O orçamento do Sporting para 2016/17 está plenamente definido e não requer a venda de qualquer jogador. A garantia é dada pelo administrador da SAD leonina para a área financeira.

«Não há qualquer obrigação de alienar direitos desportivos de jogadores. A reestruturação financeira foi clara. Numa primeira fase, resolver o défice de tesouraria e a reestruturação de créditos, colocando uma grande parte dos mesmos a médio e longo prazos. Numa segunda fase, em que nos encontramos, a valorização da atividade do Grupo Sporting, do património e do negócio», afirmou Carlos Vieira, em entrevista ao Jornal de Notícias.

Caso não seja nenhum jogador vendido até final do mês, o dirigente leonino antecipa que o próximo Relatório e Contas será semelhante ao último – no terceiro trimestre apresentou prejuízo de 17,1 milhões de euros -, mas defendeu que «a expressão falência técnica é mal utilizada no caso de uma sociedade anónima desportiva». «É claro que há uma discrepância significativa entre o valor de mercado do plantel e o valor registado como intangível no balanço (22,5 milhões de euros a 31 de março)».

Carlos Vieira garantiu ainda que «o resultado líquido seria claramente positivo» em caso de presença na fase de grupos da Liga dos Campeões, e lembrou ainda o impacto da decisão desfavorável no processo da Doyen e que a “dinâmica criada” por Jorge Jesus “permitiu concretizar em dezembro um dos maiores contratos de direitos televisivos e sponsoring alguma vez vistos”.