Não sei se somos 11 milhões, como temos ouvido nas últimas semanas, mas sei que Portugal é geograficamente e demograficamente o que se chama um pequeno país. Sei que não somos a Espanha, a França, a Inglaterra ou Alemanha e muito menos um Brazil, uma Rússia, uns EUA ou uma China. De todos os países que venceram competições internacionais em futebol senior, talvez nos possamos apenas comparar com a Grécia, Uruguai ou a Dinamarca.
Sei também que somos um dos países com melhores resultados quer em clubes quer em selecções. Não teremos o poderio dos emblemas espanhóis ou a preponderância da “mannschaft”, mas fazemos parte de um 2º pelotão atrás dos clubes ingleses, espanhóis italianos e alemães e em selecções só temos andado atrás de países como a referida Alemanha, a Espanha, a França, a Argentina, a Colombia, o Chile e o Brazil. Ou seja, é muito fácil de entender que Portugal está em todos os rankings colocado como um dos maiores países na prática do futebol.
A nossa Liga é considerada por muitos como um trampolim perfeito para os grandes campeonatos, a formação dos clubes portugueses está cotada como das melhores do mundo e os treinadores portugueses têm cotação máxima no mapa de qualquer liga Europeia. O que falta ao futebol português para sermos uma potência na plenitude da expressão é…escala e organização.
Escala: com 10 milhões de habitantes e uma população bastante envelhecida, os clubes portugueses têm pouca capacidade de expansão comercial. As vendas de merchandising, lugares cativos, as receitas de cotização e direitos de tv são só interessantes se olharmos à contabilidade dos 3 grandes. O resto são números deprimentes que facilmente poderíamos antecipar olhando para o pouco público presente nas bancadas de estádios a precisar de melhoramentos. A verdade é que a fragmentação do nosso mercado por inúmeros clubes de futebol faz com que 95% dos emblemas nacionais sejam pouco mais que um terreno de jogo e uma direcção, normalmente demissionária. O futebol português não quer ser um peixe pequeno num aquário grande, nem um peixe grande num aquário pequeno, prefere ser um peixe pequeno num aquário pequeno.
Organização: Parece mentira, mas é a mais pura das verdades – a concentração de poder nas mãos de apenas 3 clubes que vão alternando fases de hegemonia reduz a pó toda a competitividade da nossa liga, da nossa formação, do nosso crescimento. Os clubes confundem evolução com perda de status e mudanças com perdas de poder. Instintivamente ou não, Sporting, Benfica e Porto gerem o futebol luso como um terreno de batalha, esgotando as ideias e a energia em eternas campanhas por obter mais poder sobre os rivais. Dificilmente encontraremos daqui a 20 anos, adeptos que se digam “eu sou do Vitória, só do Vitória” e isso pode ser o princípio de um fim que se anuncia quando ouvimos e vimos este ano adeptos do Sp.Braga, no seu estádio, a celebrar o título do Benfica na Luz.
Há tanta, mas tanta coisa por mudar no nosso futebol que vou só enumerar as 10 que considero mais fundamentais.
1/ Redução do número de clubes da I Liga para 14 clubes
2/ Criação de uma II Liga dividida em 2 zonas (Norte e Açores + Sul e Madeira) cada uma com 10 clubes, apurando 3 clubes cada para um play off final
3/ Centralização dos direitos de TV na Liga
4/ Arbitragem + Justiça e Disciplina num super magistério independente que supervisiona também o lote de observadores + delegados e com escolas de árbitros fora da alçada das Associações Distritais
5/ Restrição ao número de contratação de jogadores estrangeiros (Não EU) por época.
6/ Centralização das operações de transferências na Liga (à semelhança do modelo da MLS)
7/ Alteração dos modelos competitivos dos escalões de formação (fim do playoff)
8/Restrição do nº de atletas sob contrato profissional (ou partilha) por clube
9/ Regras tácitas e cumprimento real das mesmas quanto ao endividamento dos clubes ou SADs e
10/ Fim da regra de empréstimos (é inconstitucional) que proíbe o atleta emprestado de actuar frente ao clube de origem e criação de penalizações com perdas de pontos para quem realizar acordos extra-regulamento.
Muitas mais medidas urgem no nosso futebol, mas se fossemos capazes de aplicar apenas estas, garanto que dentro de 4 ou 5 anos os nossos clubes estaríam bem mais ricos, mais competitivos e sobretudo mais transparentes aos olhos dos adeptos.
Decretar o fim da chico-espertice, da aldrabice, do esquema, do tráfico de influência, dos mind games de roupa suja e sobretudo o fim do amadorismo empresarial é o princípio de um país que pode ser muito mais do que é no futebol… e acreditem que coisas como sucederam no dia 10 de Julho, poderiam ser mais prováveis.
