Depois de um ano para esquecer no que toca ao escalão de juvenis, onde o Sporting falha a fase de apuramento de campeão pela primeira vez na sua história, as coisas parecem finalmente entrar nos eixos e temos, felizmente, uma equipa competitiva e que me atrevo a dizer ser a melhor em Portugal.

Qualidade em quase todos os sectores, futebol de ataque e alguns lapejos do que são as exigências tácticas do futebol profissional, bem trabalhados por João Couto e seus pupilos.
Nesta altura, o Sporting assume a liderança da Zona Sul, na fase de apuramento de campeão, com 19 pontos em 7 jogos (seis vitórias e um empate) aproveitando o deslise do rival Benfica para se isolar no primeiro posto depois de uns expressivos 7-1 frente ao Vitória de Setúbal.

31 golos marcados e apenas 5 sofridos, fazem-nos acreditar que estamos perante os juvenis de hóquei e não de futebol 11 (nos últimos 3 jogos o Sporting marcou 16 golos e sofreu apenas dois). Um domínio avassalador que todos esperamos que culmine no título de campeões nacionais no final da temporada.

Digo, sem qualquer reticência, que estamos perante a melhor geração em actividade na Academia. Hoje destacarei aquilo que é o colectivo, mas prometo em breve dar conta de alguns dos muitos jovens que prometem vingar e ser opções no Sporting a longo prazo, presentes nesta equipa. Se é verdade que a segurança defensiva é uma das armas utilizadas, não é menos verdade que a quantidade de tempo que o Sporting passa com a bola facilita todas as operações. Uma frente de ataque recheada de craques, que abre espaços de todas as formas e permite estas goleadas. Verifica-se, e muito, que existe espaço para que estes jovens inventem as suas jogadas, que tenham liberdade para construir, sem existir uma obsessão constante pelos posicionamentos (apesar dos mesmos serem importantes).

Quase todos os avançados apresentam números interessantes, especialmente o Al Hassan Lamin (sim, é português), mas também Rúben Teixeira, Umaro Baldé e Elves Baldé. Tomás Costa Silva, médio ofensivo, é o melhor marcador da equipa. Tudo isto, muito à custa de um trabalho colectivo muito bem realizado, médios com o selo Sporting, que apresentam muita qualidade, e extremos com uma técnica muito a cima da média.

Lá atrás, apenas 11 golos sofridos em 25 jogos. As naturais alterações de jogo para jogo, que por vezes se verificam na formação, não prejudicam a forma segura de defender desta equipa. São 104 golos desde o princípio da temporada. Isso mesmo, 104. Estes jovens fazem sonhar e prometem acumular títulos e tornar-se, a médio prazo, opções na equipa principal do Sporting. Eis as estatísticas de todos eles:

juvenis 1
juvenis 2

*às terças, a Maria Ribeiro revela os seus apontamentos sobre as novas gerações que evoluem na melhor Academia do mundo (à excepção do Dubai)