Ora viva, Sportinguistas…
Venho desta vez falar em nome de algo maior, o Espírito do Leão. Um destes dias, ao abrir o pc tinha um email remetido do endereço [email protected]
Passo a transcrever o mesmo…

Bom dia.
Caro Escondidinho do Leão, venho dar a conhecer o meu contentamento…
Apesar de já centenário, há coisas que me acontecem, e que quase já tinha esquecido. E agora com estas facilidades todas da informática, não podia deixar de comunicar contigo, acerca de uma sensação nova…
Bem sabes, desde que fui criado, iluminei tantos e tantos sportinguistas, e fomos crescendo, vendo e sentindo os nossos atletas… e nos mais variados desportos…
Sentir os pitons a pisarem o relvado, o bater compassado da bola… o roçar da bola nas redes da baliza… Enfim, o grito de GOOOOLO, solto de milhões de gargantas… é inexplicável…

O jogo de Alkmaar, o jogo seguinte em Alvalade… talvez algumas pessoas desconfiem, mas venho aqui confirmar que fui eu que gritei, com o Jorge:
– Eu te amo SPORTING!!!!
– Eu te amo SPORTING!!!!
– Eu te amo SPORTING!!!!
– Eu te amo SPORTING!!!!
Ficamos roucos…

Mas também os nossos atletas, em pista ou na estrada, o seu esforço, o seu sofrimento, a sua valentia…
O rodar das nossas bicicletas em pelotão, em estradas lisinhas, o ZZZZZzzzzzzzZZZZZzzzzzzzzzzzz contínuo e hipnótico… Aquele rapazito de Torres Vedras ainda me faz sorrir… Aquela força… E no estrangeiro, nos Jogos Olímpicos, as nossas medalhas, o Carlos… pá, aquilo foi demais, até para mim… Ia indo desta para melhor…
As nossas meninas no basquetebol, o bater da bola, o sentir o cesto perfeito, o contra no ar, a tirar a bola do cesto… O nosso andebol, aquela redondinha que cabe na palma da mão…

Mas agora vamos a falar de algo, que não sendo novo, me rejuvenesceu mais que o peeling que estão a fazer ao José Alvalade… Na semana passada senti uns pítons de malta nova a pisar em nossa Casa… pensei cá com os meus botões (de punho, claro)… olá, queres ver que a malta da formação está cá outra vez?? Mas o meu espanto veio do bater da bola… mas que sensação era aquela?? A bola parecia ter vontade própria, rodava e pulava, tanto para trás como para a frente… e os putos… então, pareciam loucos, a correr para ganhar a bola e o destino, para a passar… os gritos de incentivo uns aos outros… e o esforço, o esforço…

Aqueles rapazes e raparigas matavam-se naquele jogo. O suor que ali foi deixado, aquela vontade, aquela entrega… fiquei a parecer um Espírito puto outra vez… A malta do rugby foi a nossa Casa, e o Esforço que lá deixou, a Vontade, o Querer, construiu-me tanto, como o cimento constrói alicerces e torres e Desejos. Deixo o meu obrigado, foram bem-vindos, e serão bem-vindos sempre… a nossa Casa.
Despeço-me com um abraço ()val,
d’ O Espírito do Leão.

 

Desta vez, não há crónica, mas para a semana cá estamos com mais novidades.
Um abraço.

*às quintas, o Escondidinho do Leão aparece com uma bola diferente debaixo do braço, pronto a contar histórias que terminam num ensaio