O tema da “Comunicação” tem estado na baila no debate sobre o futuro e melhorias no Sporting. Parece ganhar uma certa (e bastante determinada…) unanimidade a noção que o Sporting não está a usar, quer dos melhores meios, quer dos melhores argumentos, na arte de transmitir informação. Já escrevi aqui na Tasca sobre o tema e quase tudo o que pensava mantém-se, logo não vou versar por aí. Mas, como o assunto me interessa particularmente, há dentro desta coisa chamada “Comunicação” alguma confusão, misturando-se tudo no mesmo saco.
Há várias, digamos…necessidades no que diz respeito ao que o Sporting deseja comunicar. Há a Informação pura e dura, que incide sobre eventos, logística e demais factos sobre a gestão institucional de um clube com a grandeza social (ex: onde, quando, como e porquê se vai realizar esta ou aquela acção). Existe a informação ao Mercado, que podemos designar por todos os esclarecimentos e reports sobre operações financeiras de relevo (ex: o jogador x, rescindiu contrato ou o Sporting realizou um protocolo com clube y). Estas não são as áreas em que se aponta caminho a percorrer. O centro da discussão aponta-se claramente ao tratamento do discurso directo e indirecto, à chamada (por mim, mesmo agora) informação opinativa.
É verdade que raramente os media transmitem dados subjetivos relativos ao Sporting de forma positiva. As nossas contratações são sempre “arriscadas”, os nossos investimentos são sempre “jogadas arriscadas”, a nossa gestão é sempre “atribulada”, as nossas posições são sempre “polémicas”, as nossas contestações são sempre “exageradas”. Isto não teria particular importância se fosse dado tratamento igual aos nossos rivais. Isto não teria gravidade alguma se cada adepto leonino fosse capaz de discernir o que é verdade e o que é fruto do alinhamento político/económico dos media. Infelizmente grande fatia dos adeptos (de qualquer clube) não segue a actualidade a um ponto em que lhe seja fácil analisar as “motivações” por detrás das notícias. Pode parecer ridículo, mas há muitos Sportinguistas que não compreendem o papel de Mendes nas finanças dos clubes portugueses, não entendem a “origem” da fornada mais jovem de árbitros da primeira categoria, não dimensionam que o isolamento do Sporting (face à Mendização do Benfica e Doyenização do Porto) tem maior peso que apenas o tipo de jogadores que se escolhe no mercado. A grande maioria dos adeptos que segue o fenómeno do futebol lendo as “gordas” dos jornais e vendo jogos ocasionalmente não detecta a razão porque um jornal faz em poucos meses 10 capas com um jogador de 19(?) anos, apesar de nada nos jogos conseguir explicar todo o foco apontado. A esmagadora maioria dos cidadãos não questiona o que vê e ouve.
A imprensa é usada e usa o que está à sua volta para…vender. Um jornal que faça 1 capa com Rafa do Braga, não vende o mesmo que escolhendo Renato Sanches. Se o título for “bom jogador” venderá menos que um “o maior jogador de sempre”. A informação há muito que deixou de ser objectiva, é sensacional, emotiva, histérica, megalómana, hiperbólica. Porquê? Acima de tudo porque as pessoas reagem cada vez menos ao estímulos moderados e a única forma de captar o interesse num mundo exageradamente informativo é…exagerar. Este é o primeiro problema para quem “comunica” hoje em dia. Mas não é, nem de perto, o maior. Como chega uma notícia a uma capa? O ciclo clássico dir-nos-ia que tudo começa com um jornalista que segue uma “pista” ou uma “fonte”, analisa os dados disponíveis, filtra a veracidade dos factos, investiga até onde for possível e converte todo esse trabalho num texto que poderá ser editado, melhorado, rejeitado ou publicado sem supervisão da sua chefia de redacção. Infelizmente este modo está ultrapassado. Os media são cada vez menos independentes, o que ganham nas suas tiragens é cada vez mais irrelevante na sua viabilização financeira. Os media são hoje, instrumentos numa incessante batalha por poder de manobrar opinião, que pode ser política ou financeira, mas que já está para além da necessidade de fazer um trabalho de excelência para crescer, mas sim a construção da opinião pública que interessa aos accionistas.