Ficar de barriga para o ar, a arrotar este título durante anos a fio é a coisa mais estúpida que podemos fazer. Aproveitar o balanço para ambicionar cada vez mais (e em modo festa) introduzir algumas destas alterações seria o mais sensato. Ao contrário do que muitos pensam, não cabe apenas aos dirigentes pensar e encontrar soluções para os problemas, cabe-lhes a eles implementar, cabe-nos a todos usar a cabeça e a nossa cidadania para (se tiver de chegar a tanto) agarrar mão de toda e qualquer forma de “ajudar” a que o nosso futebol seja aquilo que os praticantes e os espectadores desejam: bons valores, equilíbrio e espetáculo.
O actual, pouco consegue emergir de toda a negociata, enriquecimento ilegal e marginalidade que os dirigentes nos seus feudos privados realizam, ao abrigo da cumplicidade com as forças políticas e judiciais. Quem não entendeu o que é esta “ditadura” que continue a alimentar os “pravdas” diários e os politburos de paineleiros das tv´s. Enquanto as letras e as palavras morrem nesses espaços, há um director ou um secretário na FPF, na Liga ou nos clubes a engordar uma off-shore pessoal, com os ganhos de um “Mensalão” mais ou menos organizado. Mas peço desculpa pelo acesso revolucionário… voltemos à festa. Haverá sempre tempo numa próxima geração para acabar com isto. Ou não. #QueSaFoda
*às quartas, o Leão de Plástico passa-se da marmita e vira do avesso a cozinha da Tasca
13 Julho, 2016 at 13:19
grandíssimo post!
13 Julho, 2016 at 13:47
Grande texto, pá.
Esta merda tem de circular… tocas em pontos importantíssimos e muito sensiveis.
Tivéssemos nós uma imprensa séria e o chico-espertismo teria os dias contados. Provavelmente o que enumeras reduzia drasticamente.
Como disse o William Randolph Hearst:
“Notícia é publicar aquilo que alguém não quer que se publique. Todo o resto é publicidade”.
13 Julho, 2016 at 13:48
clap clap clap
13 Julho, 2016 at 14:00
Duas coisas:
1) Estou sensibilizado. Eu junto-me ao movimento #QueOSáFoda
2) O resto é Mais do mesmo. Ganhar e não ganhar representa exactamente o mesmo para a FPF. Pior, agora podem validar toda a merda que tém feito. O alibi de ser campeao Europeu é perfeito para a filhadaputice continuar.
Vêm aí tempos fodidos. Agora “São” Campeoes Europeus. Carte Blanche…
13 Julho, 2016 at 14:07
É preciso petição para o ponto 1?
13 Julho, 2016 at 14:08
1- Looooooool
13 Julho, 2016 at 14:13
Concordo Sá,
A outra face de termos ganho o Europeu, é a de que toda a merda que tem sido feita a nivel nacional irá continuar.
Vai continuar a dependência aos jogadores do Mendes, vai continuar a protecção a certos clubes em detrimento de outros, conseguem arranjar explicações para o “dolo sem intenção”, sumarissimos com 3 meses de atraso, etc. tudo sob a bandeira do Portugal Campeão Europeu
13 Julho, 2016 at 14:01
As minhas prosas preferidas são indiscutívelmente as do LdP.
Esta é “apenas” mais uma.
Também gosto de acreditar que temos um Presidente que luta por implementar muitas destas ideias.
Viva o LdP.
Viva Bruno de Carvallho.
Viva o Sporting Clube de Portugal.
13 Julho, 2016 at 14:06
Decretar o fim da chico-espertice, da aldrabice, do esquema, do tráfico de influência, dos mind games de roupa suja e sobretudo o fim do amadorismo empresarial é o princípio de um país que pode ser muito mais do que é no futebol… e acreditem que coisas como sucederam no dia 10 de Julho, poderiam ser mais prováveis.
Amén!
13 Julho, 2016 at 14:10
Um belissímo post Leão de Plástico.
O problema é que a chico espertice é algo que está entranhado no nosso futebol e enquanto não existir no futebol português líderes com coragem e visão para liderar, quer a Liga de Clubes, quer a FPF, nunca iremos passar disto.
Aliás, a chico espertice está ainda pior, visto que se está a alastrar a outras modalidades, como o futsal por exemplo, agora também nesta modalidade se contratam jogadores para os emprestar logo a seguir.
13 Julho, 2016 at 14:10
Grande texto!
o LdP toca em vários pontos importantíssimos, o domínio dos grandes acontece não só com os 3 a nível nacional, a nível local acontece algo semelhante com as associações distritais a serem comandadas sempre a olhar para os interesses de 2 ou 3 clubes.
Se o Presidente da Republica tem limitação de mandatos, um presidente da federação ou de uma associação não deviam seguir o mesmo exemplo? O dinossauro de Leiria, por exemplo, está no cargo desde 2000, inovação? Novas ideias? Eles querem lá saber disso…
Tanta coisa a mudar mas como já foi escrito: campeões europeus = continuação do regabofe
13 Julho, 2016 at 14:11
As primeiras três medidas são importantissimas e já aqui as defendi. Um modelo de 14 clubes, a 3 voltas com duas descidas/subidas diretas mais uma por playoff seria uma mais valia!
