A frase que mais ouvimos o ano inteiro no futebol cá do burgo é, sem dúvida alguma, “temos de prestigiar o nosso futebol”. Há umas 14 ou 15 variações desta mensagem, mas no essencial dizem o mesmo: os agentes do futebol devem proteger a indústria e o espetáculo, adoptando condutas e procedimentos que reduzam o imenso ruído provocado pelas polémicas e suspeição, privilegiando uma imagem positiva que atraia espectadores, investidores e assim fazer crescer o sector. É tudo muito bonito, mas os mesmos que dizem estas frases são precisamente os mesmos e os primeiros que não a cumprem, desconfio que nem têm qualquer vontade de o fazer.
Ultimamente parece que todos os problemas do desporto-rei nacional se resumem às trocas de palavras entre sportinguistas e benfiquistas. E a solução apontada é sempre a mesma: devem calar-se. Qualquer pessoa de bom senso saberá que quando existe um contencioso, a solução nunca advirá das partes cessarem a sua argumentação, mas sim a existência de mediação e uma atribuição de razão ou falta dela. Aqui reside o verdadeiro e grande problema do nosso futebol – a completa inexistência de liderança e independência das instâncias reguladoras. Quando o árbitro, a parte neutra, o elemento que defende o equilíbrio entre partes não se impõe…o sistema entra em convulsão, com cada uma das facções a lutar por não perder o seu território e influência, muitas vezes até tentando conquistar mais do que lhe seria suposto.
É esta luta incessante, sem qualquer tipo de tréguas que impede o crescimento desportivo e económico do nosso futebol. É este o problema que está na origem da maioria dos males que nos destroem os sonhos de verdade e de honestidade, que nos retira a crença de que o melhor vence e que o melhor é o que compete com mais qualidade e regularidade. Não é o que gasta mais dinheiro, nem o que agrada mais aos empresários e muito menos o que garante aos árbitros mais vantagens paralelas. Sejamos honestos, casos como o Apito Dourado, as “malas carregadas”, os vouchers, os golpes de asa de PPC, as viagens da Cosmos, as batalhas dos túneis, tudo isto só aconteceu porque a FPF, a Liga e o Governo de Portugal lavam as mãos de forma contínua na hora de castigar severamente os clubes. “To big to punish” é a frase que mais me ocorre e a mesma se aplica ao longo da história do nosso país noutros ramos, noutros sectores, noutros contextos económicos e sociais.
Muitas vezes olho para os programas de tv e para as notícias que surgem nos desportivos online e vem-me sempre à memória uma imagem de três bebés chorões a fazerem uma birra ao mesmo tempo e a tentarem roubar as chuchas uns aos outros, sempre a tentarem descobrir novas formas de dissimulação, controlo e agressão. Onde está a mãe? Onde está o pai? A avó…o tio? Algum adulto que seja? Nada. Estas crianças estão sozinhas e crescem sem aprender regras, sem noção de que se pararem de roubar as chuchas uns aos outros, vão descobrir que já nem sequer precisam delas. Infelizmente vejo longe esta mudança de paradigma. Infelizmente acho que o poder dos três grandes é cada vez maior, e quanto mais poderosos ficam, mais definha a autoridade de quem se devia achar (de plena justiça) superior (em responsabilidade) a estes.
O que vejo é um Direção da Liga, uma Presidência da FPF, uma tutela do Governo sistematicamente fantoches da criança que no momento coleciona mais chuchas. O sistema de eleição das instâncias desportivas é uma completa farsa, uma repartição de cargos e interesses pelos vários lobbies dos clubes…parindo à partida uma liderança já inexistente e totalmente comprometida com as facções em causa, já “amarrada” para mais um mandato sem poder, sem vontade de mudar o que deve ser mudado, sem capacidade para acabar com o que funciona mal e instituir o que é mais justo para todos. Apenas nos assuntos onde existe unanimidade é possível por a mão, o que digamos é 2% do total. No que verdadeiramente interessa alterar, os clubes não se entendem, ou porque um acha que é mau para o seu caso particular ou porque será mais vantajoso numa primeira fase a outro, a verdade é que assuntos como a centralização dos direitos de TV, regras que limitem a contratação de jogadores estrangeiros, a remodelação dos quadros competitivos e de formação, as regras que definem os jogadores emprestados dentro da mesma liga e partilha de passes, a limitação e definição do papel dos empresários no nosso futebol, o controle do endividamento dos clubes, o controle dos processos de transferências, a transparência da classificação e formação na arbitragem, a celeridade da Disciplina e Justiça…tudo isto – e é quase tudo o que importa – está parado, avança 1 cm, para recuar 1m, estagna no poder inexistente de quem deve sugerir, debater, decidir e implementar.