Ser um bom jornalista não serve para nada. Ser um meio rigoroso é descartável. O que interessa é ter ligações o mais tentaculares possível com as esferas de poder. Arriscaria que um jovem formado neste Verão em Jornalismo e que eleja o desporto como área preferencial, dependerá muito mais das pessoas que conhece e da sua preferência clubística, do que da sua capacidade de interpretação da actualidade, talento para escrever ou dotes de oratória. Tudo começa, desgraçadamente assim. O corromper dos principais instrumentos de informação em massa, gerou desiquilibrios. Os agentes que participam no processo estão cada vez mais centrados na sua sobrevivência, no fortalecimento do seu status e muito pouco na qualidade do seu trabalho. Quem és e o que pessoalmente defendes passou a ser muito mais relevante que a isenção ou o rigor. O resultado está à vista, 80% de um jornal desportivo é nos dias de hoje uma súmula diária de “recados”, “anúncios” velados, posições não oficiais, vontades de empresas e empresários. Ou seja, um jornal não é uma colecção de factos, é uma reunião de interesses. A grande questão para o Sporting é que estes “interesses” são muitas vezes os que mais desejam o seu insucesso.
Um Benfica esmagador, hegemónico, incontestado é o que os media perseguem. Vista curta que obedece a instintos primários de quem quer alimentar o que pensa ser a melhor solução de “mercado”. Todos somos capazes de concordar que 3 ou mais clubes em condições de igualdade disputariam os títulos de forma mais intensa, gerando mais interesse, mais emoção daquela boa…que emana da incerteza da vitória. O “mercado” seria claramente vitalizado, com ganhos evidentes para qualquer meio de comunicação…isto mais do que lógico, está comprovado. Mas aqui incide a grande distorção. Para que esta opção pelo estímulo à igualdade pudesse ser o paradigma, seria fundamental que os media fossem capazes de autonomamente optar pelo mesmo, mas isso, meus caros não é do interesse de quem está, por agora, a dar cartas e muitas vezes a fazer “lobbing” com vista ao cenário do “Super Benfica”, que devemos lembrar que surge na decadência do “Super Porto”. A problemática da venda dos direitos televisivos é um bom exemplo de como as boas soluções que beneficiam todos, caem facilmente por terra dando lugar a soluções que projectam um em prejuízo dos demais. Ninguém na verdade quer equilíbrio, evolução ou valorização da competitividade. Ao Benfica, neste momento (como ao Porto no passado), interessará muito mais a crise profunda de tudo o que o rodeia, porque na dúvida mantém-se o que é seguro e todo o status quo estagna…o Challenger que é o Sporting…os clubes que desejam o equilíbrio, a equidistância, a evolução por critérios de mérito e justiça são “atacados” pelos demais agentes que nasceram e são mantidos por pactos e compromissos de conservação das forças de poder.
Vieira demorou 10 anos a construir um “palco” onde o Benfica se posiciona no centro. Todas as ideias preconcebidas defendem que interessa defender e alimentar quem “dá dinheiro”. Jornais, rádios, tvs alinham neste modelo porque são incapazes de ter a independência de o contrariar e porque provavelmente durante 10 anos foram concordando com “alinhamentos” e mutualismos que visavam a perda de capacidade de dizer não, dando em troca exclusividades ínfimas, migalhas, “boas relações”. Hoje será fácil identificar numa redacção uma primazia por jornalistas cada vez menos moderados e cada vez mais alinhados com um emblema. Onde no passado se promovia a imparcialidade, hoje estimula-se o “alinhamento” e a “concordância”.