Outra coisa que acharia interessante fazer eram dois sorteios de calendário. Agora sorteava-se a primeira volta depois, em Janeiro, a segunda!
13 Julho, 2016 at 14:18
Melhor ainda que o sorteio das 2 voltas tal como acontece em UK, seria o que já acontece por lá e pela Alemanha onde já todos os clubes estão a anunciar os dias e horarios dos jogos pois os mesmos já foram “negociados” e não podem ser alterados durante o resto da época.
Aqui acabava-se com calendarizações à la benfica.
13 Julho, 2016 at 14:15
Sobre as “propostas”:
1/ Redução do número de clubes da I Liga para 14 clubes
Não me parece que isto traga algum benefício para o desenvolvimento do nosso futebol. Apenas iria gerar mais guerras de bastidores para alguns clubes se manterem na 1ª liga ou alguns subirem sem mérito próprio (allô Benfica B?).
Esta época que findou vimos equipas a jogarem bom futebol (Setúbal) que depois da saída dos 2 melhores jogadores virou equipa amadora no restante campeonato. O próprio União da Madeira virou o chip e começou a ganhar jogos. O que falta aqui é o chip de se jogar ao ataque, em vez dos clubes jogarem sempre para “o ponto” quando vão fora.
Problema principal….mentalidade
Resolução… nova vaga de treinadores com outra mentalidade
3/ Centralização dos direitos de TV na Liga
Não podia estar mais de acordo, mas se os DDT não querem…. eles ainda mandam
4/ Arbitragem + Justiça e Disciplina num super magistério independente que supervisiona também o lote de observadores + delegados e com escolas de árbitros fora da alçada das Associações Distritais
Arbitragem e independente na mesma frase nunca irá acontecer…. serão sempre vermelhos
5/ Restrição ao número de contratação de jogadores estrangeiros (Não EU) por época.
Eu até concordo com isto porque estou num país onde realmente a formação é muito forte, mas tal como no futsal, é algo impossível de mudar agora. Deixaram o Bosman mudar isto, agora têm de arcar com as consequências
6/ Centralização das operações de transferências na Liga (à semelhança do modelo da MLS)
Não podia estar mais de acordo. Até mesmo criar um CAP salarial como na NBA
13 Julho, 2016 at 14:45
O caso Bosman nada teve a ver com a limitação de jogadores não comunitários, tal como defende o LdP.
13 Julho, 2016 at 14:54
Claro, mas o que têm os jogadores Não-EU a mais que os jogadores EU?
Qual é a diferença de comprar um jogador brasileiro de um francês (que por acaso devia ser Senegalês) ou um Alemão que por acaso devia ser turco?
13 Julho, 2016 at 16:15
A diferença é que os jogadores comunitários estão abrangidos pelo Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia que impede limitações à livre circulação de trabalhadores comunitários. É única e exclusivamente sobre este Tratado que se trata o caso Bosman.
Não há nada que impeça a limitação de jogadores não-comunitários nas equipas nacionais. Justo? Não, mas é a realidade. Daí não se poder dizer que não existirem esses limites é uma consequência do caso Bosman. Se a Liga ou Federação decidisse criar esses limites, nada as podia impedir.
13 Julho, 2016 at 16:22
Isto tudo e esqueci-me de dar a minha opinião. Eu sou a favor da limitação de jogadores extra-comunitários. Poderá não ser a melhor solução mas algo tem de ser feito para lutar contra os camiões de brasileiros de qualidade duvidosa que chegam todos os anos e que tapam lugar aos miúdos portugueses…
13 Julho, 2016 at 17:20
Essa frase nem sequer faz sentido, ninguém compra um jogador em função da sua nacionalidade, mas sim da sua qualidade. Tendo em conta que não há restrições, quem é que não prefere um jogador brasileiro ou argentino, normalmente até mais baratos e historicamente talentosos, do que investir num francês ou inglês, mas lá está, desde que seja bom.
13 Julho, 2016 at 17:27
Era aí que queria chegar, ao valor dos jogadores. Não percebo porque limitar jogadores sem qualidade vindos de fora da UE, mas permitir que cheguem franceses, espanhois ou alemães que nada acrescentam ao que cá há.
13 Julho, 2016 at 14:26
Parece-me uma boa base para discussão, mas:
1) 14 clubes apenas a 2 voltas (34 jogos para 26 jogos/época)?
2) Apenas dez clubes por zona? O que fazias com as equipas B? Parece-me que a distribuição geográfica iria ficar desequilibrada…
3 a 5) concordo totalmente mas tinhas que dar tratamento equivalente aos da CPLP
7) Concordo que há alterações a fazer aqui, mas nos escalões de formação a fase final (diferente de playoff) é onde as equipas conseguem ter jogos minimamente competitivos. Também ter em conta que estamos a falar de crianças e jovens em idade escolar e deves garantir que não perdem muito tempo em deslocações
8) Esta regra é fundamental para garantir a verdade desportiva, impedindo que um determinado clube compre todos os anos 15/20 jogadores para enfraquecer os adversários e os distribua conforme os bons serviços prestados na época anterior. Paralelamente impedir que o mesmo indivíduo/sociedade possa ter influência na gestão de mais do que um clube a participar na mesma competição (lei medida para o mendes)
9) Não percebo bem o que queres dizer com “regras tácitas” mas concordo com o princípio, que apenas seria justo se conseguisses acabar com as ajudas diretas e indiretas do Estado (central/local e empresas públicas) a clubes que participem em competições profissionais.
