A equipa B perdeu, ontem, frente ao fcp, por uns expressivos 4-0, resultado de uma exibição a roçar o patético e que volta a levantar várias questões estruturais. E a mais pertinente talvez seja a que pretende perceber o que raio Labyad, Viola, Sacko, Salomão ou Cissé ali andam a fazer.

Cissé é um disparate antigo e sem aparente resolução, pois parece que ninguém o quer. Sacko é daquelas contratações que não resultaram e jamais vão resultar, pois o Sporting raramente joga em contra-golpe (para lá da mediana qualidade do jogador). Viola não é mau jogador, mas também não é bom o suficiente para jogar na equipa principal. Labyad é um verdadeiro tumor deixado pela antiga direcção. Salomão é o resultado de uma renovação de contrato injustificável, um pouco ao jeito do que se fez com Fokobo (ao menos o Fokobo levou o decote da agente para a reunião).

Com todas estas personagens, a equipa B do Sporting Clube de Portugal, à semelhança de anos anteriores, demora a encontrar rumo. E, se tudo correr bem e conseguirmos despachar esta gente na reabertura de mercado, voltaremos a ter que ajustar peças, como se por entre estas peças não existissem várias que são merecedoras da nossa demorada atenção: Oliveira, Stojkovic e Pedro Silva são três bons guarda-redes e deixam-nos completamente descansados em relação ao futuro; Domingos Duarte não engana e Riquicho tem condições para poder a vir o nosso lateral direito; Francisco Geraldes e Rafael Barbosa são dois médios que fazem jus à nossa formação; Ponde tem um enorme potencial e Podence merece uma oportunidade entre os mais crescidos.

É com estes que temos que preocupar-nos. Hoje e amanhã. E rodeá-los de contratações básicas e de pseudo craques pagos a peso de ouro e com tanta vontade de jogar numa equipa B do Sporting como de cagar os dois pés, é tudo menos a fórmula ideal para lhes dizermos que o nosso foco são eles. Eles e os que lá estão e que percebem o que significam as palavras formação e Sporting. Mesmo que nem todos venham a ser jogadores da primeira equipa, há lugar para eles enquanto transmissores desse sentimento e dessa forma de estar.

p.s. – não falei de Ryan Gauld propositadamente. Já não tenho forma de expressar o quão despropositada é a gestão da situação de um jogador que se apaga na desilusão da falta de oportunidades que justifica há meses.