“coisa mai linda do pai” é a forma mais extremamente rabeta que já vi alguém festejar um golo. Minto, está ao nível do ti chico dos frangos aqui da minha rua, uma vez apanhei-o a festejar um golo do Suinão Sabrosa, em frente à tv, enquanto maneava as ancas e agitava o pincel do molho rançoso que usa para disfarçar o sabor a bedum dos seus churrascos.

Este tipo de atitudes lembram-me sempre como é que se passam as coisas em Portugal. O juiz, antes de ser juiz, é carnidista. O que interessa é defender os interesses do Carnide. A lei vem, quando vem, em segundo lugar. O magistrado, antes de ser magistrado, é carnidista. A imparcialidade e o dever de zelo não interessam. O Carnide está em 1º, 2º, 3º e 4º lugares. Só depois vem o resto. O inspector da Judiciária, antes de ser da Judiciária, é da comissão de recandidatura do Orelhas. Carnidense, portanto. Não se investigam os podres do Carnide, nem do sr. 600 Milhões BES. E se algum inspector o fizer, há sempre outro inspector, um magistrado ou um juiz para zelar pelos interesses do Carnide antes de zelar pela causa pública. O advogado, antes de ser advogado, é carnidense. O comentador, antes de ser comentador, é carnidense. O jornalista não é jornalista, e pior, é carnidense. Só fala bem do carnide e mal dos outros. O apitadeiro quer contribuir para a causa e apita como 12º jogador do Carnide. Em suma, o carnidismo é um desígnio “nacional”.
Este é o estado de coisas. Não sei como se muda isto a não ser aplicando métodos pouco convencionais.

P.S. Estou fora, mas vou sabendo coisas. Segunda-feira há prémios extra. Não só para fazerem pontos contra nós, como também o central que conseguir expulsar o Slimani tem um bónus. Sobre o Xistra não sei de nada. Só sei que é o Xistra e isso já me apoquenta. Mas não me admira que haja mais prémios prometidos para 2ª feira de Carnaval.