O egoísmo, a vista curta, a saloíce primária, a imaturidade dos dirigentes do nosso futebol é gritante. O nível é tão baixo e tão podre, que qualquer um se pode achar competente para ascender a presidente de um clube importante no nosso mapa desportivo. O que deveria ser um apogeu na experiência de uma vida profissional, a meca de uma visão filantrópica da sociedade não passa de uma aventura nos futebóis, um passo para outros voos, um pezinho na dualidade política-futebol, o melhor spot possível para conquistar peso mediático e imunidade empresarial. Iranianos e chineses, italianos e…Mendes, muitos já se aperceberam da fragilidade tremenda que muitos clubes atravessam, da facilidade com que se “vendem” a qualquer um que apresente promessas de dinheiro e jogadores. As apostas, o entra e sai de atletas, a vulnerabilidade dos dirigentes em fazer o que querem sem contestação, a pressão de um negócio de milhões nas mãos de quem vê apenas centenas…o quadro é assustador e ninguém se alarma com a origem dos problemas, preferindo colocar-se nas mãos da PJ para resolver os casos depois de já terem sido feitos os estragos na competição.
Por tudo isto e muito mais, que me faltam provas para poder julgar, acredito profundamente que o futebol português só mudará quando os hipócritas dirigentes dos clubes e das entidades como a FPF e Governo de Portugal decidirem que chegou essa hora. Quando optarem pela honestidade e dureza de castigar severamente comportamentos anti-desportivos, de punir exemplarmente todos (e não só os que dá mais jeito) qualquer um que conteste a autoridade de quem deve ter autoridade, só então existirá um modelo de respeito e equidade. Esqueçam os apelos, os conselhos, as reuniões e as assembleias, é tudo um teatro, a mudança do nosso futebol terá de ser feita com paus e pedras, a ferro e fogo, custe o que custar, doa a quem doer. Não advogo uma ditadura federativa ou estatal, os regulamentos são para cumprir e a democracia é para respeitar, mas a não subserviência muitas vezes é conquistada de forma bruta. Cara-feia e assertividade são muitas vezes a melhor forma de fazer ver a uma criança birrenta e mal educada que não pode, não deve e não repetirá maus comportamentos. Se mesmo assim persistir no braço-de-ferro, que lhe tirem a chucha…o castigo justo e no tempo certo educa e nunca fez mal a ninguém. E espantosamente…funciona.
Que sobrem os que forem capazes de sobreviver num modelo de competência e responsabilidade, numa meritocracia real de talento. Que caiam os que apenas subsistem pois são mestres na arte de contornar regras e só ascendem controlando a concorrência, calando as críticas e criando um mar de insegurança à volta da sua suposta solidez, tantas vezes alicerçada na vontade de muitos “senhores” em andar ao beija-mão e ao sabor dos consensos que lhes permitem sobreviver sem contribuir para qualquer tipo de melhoria ou inovação.
*às quartas, o Leão de Plástico passa-se da marmita e vira do avesso a cozinha da Tasca
12 Outubro, 2016 at 15:25
Grande posta, grande. Um mar de verdades LdP, parabéns
SL
12 Outubro, 2016 at 15:29
Dos melhores posts que já li: seja de futebol ou em geral.
Perfeita imagem do que é o futebol e por inerência sociedade em Portugal: compadrios, mesquinhez, visão pequenina e incompetência, com o conluio de quem manda.
Adoro o meu país mas, como dizia o meu avô: o problema de Portugal é estar cheio de portugueses.
12 Outubro, 2016 at 15:57
O problema de Portugal é estar cheio de lampiões, e nao sao so os do benfica.