O problema da “Comunicação” do Sporting é este. O seu espaço de acção é-lhe desfavorável e por mais que argumente, aponte falhas, exponha as ausências de critério e direito às mesmas regalias que outros têm…isso simplesmente não vai acontecer. É uma sucessiva onda que se esmaga frente às rochas, sem qualquer tipo de resultado. A meu ver é inútil a direcção, intensidade e caudal da onda. O que temos de mover são as rochas. Ou seja, mais do que mudar a sua “Comunicação”, o Sporting deve estimular a mudança de paradigma dos próprios Meios de Comunicação. O “Super Benfica” vende menos, muito menos que os 3 grandes (ou mais) com o mesmo tratamento, com os mesmos elogios e críticas, os mesmos “achismos”. Por muito que custe a muitos Sportinguistas, o caminho mais promissor para o Sporting é democratização da nossa Liga e FPF, a meritocracia na carreira dos árbitros, a centralização dos contratos de tv. Por mais estranho que pareça, não é imitando o que outros fizeram mal que vamos ascender à posição que desejamos, mas é fazer exactamente o contrário. Não é “jogar o jogo” com recursos a armas e estratégias que outros já dominam à décadas (e que viciaram o tabuleiro para jamais permitir a entrada de um outsider) que vamos chegar ao “Super Sporting”. A “Comunicação” deixará de ser uma preocupação a partir do momento em que entendermos tudo isto. Ter uma “boa” Comunicação não é um objectivo, é uma ferramenta para atingir um fim. Saber qual é esse “fim” ajuda que se farta. Qual é o objectivo deste Sporting? Como o pretende alcançar?
*às quartas, o Leão de Plástico passa-se da marmita e vira do avesso a cozinha da Tasca
8 Junho, 2016 at 17:15
Não é “jogar o jogo” com recursos a armas e estratégias que outros já dominam à décadas (e que viciaram o tabuleiro para jamais permitir a entrada de um outsider) que vamos chegar ao “Super Sporting”
Tudo dito
8 Junho, 2016 at 17:25
Grande texto.
O grande problema é que entretanto, enquanto essa democratização não chega (se vier algum dia a chegar) temos que sobreviver, a nível comunicacional. Temos que estar activos, presentes, a fazer barulho. Com a esmagadora maioria (impossível conseguir agregar todos) a remar toda para o mesmo lado, contra os interesses instalados que nos querem derrubar. Sem descer ao nível (jamais) dos outros, só fazendo contra propaganda, tentando sempre desmascarar os outros. As mensagens deles não podem passar tão facilmente, é um trabalho árduo que temos pela frente nesse campo. A mentira reina em Portugal. Esperemos que quem entrou saiba o que fazer, eu no lugar deles não saberia. Mas também não tenho nem a formação deles, nem a experiência.
8 Junho, 2016 at 17:32
O grande problema é que não existe uma estratégia de comunicação…. e é notório que o departamento de comunicação anda a dormir na forma.
Vou dar apenas 2 exemplos concretos:
—> No ultimo domingo o treinador de futsal do braga fez acusações gravíssimas sem provar rigorosamente nada e qual foi a reacção do Sporting? Silencio total!! E a estas “merdas”…. não é o Bruno nem o Miguel Albuquerque que tem de responder.
—> Capa de ontem de um jornal com declarações “graves” do pai do João Mário. Reacção do Sporting? Silencio total. Mais uma vez…. neste tipo de situações não tem que ser o Presidente a responder.
Aliás… abrindo horizontes…. o Presidente tem que ficar “resguardado” para o que é realmente importante para desta forma ter maior impacto!
É que sendo (quase) sempre o Presidente a dar o peito às balas…. o que acontece é que a imagem do mesmo sai desgastada e o efeito da mensagem diminui… inclusive entre Sportinguistas.
8 Junho, 2016 at 17:55
– Para quando a burla e o rascord e o nojo impedidos de entrar:
– em alvalade?!
– no novo pavilhão?!
– na academia, nem nos jogos da equipa B!
8 Junho, 2016 at 18:18
Subscrevo a 200%!!!!
8 Junho, 2016 at 18:19
No novo pavilhão, diria que lá para Março…
9 Junho, 2016 at 18:06
Pois …e os patrocinadores gostariam? É um tema muito sensível. Há que encontrar soluções que não tenham custos demasiado elevados.
8 Junho, 2016 at 22:34
às vezes reagir de forma agressiva pode ser contraproducente.
