A semana passada um sportinguista amigo (passe a redundância) chamou-me à atenção da surreal campanha de calimerice que corre pelos “meios” do Portismo. A nota foi feita, mas para mim, a vontade de ir indagar essa ocorrência foi nula. Estamos todos habituados a que raramente uma equipa de futebol profissional seja capaz de fazer mea culpa quando os resultados desportivos estão muito abaixo do que é prometido pelos seus responsáveis. Culpar os árbitros cumpre sempre uma função 2 em 1: desvia o foco da responsabilidade pelo fracasso e estimula os árbitros a, conscientemente ou não, ter um grau de atenção extra em lances decisivos que envolvam essa equipa. Nada de novo e, pensei eu, nada que me fizesse ir aos Dragões Diários, ler blogs, encontrar a versão digital do O’Jogo ou ver o Porto Canal.
Avancemos no tempo. Sábado, dez e qualquer coisa da noite. À procura de um video para mostrar a amigos, tropeço no resultado final do jogo em Belém e, não ficando surpreendido…fiquei agradado. Com o mal dos outros, podemos todos…e há primeiros e segundos lugares para decidir. Os amigos foram, as horas decentes também e dei por mim a entrar em flashback e a lembrar o tal sportinguista amigo “…epá…é surreal, tens de ver o que os tipos inventam…”. Ok. Why not, é demasiado tarde para ver um qualquer coisa de relevante e naqueles 20 minutos de “overtime” coloquei a box a retransmitir o “After-match” do Porto Canal. Devo confessar que os 20 minutos transformaram-se em quase uma hora de pura vergonha alheia. Tal qual um “guilty pleasure”, consumi aqueles minutos de tv, como quem chafurda em tabletes de chocolate ou enfarda um pacote de batatas fritas king size.
Para vocês que são pessoas de mente sã e equilibradas, vai ser difícil explicar-vos o que foi aquela experiência. Mas vou tentar. 3 pessoas num estúdio, um moderador imoderado, 2 comentadores transtornados a debitar palermices atrás de palermices, seguindo um guião predeterminado com 3 temas: 5 minutos para falar do jogo, 40 minutos para enxovalhar o árbitro e 10 minutos para desenhar a tal teoria dos 289 penaltis e cenas que “lhes roubaram”. Para mim que não tinha visto o jogo, parecia que o Belenenses-FcPorto tinha sido apitado por uma reencarnação de Calabote e que de facto, a distorção do juiz tinha retirado 2 merecidos pontos ao pessoal da Invicta. Não sou inocente e desconfiei, mas só no Domingo deu para investigar um pouco melhor este caso. Vi um resumo alargado do jogo e se há coisa que podemos confiar neste país é que só o Sporting é obrigado a ganhar jogos jogando melhor que o adversário. O Porto e o Benfica só precisam de ganhar, nem que seja com um pênalti inventado no último segundo (que os houve tantos). A narração do resumo porém era clara, a equipa azul e branca fez um mau jogo, uma partida sem ideias e com resultado bastante merecido por parte do Belenenses.
A resenha de fel alucinado e delírio arbitral que tinha visto na noite anterior comprovava-se ser, antes de mais nada, o resumo de uma incapacidade crónica de assumir a realidade, o reflexo de um estado de negação total. Resolvi ir um pouco mais fundo na questão e “ouvir” os adeptos. Li 5 ou 6 textos em blogs portistas e retirei uma conclusão: a lamechice dos árbitros estava lá, mas o que abundava em rolos de adjectivos era uma insatisfação total com a prestação dos jogadores e treinador, aqui e ali pontuados com o apontar do dedo acusador a Pinto da Costa. Os adeptos narravam mais “realidade” em 2 linhas de texto do que 3 comentadores em 1 hora de debate em televisão. Isto fez-me pensar. Sobretudo no papel dos media dos próprios clubes. Ter um jornal, um canal de tv, uma página de internet, facebook, twitter serve para quê a um clube? Para informar os seus adeptos ou para instrumentalizá-los? Para lhes dar verdade ou para lhes mentir à cara podre? Serve para defender o clube ou a direcção que ocasionalmente o governa? Serve para criar identidade ou para destruí-la?
O que falha ao Porto não é a assunção que são prejudicados pelos árbitros, essa pode ser até exagerada, mas legítima. O que falha nesta direcção e se espelha pela sua comunicação é a fuga à realidade. O Porto não joga um chavo. E escuso-me de aderir à tal linha de pensamento que diz “mas quando ganhavam também não jogavam nada, mas o árbitros ajudavam”. Falso. O Porto dos anos “gloriosos” do café com leite, teve muitas “ajudas” e em momentos decisivos nas épocas foram mesmo levados ao colo, mas sugiro aos defensores dessa argumentação que procurem ver um jogo qualquer das equipas de Mourinho, Jesualdo ou Fernando Santos. Verão que o domínio sobre o adversário, o estilo de jogo, a motivação e garra dos atletas, a classe de alguns deles…não tem qualquer tipo de comparação com o Porto actual. Não. O problema do Porto não são os árbitros, embora compreenda a revolta de quem se habituou a tratamento privilegiado…o problema é desportivo, e isso é tudo o que os responsáveis do clube não querem assumir. O que antes era visto como um modelo exemplar de governação de um clube de futebol, é hoje um monte de dúvidas e inadaptação aos tempos correntes. A minha única dúvida prende-se com a razão da falência do modelo. O Porto perdeu-se ao tentar adaptar-se a uma nova realidade empresarial e mediática ou na verdade nunca o fez, tentando apenas dar a ideia que o regime feudal tinha dado lugar a uma empresa poderosa chamada FCPorto SAD?