12 Outubro, 2016 at 16:31
Querias dizer que o problema de Portugal é estar cheio de corruptos e a maioria são lampiões…
12 Outubro, 2016 at 16:19
Mais da colecção: Ah e tal… isso é tudo calimerice e o Sporting tem é de jogar a 300% para ser imune a tudo isto…
http://misterdocafe.blogspot.pt/2016/10/os-intocaveis.html
12 Outubro, 2016 at 16:27
…
Tocas em todos os pontos, e o que mais me custa é ver diariamente a parcialidade com que somos tratados tendo em conta a raça corrupta
Pedra rasa e começar do zero, seria a melhor forma, mas de todo impossível neste país de corruptos onde tudo vale por um punhado de votos.
Hoje mais do que nunca Fight & Resist
SL a todos
12 Outubro, 2016 at 16:49
OFF
“O Sporting anunciou ter cancelado a conferência de imprensa de Jorge Jesus, de antevisão ao encontro com o Famalicão marcado para quinta-feira.
O treinador iria falar aos jornalistas a partir das 16h00 desta quarta-feira, em Alvalade, mas os ‘leões’ enviaram uma nota às redações informando que a conferência foi anulada.
O técnico vai falar apenas à Sporting TV, sendo que as declarações serão emitidas a partir das 18h05 no canal de televisão do clube de Alvalade.
Nos jogos da Taça de Portugal e da Taça da Liga as conferências de imprensa prévias às partidas são facultativas, sendo que neste caso o Sporting decidiu não a realizar.
Famalicão e Sporting defrontam-se na quinta-feira, a partir das 20h15, no encontro que abre a terceira eliminatória da Taça de Portugal.”
12 Outubro, 2016 at 21:22
A ser verdade…. até que em fim!
12 Outubro, 2016 at 23:26
Acho uma boa medida. Dentro dos regulamentos, mas envia um sinal.
12 Outubro, 2016 at 16:58
Vai começar agora às 17H (com direto na Sporting TV) o primeiro jogo do Sporting na Taça UEFA de Futsal, contra MNK Sarajevo.
É para ganhar e golear !!!
12 Outubro, 2016 at 17:02
Força rapazes! Força Sporting!
12 Outubro, 2016 at 17:03
1-0 !!!
12 Outubro, 2016 at 17:03
epa que merda de transmissao é esta??? e o som?? ouve-se mais a respiração do comentador convidado que outra coisa…
12 Outubro, 2016 at 17:04
Algum link para a transmissão do jogo de futsal?
12 Outubro, 2016 at 17:05
2-0 !!!
12 Outubro, 2016 at 17:16
3-1
12 Outubro, 2016 at 17:41
Já o digo há anos, o principal responsável por esta bandalhice é o Governo, neste caso o secretário de Estado do Desporto.
Nunca vi esta alma a apaziguar o que quer que fosse, a reunir-se com os presidentes em busca de soluções, nada.
País da bandalheira e de bananas, merecemos o que temos.
12 Outubro, 2016 at 17:57
neste país de corruptos, lampioes e lambe-cus, enquanto nao “cairem umas “arroxadas” nuas trombas, serao sempre os museus dos outros a “encher”, enquanto nós sendo diferentes só podemos aspirar a ser “perfeitos” ou a dar sempre 300%…
os outros ficam satisfeitos por ganhar nos corredores dos centros de decisao, nos tuneis de acesso, nos restaurantes voucherizados, nas “justicas” inexistentes, etc, etc…
e quando a “coisa” corre um “bocadinho” mal, há sempre um centro comercial para aviar um arbitro, uma linha lateral para apertar os “gasganetes” a um fiscal de linha, uma bancada para ameacar familiares de treinadores adversarios, etc,etc…
o governo???? ahahah o desgoverno querem voces dizer….só serve para “legalizar” toda a trafulhice, roubo, chantagem que é feita pelos “animais”, (desde já pedindo desculpa aos verdadeiros animais pela comparacao), da mesma cor deles, corruptos, corruptos, corruptos…
como disse o infeliz desgracado do “taxista lampiao”: neste cantinho governado por lampioes, as leis sao para ser “incumpridas”, (para evitar usar a mesma infeliz expressao daquele “coisa”…), (devia de ter 2 ou 3 filhas, e alguem fazer-lhe a ele o que ele “apregoa” como bom lampiao que é)…(pena seria as criancas sofrerem pela “boca” do pai)…
12 Outubro, 2016 at 18:14
Mais um post excelente do LdP.
