Um dos produtos mais conhecidos da Alemanha é o Oktoberfest, uma festa originária de Munique onde a cerveja é rainha e que se foi internacionalizando com o passar dos anos. E quem olhasse para a forma como o Sporting se apresentou em campo durante a primeira meia hora de jogo (para não dizer toda a primeira parte), diria que alguns dos jogadores tinham vindo directamente desse festa para o relvado e que, na bancada, muito boa gente tinha feito o mesmo. «Bora lá, que os gajos não jogam nada!», foi das frases mais inacreditáveis que podia ter ouvido quando o que eu via lá em baixo era os gajos de amarelo a trocarem a bola com uma qualidade a roçar a perfeição, saindo a jogar de toda e qualquer tentativa de pressão.
Claro que falar de pressão é subjectivo. Não sei se como milhares de adeptos Jorge Jesus terá acreditado que o Dortmund chegava suficientemente lesionado a Alvalade para de lá não poder sair vitorioso (dava jeito era perceber que desses oito ou nove lesionados só dois ou três são titulares indiscutíveis), mas a verdade é que a utilização de Markovic no apoio a Bas Dost se revelaria um tremendo erro. Primeiro, porque o holandês ainda está a anos luz de ser um avançado pressionante; segundo, porque Elias não tem a predisposição e a capacidade de ocupar espaços que Adrien tem; terceiro, porque Markovic gosta tanto de pressionar como eu gosto de fazer macramé (e ontem juntou-lhe o extra de perder todos os duelos físicos e ficar sem bola sempre que queria arrancar). Resultado, William Carvalho via-se envolto numa teia amarela e a defesa apanhava com as vagas de ataque sem barreiras prévias. Depois, a qualidade individual dos jogadores alemães fazia o resto, como se viu nos dois golos (aquele Aubameyang é impressionante) e entre esses dois golos o Sporting foi uma equipa atarantada.
Acordou duas vezes, é verdade, primeiro numa fantástica triangulação entre Dost, Markovic e Elias, com o brasileiro a fazer o que faz melhor e a surgir embalado para finalizar (o que só não aconteceu porque o redes adversário teve o momento andebol da noite); depois num golo anulado a Coates que dividirá opiniões eternamente (para mim é o redes que choca com Bas Dost, mas acredito que poucos árbitros não assinalassem falta sobre o guarda redes numa situação daquelas). E se esse golo anulado já era castigo pesado, o segundo dos alemães, mesmo em cima do intervalo, foi uma machadada na fé e o exemplo claro de como fomos macios durante toda a primeira parte (diz que fizemos duas faltas ao longo dos primeiros 45 minutos. Sem palavras…)
Para a segunda tudo tinha que mudar. Bem, Bruno César demorou a entrar e Gelson, que já havia sido o mais irrequieto na primeira parte, voltou a ser quem lançou a vontade de mudar as coisas. A trivela, logo a seguir ao recomeço, foi fantástica e a porrada que o nosso menino levou logo a seguir foi o sinal de que os alemães não estavam confortáveis no jogo, apesar da vantagem. Entretanto, com a equipa mais compacta, William podia respirar e acrescentar aos passes teleguiados (basta lembrar aquele para Bryan, na primeira parte) aquela espécie de levitar com que domina todo o meio-campo, o que fez com que a equipa fosse metendo o Dortmund cada vez mais no seu meio-campo.
Livre dentro da área a castigar um atraso com o pé que o guarda-redes agarrou. Alvalade em suspenso, gritando baixinho “chuta, chuta chuta!”. E ele chutou, com tanta força que a bola passou por onde tinha que passar e só a voltaram a ver quando a rede estava a mexer. O Sporting voltava ao jogo com quase meia hora para jogar e o vulcão de Alvalade entrava em erupção, ao lado da sua equipa. Viria o momento da partida, naquela arrancada de Marvin, naquele centro fantástico, naquele movimento belíssimo de ponta de lança de Bas Dost, naquela cabeçada que parecia uma pedrada e que deixou milhões de mãos desesperadas na cabeça. O 2-2, feito naquela altura, tinha tudo para ser a cambalhota no jogo.