Na verdade, não estou interessado na resposta. Não conheço a realidade interna do clube o suficiente, não desejo conhece-la. Interessa-me a evolução do futebol como um todo e onde consigo identificar o Sporting nessa timeline. A realidade de um rival só me atrai como comparação, como forma de distinguir o momento do meu clube em relação à mesma. A noção que os três grandes partilham. nesta altura, o mesmo modelo é suficiente para olhar para o que está a acontecer ao Porto com mais motivação que o normal. Essa noção não é completa e desmente-se no detalhe, mas ainda assim tem algo de racional. De facto, Sporting, Benfica e Porto são governados por um regime presidencial, que agrega na figura do presidente o controlo do clube e da SAD. E que mais? Bom o organograma das “estruturas” é bem semelhante, mas isso fará com que possamos dizer que os modelos são iguais? Não. E explico porquê.
O que identifica uma empresa não é o seu “esqueleto” de cargos e funções. Não é a sua sede, logotipo ou fardas. O que torna uma instituição diferente das demais é a sua “missão” e modo de conduta. Se quiserem, é a forma como vários seres humanos interpretam o que fazem e o que querem fazer todos os dias. Ganhar, crescer, enriquecer…isso todas querem, para que servem essas metas e como pretendem atingi-las…essa é a identidade de um clube, de uma empresa, de qualquer coisa que envolva pessoas. E tudo isto é onde o Sporting perdeu a sua identidade e onde o Porto navega agora completamente à deriva. Nós não nos adaptámos ao futebol dos “sistemas”, das “guerrilhas”, das “polémicas” e assistimos do 3º lugar à escalada de uma luta por um poder que afirmámos não querer, que nos sentíamos orgulhosos ver de longe, vimo-lo tão longe que passámos décadas sem dar sinais que queríamos mesmo vencer.
O Porto não se adaptou à “concorrência”, ao “mercado”, às acções e obrigações, aos compromissos que o mundo empresarial envolve. O Porto não pode gerir patrocinadores como forças de apoio local, não consegue ameaçar a comunicação social, não pode contar com o alto patrocínio do poder autárquico ou regional como outrora, não consegue agregar à sua volta uma rede de interesses com a premissa que ser amigo de Pinto da Costa favorece determinado clube, negócio ou jogador. Porque esse é e sempre foi o verdadeiro modelo do Porto – a lógica de poder silencioso e discreto sobre tudo o que administra o futebol português. A lógica de “cosanostra”, de partilha de influência, de trabalhar em função do sucesso (legítimo ou não) é o único esquema que Pinto da Costa trouxe ao futebol e é no momento em que se suspeita que em nenhuma secção da FPF ou Liga esse poder se mantenha real ou indisputado…que o modelo faliu de vez.
O tempo de poder tem agora outro dono. O sucessor não é Antero, não é Fernando Gomes, não é Alexandre. É Luis. E preside ao rival Benfica. A força “dissimulada” das ironias de PdC é agora apenas uma memória na idade avançada do “papa” e pó nas movimentações de “interesses” que rodeiam o futebol. Os Bispos da imprensa, as Torres das APAF, os Cavalos dos Partidos Políticos e a Rainha Mendes estão agora do lado vermelho e abandonaram a corte das Antas, o xadrez mudou 180º e os tansos de Lisboa disputam agora qual a visão que dominará o futebol na próxima década. O sistema v2.0 de Vieira ou a revolução de Bruno de Carvalho. As “massas” tendem a favorecer transições tranquilas, mas o modelo que faliu no Porto, pode a qualquer momento falir na Luz, bastando que alguns poderes se “libertem”. Entre todos os factores que podem ajudar à “revolução” proposta por BdC (e para qual o Sporting está a ser preparado de forma quase inconsciente) destaco o poder crescente da “nova imprensa” (redes sociais), os meios tecnológicos para auxiliar a arbitragem, a centralização dos direitos de tv e, muito importante, a sublevação dos “clubes pequenos”. Estes pequenos movimentos, estas mudanças ligeiras, causam todas as épocas suaves alterações, que retiram ao Sistema 2.0 de Vieira a capacidade de ser discricionário, de poder ser inclinado, de poder passar impunemente pela opinião pública e de até, assegurar plena legitimidade interna.