Em relação a PPC não concordo que seja colocado no mesmo saco dos outros casos referidos. Tenho para mim que PPC tentou tramar José Cardinal em função do que ocorreu na célebre Taça Lucílio, penso que PPC foi um dirigente que tentou limpar muita da corrupção que existe. E este é um problema que é complexo de se resolver e de que no último jogo em Guimarães se vislumbrou mais um episódio, com o já conhecido ‘modus operandi’ de o protagonista vir reconhecer o erro, tal como sucedeu na época passada com Cosme Machado ou com o próprio caso daquela final da Taça Lucílio. É assim que se cozinham resultados em Portugal, acredito mesmo que o que faz falta no futebol português é mais PPC’s, pois corruptos é aos cachos.
12 Outubro, 2016 at 20:18
As intenções do PPC poderiam até ser as melhores só que de boas intenções está o inferno cheio dizem…
Não quero cá misturas…
Não há corruptos bons e corruptos maus…
São tudo gente asquerosa…
SL
12 Outubro, 2016 at 21:16
Mas, onde é que ficou demonstrado que PPC corrompeu José Cardinal? Ninguém pode demonstrar isso, aquilo que para mim aconteceu é que PPC como foi alguém que já esteve ligado à PJ tentou montar uma armadilha a José Cardinal. E muito provavelmente iria fazê-lo a outros árbitros ou árbitros assistentes, pois segundo consta foi o responsável pela elaboração de uma lista com dados de árbitros.
De uma coisa não tenho dúvidas, a ameaça que existe actualmente à verdade desportiva do futebol português precisa de mais gente a desmascará-la. Não se pode dar descanso a quem o quer controlar.
12 Outubro, 2016 at 21:54
Max Martins, refiro-me a PPC em relação à sua actuação enquanto dirigente do Sporting. Concordo consigo quando se refere o carácter de PPC como alguém com que não nos devemos misturar, enquanto dirigente do Sporting tentou fazer algo que deviam ser as autoridades policiais do País a assumirem a responsabilidade, mas infelizmente os gangs que controlam o futebol português a vermelho e a azul têm muito poder intimidatório.
12 Outubro, 2016 at 22:36
Não digo que tenha tentado corromper (aliás ele tentou foi “tramá-lo”…para poder “provar” que ele recebia dinheiros extra…)…
A verdade é que gente “de esquemas” não é do meu agrado…
Agora isso “não tem a ver” com o Sporting (e ainda bem…)…
Abr e SL
12 Outubro, 2016 at 22:53
Concordo. O problema do futebol português é que está cheio de esquemas e quem tem saído penalizado ao longo de algo que se foi iniciando em 1982, foi o Sporting. Creio que agora em 2016 se vem assistindo a algo que se iniciou em 1982 a azul, mas desta feita a vermelho.
Acho que ganhar 2 campeonatos em quase 35 anos, devia fazer os dirigentes do Sporting pensar muito bem, para que não se volte a repetir estas quases três décadas e meia de vigarices.
É por esta situação de corrupção não ter a haver com o Sporting que fiz o comentário ao post, para que não se misture o Sporting com os outros casos de corrupção citados, de forma a não se confundir o Sporting com outras duas organizações de que estão ligadas a muitos casos que mancham o futebol em Portugal.
Um abraço para si e Saudações Leoninas.
12 Outubro, 2016 at 23:03
Portugal está cheio de esquemas, não apenas o futebol.
Aliás, pouca gente resta “do futebol”.
Políticos, advogados, construtores civis. A nata desta nação.
13 Outubro, 2016 at 8:12
Abraço também para si…
E há uma coisa que ninguém nos tira…
O orgulho de sermos do Sporting…!
SL
13 Outubro, 2016 at 14:51
O caso PPC não tem a ver com corrupção da nossa parte. Que isso seja dito à boca cheia por lampiões e porcos ainda vá, agora por sportinguistas é um bocado estranho…
E por falar em estranho, estranho mesmo é um gajo que foi da PJ cair numa merda daquelas… Só mesmo sendo muito burro!