Não foi e não seria, pese o facto do Sporting continuar a dominar e a tentar, com destaque para aquela arrancada de Campbell que levou a bola a Gelson e para o remate cruzado a que André chegou atrasado. Os alemães começavam a queimar tempo, os adeptos leoninos exigiam a não devolução da bola chutada para fora. Cruzamento para a área, o redes aos papéis e Schelotto a conseguir cabecear-lhe a bola para as mãos quando ele ainda estava no chão. Estava e por lá ficou. Ele e tantos outros. Faltavam cinco minutos, depois vieram mais cinco. Dez. Dez minutos em que não mais se jogou e onde os alemães mostraram como se mata um jogo quando se está à rasca. Não é bonito, pois que não é, mas nesta coisa dos adultos o que há mais são resultados conquistados à custa de coisas feias. Resta saber se teremos aprendido algo com esta aula prática.
19 Outubro, 2016 at 10:38
Primeira parte patética na abordagem ao jogo. Deviam pensar que lá pelo Borussia ter 9 jogadores lesionados, podiam entrar em campo a mastigar o jogo que o golo iria aparecer mais tarde ou mais cedo. Obviamente que apareceu, mas para o Borussia, pois quem tem aqueles jogadores na frente arrisca-se a marcar sempre.
Não gostei da atitude na 1ª parte, o jogo foi perdido na 1ª parte, depois foi lutar contra a maré. Não tivemos sorte no “momento do jogo” em que Bas Dost podia ter empatado minutos depois de termos reduzido e aí podiamos ter até dado a volta ao marcador. Mas verdade seja dita, o Borussia foi sempre uma equipa perigosa e mesmo na nossa melhor fase podia ter marcado (ex. remate à barra).
Vendo as coisa pelo lado positivo: Perdemos apenas por 2-1 com 2 tubarões do futebol europeu, todos sabiamos que o mais normal era ficarmos em 3º lugar neste grupo, e deverá ser essa a nossa classificação final. Foco no campeonato e restantes competições nacionais e tentar chegar à final da Liga Europa.
19 Outubro, 2016 at 10:42
Desiludido com a equipa (pelo que não fez em 45 minutos).
Desiludido com este treinador.
Não se pode andar na champions com estes 2 laterais…e um elias em versão brasileirão.
19 Outubro, 2016 at 10:42
Bons Dias, Caros Tasqueiros.
Agora “a frio”…
Estamos “fora” da Liga dos Campeões. Ok. Era esperado, mal o sorteio nos “ditou” o Real Madrid e o Borussia Dortmund.
Diferentemente dos jogos contra o Real Madrid, o Rio Ave e o Guimarães não fico desta vez amargurado com o resultado. O Borussia Dortmund é superior ao SCP e provou isso em campo. Tem jogadores de qualidade muito superior e tacticamente esteve muitíssimo bem.
Sim, é verdade que na nossa “máxima força” (isto não obstante o Dortmund ter jogado algo “desfalcado”) poderíamos ter dado maior luta. Como o Caro Converge diz (e bem!) acima, o Adrien realmente faz muita falta a esta equipe, a qual se transfigura completamente na sua ausência. Há um motivo pelo qual o Adrien é, quase sempre, o elemento mais faltoso do SCP: porque ele sabe quando deve cometer falta para impedir transições ofensivas perigosas do adversário!
Se somarmos à ausência do Adrien as “ausências” do Markovic e do Elias (este no que toca ao compromisso defensivo)… Quanto aos nossos “desiquilibradores” (Gelson + Ruiz) os mesmos foram superiormente defendidos pelos jogadores do Dortmund que – esses sim – tinham a lição bem estudada.
Ok, os 70 minutos em Madrid já foram esquecidos, e já “voltamos à terra”. Altura para nos concentrarmos naquilo para o que estamos mais vocacionados, que é o campeonato português.
E por favor, Caros Tasqueiros, não comecem já a falar de ganhar a Liga Europa!
