata de formar Homens, assegurando-lhes uma preparação equilibrada do ponto de vista atlético, técnico, ético e intelectual. Ensinar a jogar à bola qualquer um faz mas, ensinar a crescer como pessoa e ser humano, muitos poucos são disso capazes.

Equilibrar os resultados escolares com os resultados desportivos cria a vantagem competitiva de jogadores com uma formação intelectual, boa para o desporto e para a vida, fora dele.

Os jogadores do Sporting que saem da Academia, quando deixarem de jogar à bola não vão para o “Museu da Cerveja aviar imperiais, ou para o Martinho da Arcada transportar bandejas cromadas com um guardanapo dobrado no braço. Quando falam para a televisão não dizem sempre e só os mesmos lugares-cassette (levantar a cabeça, continuar a trabalhar, correr pelos objectivos, bl´, blá blá).

De resto se isso já começa a ser óbvio nos jogadores de futebol do Sporting (William, João Mário, Adrien são exemplos claros disso mesmo) então quando são entrevistados os nossos jogadores do Andebol, do Rugby, do Futsal, do Hóquei e até do Tennis de Mesa, é por demais evidente. Então, quanto mais novos forem os entrevistados, mais óbvia é essa característica. Adeus “cassete” que eles têm cabeças que estão a aprender a pensar!

Os jogadores da formação do Fifica, quando entrevistados são mais do mesmo, independentemente da idade, do escalão, da modalidade. Basta ouvi-los. Assim se vai fazendo a diferença, entre muitas outras coisas, dando aos rapazes objectivos que extravasam o “chuta-chuta” e se enquadram, claramente, no “pensa-pensa”.

Entre dois jogadores tecnica e atleticamente equivalentes, o melhor é o que sabe pensar. É essa ferramenta que define a fronteira e estabelece a diferença. Compare-se, por exemplo, o discurso de Carrillo com o discurso de Carlos Mané. Origens semelhantes do ponto de vista sócio-económico (porventura, melhores as de Carrillo) e formação distinta em clubes completamente diferentes. Agora, atente-se de facto no discurso, no encadeamento das ideias, na preparação recebida para pensarem pelas próprias cabeças e, “voilá”.

Andem ocupados a orgulhar-se deste e daquele, enquanto fazemos progredir os nossos. É isso que importa.

Não percebo o vosso problema. Eles têm toda a razão em estarem orgulhosos daquele jogador, feito por eles, raçudo, lutador até à exaustão, come a relva para ganhar um lance.
O jogo acaba? Para ele não, ainda lhe sobram forças para cuspir num adversário!
Por isso, orgulho, é realmente um jogador à benfica!