13 Outubro, 2016 at 0:23
a serio???
acreditas nisso?
PPC? judiciaria. ladrao. corrupto…. infelizmente sportinguista (ou ligado ao SCP)
infelizmente e isto é triste, mais falado como ex dirigente do SCP do que policia (e dos importantes). dá p imaginar o nivel de podridao nas cupulas das froças policiais… infelizmente
13 Outubro, 2016 at 8:02
Essa questão da podridão nas forças policiais é outra história da qual concordo, em relação à actuação de PPC como dirigente do Sporting aquilo que não tenho dúvidas é que PPC veio para o Sporting mexer com muitos “esqueletos que estavam guardados no armário” do futebol português. O problema é que os esqueletos são tantos que lhe acabaram por caír em cima…
Em relação às forças policiais, dentro da PJ também lhe deverão ter tentado tramar ou não fossem alguns deles parte integrante dos apoiantes do Orelhas, que deu cabo da integridade dessa mesma PJ.
13 Outubro, 2016 at 8:05
O Orelhas alienou uma data de pessoas pertencentes à polícia como fazendo parte da sua comissão de apoio e esse foi um dos vectores que passou a controlar.
12 Outubro, 2016 at 19:21
Parabéns Leão de plástico!
Excelente narrativa do mal que há muito tempo vai no futebol Português.
Dos muitos anos que já levo de vida, vi, melhor, li e vi, as mais variadas ações de corrupção, seria fastidioso enumerar, porém os casos que se souberam, Calabote, Inácio de Almeida, José Guimaro, Francisco Silva, Jacinto Paixão, estão ligados ao Fcp e Slb, direta ou indirectamente, o Sporting esteve SEMPRE de casos semelhantes.
Depois houve fruta e café com leite, apitos dourados e vermelhos, túneis e vouchers….Qual o resultado de tudo isso? ZERO!
Não houve porque enquanto um (pc) era o rei do Porto e dos “Algarves” e manejava as marionetes, ou devo dizer políticos? Na Sequência, outro rei, ( Lfv) tomou o trono, do reino lampiónico de Lisboa e dos “Algarves” mudaram as “marionetas” e casos como os vouchers, porta 18 e 600 milhões de euros do BES, fica tudo como se de uma intentona se tratasse.
Estou indignado, não só como Sportinguista e também como Português, visto que no caso dos 600 milhões, SOMOS NÓS contribuintes que pagamos.
Tal como na história, um dia alguém vai gritar: o Rei vai nu.!
Abraços e Saudações Leoninas!
12 Outubro, 2016 at 19:23
Leia – se:
O SPORTING ESTEVE SEMPRE FORA DE CASOS SEMELHANTES.
12 Outubro, 2016 at 19:27
O FcPê publicou as suas contas anuais.
Tudo em cima.
12 Outubro, 2016 at 20:26
Só o carnide é que não publica as contas … nem sequer consolida as contas.
É a república das bananas no galinheiro.
12 Outubro, 2016 at 20:50
Nuno Saraiva está de “volta”, e com alguns recados para o “tráfego lampiónico”, (seja nos conselhos de justica seja nas direccoes de pasquins…):
” Nos últimos 15 dias tenho assistido, em silêncio forçado, às mais diversas enormidades.
Cumprido o castigo que me foi imposto com diligência e celeridade – ao contrário do que acontece com outros – pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, é tempo de voltar à defesa intransigente dos interesses do Sporting Clube de Portugal.
As últimas duas semanas foram pródigas em mentiras e calúnias. De directores de jornais que, por terem uma agenda clubística não assumida, escrevem colunas de opinião eivadas de ódio contra o Presidente do Clube e o treinador principal; a “opinadores” que, depois de reunirem ao almoço para elaborarem, com a bênção do seu presidente, um novo ror de mentiras sobre as nossas Assembleias Gerais insinuando e afirmando que, por exemplo, estou arrependido de trabalhar no e pelo Sporting Clube de Portugal.