SL
19 Outubro, 2016 at 13:12
A verdade é que podemos ganhá-la 🙂
Não quer dizer que chegues sequer à final.
19 Outubro, 2016 at 10:57
Sinceramente ontem no estádio mandei uns quantos para a puta que os pariu e hoje continuo sem paciência para merdas…
É verdade…não ganhámos a uma equipa muito melhor, muito mais cara e com muito mais soluções que nós! Que escândalo! Treinador é uma merda, jogadores são uma merda…
Puta que vos pariu! Há adeptos que deviam era comer merda ás colheres! E ainda assim era mais do que o que têm na cabeça! Tou mais farto de alguns adeptos do Sporting do que dos nossos adversários!
19 Outubro, 2016 at 11:01
Subscrevo.
19 Outubro, 2016 at 11:32
É isso!
Depois ainda falam que “Somos os melhores adeptos do Mundo”… temos ainda muito a aprender com os adeptos do Dortmund por exemplo e com a mentalidade e cultura do adepto inglês.
19 Outubro, 2016 at 11:43
A maior parte dos adeptos não percebe grande coisa de futebol para além do mais óbvio. Quando não se recuperam bolas é “porque não se corre” entre outras banalidades que pouco tem que ver com a complexidade que o jogo tem hoje em dia. Basta ver a lógica de “se dominamos o Real durante largos períodos o Dortmund não é melhor que nós”. Desde o Sorteio que digo o Futebol do Dortmund está a anos luz do do Real é muito melhor. Ora é possível com um bom treinador equilibrar contra uma equipa que tem jogadores muito melhores mas um treinador muito pior. Agora com jogadores mais fracos e contra um treinador tão bom ou melhor a coisa pia mais fino. Mas o Adepto comum sabe lá quem é o Tuchel. Já agora uma curiosidade o Tuschel fez uma época histórica em termos de resultados num clube modesto depois demite-se (não aceita renovar o contrato) para tirar um ano sem trabalhar durante o qual se dedicou a evoluir o seu modelo de jogo e a beber jolas com o Guardiola a discutir futebol enquanto este último estava em munique.
19 Outubro, 2016 at 11:56
Não vale a pena ligar à maioria dos comentários na Tasco do após jogo, a maioria das críticas são de ressabiados e quem anda aqui com o mínimo de atenção já os conhece de ginjeira. Para esses: “Que la chupen y sigan chupando”. Para os outros que acham que percebem de futebol, oiçam com atenção a análise ao jogo do treinador do Dortmund na conferência de imprensa, antes de dizerem baboseiras.
19 Outubro, 2016 at 11:58
outra vez teorias da conspiração… oh que caralho…
19 Outubro, 2016 at 15:09
Só as tuas é que são teorias reais…
19 Outubro, 2016 at 13:12
E mais… vir falar no valor que se paga ao Jesus em função deste resultado é fantástico…
19 Outubro, 2016 at 10:59
Gostava apenas de tecer 2 comentários acerca do jogo de ontem:
1º – Qual o papel de Raul José no banco?! Não sei… Toda a gente viu o que se estava a passar na primeira parte. O buraco que havia no meio campo, fruto do Markovic não pressionar e recuar, e do Elias se encostar demasiado ao William (e de estes dois se encostarem demasiado à defesa), era por demais evidente. Foram 45 minutos de inépcia por parte de um treinador. Para mim isto é incompreensível.
2º – Não percebe os adeptos que vão para o estádio assobiar jogadores do Sporting. Markovic, não está/estava a jogar nada. Não tinha preocupações defensivas, nem sequer atitude. Mas nada justifica isso. Percebo que os assobios são para lhe fazer ver que assim não serve para o clube. Mas não se esqueçam que quando assobiam, não assobiam só para um dos jogadores. Assobiam para toda a equipa! Porque eles são grupo. Um todo. E todos sentem esses assobios.
Se é para assobiarem, mais vale ficar em casa. Se estão chateados, não se manifestem, não fiquem até depois do jogo apara cumprimentarem a equipa, mas assobiar, aqui (leia-se em Alvalade), NÃO!