Quer muitos queiram, quer não, vivemos já na “Era da Informação” e a circulação de dados, opiniões, ideias e actos é constante, massiva até. Tudo é discutido, tudo é suposto integrar a opção de interacção, tudo o que é opaco está agora pintado de rosa fluorescente com uma seta que diz “Oh…um segredo! Descobre-me!”. A outrora massa de anónimos e passivos consumidores de futebol, tem opinião, partilha-a e espalha-se. As imagens de um pênalti mal assinalado correm todo o mundo em 2 ou 3 segundos, um adepto magoado com essa decisão demora os mesmos 2 ou 3 segundos a ser ouvido ou lido pela mesma audiência. Os feudos de poder obscuro no futebol português estão a transformar-se em fábricas de comunicação, se não se pode sonegar a informação, distorcem-na, oxalá o meu clube veja o futuro de forma diferente. Oxalá o Sporting Clube de Portugal acorde para os novos tempos do Mundo, para a era dos adeptos, da informação livre, do mercado global e sobretudo do equilíbrio como forma de excelência.
Gosto de pensar que o modelo de Pinto da Costa ou a actualização do mesmo feita por Vieira não se encontra gravada na vontade, na missão ou discurso de Bruno de Carvalho. Gosto de pensar que lutar pelo poder, não significa corrompe-lo e que sobretudo estamos todos a chegar a uma consciência partilhada de que o futebol não é uma horticultura de negociatas, de dirigentes a “sacar” milhões enquanto nós adeptos consumimos o que quer que saia das SADs sem “saber ler nem escrever”.
Gosto de pensar que o Sporting tem uma proposta diferente dos seus rivais e que se adaptará melhor ao critério de um futebol, que ou se atualiza e “limpa” ou morre. É que tenho sinceras dúvidas que a próxima geração de adeptos seja tão fiel ao “desporto-rei” e ao mau dirigismo como foi a do meu pai e a minha.
*às quartas, o Leão de Plástico passa-se da marmita e vira do avesso a cozinha da Tasca
30 Novembro, 2016 at 14:16
Excelente análise. Mas o Porto não está acabado. Desta travessia vai sair alguma coisa,quiçá a sucessão de Pinto da Costa . E aí reside a questão. O vício está tão entranhado que já não tem remédio ? Ou os sócios e adeptos estão abertos a novas soluções? Pimenta no cu dos outros é refresco,mas estou curioso porque sinto que vai haver grande revolução por ali.
30 Novembro, 2016 at 15:28
O porto está acabado há anos. Nos ultimos anos apenas ganharam quando mais ninguem foi capaz de ganhar, e aí incluo o nosso Sporting que na maioria das vezes é retirado das corridas pelos homens do apito, os casos mais recentes na taca e campeonato no ano passado e ainda há poucos anos no famoso jogo do “atraso com dolo sem intencão” onde tudo aconteceu apenas porque o arbitro decidiu atribuir um penalty ao porco por um lance fora da área (nem havia duvida se era dentro ou fora pois na altura inventaram uma regra em que os Lances perto da àrea davam penalty mesmo sendo fora… interessante que essa regra nunca mais foi usado ou sequer existe em qualquer livro de regras).
A unica coisa que pode salvar o porco é o velho sair, e como sabemos em Portugal os presidentes estão a salvo da lei enquanto estiverem nos clubes, mas assim que sairem têm uma espera da PJ. O velho não quer arriscar e irá morrer no posto. Entretanto temos o Sporting feliz da vida a limpar todos os titulos em Portugal pois é sabido que o carnide mais dia menos dia terá a maior queda da sua historia (sem dinheiro não há vouchers para ninguem).
30 Novembro, 2016 at 14:17
É que tenho sinceras dúvidas que a próxima geração de adeptos seja tão fiel ao “desporto-rei” e ao mau dirigismo como foi a do meu pai e a minha.
Os adeptos típicos são fieis a uma única coisa: resultados. É a dura realidade, mas é o que é. Os adeptos típicos só querem saber de uma coisa no final: se marcaram mais um que o adversário. Ponto. Como o fizeram, estão-se bem a borrifar. Quando deixam de ganhar, aí sim, começam a preocupar-se com esquemas, pressões, etc. Quando ganham, tudo é limpo e um mar de rosas.
Desculpa lá o banho de realidade, mas é o que é.
30 Novembro, 2016 at 14:33
Generalizas bem, mas a tua teoria cai por terra qd chegas ao Sporting.
30 Novembro, 2016 at 16:56
quando chegas ao “novo” Sporting… queres antes dizer?!
Porque andámos anos e anos a dar votos BANDIDOS!
30 Novembro, 2016 at 14:21
Bom post!
Sportinguista que viva no grande Porto sente mais as vitórias / derrotas dos Andrades…
O desânimo nos adeptos dos porcos é bem real…
😉
Em relação ao post anterior queria apenas reafirmar que, com a exclusão do argumento ” essencial os putos rodarem em clube da Liga para crescerem” (argumento q percebo!!!!!):
Palhinha > PETROVIC
Geraldes > Meli ( atenção não sei se é verdade … até tenho amigo sportinguista q reside na Argentina q ele tinha tudo para ser uma espécie de JM… mas dada a pouca utilização por parte de JJ…)
Mané > Castaignos
Podence e Iuri teriam lugar pois Não CONCORDO com os empréstimos SEM opção de compra (Markovic e CAMPBELL) … excepto situações excepcionais tipo NANI!
