Esta semana quero fazer um balanço do que tem sido a nossa época oval. Como sempre os números são importantes, e comecemos então por eles.
Os nossos seniores estão na penúltima jornada do campeonato de 1a Divisão Nacional (o equivalente à divisão secundária, acima está a Divisão de Honra). Asseguraram a permanência neste escalão num ano em que sairam 53 jogadores, entre seniores e Sub 23. Soubemos reconstruir e fomos jornada a jornada, sem virar a cara à luta fazendo o nosso melhor.Esta noite é o último jogo do escalão Sub-23, e para a última jornada por incrível que pareça, os nossos seniores ainda têm uma remota hipótese de apuramento para a fase final, que apura o campeão. Estão de parabéns.
As nossas seniores femininas seguem o seu caminho, e apesar de termos perdido a nossa jogadora Catarina Pires, vão tentar conquistar a Taça de Portugal. Paralelamente temos 4 jogadoras na nossa Selecção Nacional, que vai tentar o apuramento olímpico… e duas jogadoras na Seleção Nacional de Sub-18, apesar de serem Sub-16…
A nossa marca é a formação e vamos a ela. No passado Portugal Rugby Youth Festival apenas 3 clubes apresentaram a competição equipas para os 4 escalões, a saber: Agronomia, Belenenses e GD Direito. Nós ficamos no grupo seguinte, apresentando equipas em 3 escalões.
São essas as nossas vitórias, estarmos presentes, e fazermos bem. Também o nosso atleta Celso foi chamado à Seleção de Sub17. Queremos crescer e para o ano apresentar mais e melhores jogadores, sermos mais competitivos.
Montar uma equipe de rugby de raiz é muito difícil, pois são 15 jogadores e alguns têm que ter caracteristicas especiais… Conciliar tudo isto com o compromisso, não é fácil, mas se fosse fácil…
A pouco e pouco… Estamos a construir um futuro oval… Juntos vamos conseguir. O Caminho faz-se caminhando … Juntos.
(Um obrigado pelas informações prestadas por Rafael Lucas Pereira)
*às quintas, o Escondidinho do Leão aparece com uma bola diferente debaixo do braço, pronto a contar histórias que terminam num ensaio
7 Abril, 2016 at 17:07
O râguebi português está a viver o pior período dos últimos 15 anos, digo eu, será que possível, nos próximos 5 anos, termos o Sporting a lutar pelo título no escalão máximo?
PS. O rangers subiu à primeira divisão escocesa e, que tal, se fizéssemos uma parceria com vista a emprestar-lhes jogadores?
7 Abril, 2016 at 17:17
Possivel… mas muito difícil.
Há uma saída de jogadores que todos os anos tem que ser colmatada. Para as dificuldades que houve este ano, podia ter sido muito pior.
Uma parceria com um clube estrangeiro seria dificil, pois não há atrativos em que esses mesmos jogadores virem para cá… a não ser estudantes através de Erasmus.
7 Abril, 2016 at 17:22
A parceria com o Rangers que o Pavel falava já era em futebol 😉
7 Abril, 2016 at 17:23
O off já era sobre futebol, mas é uma questão importante essa do intercâmbio de alunos com vista a fortalecer o nosso râguebi. Mas todos sabemos que, quem tem qualidade, dificilmente lhe interessaria deslocar-se para um campeonato de 3º nível europeu.
7 Abril, 2016 at 17:20
Ora aí está um update necessário e no tempo certo.
Desconhecia que o playoff se fazia a 8 equipas mas, realisticamente, vamos defrontar o líder e invicto Montemor. Honrar o Rampante é mais do que suficiente 😉
Tenho também eu a expectativa do Pavel. Haverá bases para formar uma equipa que lute pela subida no próximo ano (eu penso num passo de cada vez)?