Sejamos então claros: Trabalhar no Sporting Clube de Portugal não é, nem nunca será, passível de arrependimento. O convite, que muito me honrou, foi-me dirigido pelo Presidente do Clube tendo sido também por ele que aceitei este desafio. Não vale por isso a pena tentarem, com a má-fé habitual, abrir brechas onde elas não existem. Estou e estarei aqui, leal e convictamente, enquanto o meu Presidente entender que sou útil e que acrescento valor ao Sporting Clube de Portugal.
Confesso que, ao fim de tantos anos, ainda me surpreendem as virgens ofendidas que, ganhando a vida a insultar e a caluniar meio mundo, ainda por cima sem contraditório, se indignam de cada vez que alguém decide responder-lhes à letra. Esta conduta, a par de tudo o resto em que vão chafurdando, diz tudo sobre o carácter dos Guerras, dos Venturas e dos Silvas. Como disse um dia Abraham Lincoln, “pecar pelo silêncio, quando se deveria protestar, transforma os homens em cobardes” e isso, podem estar seguros, nós nunca seremos porque jamais nos calaremos sempre que esteja em causa a defesa do Sporting Clube de Portugal e dos Sportinguistas.
Fazendo uma breve retrospectiva do que foram estes 15 dias, além das calúnias e da desonestidade habituais, assistimos a notícias plantadas e encomendadas com o objectivo denegrir e amesquinhar Bruno de Carvalho, Jorge Jesus, a equipa de Futebol Profissional e, por consequência, o Clube.
É uma autêntica campanha negra, típica das que se fazem na política, em que se repetem falsidades sobre as nossas contas ou sobre as relações entre o Presidente e o treinador, escamoteando aquilo que são as dificuldades e os fracassos de outros; amplificam-se impactos de lesões num único jogador – bem sei que o nosso Capitão é pendular na nossa equipa – escondendo aquilo que se passa noutros clubes em que, desde o início da época, já houve pelo menos 19 atletas sujeitos a baixa médica; inventam-se tensões inexistentes entre jogadores com contrato em vigor e a SAD do Sporting a pretexto de hipotéticas renovações, e não se escreve uma linha que seja, por exemplo, sobre o incumprimento de obrigações contratuais de outros e dívidas a clubes que até já se queixaram à FIFA por causa deste calote; difamam-se os nossos Grupos Organizados de Adeptos que, ao contrário de outros, estão legalizados e reconhecidos como se os deles fossem meninos de coro que não partem um prato e como se não existissem abundantes exemplos de, na casa deles, terem uma conduta imprópria de gente civilizada; e, tão grave como tudo isto, o branqueamento mediático doloso daquilo que é uma evidência: a dualidade ou tratamento diferenciado a que temos estado sujeitos por parte da justiça desportiva que não merece qualquer reflexão crítica por quem tem por missão escrutinar os diversos poderes.
Os exemplos são mais que muitos: enquanto se abrem processos sumários e se castigam à pressa o Presidente, directores, treinadores, médicos e atletas do Sporting, outros há que agridem nos túneis de Arouca, que insultam dirigentes da arbitragem em plena tribuna presidencial, que violam na televisão semana após semana o regulamento disciplinar da Liga, mas os processos arrastam-se sem que haja notícia de quaisquer consequências. Isto para já não falar de funcionários e de responsáveis de canais de televisão de clube que vivem obcecados pelo insulto ao Sporting Clube de Portugal, ao seu Presidente e ao seu Treinador, sem que sequer um auto seja levantado. Mas sobre nada disto se escreve uma linha ou se discute nas TV’s. A subserviência não o permite.
Aos meus camaradas jornalistas não peço que digam bem de nós se não tivermos mérito para que tal aconteça. Apenas que confiram ao Sporting Clube de Portugal o mesmo tratamento que dão aos outros. Isso sim é coragem, isso sim é rigor, isso sim é independência, isso sim é honestidade e seriedade. Se o não fizerem, connosco ou com quaisquer outros, de uma coisa podem estar certos: os clubes existirão sempre mas os jornais, como a história nos tem mostrado, definham e morrem quando não têm credibilidade. E fiquem cientes de uma coisa: os sportinguistas representam uma fatia de mercado de 3,5 milhões de potenciais consumidores. Se os continuam a tratar assim, depois não se queixem.”
nao me parece que tenha ficado nada por dizer, eheheh
12 Outubro, 2016 at 20:57
( ó ventura, tinha-me esquecido de ti… boa noite, filho da puta… as boas maneiras dizem para cumprimentar-mos quem nos “visita”)
12 Outubro, 2016 at 21:30
fiquem cientes de uma coisa: os sportinguistas representam uma fatia de mercado de 3,5 milhões de potenciais consumidores. Se os continuam a tratar assim, depois não se queixem.”