O pai do João Eduardo já explicou no facebook que não quis criar nenhum clima de “guerrilha”. O jornal é que quer vender e cria confusão onde só houve um desabafo
8 Junho, 2016 at 17:57
Nada de criar uma máquina propagandista ao nível de um Estado lampiónico ou de uma ditadura, no entanto, necessitamos, urgentemente de criar uma estratégia de comunicação plena e que abranja todos os setores do clube, protegendo e defendendo, intransigentemente, o Sporting Clube de Portugal, os seus jogadores, técnicos, diretores e dirigentes e, principalmente, o seu CEO: o Presidente.
Neste momento é, mais ou menos, isto:
Comunicação
– Que defenda o clube e ataque os rivais (polícia bom e polícia mau);
– Que esteja em permanente contacto com a direção (podendo estar incorporado noutra área de comunicação do clube, mas nunca alguém tão próximo como o arcanjo gabriel);
– Que promova a imagem do clube nas redes sociais (aqui estávamos bem com o Diogo….), sítio oficial na Internet, Tv (não só a Sporting Tv), Rádio e Jornais (não só o Jornal Sporting);
– Marketing, que concentre esforços na angariação de sócios, venda de produtos oficiais, que incentive a participação nos jogos (rifas de 50 cêntimos ou 1 euro e a pessoa habilita-se a ganhar um carro num sorteio na última jornada, o mesmo no futuro pavilhão, afinal para que servem as parcerias com marcas de automóveis); que promova as operações do clube como a missão pavilhão, que permita uma operação de charme aos familiares e amigos de sócios do clube, que não o são; que promova a imagem do clube por este nosso Portugal, através de um camião do clube por essas festas e romarias, especialmente no verão com os emigrantes….
Há muito por fazer e por concertar, espero que nova equipa de comunicação pense nisto, porque daqui a uns meses o pavilhão aumentará a exigência a todos os níveis.
Ps. O jornal A Bola está nas últimas semanas na crista da onda com a possibilidade de um despedimento colectivo, das duas uma: ou vende-se a um clube (se calhar é por isso que o selvagem voltou às parangonas), mas para isso é preciso que um clube invista – o carnide está a mostrar que não tem dinheiro para manter o jornal , ou vai passar as passas do algarve ficando na zona cinzenta, não agradando a ninguém.
8 Junho, 2016 at 17:59
O meu lado romântico concorda contigo (por mais esquisito que seja…) e com tudo o que foi escrito!
O meu lado racional e analítico à muito que me diz que os lampiões pura e simplesmente têm um orçamento muito grande para comunicação e isso passa por garantir a sobrevivência dos ditos jornais, garantindo financeiramente compensações!
Os jornais, que olham para o mercado e percebem que pelo mercado em si eles cada vez têm menos razão de existir (pura e simplesmente não há noticias que compensem comprar um jornal…não há mercado para jornais desportivos diários de qualidade…ponto final! )! Não há dinheiro para investigar a sério e procurar temas a sério e sem isso eles são pouco mais que é o tw! E ninguém vai pagar por isso! Então eles optaram pela sobrevivência financeira…e para isso venderam-se…
As únicas pessoas que podem lutar contra isto somos nós! O Sporting também pode faze-lo mas teria de fazê-lo com inteligência, classe e jeito…coisa que sinceramente já desisti de pensar que pode acontecer na comunicação do Sporting. Por isso vais vale estarem quietos e serem os adeptos a lutar contra isto…
8 Junho, 2016 at 18:00
A melhor “Comunicação” do Sporting seria formar uma espécie de taskforce que reunisse indícios suficientes para pôr a Interpol a investigar as ligações entre o Mendes, a Doyen e seus clubezecos amestrados a negócios pouco claros – droga, nomedamente. Se é que isso, em parte, já não começou a acontecer. As movimentações que Pippo Russo tem feito para denunciar isso parecem-me já uma indicação nesse sentido.
8 Junho, 2016 at 18:05
Já o disse aqui ontem: a droga compra muitos favores. Nos media, na política, no próprio mundo dos negócios. A Suíça e as suas práticas de contas numeradas e afins é um autêntico paraíso de conivência com todo o tipo de dinheiro sujo.