Tobias e D Duarte discutirão lugar caso P Oliveira seja vendido …
Jonathan (q não aprecio particularmente) > Jefferson
Acredito muito no B Paulista (se com a operação aos dentes conseguiu definitivamente debelar a lesão crônica) … bem mais do q no Elias…
Wallyson — muitas dúvidas…
Gauld … Ainda acredito !
Temos e teremos avançados na B que devem merecer a nossa atenção!
SL
30 Novembro, 2016 at 14:22
Vi boa parte do jogo em Belém, e não houve roubalheira alguma, mas uma coisa é certa: aquele encosto do Camara, noutros campos, era vermelho. A diferença de tratamento conta como erro…
30 Novembro, 2016 at 17:03
o encosto sim… e o porradam que ele levou por traz?… esse já não dá nada??
30 Novembro, 2016 at 14:30
Hummm, este Tupperware tem hoje um ‘tempero especial’ … Um ‘je ne se quois’ que me fez rapar o fundo do mesmo com os dedos, lambendo-os até não sobrar réstia do petisco…
Correcto e afirmativo!!! É o que eu penso sobre o actual estado deste futebol em portugal. O ‘foi com putas’ está desactualizado, obsoleto, e o não encarar dessa realidade por quem tem as responsabilidades dentro da tal ‘estrutura’, que mais parece um castelo de cartas, prestes a ruir, está a ter este desfecho… Não me regozijo com este estado decrépito dos corruptos do norte, contudo, e porque subverteram e corromperam tudo e todos no desporto português, espero e desejo que tenham o dobro do mal que nos quiseram e fizeram ao longo de mais de duas décadas…
Sobre a lãpionagem apenas uma palavra, NOJO. Sim, é nojo o que sinto por essa corja de gatunos, aldrabões e corruptos.
‘Portantes’, e para aqueles “avençados” de carnide que já nos tinham preparado o funeral, tendo o velório sido marcado para sábado passado no estádio do Bessa… (Vejam lá que o ‘coveiro’ se chama fábio verissimo e estava mesmo preparado para nos deitar terra por cima) … A essa gentalha, essa ganilha de nojentos, só lhes refiro que vão ter que levar com o SCP até ao fim!!!
Vamos SCP! Contra tudo e contra todos os que nos querem mal!
SL
P.S. – Mais logo, recebemos os bovinos de raça arouquesa em Alvalade… Desejo que sejam empalados, desmanchados, e postos ao lume, pois se há coisa de que gosto mesmo é de uma boa posta arouquesa !!! Vamos a eles como Leões e Leoas que somos! SPORTING!!!
30 Novembro, 2016 at 14:30
O modelo do Slb não será tão facil de ruir quanto o do fecepe, por diversas razões.
Uma, o factor JM. Queiramos ou não, e levando o seu dízimo, ele coloca jogadores onde “quer”, e tem em carteira talentos de sobra. Dá acesso ao mercado. Mas vamos assumir que o JM se bandeia para outro lado, ou que vai de cana.
Importante diferença, é a base de sustentação popular. O Porto nunca teve apoio nacional, nem político nem jornalístico. Tinha as suas capelinhas, a RTP Porto e O Jogo, com o seu Pato. Conseguiam deter o poder da estrutura, mas tinha oposição cá fora. O Benfica não… os gamanços do Porto eram notórios e públicos (conheço muitos que diziam “façam o mesmo”, admitindo), os do Benfica não.
Depois, o Benfica tem apoios vários, de empresas, pessoal com dinheiro. O Vieira tem conhecimentos na banca, no mundo empresarial, daquele a sério, não como o PdC. Ele tem acesso a dinheiro, sponsors, crédito ou ajudas.
A máquina do sl é maior e mais robusta comparativamente à do fecepe.
30 Novembro, 2016 at 14:45
Pois, este novo modelo de Sistema é um monstro muito maior que o Polvo azul e branco dos anos 80/90 e 2000.
A diferença está precisamente no que falaste, nas pessoas de quem LFV se rodeia. Estamos a falar de um controlo que ultrapassa o mundo desportivo, há ligações privilegiadas a nível empresarial e da comunicação social como falaste, mas também na vida política, na justiça desportiva e civil, ligações a mercados pouco transparentes, enfim…é muita gente que o protege, porque se ele cair algum dia, acredito que leve com ele uns quantos.
30 Novembro, 2016 at 14:51
É isto que eu tenho defendido. A máquina montada pelo Vieira é muito mais poderosa do que a do Pinto da Costa. Muito mais.
A do Porto baseava-se em dominar as Associações Regionais (através da do Porto) e, com isso, conseguir nomear sempre quem queriam para o Conselho de Arbitragem. Era uma máquina baseada nos árbitros e observadores.
A do Vieira vai muito mais além. Além do domínio que tem sobre a arbitragem, criou uma rede de “amigos” entre os presidentes dos vários clubes da liga. A União da Madeira a ir treinar ao Seixal 1 dia antes do jogo, o Belém nunca jogar com a máxima força, o Marítimo jogar sem querer ganhar (que coincidência terem construído a nova bancada quando as relações com o Vieira estão tão boas, como todos vimos naquele vergonhoso almoço antes do maritimo vs benfica da época passada), o Moreirense ter 2 semanas para trocar de treinador mas decidir despedir a dias de ir à luz… enfim… podia ficar aqui o dia todo! O que é certo é que desde a época passada que nunca mais e ouviu falar em clubes da liga com ordenados em atraso.