19 Outubro, 2016 at 11:17
“Mas não se esqueçam que quando assobiam, não assobiam só para um dos jogadores. Assobiam para toda a equipa! Porque eles são grupo. Um todo. E todos sentem esses assobios.”
Não assobiei, mas tive uma vontade enorme de o fazer. Não critico quem o tenha feito.
Em termos de grupo, passará primeiro por ele perceber que está inserido num, e com esta postura não o ajuda em nada….
19 Outubro, 2016 at 11:47
Também eu tive, mas não o fiz. Nem sequer aplaudi a sua saída.
Quanto a isto: “Em termos de grupo, passará primeiro por ele perceber que está inserido num, e com esta postura não o ajuda em nada….”, só tenho a dizer que para isso é que existe um treinador, uma equipa técnica, e um, ou vários, capitães de equipa. Já para não falar nos restantes colegas…
19 Outubro, 2016 at 11:47
Eh eh eh, só faltava mesmo culpar o Raul José…
Fdx para isto…
19 Outubro, 2016 at 15:17
Sim, ele também é um dos culpados….
19 Outubro, 2016 at 13:14
Papel de um adjunto? Foda-se…
É seguir aquilo que o JJ lhe disse, consoante as possíveis situações de jogo. Mas nunca teria interação do treinador…
Raúl José tem culpa de quê, já agora?
19 Outubro, 2016 at 15:19
De quê?! De não ter mandado um berro que fosse para corrigir jogadores, já que na tua óptica quem manda nas substituições, ou mundaças táticas é o JJ.
A única diferênça entre ter estado lá o Raul ou um Pinheiro, é que o pinheiro estava sempre em pé, e o Raúl tem a possibilidade de se sentar.
19 Outubro, 2016 at 11:27
1º – Desmitificar o “desfalcamento” do Dortmund. Tendo como referência os jogos com o Real Madrid onde nós perdemos por 2-1 e o Dortmund empatou 2-2, os alemães apresentaram 4 alterações no onze e nós 3 em relação a esse jogo. Só para ter uma ideia um dos “novos” a entrar no onze do Dortmund foi o espanhol Bartra, que no Barcelona jogava entre 25/30 jogos por época e Piszczek que foi titular contra o RM esteve no banco.
2º – O Sporting fez uma exibição competente batendo-se de igual para igual com uma equipa que na pior da hipóteses entrará no lote dos 8 melhores desta competição.
3º – A diferença neste jogo esteve na eficácia ofensiva e na inadaptação ao estilo de arbitragem na 1º parte. Os nossos jogadores e as nossas equipas não estão habituadas a árbitros que deixam jogar e os alemães na 1ª parte tiraram partido disso, entravam com tudo e ganhavam as divididas, beneficiando do critério largo do árbitro, que não utilizou no lance do golo anulado ao Coates.
Na segunda parte entrámos mais agressivos e fomos na maior parte do tempo superiores aos alemães e podíamos perfeitamente ter virado o jogo se tivéssemos o mesmo grau de eficácia do adversário (Dortmund 3 remates enquadrados/2 golos, Sporting 5/1 golo).
4º – Sábado temos o jogo com o Tondela que nos tirou 2 pontos na época passada e contribuíram para a perda do título. Jogo importantíssimo e espero que a equipa entre concentrada desde o início até ao fim, para não dar mínima hipótese de reacção ao adversário.
19 Outubro, 2016 at 11:30
Caros, já tinha comentado aqui algumas vezes em relação ao nosso grupo. O Dortmund enquanto equipa é muito superior ao Real Madrid. Tuchel é um dos melhores treinadores da actualidade. O jogo do Dortmund apresenta uma qualidade imensa que o do Real não tem, vive apenas dos seus jogadores que são do melhor que há. O Real na alemanha foi atropelado e marcou 2 golos nas únicas duas oportunidades que teve. Sempre disse que seria mais fácil dominar partes do jogo com o Real do que com o Dortmund. Ontem com B. Cesar no lugar do Marcovic e com Adrien poderiamos ter o jogo equilibrado durante mais tempo. De qualquer modo num dia normal, com 2 treinadores de muita qualidade a equipa com melhores jogadores irá sempre dominar mais tempo.