8 Junho, 2016 at 18:15
Penso que temos que fazer 2 caminhos paralelos e em simultâneo, um mais sujo a guerra é “porca” sempre foi e sempre será e outro mais limpo para dar uma boa imagem para o exterior e porque é o nosso ADN. No meio é ter o nosso pessoal Sportinguista de qualidade, ex: na TV continuar com Paulo Andrade, Fernando Mendes, Rogério Alves, outros….. e retirar Severinos, ROC……
Contra a MORSA gay punha o CARLOS DOLBETH, este é o caso típico em que contra alguém que faz terrorismo tem que levar com um contra – terrorista.
Onde acho que vamos à frente e eles têm medo é que nas redes sociais não damos hipótese.
Fight.
8 Junho, 2016 at 18:21
p problema big juve… é que os mé(r)dia não são inocentes!!!!
o Dolbeth foi VETADO pela TVI a reboque das exigências do MORSA…
por mim era… boicote TOTAL
à borla
ao rascord
ao nojo
e demais mé(r)dia!!!
Querem saber coisas do clube?!? façam copy paste ao jornal Sporting!
Adorava ouvir o Bruno responder:
“não faço comentários à pasquinada de carnide”
8 Junho, 2016 at 18:23
Esquece lá isso.
Há umas semanas lancei um post em que dizia: “Como combater a merda sem sujar um pouco as mãos…”
Há quem esteja convencido que isto é um duelo de cavalheiros…
8 Junho, 2016 at 19:53
“Há quem esteja convencido que isto é um duelo de cavalheiros…”
100% de acordo, este é o verdadeiro problema!
Existem sportinguistas que nao se apercebem que estao a sacar de uma faca no meio de um tiroteio.
Eu prefiro seguir o conselho que me deram em pequeno se alguem te atacar com paus tu mandas pedras!
Enquanto nao abrirmos todos os olhos seremos o bombo da festa, pois o carnide, não vai simplesmente entregar o poder que tem seja na CS, FPF, PJ entre outras instancias designadas de independentes mas que de independentes nao têm nada.
SL
8 Junho, 2016 at 18:16
a questão não é somente nos estímulos… há tanta notícia, tão rápido, que a atenção dada a cada uma é mínima. Se não forem as frases fortes, os exageros, não fica nada na cabeça.
Antigamente um tipo perdia umas horas a ler um jornal de ponta a outra. E noticiários, só às 20.
Hoje, é ler um artigo, link para outro, salta para outro, uma cena em rodapé na tv…
8 Junho, 2016 at 18:24
Colaborar com os mé(r)dia é colaborar com as marionetas da manipulação lã-piã!!!
Boicote à pasquinada!
Obras de santa-engrácia nas salas de imprensa (mas só imprensa nacional). é sentá-los desconfortáveis e todos cagados com a hipótese de comerem com uma garrafa nos cornos
8 Junho, 2016 at 20:46
Quando vejo me(r)dia puxo autoclismo e já está.
8 Junho, 2016 at 18:54
Sobre a comunicação (do Sporting)
– O Presidente tem que se defender e ser defendido
– O Presidente não pode ser o estratega/executor da comunicação do Clube
Estas são duas premissas básicas mas essenciais, tendo em vista o panorama com que nos defrontamos
Há outras premissas (externas) que são determinantes para a definição da estratégia (melhor: das estratégias), entre as quais identifico como mais importantes as seguintes:
– A generalidade da comunicação social (seja escrita, oral ou televisiva, seja noticiosa ou opinativa) é-nos desfavorável, quando não mesmo inimiga
– Os jornais, desportivos ou outros, estão em queda generalizada e os existentes dificilmente recuperam, mantendo-se tal qual os conhecemos
– As televisões julgam ter descoberto o filão dos ‘debates’ e montam sucessivos espaços de gritaria, onde apenas se sublimam os alinhamentos clubísticos de todos os participantes (provavelmente, a ‘burla tv’ é até a menos pior)
– Quanto mais novos são os adeptos menos dependem dos canais ‘convencionais’ e, portanto, mais se ligam ao universo internáutico
O que fazer?
