A primeira das 9 finais já está virada, com uma saborosa e necessária vitória, para curar as feridas, e com o voltar de um grande Leão. Quando muitos já aclamavam a sua seca de golos… quando muitos já diziam que Sli”máquina” já não é o que era, eis que os cala como só ele sabe, tiros certeiros nas redes e com o seu festejo único, que também é só dele, salta nas alturas como quem diz “Os leões estão vivos”. E que vivos que nós estamos. Por isso permito-me a colocar a nossa crença por imagens, por verdadeiros Leões.

Estamos vivos na imagem de Bryan Ruiz. Aquela classe em forma de jogador deu a volta por cima no jogo contra o Estoril, depois de ter feito os adeptos do Leão ao peito desesperar em pleno Alvalade com um falhanço brutal. Fez o jogo habilidoso que só ele sabe fazer, assistiu Slimani para o seu segundo tento e só não foi perfeito perfeito porque desperdiçou aquele passe quase à sorte de calcanhar que Slimani lhe deu quando chutou de primeira… só que ao lado. (Ps: ouvi dizer por ai, que Bryan tem tanta mas tanta classe que até perdoou aquela entrada assassina de “deus” Renato).

Estamos vivos na imagem de João Mário que nos mostra que um leão é leão mesmo sem a bola rolar no relvado. Quando o apito final soou eis que ele mostra que um jogador formado na Academia de Alcochete não fica só a saber jogar à bola. Fica também a saber valores incondicionais que o homem para o ser com “H” grande tem de saber. (João, aquele miúdo nunca mais se vai esquecer do gesto que tiveste para com ele).

Estamos Vivos na imagem de Adrien Silva. O nosso incontornável capitão, que fora expulso no último jogo por dizer o que toda a gente sabe ao “Sr.” Árbitro aquando da grutesca entrada sobre Bryan Ruiz, mesmo fora das quatro linhas continua a ser um dos remadores da Onda Verde.

Estamos vivos na imagem de Rui Patrício. Já não é o nosso capitão. No entanto dá uma segurança à equipa como se de um se tratasse. “São” Patrício é cada vez mais comparado com o nosso eterno símbolo Vítor Damas. E cá para nós, as parecenças estão à vista desarmada de qualquer um.

E finalmente estamos vivos na imagem do 12o jogador. Nós! Sim, todos os Sportinguistas têm feito para que a equipa muitas vezes responda em forma de golos aos cânticos que começam no topo sul e que acabam nas vozes presentes de todos os lugares de Alvalade. Têm sido as nossas gargantas e a nossa crença, o motor das pernas da turma do Leão Rampante, quando as mesmas já estão prontas a encostar às “boxes”.

E para terminar, uma palavra para aqueles Sportinguistas mais descrentes que pensam que já está tudo perdido: Nunca se esqueçam que ser do Sporting é saber sofrer. É ter uma capacidade cardíaca capaz de impressionar. É ter mesmo um coração de Leão! Nunca se esqueçam que envergar a verde e branca é acreditar com toda a fé que vos couber nas vísceras, e é essa mesma fé que tem quase que vos rebentar por dentro, com a crença que carregamos no coração! E ter essa fé até ao culminar destas 8 finais que temos pela frente.

Nunca se esqueçam que quer em Alvalade ou nos “mini”Alvalade que se têm construído de molduras humanas verde e branca por esse Portugal fora, que ninguém, nunca, desiste. Quer em campo, quer na bancada! É para ir (sempre!) com tudo, até ao fim!

 

ESCRITO POR Margarida Bibe
*às quartas (esta semana a fila de cozinheiros dura até quinta), a cozinha da Tasca abre-se a todos os que a frequentam. Para te candidatares a servir estes Leões, basta estares preparado para as palmas ou para as cuspidelas. E enviares um e-mail com o teu texto para [email protected]