7 Abril, 2016 at 17:30
Um passo de cada vez… um passo de cada vez. Realmente nem me passou pela cabeça o jogo da bola redonda… isto um dia ainda vamos descobrir que o mundo que era plano e se pensava ser redondo, afinal é oval 😉
7 Abril, 2016 at 18:22
Certo, seja então um de cada vez, mesmo que sejam mais pequenos 😉
7 Abril, 2016 at 20:43
Bem sei que queremos sempre o Sporting a ganhar e quase nunca damos tempo…
Deem tempo a nossa formação é ouro… não pelo resultados mas pelo espírito e pelo que jogam… nestes escalões fazem jogadas de 10, 15 20 passes é muito bom 🙂
7 Abril, 2016 at 19:14
Quero fazer uma entrevista a dois jogadores do Sporting Rugby por escalão… Querem ajudar a formular as perguntas? Vou escilher o máximo de três perguntas e depois coloco aqui as perguntas as respostas e o contexto, de modo a termos uma ideia do trabalho e aspirações dos nossos pequenos leões…
7 Abril, 2016 at 19:48
O que representa para ti o símbolo que envergas? -> Será sempre uma pergunta que trará as respostas mais variadas, mas também as mais sentidas.
7 Abril, 2016 at 20:38
Ok… faltam duas. Uma pode ser :
Que dizias às pessoas que dizem que o rugby é um jogo violento, e não é para meninas??
Mais uma ou duas perguntas, malta…
8 Abril, 2016 at 10:26
Tenho uma Filha que jogou em Agronomia. Na minha Família há quatro gerações que jogamos Rugby e acho que o Rugby não é um jogo para mulheres. Pelo menos, o “verdadeiro Rugby” não é jogo para mulheres. Tenho pena que o exagero da igualdade, um fundamentalismo como outro qualquer, determine que o Rugby pode ser jogado por todos os seres humanos. Não é verdade. O Rugby jogado por Mulheres torna-se um jogo desvirtuado.
A maioria dos desportos pode e deve ser praticado por mulheres.O desporto praticado por mulheres é sempre mais lento e consequentemente, sempre menos aliciante, visto pelo público masculino que, acaba mais por se entusiasmar com as jogadoras que com o encontro que presencia.
Quer queiramos, quer não, o Homem e a Mulher não são apenas complementares em muitas áreas, são também diferentes. A evolução da espécie, assim o ditou. Não é mau, antes pelo contrário, é realista e acima de tudo necessário ao desenvolvimento e proliferação da espécie. Eu acho que é bom que assim seja porque a paridade dos sexos é uma falácia e um corolário mal tirado do princípio da igualdade essencial de todos os seres humanos. A diferença não é necessariamente má, é uma vantagem e uma necessidade. Homem e Mulher têm de ser considerados iguais “apesar” das diferenças óbvias mas, essa igualdade há-de um dia ser universal naquilo que têm em comum, que é muito e talvez o mais valioso na nossa espécie. As diferenças ao serem levadas em consideração , no desporto resulta no facto de não competirem entre si. Talvez no Golf seja possível,em mais nenhum.
Quando eu tinha dezasseis anos a Campeã Senior de Wimbledon, em Tennis, Virginia Wade veio passar as férias a Portugal e pediu à Federação que lhe arranjasse uns rapazes, juniores para treinar, no Estádio Nacional, enquanto por cá estivesse. O Alfredo Vaz Pinto designou para o efeito o meu amigo Mário Lopes, do Clube de Tennis do Jamor. Um Junior de dezasseis anos com um tennis de antologia. Encheu-se o court central para vermos a Virginia Wade jogar com o Mário. Levou 6-0 e 6-1. Saiu do court danada e não voltou mais.
Agora se dá prazer às mulheres jogar Rugby, então joguem. A liberdade de o fazer é que é essencial que vigore. Não me peçam, porém, para ir ver os jogos. O princípio da igualdade não exige isso de ninguém.
8 Abril, 2016 at 10:29
Parabéns à joaninha bananas e ao Mário Túlio que fazem hoje anos.