– Em primeiro lugar, manter a intransigente defesa dos interesses do universo Sporting Clube de Portugal, denunciando e combatendo o que houver a denunciar e combater (chamemos-lhe comunicação institucional e entreguemo-la a dirigentes, sempre mantendo o Presidente defendido e ‘reservado’ para os assuntos mesmo mais importantes)
– Em segundo lugar, procurando (estas coisas fazem-se discretamente, muito discretamente!) melhorar o nível dos nossos ‘representantes’ nos painéis de ‘debate’ (seja pela sua pura e simples substituição, seja pela criação de canais informativos específicos que os preparem para sustentar as posições do SCP e para contestar/desmontar/desmentir os argumentos alheios – isto não é o mesmo que transformar os nossos em papagaios!)
– Em terceiro lugar, montando um ‘gabinete de guerrilha’ (este especialmente virado para as novas plataformas assentes na net) que quase em tempo real suporte e amplifique a comunicação institucional, que responda aos ataques, desmonte as mentiras e, se caso disso, faça alguma contra-informação (mais uma vez, isto faz-se discretamente, muito discretamente, e sem rostos conhecidos). Aqui, toda a rede sportinguista de blogs e afins devia ser mais ‘bem tratada’, nomeadamente com envio de alguma informação privilegiada (encontros periódicos com os responsáveis dos blogs seriam ouro sobre verde…)
– Em quarto lugar, desenvolvendo uma estratégia de identificação de potenciais ‘amigos’ nos OCS, a tratar com mais consideração e respeito, a quem se transmitam informações privilegiadas (porque precisamos de informação positiva!)
– Em quinto lugar, melhorando os canais próprios do Clube: a SportingTV regrediu (é pouco actual, demasiado repetitiva e pobre nos seus protagonistas) o site oficial melhorou no aspecto visual, mas mantém-se amorfo e de difícil navegação, o Facebook tem dias… É preciso que sejam muitíssimo mais ágeis, que sejam efectivamente as nossas fontes oficiais de informação (e, se assim for, os outros OCS acabarão por ter que os citar)
Ficar à espera que a situação actual caia de podre ou que este caminho de confronto (que apoio e não coloco em causa) resulte a curto prazo não satisfaz as necessidades do Sporting Clube de Portugal.
Viva o SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!
8 Junho, 2016 at 18:56
alguém sabe alguma coisa da noticia de que o Sporting contratou o Pedro Marques do Belenenses? Verdade ou mais uma inverdade?
Quanto à cs é aperta-los sempre que estivessem em alvalade. Teriam de levar reforço de seguraças ou começavam a fazer um trabalho independente, entre outras medidas
8 Junho, 2016 at 18:56
seguranças*
8 Junho, 2016 at 19:09
Parece que vamos ter o anão-porco e o andré-do-mendes de inicio… Valha-nos renato que o quisto-rei não é titular!
Z
8 Junho, 2016 at 19:32
Mais uma vez um grandecissimo texto .
Este género de texto tem de ser reencaminado por cada um de nós para a blogosfera dos “humanos”… Os nossos amigos do Sporting e não só… Tem o direito de serem infirmados.
Quanto a soluções:
Temos de acordar e informar todos os Sportinguistas que existem.
Há ainda muitos metidos nas suas tocas … Cheio de medo do confronto social. Sim aqueles filhas da puta fazem Bulling a toda a hora e em todo o local.
Este deve ser a nossa primeira prioridade!
Quando muitos deles ganharem confiança, talvez ponham em causa alguns dos seus colegas de trabalho.
Sei de casos em publicações de relevo nacionais, directoras em que o seu clube é o Sporting e de não acreditarem que os seus jornalistas estão “alinhados” com o Benfica. Tive um jantar em que a coisa acabou para o feiote, porque essa pessoa ficou indignada comigo… E somos amigos… Imaginem se não fosse…. Nem me ouvia.
Já passaram dois anos e agora ela já começa a por o assunto como “discutível”… Porque passou a ter outra atenção a assuntos que não dava muita importância.
Temos de acordar às nossas Leoas… Temos de fazer por ter mais mulheres na nossa luta!
O Rei é o Leão … Mas quem caça são as Leoas!
8 Junho, 2016 at 19:36
andré Gomes, montinho e danilo contra a estónia….vai correr bem no meio-campo vai…
8 Junho, 2016 at 19:41
Óbvio que é a maneira mais básica de esconder o jogo para o Euro.