A isto tudo junta-se o domínio que tem sobre a CS que conseguiu com ajuda do Paes do Amaral e do Moniz. Nada no benfica é alvo de investigação, nada é motivo para criticar, situações idênticas (cláusulas de rescisão elevadas) a terem abordagens completamente opostas por supostos “imparciais”.
30 Novembro, 2016 at 15:15
O Porto também tinha clubes “amigos”, alguns eram autênticos satélites. Punham lá catrefadas de jogadores.
Mas era tudo malta da zona (o que dava jeito, porque o poder das associações dependia do nº de clubes na 1ª divisão)
30 Novembro, 2016 at 15:09
“Depois, o Benfica tem apoios vários, de empresas, pessoal com dinheiro.”
O porto também tinha, mas esse poder foi-se esboroando devido à crise económica, pois a região Norte sofreu muito mais do que o Sul.
O porto não voltará a ser o clube irrelevante que era antes do Pinto da Costa, porque esses títulos ninguém os tira. O problema do porto é o ressurgimento do Sporting, que o releva para um plano inferior ao que tem estado habituado, e que é também o problema do beifica, porque assim se prova que o beifica não é tão grande como apregoa.
Os negócios do Vieira não estão bem, portanto o financiamento que ele tem deve ser dinheiro do crime organizado. Os merdia que estão com ele estão literalmente na merda. O que eles têm que faz a diferença são os satélites na Liga e a arbitragem.
Nós temos de estar com o nosso clube porque vamos colher os frutos do nosso trabalho, e a forma como os lampiões estão obcecados com tudo o que se passa no Sporting revela muita insegurança…
30 Novembro, 2016 at 14:31
1º – Estimo muito bem que o porto se f ***! Por isso n me vou alongar
2º – Não somos muito diferentes, a culpa é sempre dos arbitros
3º- Vamos ter calma….eles estão em crise (será?!?) mas estã apenas a 2 pontos de nós. Não vamos fazer da nossa equipa uma coisa que não é…Não gosto de bazófia.
30 Novembro, 2016 at 15:47
O amigo Balboa…leu o post de “alto a baixo”…ou foi “apanhando umas notas…”…!
É que a mim não me pareceu que da leitura do mesmo…pudesse “ter nascido” assim a frio…um comentário como o seu…
Abr e SL
30 Novembro, 2016 at 15:57
Como disse, não perco muito tempo com os outros…
Li na diagonal sim, e comentei apenas o que li.
Peço desculpa se fora do contexto…
30 Novembro, 2016 at 14:37
Qualquer projeto, seja em que área for, tem de ter o compromisso de quem o executa. No futebol, não chega ter os melhores jogadores, tens que ter jogadores comprometidos e focados no seu presente, sem preocupações de estarem ou não cá na próxima época.
O mal do porto de hoje, foi o nosso durante muitos anos, treinadores de categoria média baixa e jogadores que viam o Sporting como uma escala para outros destinos, sabendo por vezes que no próximo ano não estariam por cá e isto é notório nas exibições de certos atletas, Brahimi é talvez o maior exemplo.
Mas enfim, com o mal deles vivemos nós bem…interessa é a concentração para logo e para os próximos jogos, temos um mês de Dezembro difícil pela frente.
30 Novembro, 2016 at 14:38
Os adeptos do porco habituaram-se a ganhar, no matter how. Se foi com putas, assobia-se para o lado, se foi com garra enaltece-se o “jogar à porto”.
O PC morreu (ou foi comido pelo Vieira) e para mim, a única esperança do Porto é o António Oliveira pegar naquilo. Porque conhece muito bem os meandros, sabe de bola e não é parvo nenhum.
Todos os outros… ou tentam corrupção e vão de cana, ou tentam negócios com fundos e afundam-se… ou tentam ser meninos de coiro e são comidos de cebolada.
Neste país, reina o Vieira a seu bel-prazer.
Onde ficamos? Simples e complicado.
Simples, pq basta os outros dois não terem resultados e os adeptos não lhes perdoam (pq sabem bem como as coisas são feitas)… e complicado pq não vejo os lampiões berrarem tão cedo… a não ser que a justiça fosse… justa.
30 Novembro, 2016 at 15:20
os benfiquistas não acham que ganham recorrendo a esquemas. Sério.
os portistas admitiam, alguns até com orgulho (tipo o tuga que se gaba de fugir ao fisco ou de ter andado no comboio sem pagar)
30 Novembro, 2016 at 14:41
Acho que está a chegar aquela altura em que se irá dizer que “faz falta um porto forte ao campeonato português”…
Frase que nunca mais quererei ver associada ao Sporting!!
