Para o ano há eleições no Sporting Clube de Portugal. Haverá sempre quem discorde do Presidente cessante e consequentemente espero que haja candidatos suficientes para agitar as águas. Terão uma de duas coisas: ou uma dura preparação (e Bruno de Carvalho tendo-se apresentado já como candidato, deu-lhes o mote e tempo para se prepararem) ou uma ridícula candidatura.

Gostava de ver o José Couceiro candidatar-se porque o acho um homem sério mas, não tenho a certeza absoluta dessa ideia que dele faço. Penso que o José Couceiro terá ideias originais para propor aos Sportinguistas e no mínimo, gostaria de o ver colaborar no engrandecimento do Sporting Clube de Portugal. Votei nele nas últimas eleições. Votarei em Bruno de Carvalho nas próximas, não hesito nem tenho dúvidas de ser ele o único Presidente de que o Sporting precisa nas próximas décadas. Assim ele queira continuar à frente dos destinos do Clube e da SAD.

Os problemas principais do Sporting continuam a ser de ordem Financeira e Económica mas há desafios que, não sendo “problemas” são tão difíceis de superar quanto o têm sido os problemas e penso que esses desafios têm de ser colocados em cima da mesa nestas eleições, agora que os problemas Financeiros e Económicos estão enquadrados em sólidas molduras de solução.

Enquanto o Sporting dever a fortuna que deve, o problema financeiro e as soluções económicas continuarão na “ordem do dia”.
Até aqui os problemas Financeiros têm sido resolvidos por recurso a 80% de soluções Financeiras e a 20% de Soluções Económicas e eu gostaria que este Paretto se virasse ao contrário, isto é que os nossos problemas financeiros fossem resolvidos pelos nossos resultados de exploração económica, pelo menos em 80% e apenas 20% dependessem de soluções financeiras. O grande desafio para o próximo mandato de Bruno de Carvalho vai ser o de estabelecer as bases de facto e estatutárias que determinem a solução das questões de natureza financeira à custa da geração dos Lucros necessários.

Qualquer Presidente que venha a assumir a SAD e o Clube (Bruno de Carvalho incluído) terá um mandato muito mais tranquilo que este que acaba no próximo mês de Março pois, o indispensável, o essencial e o impossível estão realizados só que agora o desafio à inteligência de um novo CA e Direcção é duma dimensão infinitamente maior, é muitíssimo mais interessante e muitíssimo mais realizante.

Eu tenho uma ideia estratégica para o Sporting mas, não me vou candidatar, estejam descansados; não integrarei qualquer lista, o Sporting merece melhor e mais novo que a minha (às vezes) simpática pessoa.
No entanto, isso não me impede de pensar, estabelecer metas, imaginar objectivos, definir estratégias de gestão para os atingir e ocupar, desse modo o meu tempo disponível que, hoje, é imenso.Direi mesmo que tenho tempo livre demais e tempo de vida de menos. Um paradoxo mas, é assim mesmo.

Em meu entender, o nosso endividamento não pode exceder 30% do nosso resultado líquido. Tudo que seja mais que isso coloca a instituição em risco (ainda que disponhamos das ferramentas de natureza financeira que assegurem a resolução dos problemas no tempo (ao longo dos anos). Há um risco permanente de insolvência associado a quem muito deve sem ser “vidente”, sem saber exactamente o que o futuro nos trará. Como ninguém sabe isso, o “risco” continua em vigor, apesar de estarmos em processo de reestruturação.

Vamos de bicicleta com “rodinhas” bons travões, bem afinada mas, podemos ser abalroados por um autocarro e…lerpar. Com um endividamento na casa dos 30% do nosso resultado líquido seria como se fossemos ao volante de um Hummel blindado, envolvidos em airbags prontos a disparar ao menor sobressalto. Venha de lá o autocarro que, nós cá esperamos sair vivos e sem ferimentos de maior, de tamanho embate.

Cada desafio tem uma meta temporal, constitui um objectivo essencial ao Clube (É essencial conquistarmos a Champions? Não) e atinge-se desenvolvendo e dispondo dos recursos (humanos e financeiros) necessários à sua consecução.
Depende além disso de circunstâncias que escapam ao nosso controle e que terão de ser superadas, ajustando-se o que for necessário para nos não desviarmos da rota traçada, ora acelerando o passo, ora recorrendo instrumentalmente a diferentes ferramentas mas, progredindo em direcção a ele,com sólidas expectativas de o atingirmos.

Não, não estamos no âmbito do “voluntarismo” ou do “wishfull thinking” estamos no plano da nossa realidade. De que objectivos carecemos e que ferramentas devemos usar para os atingir? É esta a questão que deixo no ar aos meus amigos tasqueiros.Respondam só às duas primeiras questões porque a outra, é retórica e não caabe responder-lhe senão a quem se queira candidatar à presidência.

1. Que objectivos deve ter o Sporting?
2. Em que data deverão ser alcançados?
3. A que meios recorrer para alimentar a sua prossecução.

Posto de outra maneira:
1. Que pensamos nós devam ser os 3 principais objectivos que, contribuam para o crescimento económico do Sporting, durante o próximo mandato de Bruno de Carvalho?
2. Que objectivos Desportivos, também para o próximo quadriénio?

Eu quero o Sporting Campeão, o benfica na Segunda Divisão e o Vieira na prisão!

ESCRITO POR Mário Tulio
*às quartas, a cozinha da Tasca abre-se a todos os que a frequentam. Para te candidatares a servir estes Leões, basta estares preparado para as palmas ou para as cuspidelas. E enviares um e-mail com o teu texto para [email protected]