Tenho a certeza que ele vai jogar com o nosso meio campo contra a Islândia!
8 Junho, 2016 at 19:54
…eu não estou tão seguro disso…
Z
8 Junho, 2016 at 20:00
Fdx Ronaldo!!! o JM sozinho!!!!
Z
8 Junho, 2016 at 20:17
Agora outro… RG… a chutar de primeira com o JM sozinho…
Z
8 Junho, 2016 at 20:21
O Quaresma tem que jogar sempre! São estes dois lá à frente e mais nada!
Z
8 Junho, 2016 at 20:48
O objectivo do Sporting tem de ser DESTRUIR o sistema e agir em conformidade. Identificar os inimigos e acabar com eles. O inimigo não é o beifica, o beifica é um adversário e o Sporting precisa de adversários contra quem jogar. O inimigo é o Vieira, o Pedro Guerra, o Mr Burns e toda a merda nojenta que quer ganhar com corrupção é assim prejudica o Sporting. O inimigo é quem serve os interesses do nosso inimigo, sejam clubes pequenos, ou a TVI, ou a CMTV, ou a Burla, e têm de ser denunciados e ostracizados. Lixo jornalístico que hostiliza o Sporting, servindo políticas de comunicação dos nossos rivais, não pode ser tratado como comunicação social, tem de passar a ser descriminado pelo Sporting. A imprensa livre nada tem a temer, pode ser crítica com o Sporting, desde que tenha o mesmo tratamento em relação a todos os clubes.
Identificar os alvos e atingi-los. Definir uma táctica para cumprir a estratégia de derrotar o sistema vieirista e impedir que outro (vermelho ou azul) se lhe suceda. Para tal os nossos aliados são todos aqueles que querem que o país tenha um Estado de Direito que saia do papel é um futebol funcional e minimamente decente.
8 Junho, 2016 at 20:53
Agora o Pepe baixa-se e atrapalhou o Rui e o porco da tvi a dizer que foi grande erro do Nosso GR.
Já liguei o pc para ir ver num stream da sporcotv
8 Junho, 2016 at 21:22
Escrevi este texto num outro espaço, mas sobre a comunicação em Portugal é tudo o que penso:
De Berlusconi em Italia, Passando por Rupert Murdoch no UK, pela Fox nos Usa, a M6 em frança, a AS e o e o Mundo Desportivo em Espanha, mesmo a TVE que é claramente pro Real, ou a CS Portuguesa, a realidade que esta à vista de todos é que a isenção da imprensa não existe !
Isto nao é um problema Português, é um problema mundial, a isenção da imprensa morreu no seculo XX , junto com os amanhãs que cantam e a luta pela paz no mundo ! Foi-se, acabou ! É pena ? É ! Lidem !
Mas porque diabo é tao dificil aos Sportinguistas lidar com a realidade ?
A comunicação social Portuguesa nao faz nada de ilegal, eles manipulam os leitores com o angulo que utilizam para abordar as noticias, como faz a Fox, como faz a TF1, como fazem a AS e o mundo desportivo em Espanha, e todos os grupos de imprensa pelo mundo fora !
O nosso problema é que o porto e o benfica perceberam que estamos no sec XXI e trataram de se adaptar à realidade, nós em nome dos habituais delirios escolhemos ficar presos num passado que ja nao existe.
Viver virado para o passado é uma escolha e todas as escolhas têm consequencias ! A consequencia da nossa escolha é sermos o bombo da festa ! É lidar !
Querer o melhor dos 2 mundos, querer viver alienado e nao ser atropelado pela realidade, isto ja é ridiculo !
Temos de financiar um jornal /tv desportivo mainstream. É a unica solução.
9 Junho, 2016 at 1:10
Ganda post… que o autor me permitirá destacar esta frase:
“Por mais estranho que pareça, não é imitando o que outros fizeram mal que vamos ascender à posição que desejamos”
SL
9 Junho, 2016 at 11:33
muito bom post
9 Junho, 2016 at 11:47
Excelente post! Parabéns LdP!