Depois do início de jogo frente ao Bétis, seria complicado pensar que no espaço de dois minutos a equipa passaria do 80 para o 8. Com a dupla Ruiz na frente e com Gelson a dinamitar a ala direita, o Sporting entrou dinâmico e dominante, tendo em William Carvalho e Bruno Paulista dois elementos capazes de segurarem o meio-campo. Não admirou por isso, que pouco depois dos 15 minutos a turma de Alvalade tivesse chegado ao golo, num bom trabalho de Bryan que Alan emendou para o fundo das redes.

Por esta altura, o Bétis era aquilo que seria ao longo de praticamente todo o jogo: uma equipa capaz de bater em tudo o que mexe, talvez seguindo o exemplo dos seus adeptos que se deslocaram ao Algarve sem bilhete e só para arranjarem confusão. Mas ao contrário destes adeptos, entretanto dominados pelas forças policiais, os jogadores da equipa espanhola tiveram via aberta para distribuir pau e… para terem oportunidade de marcar nas duas investidas que fizeram. Assim, entre os 27 e os 28 minutos, mais uma dose dupla de erros infantis da nossa defesa e do meio-campo permitiram uma cambalhota no marcador e como que fizeram o Sporting desaparecer de campo. Paulista, depois de meses e meses de paragem, deixou William a fazer o trabalho de dois e, mentalmente, a equipa não soube responder ao duplo golpe… e aos novos golpes dos adversário, arrastando-se o jogo para o intervalo com mais agressividade do que futebol.

No recomeço, Jesus trocou quatro jogadores, mas a toada dura manteve-se. Gelson procurava abrilhantar a tarde e chamava Podence para algumas combinações, mas seria na baliza contrária que voltaria a haver golo, fruto de um rápido contra-ataque e de um ressalto, bem aproveitado pelo veterano Rubén Castro para fazer um hattrick (diz que o rapaz sabia que estamos à procura de avançado e quis mostrar-se). Nova dança de substituições, o tempo a passar e, quem mais, Slimani a agitar a partida com um grande golpe de cabeça e um grande golo.

Faltavam dez minutos para o fim, o Sporting tentaria voltar a encostar o adversário lá atrás, mas não chegaria ao empate porque, depois das boas e novas ideias dos primeiros 20 minutos, ao erros defensivos que marcam esta pré-época se juntaria um dos famosos velhos erros do apito: Meli sofre falta dentro da área, mas Nuno Almeida, em vez de apitar e apontar para a marca de penalti, apita e aponta para o centro do terreno dando a partida por terminada.