Mas esta crise pode vir a ser importante, porque caindo o porto e o seu “sistema” pode ser que com a sua queda não queiram cair sozinhos e levem os de carnide com eles. Eu espero que seja este o caso e que haja uma lavagem de roupa suja á séria, esse seria o primeiro e grande passo para finalmente termos um futebol onde aquilo que interessa mesmo é o que se passa nas 4 linhas ao fim de semana.
30 Novembro, 2016 at 14:50
Boas Tardes, Caros Tasqueiros.
Parece-me que é muuuuuuuito cedo para se estar a falar do “falecimento” dos andrades.
É verdade que os andrades estão em crise pronunciada. Mas é uma crise relativa: três anos sem ganhar. Os milhafres, há pouco tempo atrás, estiveram quase dez anos. Nós… 🙁
Para mim, o único problema que os andrades têm é a falta de qualidade do plantel comparativamente ao passado (quando com jogadores como Hulk, Falcão e Jackson Martinez ganhavam campeonatos com mais de 20 pontos de distância, e onde até um Victor Pereira desta vida conseguiu ser bicampeão).
Em TEORIA, o plantel dos andrades não é assim tão mau. Mas não se encontra, decididamente, a “carburar”.
Tudo o resto são suposições ou wishfull thinkings de que o “modelo” isto, o “Pinto da Costa” acoloutro…
Como um Caro Tasqueiro disse supra, se não há resultados nos jogos, há crise; se há resultados… não há crise.
Não se esqueçam: o treinador que se arrrisca a ser bi-campeão com os milhafres é o mesmo treinador que o ano passado quase certamente teria sido despedido se os milhafres tivessem perdido em Braga.
Quanto à questão das arbitragens, não me parece que qualquer Sportinguista possa acusar qualquer andrade de ser “calimero”. Desculpem mas é verdade.
SL
30 Novembro, 2016 at 14:56
o porto apesar de ter dominado o “sistema” a seu belo prazer nunca teve o que o benfica tem —> dimensão nacional!
E é essa dimensão nacional que permite que o Estado Lampiónico seja uma realidade e “ninguém” questione nada e seja tudo “normal”….
Já pararam para pensar o que diria a lampionagem se:
…. os vouchers fossem verdes ou azuis…
…. se fosse o Sporting ou o seu Presidente a ter uma divida brutal no Novo Banco….
… se o Novo Banco (Estado) tivesse uma posição de relevo na estrutura acionista (10% / 13%) do Sporting
… se o Sporting vendesse 2 vezes o mesmo jogador….
… se o Sporting comprasse por mais de 20 milhões um suplente
E podia continuar….
Por isso… “promos” como do benfica-napoles que terminam a “pensar” no Sporting são normais.
E são normais… porque actualmente o lampionismo sente-se completamente impune!
E é por isso que o papel do Sporting actualmente é muito complicado!
E é complicado porque dentro do terreno de jogo…. o Sporting…. como qualquer equipa do mundo tem jogos que correm mal, e por isso perde inevitavelmente pontos que não seria “suposto” perder.
No caso do benfica…. quando joga mal…. Ganha!
E ganha porque o Gk se manda para o lado oposto ao do remate…
Ou porque o defesa remata na própria baliza….
Ou se for preciso…. o boi do apito dá a ajuda necessária.
Mas se forem atentos constatam que esta época o benfica não tem tido arbitragens escandalosas a favor, porque o “sistema ” deles passa mais pelos “erros” das equipas adversárias.
Digamos que em termos de apito… a “única” ajuda que se vê é no contemporizar cartões para os jogadores do benfica e mostrar bem (sem avisos prévios) amarelos aos adversários sempre que fazem uma falta merecedora de tal punição.
Por isso é muito complicado para o Sporting…. porque sabe logo á partida que para ganhar tem que roçar a “perfeição” …
Mas somos o Sporting Clube de Portugal e por isso é lutar e acreditar até ao fim!
30 Novembro, 2016 at 15:14
“Por isso… “promos” como do benfica-napoles que terminam a “pensar” no Sporting são normais.”
Normal para mentecaptos. Pensaste neles quando o Sporting jogou com o Real Madrid ou com o Borussia de Dortmund? Se o Sporting fosse tricampeão nacional e eles estivessem há 14 anos sem ganhar o campeonato pensavas neles a contar para a Champions?
Eles nem dormem!!!
30 Novembro, 2016 at 15:36
A frase seguinte á que citaste responde á tua pergunta:
“E são normais… porque actualmente o lampionismo sente-se completamente impune!”
Ou seja…. fazem questão de mostrar que mandam nesta merda toda e que fazem o que querem completamente á vontade!
30 Novembro, 2016 at 15:49
Um dos elementos que fazem parte do poder é a percepção que se tem junto dos outros. Aos lampiões também interessa cultivar a ideia da impunidade, para gerar descrença nos adversários e obediência nos clubes mais pequenos. O problema para eles é que quando se começar a abrir “brechas” nessa percepção, o “edifício” racha por completo.
30 Novembro, 2016 at 16:03
E por isso mesmos….”somos o Sporting Clube de Portugal e por isso é lutar e acreditar até ao fim!”