10) Discordo, iam voltar as indisposições/gastroentrites e nunca conseguirias provar o que quer que fosse. Não compreendo como consideras inconstitucional e ao mesmo tempo já não vês nenhum problema a esse nível com a medida 8).
13 Julho, 2016 at 14:37
Boas tardes, Caros Tasqueiros.
Pequenas observações no que toca ao objecto do post:
1- O “chico-espertismo” e as “jogadas de bastidores”:
Isto é Portugal. Num país em que ex-ministros são condenados por crimes, em que um ex-Primeiro Ministro esteve em prisão preventiva, o que se está à espera? Que no desporto (que também move milhões) isso não aconteça?
Obviamente, adopção de mecanismos capazes de trazer mais transparência serão sempre bem vindos. Mas é utopia esperar que em Portugal o compadrio e a corrupção não grasse.
2- O “desnível competitivo”:
O nosso campeonato é assim tão diferente dos demais?
Fora a Premier League, qual é o campoenato que tem vários candidatos ao título? Em Itália, a Juventus já soma quantos campeonatos seguidos? Na Alemanha, “existe alguém” para lá do bayern e do dortmund? Em Espanha, não são dois, no máximo três os candidatos? Etc., etc.
Quanto a “fosso” entre os melhores e os piores (argumento para a redução de clubes na primeira divisão):
Último classificado da Liga: Académica, 25 pontos (a 63 do 1º) em 34 jogos;
La Liga: Levante, 32 pontos (a 59 do 1º) em 38 jogos;
Premier League: Aston Villa, 17 pontos (a 64 do 1º) em 38 jogos;
Serie A: Verona, 28 pontos (a 63 do 1º) em 38 jogos;
Bundesliga: Hannover, 25 pts (a 63 do 1º) em 34 jogos;
Ligue 1: Troye, 18 pontos (a 78 do 1º) em 38 jogos.
Não parece haver grandes diferenças….
3- O “Status Quo”:
Clubismos à parte: na sua comparação com resto da Europa, onde é que o Futebol Português está assim tão mau?
Temos sempre prestações boas ou acima da média nas competições internacionais por Selecções, nos vários escalões. Normalmente, há Clubes que passam a fase de Grupos da Liga dos Campeões; que competem pela Liga Europa; os treinadores portugueses estão muito valorizados; os jogadores portugueses têm bastante procura. Etc, etc, etc.
Isto para dizer que:
– Não me parece existir grande fundamento/necessidade para grandes revoluções dos/nos modelos competitivos;
– Mais transparência, fiscalização e publicidade? Claro que sim.
SL
13 Julho, 2016 at 14:46
Eu vou mais longe. 12 clubes chegam (duas descidas, duas subidas), uma liga de reservas (retirando as B da Segunda Liga) e uma Liga 2 por zonas e com play-off.
Mas mais que isso, os clubes precisam de modernizar e captar adeptos. Se não vão mesmo morrer. Sem adeptos não têm qualquer expressão.
13 Julho, 2016 at 14:47
Um Liga com Sporting, Benfica, Porto, Paços, Estoril, Nacional, Marítimo, Braga, Guimarães, Rio Ave, Arouca e Setúbal era muito muito competitiva.
13 Julho, 2016 at 15:27
E o Gil?! Queremos o Fiuza….(é pertinho de minha casa…gasoil tá caro Maria!!!)
13 Julho, 2016 at 16:23
Ora essa, então quero o Belém também! É atravessar a estrada e tá feito.
13 Julho, 2016 at 16:26
Então eu também quero o Dramático de Cascais!!! ahahah
13 Julho, 2016 at 16:28
hmmm, odeio ser a pessoa que te dá esta notícia mas… Estoril, pode ser?
13 Julho, 2016 at 16:38
bah… o verde do Dramático é muito mais giro que o Amarelo do Estoril 😉
13 Julho, 2016 at 16:03
quem é contra uma liga dos campeões fechada só com clubes de inglaterra, frança, alemanha, itália e espanha…
não pode ser a favor de um campeonato mixuruca que só vai a 5 distritos do litoral.
o futebol tem de ser popular, não pode estar na televisão, no café ou na internet.
13 Julho, 2016 at 16:20
Litoral? Viste as equipas?! Ahah concordo com o que dizes da Champions e que o futebol é para todos. Mas tornava o campeonato mais competitivo isso não há dúvidas. Não vai acontecer isto, provavelmente, mas também custa como tudo que pelo menos 12 equipas estão na luta pela manutenção neste momento. O futebol é pobre e não atrai pessoas ao estádios.