Quero ver este texto difundido por todos os nossos canais
12 Outubro, 2016 at 23:29
Gostei muito desta Saraivada
Reflecte sobre tudo o que é preciso e que se passou me grande convergencia com o sentimento pela blogosfera leonina
13 Outubro, 2016 at 1:15
like
12 Outubro, 2016 at 20:51
Tudo isto é verdade mas o problema existe e existe porque o benfica tem o poder de determinar o resultado de quaisquer jogos de modo a ser beneficiado. É um poder ILEGÍTIMO e é um pode ILEGAL mas, existe.
Os árbitros estão em banho maria porque convém ao Benfica que assim seja.
A APAF é uma extensão, talvez a filial nº 1 do benfica.
O mesmo pode continuar a dizer-se dos diversos órgãos directivos da Federação Portuguesa de Futebol cujo “dito-leader” só quer dinheiro e poder. Fará o necessário independentemente da legitimidade ou licitude, para se manter no galarim e tentar amealhar mais uns milhões.
Fará as obras de fachada necessária para se não poder dizer que o prédio está por renovar.
Alinha com Vieira, é seu cúmplice e associado; beneficia do favorecimento a Jorge Mendes, provavelmente com uma comissão paga por um clube latino Americano de futebol que não tem estádio, não tem jogadores e nunca disputou qualquer competição.
O Sporting conta consigo-mesmo e mais ninguém para fazer face a matula. Antes só que mal acompanhado. Para acompanhar o Sporting na Luta, bastamos nós. Basta que o Sporting nos diga o que pretende que façamos. Se é para gritar alto nas ruas de Lisboa, na Cidade do Futebol, onde quer que seja, gritamos. Se for para pegar em varapaus e varrer essa corja do panorama Português, também. Em vez de nos andarmos sempre a queixar, chegou a altura de agir. Faremos o que houver para fazer; limparemos o que houver para limpar, não deixaremos impunes aqueles que sobre nós têm perpetrado a injustiça. Basta que o Sporting nos diga, “pessoal, é isto que vocês vão pôr em marcha”. Contem connosco para dar a porrada que os jogadores e dirigentes não podem dar.
12 Outubro, 2016 at 22:46
O nosso “porta voz” diz tudo o que deveria dizer…
Tudo o que disse…é verdade…!
Só não sei é se com “a vontade” que a justiça tem a tudo o que “respire verde”…
Não estará já a caminho um outro castigo…
Mas é como diz o “nosso” Saraiva, parafraseando
Abraham Lincoln… (que “era” sportinguista… 🙂 )
“pecar pelo silêncio, quando se deveria protestar, transforma os homens em cobardes”
E onde é que já viu…um Leão “cobarde”…??
SL
12 Outubro, 2016 at 23:16
Destaco isto:
“O sistema de eleição das instâncias desportivas é uma completa farsa, uma repartição de cargos e interesses pelos vários lobbies dos clubes…”
Gostaria de saber mais sobre como isto acontece na prática.
12 Outubro, 2016 at 23:23
Uma medida que 1) eliminava uma parte dos corruptos e tachistas e 2) assinalava uma mudanca de paradigma, era implementar o que se faz em Inglaterra.
O “teste de carácter e de boa fé” na minha traducao. Basicamente, um dirigente desportivo nao pode ter cadastro criminal nem uma história de bancarrotas. Ora os conhecedores entre vós, digam-me lá quantas cara conhecidas nao estariam no futebo, fachavor!
Eu, leigo que sou, consigo pensar em um certo presidente de clube e dois dirigentes da FPF.
Vejam lá – como dizia o Futre, os bifes estao uns anos a nossa frente: https://en.wikipedia.org/wiki/Fit_and_proper_person_test
13 Outubro, 2016 at 14:45
Grande texto!
Concordo plenamente!