Quando alguém mexe em interesses instalados arrasta contra si toda a gente que em maior ou menor grau tem alguma coisa a lucrar com essa situação. É claro que quem domina o sistema, reage sempre violentamente, com maior ou menor intensidade, atendendo ao valor que estará posto em causa.

Quando o presidente Bruno de Carvalho foi eleito, depois de anteriormente ter sido derrotado numas eleições no mínimo duvidosas, logo apareceram vozes a apelidá-lo de tudo e mais alguma coisa, desde garoto a aldrabão. Vozes essas ecoadas ou mesmo nascidas na nossa comunicação social que como todos sabemos é conhecida por ser extremamente isenta, no que diz respeito à sua filiação desportiva. Uma das calúnias mais frequentes que se tem tentado transmitir, partindo do principio de que uma mentira repetida muitas vezes começa a ser apreendida como verdade, é chamar do novo Vale e Azevedo ao presidente do Sporting, ou seja um grande vigarista que se quer apropriar dos bens do clube em proveito próprio levando mais tarde ou mais cedo à sua derrocada. Ora, mas então, não foi no clube do outro lado da rua que esse senhor fez tudo isso? E não foi preciso haver umas eleições disputadíssimas para que ele saísse? Eleições essas que hoje provavelmente não seriam possíveis, pois os que entraram e que continuaram o seu trabalho embora de forma mais profissional, rapidamente blindaram o acesso e hoje só entra quem eles quiserem.

O senhor que hoje está à frente dessa instituição, segundo consta também já foi condenado por crime e da fama não se livra de ter ligações mais ou menos comerciais com carteis colombianos, onde pelo menos o seu ex-motorista, ex-funcionário, ex-dirigente ou lá o que é, tem negócios provados e alegadamente aprovados com entradas frequentes por conhecidas portas do estádio do clube. Não é esse senhor que nos últimos anos, transformou o seu clube num gigante mundial que tanto disputa numero de adeptos com os maiores do mundo, como passivo, crescendo os dois de uma forma exponencial em relação inversa ao número de sócios, número este que apesar dos seus dirigentes desconhecerem, parece ser atualizado de dez em dez anos e ao contrário do passivo caiu para metade na ultima atualização, o que aumenta a divida per capita para o dobro. Mas isso não tem importância nenhuma porque vendendo jogadores da formação a preço de tabela de 15 milhões de Euros cada, alguém há-de ganhar muito dinheiro, só não se sabe muito bem quem. Com tanto movimento de entradas e saídas, jogadores que não chegam a conhecer o relvado, outros que ali só param em transito para clubes de grandes campeonatos nas arábias, provavelmente só se cruzando na porta 18, no fim se alguém do clube chegar a ver alguma coisa, só se for a cor, porque o dinheiro, esse já desapareceu para algum fundo, ou para algum poço sem ele.

Não é o senhor do clube nortenho, que embora tenha transformado um clube de província, num vencedor hegemónico durante 30 anos, misturando mérito com aldrabice, perspicácia desportiva com mafiosice, temperada com fruta e café com leite, que instalado no seu cadeirão perpétuo a ganhar um salário principesco e comissões sobre transferências e aquisições “doyenescas”,para si ou para os seus, familiares, sócios ou apaniguados, que efetua vendas ultra-mega milionárias, com lucros aparentemente irrisórios para o seu clube, acumulando passivos estratosféricos? De facto estes não são Vale e Azevedo, cada qual têm o seu nome, bem conhecido por todos.

Mas não deixa de ser interessante que um jovem presidente apelidado de garoto, por alguns anteriores dirigentes, que retira o seu clube de um purgatório desportivo e de um inferno financeiro, negociando contra todas as espectativas um acordo com as instituições bancárias que o ameaçavam de encerramento e dando aos sócios e adeptos do Sporting, uma nova alma e uma esperança como há muito não se via na instituição verde e branca é que se veja constantemente apelidado do tal personagem e o seu nome arrastado para a sargeta onde os outros habitam. Deve ser porque houve alguém que teve coragem para chamar a merda pelo seu nome próprio, que toda a gente agora diz que não cheira bem. Que se faz muito barulho, que se pressionam os árbitros que viviam tão descansadinhos, deleitando-se com as suas boas refeições de cortesia, com certeza, terminadas com uma boa fruta, quem sabe exótica e com o seu bom café só ou pingado conforme o gosto de cada um. Deve ser por isso que agora anda tudo em alvoroço e toda a classe dirigente do futebol português muito preocupada com o Sporting que segundo eles é um clube que faz falta ao campeonato, quando está por baixo.

Nós Sportinguistas não devemos esperar outra coisa, o presidente já deu provas que conhece esta realidade e que está à altura de levar por diante este difícil desafio a que se propôs. Compete-nos a nós ajudá-lo, tal como ele em assembleia geral referiu. “ Não me deixem cair”.  Não te deixaremos cair presidente, estaremos a teu lado.

ESCRITO POR Leorodri

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