13 Julho, 2016 at 17:29
As pessoas não vão aos estádios porque são do Porto, Benfica e Sporting, apenas isso. Depois “apoiam” a equipa do local onde moram ou nasceram, mas apenas se estiverem bem classificados.
13 Julho, 2016 at 16:10
o campeonato da europa aumentou o número de clubes apurados para a fase seguinte…
e vencedor final ficou menos previsível.
Se os países grandes pela sua capacidade de recrutamento conseguem ter sempre os melhores jogadores sendo eles necessariamente melhores que os dos países mais pequenos… deve-se forçar a competição a ter mais jogos e a aumentar o desgaste desses jogadores.
13 Julho, 2016 at 16:21
Provavelmente uma melhor distribuição dos Direitos resolvia isto tudo e não precisávamos de tanta ginástica.
13 Julho, 2016 at 14:56
Um post utopico, daquilo que poderia ser o futebol, mas que nunca será, assim como nunca foi, é irreal pensar que agora isto vai mudar…
O que vai acontecer esta lá escrito em apenas uma frase.
“Ficar de barriga para o ar, a arrotar este título durante anos a fio é a coisa mais estúpida que podemos fazer.”
È estupido… mas é precisamente isto que vai acontecer… ja se vê por ai, quem pouco ou nada contribuiu para este titulo, e ja come e arrota mais que os outros…
Depois do jogo com a Croácia disse aqui, se formos longe neste Euro é muito bom, mas pode ser uma praga também…
A FPF está podre, é um antro de trocas de favores, compadrio e cunhas, e este titulo vai ser usado para esconder toda essa podridão… E aí de quem ousar apontar o dedo agora, vai ser logo carimbado como pouco patriota.
Nao conhecesse eu este povo…
SL
13 Julho, 2016 at 15:07
Ganda post… este está ao nível do golo Éder 😉
SL
13 Julho, 2016 at 15:55
Caríssimos tasqueiros,
Sou visita assídua da Tasca mas raramente me manifesto. Sou também seguidor do Leão de Plástico no Facebook, com o qual concordo frequentemente, mas sinceramente não concordo com o último ponto. Acham mesmo que os lã-piolhos ou os drampiões não iam assegurar-se que os emprestados se lesionavam antes dos jogos com os próprios? Ou que eram “acidentalmente” castigados? Deviam era acabar com essa palhaçada e limitar simplesmente os empréstimos a clubes da mesma divisão. Por exemplo, apenas 2 ou 3 jogadores do clube A podem estar emprestados a clubes da mesma divisão – se quiserem emprestar mais ou emprestam a clubes estrangeiros ou de divisões mais baixas. E, caso se defrontassem, deviam estar simplesmente proibidos de jogar contra o clube-mãe.
13 Julho, 2016 at 15:58
1/ Redução do número de clubes da I Liga para 14 clubes
tenho a opinião oposta… a liga deve aumentar o número de clubes e de jogos. Deve criar-se uma fórmula de apuramento que permita as regiões do interior disputar competições profissionais.
Quem é contra uma liga dos campeões só com clubes de 5 países não pode ser a favor de um campeonato nacional pequeno só com clubes de 5 distritos.
A redução de clubes não criou benefícios nenhuns em nenhum campeonato. Só criou desinteresse porque o futebol deixou de estar próximo e passou a estar apenas na televisão, no café ou na internet.
2/ Criação de uma II Liga dividida em 2 zonas (Norte e Açores + Sul e Madeira) cada uma com 10 clubes, apurando 3 clubes cada para um play off final
tenho a opinião contrária… aumentar o número de clubes em duas zonas, criar modelos que favoreçam a participação de equipas do interior em competições profissionais. O futebol tem de chegar a todo o lado.
a redução de clubes não criou benefícios nenhuns em nenhum campeonato. Só criou desinteresse.
O que se pode criar é um campeonato mais instável/competitivo… devem subir e descer mais equipas que as atuais. Hoje só sobem 2 e deviam subir 4 ou 5.
3/ Centralização dos direitos de TV na Liga
Distribuição de prémios por classificação.
5/ Restrição ao número de contratação de jogadores estrangeiros (Não EU) por época.
substituir isso por um número mínimo de portugueses em 30 inscritos. Os estrangeiros são estrangeiros, é indiferente de onde vêm.
6/ Centralização das operações de transferências na Liga (à semelhança do modelo da MLS)
a questão dos «gestores de carreira», «empresários de jogadores», tios, pais e tutores não tem solução… a pirataria é total e não sei como é que se vai acabar com isso.
7/ Alteração dos modelos competitivos dos escalões de formação (fim do playoff)
o problema dos escalões de formação é que fazem poucos jogos… acabar com a fase final é fazer ainda menos jogos. Não existe uma taça de portugal de juniores… se calhar…
8/Restrição do nº de atletas sob contrato profissional (ou partilha) por clube.
restrição apenas para jogadores estrangeiros ou naturalizados. Para portugueses não tem limite.