30 Novembro, 2016 at 16:10
“…gerar descrença nos adversários e obediência nos clubes mais pequenos”
Ao ler isto, lembrei-me da conferencia de imprensa do treinador do Moreirense em vésperas de ir á luz, onde disse qq coisa como:
“A minha principal função é fazer os jogadores acreditarem que o jogo não está perdido ainda antes de jogarem, porque os jogos começam todos zero a zero…”
Para um treinador ter a necessidade de dizer isto, nem quero imaginar o estado de espirito que imperava naquele balneário antes do jogo.
30 Novembro, 2016 at 16:07
Li e gostei e para além de gostar, estou de acordo com a maior parte do que o nosso amigo “Leão de Plástico” desbobinou…
Também concordo que vai ser muito dificil o porto “dar a volta” às circunstancias, porque agora outro “rei” se senta no trono…
Nós apenas temos que continuar a fazer o “nosso trabalho”, de “Esforço, Dedicação e Devoção…” se é que queremos atingir a “Glória”…e temos de o continuar a fazer…
Todos Unidos…
Mas há aqui “uma coisinha” em que totalmente “não estou de acordo…”
Diz o amigo “Javardeiro” a páginas tantas, referindo-se à garra dos atletas portistas…: “…procurem ver um jogo qualquer das equipas de Mourinho, Jesualdo ou Fernando Santos. Verão que o domínio sobre o adversário, o estilo de jogo, a motivação e garra dos atletas, a classe de alguns deles…”…
Na verdade, estava à vista de toda a gente a “garra” (muitas vezes era simples violencia…) com que os jogadores disputavam qualquer jogada e sempre…chegavam primeiro que o adversário…
Muitas vezes amigos meus o referiam, dizendo que “era isso que fazia os campeões…”…
E lá me “cansava” eu para lhes mostrar que “essa garra” só existia, porque os árbitros “fechavam os olhos” às entradas desses jogadores e nunca (ou raramente…) mostravam os respectivos cartões…
“Estão a ver” o 2º cartão amarelo ao Ruben Semedo…?
Digam-me lá…: qual foi o jogador do porto que “nos tempos áureos” levou um amarelo por uma entrada dessas…ou bem pior…?
Lembram-se do Paulinho, do Couto, do Jorge Costa e de tantos outros…?
Lembram…?
Então digam -me lá…: não haverá nenhuma diferença …entre um jogador que “entra à vontade” e um outro que sabe que será “amarelado” ou coisa pior…se fizer o mesmo…?
Por isso…uns chegavam “sempre primeiro” e os outros…ficavam a olhar (e às vezes a “torcer-se com dores”…por causa da entrada…)
SL
30 Novembro, 2016 at 16:31
nem mais… lembro-me de um campeonato onde o Bruno Alves acabou com 2 amarelos e distribui fruta suficiente para alimentar o continente Africano
o Porto era forte claro que era mas há coisas que faziam o Porto imparável
e neste momento mudou a cor do “sistema”
cabe ao Sporting lutar contra isso e se não formos campeões “cá estaremos cá estaremos…”
30 Novembro, 2016 at 16:37
Eu lembro-me do início do campeonato do AVB. O putedo arrancou muito mal em termos exibicionais, e foi ganhando graças a uns valentes empurrões, onde se destaca um jogo contra a Académica, em que o jogador da briosa manda um potente remate de fora da área, a bola ia direitinha à cabeça do Mr. Tatoo Raul Meireles, e este, de modo a impedir que caísse que nem um pinheiro a ver estrelas, meteu ostensivamente a mão à bola. O árbitro fez de conta que não viu nada.
Bem… depois, a equipa lá se foi endireitando. Estava com tanto avanço sobre a concorrência que até deu para ganhar a Liga Europa.
30 Novembro, 2016 at 17:00
Vintage fcp. Cavar distância (com ajudas, e fazendo os outros tropeçar) para poder gerir a vantagem. Quando a máquina começava a carburar, nem eram precisas ajudas, no fim até eram gamados nuns jogos, para usarem aquela do “deve e haver, fica equilibrado”. E com um avanço tão grande, as potenciais ajudas até eram desvalorizadas, porque não precisavam.
Quando o JJ ganhou o 1º título pelos lamps, avisei os meus colegas lampiões de que o ano seguinte ia ser assim… à moda antiga, para não dar hipóteses. E assim foi.
E começou logo na 1ª jornada (0-1) na Figueira da Foz
30 Novembro, 2016 at 17:53
Se o Sporting tivesse tido esse tipo de ajudas tinha ganho o campeonato na época passada com uma perna às costas. Sem aqueles empates com Rio Ave e Tondela, por exemplo, o campeonato a partir daí tinha sido um passeio. Esta é a “linha” que nos separa dos vencedores crónicos desta liga da treta.
30 Novembro, 2016 at 16:30
Gostei imenso deste texto, embora não seja directamente sobre o nosso clube.
Ainda por cima, há uma série de opinion makers cá da praça, adeptos do putedo, que ainda são cúmplices do estado de saúde do clube nortenho, tais como o Miguel Sousa Tavares, o Pedro Marques Lopes, e mais uns tantos, que em vez de colocarem o dedo na ferida só sabem falar do Sporting.
