Bom dia e bom café!
Bons resultados, desejar que hoje assim continue :)

Sobre o Elves, um exemplo do que se passa nos dias de hoje, na pasquinada e propaganda lampionica :

NOME
João Félix Sequeira
NASCIMENTO
1999-11-10(16 ANOS)
PAÍS DE NASCIMENTO
Portugal Portugal

Teve direito a: capa, reportagem e titulo de faz historia por ser o mais novo de sempre dos orcs, na equipa B

NOME
Elves Umar Baldé
NASCIMENTO
1999-10-02(16 ANOS)
PAÍS DE NASCIMENTO
Guiné-Bissau Guiné-Bissau

Portugal II Liga 4 237 0

Quando o Elves se estreou na equipa B na 1ª jornada, não li nada na pasquinada, talvez seja pelos 22 dias de diferença.

Numa recente entrevista de Aurélio, retive a seguinte frase: ” Eu quando me apresento aos miúdos, digo-lhes : Não vos fomos buscar para serem titulares dos iniciados, fomos-vos buscar, para serem titulares nos seniores!”

A grande diferença, continua a ser esta filosofia, por muito betão e carvão que seja armado, existe algo que não se compra nem se vende: ADN

Comentário feito por Pedro Miguel

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Quando tantos opinadores da praça desdenham do “campeonato da comunicação” afirmando que não vencem títulos, expõem uma coisa: ou não entendem o actual fenómeno do futebol industria ou voluntariamente tentam escamotear os resultados práticos dessa contenda mediática.

Em 2 ou 3 minutos passei por 5 ou 6 sites (ditos “isentos”) e fiz 10 recortes de notícias que enaltecem a valia da academia do Seixal. A efeméride dos 10 anos de funcionamento do empreendimento podia servir para uma referência ao futebol de formação e ao simbolismo que essa vertente tem no futuro do clube. Mas não, os artigos vão muito para além do factual, fazendo contas de merceeiro ao que já rendeu e ao que pode vir a render no futuro. Quem não entender nada disto vai achar que fica bem esse destaque e é de bom tom realçar o investimento (e o suposto retorno) feito e a importância que a infraestrutura tem no desenvolvimento do futebol nacional. Inocente análise…os artigos são fotocópia das frases feitas da “comunicação” benfiquista, que sublinham o futuro como uma espécie de euromilhões periódico, uma garantia absoluta de fortunas, uma supremacia na formação, os campões da inovação e blá, blá, blá, blá….

O que os artigos não mencionam é a dependência absoluta de Mendes para fazer todos os tais “grandes encaixes” com o que sai do Seixal e especialmente a exclusividade deste agente em explorar os recursos que aí são produzidos. Seja qual for o empresário de qualquer jogador da formação do Seixal, será Mendes a vendê-lo e em caso de aperto pode mesmo fazê-lo antes de atingir a 1ª equipa, desde que garanta os tais “15 milhões” da tabela fixada para noticiar os media. O que quem publica estes panfletos de campanha não nos conta é que em 10 anos, repito, 10 anos do Seixal para a Luz apenas 1 ou 2 jogadores tiveram rentabilidade desportiva: Renato Sanches e Miguel Vitor. Espantados? Pois é. Em 10 anos, o Benfica aproveitou quase zero dos jogadores que fizeram todos os escalões de formação, vendendo uma mão cheia através da “roda do Mendes” e dispensando ou emprestando (ad eternum) todos os restantes. Pode-se chamar a isto um caso de sucesso? Para mim, especialmente quando Vieira apregoa época após época o seu desafogo financeiro – e logo, uma não necessidade de vender – não pode chamar-se bom ou sequer promissor um desenvolvimento de várias centenas de atletas quando acabam vendidos antes do tempo, cedidos até acabarem os contratos ou puramente dispensados. Mas o leitor mais atento poderá argumentar que os rivais fazem o mesmo. E sim, é verdade, embora a taxa de aproveitamento do Sporting seja hiperbolicamenta mais evidente, a verdade é que mesmo com a Academia de Alcochete o aproveitamento também não apresenta números fabulosos…o problema é que embora o mereça 500 vezes, na imprensa Portuguesa é raro encontrar esse destaque.

A campanha para fazer o Seixal “passar de nível” é a última grande cavalgada de Vieira. É a chave da sua campanha e o seu trunfo para convencer os sócios encarnados que a mega-operação financeira da Luz, com super-movimentações de capitais da SAD e um buraco por descobrir no clube tem uma rede de proteção, uma garantia, um “seguro” chamado Seixal. E os jornais têm feito o eco desejado, com incessantes artigos onde a palavra Seixal surge sempre acompanhada de adjectivos como Sucesso, Futuro, Garantia ou Segurança. É este serviço, esta “utilidade”, esta prontidão que se consegue através do tal “campeonato da comunicação”. Embora muitos tentem ignorar, o Sporting olha à sua volta e vê uma imprensa hostil e uma vassalagem ao rival absurda, intencional e panfletária…que atenta directamente contra o seu próprio espaço de afirmação desportiva e financeira. No “campeonato da comunicação” tenta diminuir esse impacto, muitas vezes fazendo o trabalho e as notícias que os profissionais “isentos” deveriam ter feito. Os opinadores chama-lhe ruído, críticas e provocação…eu chamo-lhe uma forma de se afirmar igual entre os demais, não cedendo ao Nacional Benfiquismo, não aceitando que os seus próprios adeptos sejam manobrados por cortinas de fumo, ou cortinas de “sucesso” como as que publico na foto. O “campeonato da comunicação” pode realmente não vencer jogos…mas garanto-vos que não atrapalha mesmo nada ter 2 jornais desportivos, alguns generalistas, rádios e canais de tv a difundir os briefings que se quer, manobrando a opinião pública “à la volonté”

Texto escrito por javardeiro in Leão de Plástico