De 2005 a 22 de Março de 2013 (mandatos de Filipe Soares Franco, José Eduardo Bettencourt e Godinho Lopes) o Sporting Clube de Portugal teve 35.672 inscrições de novos Sócios. De 25 de Março de 2013 até hoje (mandato de Bruno de Carvalho) o Sporting teve 37.304 inscrições de novos associados. Isto quer dizer tanta coisa.

Um estudo da Universidade Europeia em colaboração com a St.John´s University (Nova Iorque) e a Auckland University of Technology (Nova Zelandia) conduzida pelos professores Rui Biscaia, David Hedlund, Geoff Dickson e Michael Naylor concluiu que os adeptos do Sporting são os que se sentem mais próximos do seu clube, e mais importantes que os adeptos do Benfica e FC Porto. Isto quer dizer tanta coisa.

A média de espectadores em Alvalade é a que regista maior subida nos últimos anos. Nos jogos fora idem, chegando a ser a equipa que mais adeptos coloca nas bancadas como visitante. Isto quer dizer tanta coisa.

Seremos todos idiotas? Seguidistas? Carneiros? Acéfalos? Há quem diga que sim. Mas também há quem diga que o Sporting voltou. Que é nosso outra vez. Que ganhando ou perdendo está a ser restituído um estatuto de clube “para amar intensamente”, abandonando o clube “para seguir moderadamente”. A versão posh do Sporting revelou-se fraca, hesitante, confundiu-se empresa com frieza e corporativismo com distância. Baralharam-se os ideais desportivos e elegeram-se altares ao capital e aos créditos bancários. Excomungaram-se as “velhas guardas”, as “velhas glórias” e as “velhas ideias” de que o Sporting era um clube que dependia do apoio dos adeptos. Correu mal.

Os 3 pontos acima manifestam que há sinais de melhoras. Manifestam que BdC e direcção pode estar a fazer tudo mal, mas pelo menos tem o clube ao seu lado. E, meus amigos, é só isso que interessa. Sermos um clube. Sermos o resultado de uma união. De querermos o mesmo e da mesma forma. De concordarmos e apoiarmos convictamente e não porque temos medo que uma claque nos ameace ou se alterem estatutos para impedir uma proposta alternativa.

A alegria dos Sportinguistas sente-se a milhas, a “velha” excitação de ir aos jogos, de passar horas a falar da equipa, de fazer sacrifícios para rumar a Alvalade ou à Madeira, de viver cada vez mais o clube.
Isto quer dizer tudo.

*às quartas, o Leão de Plástico passa-se da marmita e vira do avesso a cozinha da Tasca