O Gastão Elias “um produto” do Oeste…!!

Nascido aqui na vizinha cidade das Caldas da Rainha…!!

Não tenho a certeza, mas o seu primiro treinador deve ter sido o meu amigo e companheiro da Escola Industrial e Comercial das Caldas da Rainha…
O Ramiro Martins…

O interesse pelo Ténis “nasceu” nas Caldas a partir de 1943 (ano em que eu nasci…), com o aparecimento dos refugiados da II guerra mundial…

O considerável aumento da prática e a organização de torneios quase internacionais, porque mais de metade dos participantes eram estrangeiros, chamou a juventude para o ténis, criando assim a tradição do ténis na cidade…

Caldas da Rainha tem sido desde então, um dos principais polos do ténis…

E viva o Sporting…!!

É um primeiro passo para fazer regressar uma modalidade histórica.
O Clube se quiser entrar no tennis, tem um longo caminho pela frente.
De futebol percebo pouco mas, de tennis que, juntamente com o Rugby foram sempre os desportos da minha juventude e, no caso do Tennis, também o meu desporto quotidiano até aos 45 anos, percebo alguma coisa. Principalmente de tennis.

O Gastão poderá atingir o top 50, sim, acho possível e com o apoio do Sporting, também provável. É um jogador de fundo de court, aquilo que eu chamo de tennis a duas dimensões. Não dispõe de um arsenal completo de pancadas, todas ao mesmo nível. Direita com pega fechada (quase uma pega de esquerda) para spinar a bolaevitando o risco de que fique na rede, por um lado e por outro, evitando o risco de ter de jogar para as linhas para obter um efeito “semelhante” mas, não igual. Esquerda a duas mãos, em tudo semelhante à direita. Serviço com pega fechada, quase de esquerda, pesado mas, de velocidade moderada. Segundo serviço muito seguro. Volleys pouco eficazes com excesso de underspin.

Não é claramente o tipo de jogador que gosto de ver jogar (de resto neste momento, só existem dois, ambos Suíços e um já de saída, Federer, o melhor e mais completo jogador desde Pete Sampras. Só lhe faltam 10 cm de altura para que tivesse feito uma diferença ainda maior. Stan Wawinka, o jogador com a mais vasta panóplias de pancadas que vi jogar desde Rod Laver, nos anos sessenta. Emocionalmente não tão sólido mas com um tennis de maravilhar qualquer leigo, quanto mais aqueles que sabem exactamente o que estão a ver. Tem tanto de perfeição técnica como, por exemplo, um Messi. Acho que, numa escala de 1 a 10, ambos no seu desporto específico têm um score de 9,5. Só Cristiano e Pedro Barbosa têm um score de 10 (já agora o Paim desmiolado que perdeu uma carreira fabulosa ou o Dany, desmiolado, também, que perdeu outra, ao mesmo nível.

Trata-se de virtuosos. Se fossem músicos estariam ao nível de um David Gilmoure ou de um John Mayer e um Eric Clapton.

De qualquer modo o Gastão dá visibilidade ao nível da modalidade e atrai praticantes se quisermos montar uma “escola de Tennis Sporting”. Do ponto de vista de marketing é um tiro num porta aviões. Leva o Nome e a Marca Sporting a um sector desportivo que desconhece por completo a nossa existência.

Uma “Escola de Tennis do Sporting”, teria de ser em Lisboa. Através de um acordo com um Clube pré-existente, por exemplo o CIF ou o sector de tennis do Estádio Universitário. Mas há opções a fazer, do ponto de vista técnico, critérios a estabelecer para o recrutamento, uma opção clara pelo estilo de Tennis que quereremos que os nossos atletas pratiquem. É muito complexo, muito difícil de lançar mas há muito retorno desportivo e finaceiro a colher.

Veremos como core esta experiência e que pensa a direcção para o futuro na sequência de possíveis exitos do Gastão.