A falta de intensidade e “faltas” na primeira parte tem também muito que ver com a qualidade da fase de construção do Dortmund que “retira” jogadores adversários com muita facilidade com passes verticais de muita qualidade para o meio do bloco adversário e com uma leitura muito boa (o Weigl é um jogador fantástico em inteligência).
A que ter noção do futebol e da realidade, tomem por exemplo o jogo do Ruben Semedo, foi igual ao de sempre, simplesmente desta vez encontrou um contexto a que não está habituado, no campeonato português a abordagem que faz no primeiro golo (que é a que faz sempre) resulta porque não há nenhum jogador que lhe ganhe os duelos físicos e consiga manter a bola dominada. É assim que os jogadores evoluem, ontem colocaram-lhe um problema que ele no contexto competitivo do Sporting raramente encontra, um adversário que não consegue anular com o duelo fisico e na proximidade, terá de evoluir no seu jogo e encontrar outras soluções para dar o salto para outro nível. O mesmo aconteceu com o Gelson que encontrou uma equipa adversária que faz as contenções sempre certinhas e adversários difíceis de bater em velocidade isso faz com que tenha de procurar outras soluções ( e ele ainda o foi fazendo porque lá está tem qualidade para as encontrar quanto exposição a outros contextos).
19 Outubro, 2016 at 14:26
Bom comentário Amaral.
19 Outubro, 2016 at 11:31
Eu ainda não consegui perceber se a ideia é fazer pressão alta ou entregar a iniciativa aos adversários, quando estes são mais poderosos. Ontem nem uma coisa nem outra…simplesmente não temos jogadores para pressionar alto contra uma equipa com boa circulação de bola…isso foi bem notório nos últimos minutos…com Slimani e Adrien, talvez…com Bas Dost e Elias? NUNCA…o único jogador no plantel com a intensidade do Adrien é o Meli mas por alguma razão nem nas tacas joga…
19 Outubro, 2016 at 16:29
Agora até crónicas de opinião a malhar nos nossos fazem. Não concordo nem com metade do que foi escrito.
19 Outubro, 2016 at 18:39
O momento do jogo é mesmo quando o Bas Dost não faz o 2-2 depois de um excelente cruzamento do Marvin… Seria épico!
Fui o único que achou o que o Patrício esteve abaixo do normal? (Primeiro golo poderia fazer mais).
Dos laterais, Markovic ou Elias prefiro não falar.
Reconhecer também a qualidade da equipa do Dortmund (desfalcados? não se deixem enganar…titulares foram poucos que faltaram).
William esteve muito bem!
20 Outubro, 2016 at 16:20
Não fosse o Patrício e tinhas ido para o intervalo a apanhar 4…
20 Outubro, 2016 at 11:51
Só vi os últimos dez minutos e posso ter ficado com uma ideia errada do que se passou na segunda parte – já nem falo da primeira, essa terá sido uma valente merda, parece que é consensual.
Ora bem, nesses dez minutos vi um Sporting a perder por um golo e a exibir-se de uma maneira confrangedora. Apostámos única e exclusivamente no chuveirinho, mas como o Dortmund nunca desceu as linhas fazíamo-lo de tão longe que os raides aéreos pouco passavam do meio campo. E agora já não há Slimani, que pode ser mais baixo mas domina mais nas alturas que o próprio Bas Dost.
Repito: ver aquela recta final foi confrangedor.
Pensei com os meus botões: ou fisicamente já demos o berro ou de repente o Sporting, sem dois ou três gajos que há dois meses eram titulares, parece um conjunto de jogadores que não se conhece.
Em todo o caso, há que reconhecer que o Dortmund tem uma grande equipa de futebol, com um treinador que é capaz de meter toda a gente a pensar e a executar da mesma maneira, jogue quem jogar. A ideia de que vinham coxos não foi inocente e terá conseguido o seu propósito: enganar os mais distraídos.