9/ Regras tácitas e cumprimento real das mesmas quanto ao endividamento dos clubes ou SADs.
Não esquecer o ambiente económico em que vivemos. A realidade portuguesa e europeia em que clubes são tomados por investidores de muitas partes do mundo.
10/ Fim da regra de empréstimos (é inconstitucional) que proíbe o atleta emprestado de actuar frente ao clube de origem e criação de penalizações com perdas de pontos para quem realizar acordos extra-regulamento.
A regra devia ser: os clubes não podem emprestar jogadores seus a clubes que sejam concorrentes na mesma competição. Só porque aqui se limitavam as inscrições de jogadores.
A regra atual de limitar a 2 jogadores impedindo-os de jogar contra o clube que os empresta não é má de todo mas pode ser melhorada obrigando o clube que recebe ou solicita o jogador emprestado a fazer um número mínimo de minutos em prova.
Um jogador emprestado é obrigado a jogar um número mínimo de minutos relativamente exigente na prova. De outro modo fica desqualificado e não pode ser emprestado no ano seguinte.
13 Julho, 2016 at 16:00
Grande posta!
O problema é vontade politica, especialmente dos clubes pequenos, pois a maioria deles não estão interessados em crescer e em servir as suas comunidades, e tais alterações para muitos deles significava não mais jogarem no escalão principal.
Os clubes pequenos continuam a viver na sombra dos grandes, e das suas sobras, só assim se entende que a aposta no jovem português, formado localmente, seja tão exígua!
Tem que ser o governo a regulamentar o futebol. Recorde-se o que aconteceu em Espanha em finais dos 90, quando os clubes estavam falidos, e a liga não tinha o mínimo de interesse.
SL
PS. nunca mais são 20h!!!
13 Julho, 2016 at 16:03
finais de 80’s!!!
13 Julho, 2016 at 16:04
Não é as 20h….é as 19h30!!!
13 Julho, 2016 at 16:09
Obrigado!
13 Julho, 2016 at 16:09
Grande Post LP.
Apenas dois comentários:
– O primeiro em relação à introdução. Sem sombra de dúvidas trocaria aí o exemplo do Chile, país de 17 milhões de pessoas que “somente” ganhou duas Copas Américas nos dois últimos anos (2015 e 2016) e que de resto tem um histórico até pior que o de Portugal, pelo Uruguai, país com 3,5 milhões de pessoas, Bicampeão Mundial, com 15 Copas Américas, 2 Medalhas de Ouro nos Jogos Olímpicos, e sempre com boas/muito boas participações em campeonatos do mundo (com raras excepções). O Uruguai é sem dúvida o maior case de que tamanho e dimensão não é tudo no que diz respeito ao futebol.
– Outro em relação ao teu exemplo do últimos dois parágrafos. Aqui no Brasil (onde vivo) discute-se muito uma renovação no futebol. Durante muitos anos viveu-se à sombra do pentacampeonato e na certeza de que “nasceriam” novos craques para substituir os que iam saindo. Durante alguns anos foi dando para o gasto, mas ultimamente a crise começou-se a instalar fortemente por aqui, culminando na vergonha dos 7-1 contra a Alemanha, eliminação na última Copa América frente ao Peru, e na dificuldade que estão a ter para se qualificarem para o próximo mundial. Algumas das medidas para essa renovação são muito semelhantes às que propões para o nosso campeonato. Não vou entrar em grandes detalhes e comparações, apenas quero ressaltar aqui a tua frase e quão importante realmente ela é:
“Ficar de barriga para o ar, a arrotar este título durante anos a fio é a coisa mais estúpida que podemos fazer. Aproveitar o balanço para ambicionar cada vez mais (e em modo festa) introduzir algumas destas alterações seria o mais sensato.”
SL,
André Cruz
13 Julho, 2016 at 16:15
Pessoalmente n concordo com alguns dos pontos enumerados (mts deles nunca serão consensuais).
Na minha opinião a primeira liga devia ter 10 equipas e 4 voltas, a segunda devia ter 12 equipas e 4 voltas, uma terceira com 8 equipas a 4 voltas + playoff, mantendo o cns e os distritais como estão.
O sistema d contratações da mls é um autêntico fracasso e desastre e iria ser horrível pro futebol português. É um sistema q privilegia a contratação d jogadores livres quase reformados e q pretendem receber salários exorbitantes.
A lei dos empréstimos apesar d tudo é positiva pois protege os jogadores.
Acho q n s deveria limitar o número d contratações mas sim o número d extracomunitarios na ficha d jogo (dos 18 convocados apenas 6 extracomunitarios).
Concordo com a centralização dos direitos de tv e uma maior qualidade da arbitragem.
13 Julho, 2016 at 16:21
Off—> pré-convocados de Rui Jorge para os JO.
Mas este gajo é parvo ou quê??
William? João Mário? Não chegou o Europeu?
Iuri? Quer lixar a afirmação do Iuri no Sporting?