Não tenho pena nenhuma desse clube, que alicerçou as suas vitórias e canecos na base da corrupção.
30 Novembro, 2016 at 16:33
+1
pelo menos 3/4 dos programas de merda são a falar do Sporting…. e não temos importância se a tivéssemos então…
30 Novembro, 2016 at 16:36
“e não temos importância se a tivéssemos então…”
Eu mudava a frase para
” e isto não sendo Campeões há 14 anos. Quando formos Campeões em Maio de 2017….”
30 Novembro, 2016 at 16:44
É normal que o MST, o PML e outros, apontem para o Sporting, primeiro porque contra o carnide sabem que não têm hipótese de causar mossa, e depois, dado que ambos são comentadores e escribas n’ A Bola, convém que o inimigo a combater não seja vermelho, é que os cheques que recebem do jornal sabem bem…
Para mim, os fruteiros têm o que merecem, não estão mortos, longe disso, mas espero que continuem a afundar, e que afundem de tal maneira para que ninguém se sinta com coragem para pegar naquilo.
30 Novembro, 2016 at 19:46
O Porto não está morto e não se deve fazer o funeral áqueles badamecos. Mas a verdade é que estão numa situação muito complicada.
O fairplay financeiro cortou-lhes as pernas para o ano que vem, e segundo os leaks, têm falta de tesouraria também. Vão ter de vender muitos jogadores e como o scouting deles é miserável ATM, o plantel vai sofrer e muito. Vão ser precisos mais de 100M€ em vendas, vão os internacionais todos, alguns em saldo outros em euromendes.
A machadada final foi dada este ano, com o NES e os dois emprestados. No final do ano, ou o Porto se endivida ainda mais e compra-os, ou deixa-os rumarem… aos lampiões, e será uma humilhação (especial.e te após novela Rafa). Resta saber se o Porto engole o orgulho e não se endivida ainda mais, ou vai pelo caminho fácil e compra-os.
A grande duvida para mim será o que acontece se eles os compram, se o Mendes os ajuda ou os enterra ainda mais. Não sei mesmo, mas com a amostra NES acho que os lixa ainda mais. A verdade é que estar endividado é também estar lixado pelo Mendes porque depois dependem deles e é uma pescadinha de rabo na boca. Muito mau quer corruptos do sul ou norte estarem nas mãos deste, mas haverá diferença se parecem bem (sul)… ou mal.
Mas o Porco tem uma boa formação (ao contrário da lampionagen), portanto se não venderem tudo podem ir por aí (como o Sporting foi). Não vai chegar para o campeonato nos próximos anos, mas é capaz de dar para umas gracinhas nas taças. Será esse o futuro imediato do Porto.
E a malta terá paciência? E depois o PdC como é, continua lá ou dá lugar a outro? E quem será o outro? Aqui terão diferenças de como correu no Sporting.
Quanto ao sistema encornado, é um sistema demasiado forte mas também demasiado complexo. Já discuti isto com amigos, é demasiado esforço para os resultado que têm, demasiado dinheiro, demasiada gente. E é por isso que mesmo sendo mais forte é também mais fraco.
Toda a treta com a APAF, todos os árbitros que formaram, todos os vouchers, toda a estrutura, vai cano abaixo com o video árbitro.
Toda a treta com os clubes pequenos vai à vida se continuarem a insistir na anulação dos contratos de direitos televisivos, tanto de um lado como do outro. Se forem anulados e houver centralização, os pequenos libertam-se, acabou-se os favores. Se não forem anulados, o fosso entre os pequenos e os rivais aumenta, e não vai haver malas que cheguem para lidar com essa diferença.
O Mendes vai-lhes aumentando a divida, cada vez se enterram mais. Não vão acabar, tal como nenhum dos outros dois acabaria, mas será muito difícil levantar depois de cair, e quanto mais enterrados pior.
E assim vai. Resta ao Sporting fazer o que pode durante este tempo, ficar forte e esperar até a maré mudar, o que é inevitável. E é importante os adeptos terem… paciência.
1 Dezembro, 2016 at 9:31
LdP, escreves bem pa caralho. Gosto cada vez mais das tuas crónicas. Manda mais.
1 Dezembro, 2016 at 18:56
Acabei o texto de joelhos a dizer… “foda-se… um gajo senta-se à mesa para comer uma posta e põem a vaca toda no assador”… monumental!
A questão do porco falar em arbitragem lembra-se sempre a Kikas vir do Vale de Santarém a pé para Lisboa a chamar puta a qualquer mulher que com ela se cruze…
Javardeiro com total razão… as nossas gerações e anteriores provavelmente não tinham tanta oferta… hoje em dia é demasiado aquilo que se vive. Creio que os miúdos vêem uma coisa durante 5 segundos e ou aquilo é muito bom e ficam, ou o cérebro precisa de estímulos constantes a quem eles vão dando 5 segundos, mas que está em constante busca….
A indústria do futebol ainda não percebeu que a base está subvertida… quem sofre é quem paga… todos os que recebem não duvido que sofram, mas não é da nossa maneira… ao menos que nos satisfaçam.
SL