Madagáscar é desde 1974 um Estado Independente. A velhinha Ilha de São Lourenço, foi durante longos anos uma colónia Francesa, depois ganhou, tal como a Ilha da Reunião, o estatuto de “Departement” e subitamente, tornou-se independente naq onda comunisto-revolucionária que assolou África nos anos 60 e 70.

O primeiro Presidente daquele pobre mas imensamente rico País foi mais um ditador Africano a clamar por Moscovo como tantos houve e tantos ainda há só que, agora, já não clamam por Moscovo. Basta-lhes dispor do armamento e entregam-se a frenesins de matança tribal e ao genocídio, como dantes. Nada mudou excepto o comunismo, abandonado , onde reside nalguma sucateira do Império Russo, desde finais da década de oitenta, do Glasnost e da mudança de nome do “Pravda”. Tudo mudou no Mundo e nada mudou. Tudo ficou exacatamente na mesma só que mais aceso porque os Americanos se resolveram sentir de mãos livres para o desmando.

Porém, na década de setenta, o Pastor Protestante Richard Adriamanjato tomou Madagáscar de sopetão, no maior banho de sangue que a História da Ilha, cuja população é esmagadoramente Católica, alguma vez conheceu. Execuções sumárias de famílias inteiras, homens da cultura, empresários, profissionais liberais, colectivização de meios de produção libertação do Franco Francês e rajadas de metralhadora, conseguiram aquilo que é habitual em consequência da implantação de um regime comunista: comícios de trabalhadores que não trabalham, fábricas fechadas, equipamentos abandonados, agricultura deixada à solta na selva, manifestações sindicais de massas dia sim dia não, greves, violência, mais greves e mais violência, o pânico da contra revolução instalado e usado como pretexto de sanitarização étnica, empobrecimento galopante montado em inflação de idêntico teor, “0” importações; “- 0” exportações, fome, famílias separadas pelo regime, trabalho forçado nas minas e um Presidente Comunista podre de Rico a dispôr a seu bel-prazer das riquezas do subsolo do País, designadamente da mineração de esmeraldas de elevadíssima qualidade que, por lá abundam.O País transformou-se nu gigantesco campo de concentração enquanto as embarcações de pesca, varadas nas praias, estalavam e apodreciam sob o sol inclemente dos trópicos

Eis que chega o avião da Jamba para transportar uma carga de tudo quanto é proibido com a finalidade de tudo trocar por Diamantes de sangue sul-africanos a preço de saldo, vendendo-os depois a joalheiros sem escrúpulos de Amesterdão a Munique.O produto da venda seria a repartir pelos interessados, uma vez comissionados os intervenientes. Tudo era simples no século passado. Havia crimes, não havia crimes de colarinho branco e outros de colarinho de jeans. Estava tudo misturado e amassado com sangue africano a jorros.

O amigo de Miterrand não podia aparecer para controlar a operação. Raios. Se o fizesse dava nas vistas com a violência de sêlos bem aplicados pelo Fernando Fernandes assim, apesar de tudo e para controlar a operação, não fossem os diamantes escorregar-lhe por entre os dedos, enviou o seu filho dilecto e sobrinho do actor diletante Vilaret, para acompanhar a transladação, primeiro e a exumação, depois.No avião ia o anão da Jamba, supostamente para assegurar as migalhas da operação no financiamento extra de que o PPD carecia para funcionar e se calar.

O Avião levantou de Antananarivo, fez escala algures em Angola para carregar marfim e tombou dos céus aos trambolhões na Jamba, onde uma série de inúteis apanharam o cagaço da puta das vidas deles mas, não passou disso. Um é Ministro da cultura e ou outro diz que não vota em Bruno de Carvalho porque o não deixamos entrar em Alvalade. Por mim, o gajo nem da prisa saía.

 

ESCRITO POR Mário Túlio
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