Guarda-redes: Bruno Varela, Miguel Silva, Joel Pereira.
Defesas: Edgar Ié, João Cancelo, Nélson Semedo, Paulo Oliveira, Raphael Gerreiro, Ricardo Esgaio, Rúben Semedo, Tiago Illori e Tobias Figueiredo.
Médios: André Gomes, Bernardo Silva, Bruno Fernandes, Digo Jota, Francisco Ramos, João Mário, Renato Sanches, Rony Lopes, Rúben Neves, Sérgio Oliveira e William Carvalho.
Avançados: André Silva, Carlos Mané, Gelson Martins, Gonçalo Paciência, Gonçalo Guedes, Iuri Medeiros, Ivan Cavaleiro, Rafa, Ricardo Horta e Ricardo Pereira.
13 Julho, 2016 at 16:26
Ah? Isto é a serio?
13 Julho, 2016 at 16:26
Vão apenas 18 e duvido que vá algum campeão Europeu (campeões, campeões, nós somos campeões!!!!)
Entre Gelson, Iuri e Mané, alguém vai de certezinha.
Coragem do Rui Jorge em levar apenas os miúdos, sem +23.
13 Julho, 2016 at 16:30
Pensei que convocados ia ser com acordo dos clubes….por esta pre-convocatoria penso que negociações nao estão a correr tão bem.
13 Julho, 2016 at 16:31
É de acordo com os clubes, certo. O Sporting tem 9 pré convocados, o Porto 6. Estão aí as maiores “dores de cabeça”. Mas vão ceder alguém de certeza.
13 Julho, 2016 at 16:36
A questão é que em termos práticos só o Sporting sai penalizado!
Para os lampiões o Orelhas Jr (guedes) e o nelson semedo só servem para fazer número e reforçar a B.
Para os bimbos…. há o ruben neves, mas que ainda assim está longe de ser um indiscustivel no 11, apesar da qualidade que tem, o mesmo se aplicando ao andre silva.
Quanto aos nossos….
….se for algum Campeão Europeu (William, porque J. Mário… deve ir de vela) é para o lixar fisicamente
…. se for algum dos outros 6…. escusado será dizer que ficam logo condenados pelo JJ na pré-epoca, porque quem fica vai agarrar o lugar. Por isso…. duvido muito que o Ruben Semedo, o Paulo Oliveira, o Iuri, o Gelson, o Mané e o Esgaio queiram ir….
13 Julho, 2016 at 17:01
Os jogos olímpicos não são competição oficial da uefa, logo os nossos só vão com acordo do Sporting!
13 Julho, 2016 at 16:57
Olhando para esta lista. Paulo, Esgaio, Mané e eventualmente Gelson ou Iuri. Não deve fugir disto.
13 Julho, 2016 at 16:29
Calma que só vão 18. Do Sporting eu deixava ir o Paulo Oliveira, o Esgaio e o Mané. Todos os outros têm de ficar às ordens do JJ
13 Julho, 2016 at 17:34
Completamente de acordo.
13 Julho, 2016 at 16:47
Falta o Sá, o Venancio , o Tozé e o Daniel Fernandes. Nada de anormal. convocou 20 dos Vice Campeões Europeus.
Neste momento, os unicos com que nos temos mesmo de preocupar: Ruben, Iuri e Gelson, num segundo plano, Mané, Esgaio e Paulo Oliveira.
P.S: O Sporting tem 8, Tobias está no Nacional.
13 Julho, 2016 at 18:09
Mas acho que a ir o Sporting é que tem de dar aval
13 Julho, 2016 at 16:41
Amanhã sai a lista dos 18….
Alguma considerações Extra-Sporting
Raphael Guerreiro e Deus Renato —> duvido que os Alemães os deixem ir…. -2 na lista
Campeões Europeus
—> Andre Gomes e Rafa …. – 2 na lista
GK
—> – 1 na lista
Assim de rajada -5 na lista….que juntando William e JMário ….-7!
Ficam 28 faltando retirar 10 jogadores e Nós com 6 no lote de 28.
Alguém vai ser lixado….
13 Julho, 2016 at 16:49
E o Monaco com 3
13 Julho, 2016 at 17:03
O Sporting não é obrigado a ceder os jogadores. Se vão é porque o JJ assim o aceitou…
13 Julho, 2016 at 16:45
Acho lindo … Mesmo lindo…. Levem todos os da Academia do Sporting!!!
Não há que ter medo… Antes pelo contrário…. Levem todos …. Pode ser que cheguemos ao mais alto degrau do podium!
Levem todos os jovem da melhor escola de jogadores do Mundo!!!
:)) ( tudo isto me encanta )
13 Julho, 2016 at 16:50
Granda posta!
Das melhores que li até hoje, sem dúvida.
13 Julho, 2016 at 16:53
Uma nota, o exotismo nesta pre convocatória, está no 4º GR do MU. Como é para deixar um de fora, ainda calha a fava ao Miguel Silva, que dos 3 até é o unico com rodagem de 1ª liga
13 Julho, 2016 at 17:01
Boa Tarde , deslculpem se já foi referido mas a que horas joga o maior e tem transmissao televisiva?
13 Julho, 2016 at 17:03
19.30 de Portugal…. Sporttv
13 Julho, 2016 at 17:06
obrigado.
13 Julho, 2016 at 17:10
E amanha as 18h contra o STADE NYONNAIS.
Sabado as 18h SPORTING X ZENIT
2ª feira dia 18 as 19h30 SPORTING X PSV
13 Julho, 2016 at 17:10
Mikeleo75 e restantes que ainda nao sabem estas datas e horarios de cor e na ponta da lingua deviam pagar uma rodada ao pessoal!!! Que falha…
13 Julho, 2016 at 17:14
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk plenamente de acordo…
13 Julho, 2016 at 18:17
eu sabia …, era só para testar os fregueses da tasca , mas venha de lá uma rodada ainda que virtual , S.L.
13 Julho, 2016 at 17:16
Muito bom! Como de costume.
13 Julho, 2016 at 17:18
off
isto tá brutal 😀
http://www.desculpaeder.com/
13 Julho, 2016 at 17:21
Looooooooooooooooool
13 Julho, 2016 at 17:18
Ahhhh… e hoje ficámos a saber que o pai do João Mario vai jogar no Inter de Milão!
13 Julho, 2016 at 17:28
Excelente post. Nele se sumarizam os principais males do Futebol Português. Relativamente a algumas das propostas estou plenamente de acordo. Relativamente a outras, não tenho opinião formada e vou ter de pensar seriamente no assunto e falar também com quem sabe, para poder formar uma opinião séria e útil.
Aquilo que sei, é que o Futebol Português (e Mundial) precisa de seriedade nos seus dirigentes; precisa de verdade nos resultados dos jogos; precisa de autonomia dos poderes instituídos, designadamente, do poder “Corporativo” e “Político”; precisa de maior equilíbrio entre as disponibilidades financeiras de cada clube e precisa de uma arbitragem efectivamente independente e autónoma.
Não só o futebol carece desse tratamento rejuvenescedor (porque a verdade é juventude, liberta e promove). O Atletismo, as Modalidades todas, do bilhar ao futsal, passando pela Natação pelo Andebol, o Hóquei e o volley, o futebol de Praia, o ciclismo, o box e desportos de combate, o Tennis de Mesa, enfim, todo o Desporto precisa de seriedade directiva e verdade no jogo. A álea tem de funcionar para que os desportos sejam atractivos, o equilíbrio entre os contendores tem de existir para que haja espaço para a surpresa, ninguém deve ter um poder substituto do mérito desportivo para vencer competições. O Poder disciplinar deve residir nos organismos coordenadores, as Federações que têm por obrigação zelar pelo bom e são funcionamento das regras do jogo As Federações têm de observar a realidade doa modalidade que coordenam e fiscalizar. Fiscalizar todos os aspectos que circundam na sua área desportiva de modo a se assegurarem que não sejam admitidas, aceites, combinadas, acções que se destinem a falsear a verdade do jogo e do Desporto.
Porém, há mais que isso em jogo. Os clubes que investem recursos humanos e Milhões na actividade não podem ficar exclusivamente dependentes daquilo que um Federação decida pois, as federações não são nem perfeitas e muito menos isentas de culpas na deturpação da verdade.
Em meu entender deve ser constituído no âmbito do Estado e dentro deste no âmbito dos órgãos de soberania e, também, no âmbito destes, no Poder Judicial, na organização dos Tribunais Judiciais o espaço para a criação de um Tribunal Judicial do Desporto que incorpore um Tribunal colectivo de Segunda Instância e tribunais de secção desportiva. Assim, deveria haver uma secção do do Futebol, outra do Futsal, outra do Futebol de Praia que, por sua vez, deveriam depender das suas próprias Federações. Não faz sentido que estejam integradas na Fedederação Portuguesa de Futebol, agora que adquiriram estatuto mas, também em função das suas especificidades. Outra secção para o Hóquei, para o Andebol e assim sucessivamente.
Tem de haver um deus que nos governe, o poder de formar árbitros só pode estar dependente do tribunal Judicial do Desporto em cada uma das suas secções. Não é aceitável, de resto é fortemente inaceitável que ninguém pisque sequer os olhos ao encadear três factos:
a) O benfica não legaliza as claques para que não exista uma lista permanentemente actualizada de quem nelas participa.
b) O benfica protocolou com o INATEL e a APAF o financimento, do seu bolso, de uma escola de formação de árbitros de futebol.
c) O benfica encharcou essa escola com formandos (candidatos a árbitros) recrutados entre os participantes nas suas claques.
d) Fábio Veríssimo é um deles.
e) O benfica orquestrou com o Conselho de Arbitragem da FPF (Vitor Pereira) a descida de escalão de vários árbitros e fê-los substituir pelos seus fanáticos do NN ou dos Diabos Vermelhos.
É isto que queremos para o nosso futebol?