Entranha-se. Consome-nos. Não se explica. E ao contrário do que o saber comum augura, não se torna mais fácil com o passar do tempo. Essa ideia de que nos vamos desligando serve, unicamente, para nos enganarmos a nós mesmos, ou não fosse a paixão algo que não consente amarras nem meios termo. E é por isso que custa tanto. E é por isso que ficamos zangados, que colocamos tudo em causa, que dizemos o que nos vem à cabeça e não olhamos a quem na altura de disparar. Entre quem grita que está tudo mal e quem defende que a solução é engolir em seco existirá uma espécie de ponto certo, mas se sermos capazes de atingir esse equilíbrio no dia a dia já é tarefa de exigência máxima, mais complicado se torna quando falamos de desporto, no geral, ou de futebol, em particular.
No meio de todo este contorcionismo emocional, sou daqueles que defendem que devemos dizer o que sentimos. E o que eu sinto, neste momento, é que foram demasiadas coisas ao mesmo tempo. A eliminação europeia, o impedirem-nos de passar para primeiro, a derrota caseira que nos atirou para quarto. Tudo isto no espaço de uma dúzia de dias. Pelo meio, pese os bons desempenhos em modalidades como a natação ou o judo, ainda tivemos que levar com a sensação de displicência no hóquei, no andebol e no futsal. E, tipo papel de embrulho de padrão vomitado, o árbitro que nos impediu de passar para primeiro recebeu um honroso 17 de 0 a 20 e ficou dado o sinal de que, uma vez mais, é um fartar vilanagem em jogos do Sporting; a Federação Portuguesa de Futebol aproveitou a onda para espetar mais um alfinete com a questão dos títulos conquistados; e confirmou-se que vamos ter que pagar à Doyen coisa que, sinceramente, até me passou ao lado.
Não é fácil gerir, bem pelo contrário. Tanto que (eu disse que sou daqueles que defendem que devemos dizer o que sentimos) o próprio Presidente pareceu desnortear-se e voltar a registos de comunicação que sempre me desagradaram e que resultam de uma das maiores pechas da sua forma de liderar e gerir o clube: a ausência de uma estratégia comunicacional, umas por falta de qualidade de quem o rodeia, outras por falta de tempo ou de vontade para escutar quem o podia aconselhar.
E este turbilhão cansa. Irrita. Não me apetece falar de eleições quando estas eleições, agendadas para Março, apenas servirão para (óptimo) potenciar o debate sobre o clube e o que podemos fazer para melhorá-lo. Não me apetece ver fazer a todo e qualquer candidato aquilo que foi feito a Bruno de Carvalho quando decidiu candidatar-se. Não me apetece brincar aos fantasmas. Não me apetece voltar à guerra de rótulos, entre brunistas, seguidistas, acéfalos, chulos, putas, chamuças e croquetes, onde nem um gajo que sempre deu tudo com a verde e branca vestida escapa ao rol de insinuações pelo facto de poder vir a candidatar-se em…. 2021.
Nessa altura, logo se verá. Para já, parece-me totalmente descabida a ideia de não permitir ao actual presidente que dê continuidade ao tanto de bom do que tem feito. Parece-me totalmente descabido colocar em causa um apaixonado trabalho de sapa para recuperar um clube enorme transformado em escombros. Parece-me descabido continuar a ouvir vozes que acenam a bandeira do “não gosto do estilo do Bruno”, como se esse estilo fosse mais importante do que o trabalho apresentado. E, aí, penso que estamos conversados, portanto não me parece necessário ter o Presidente a utilizar o tempo de antena dos Stromp para pedir um “mostrem lá que gostam de mim” (lá está, a comunicação…)
Obviamente que nem tudo é verde zen. Obviamente que existem erros. E, parece-me, esta época cometeu-se o erro de inverter o rumo defendido para o futebol desde o primeiro momento (eu disse que sou daqueles que defendem que devemos dizer o que sentimos). Convido-vos a um exercício simples: recuperem as fotos da vitória sobre o Arouca, para a Taça da Liga (1-0, golo de Alan Ruiz) e comparem-nas com as fotos da vitória sobre esse mesmo Arouca (3-0) para o campeonato. Eu fiz esse exercício e o que aconteceu foi uma quebra de identidade. Se aquele conjunto de jogadores da Taça de Liga não estivesse de verde e branco, eu nem lhes ligava.
A verdade é que desde que Bruno de Carvalho assumiu os destinos do clube, o Sporting assentou o seu futebol na formação. E não é menos verdade que neste quatro anos, as maiores figuras da equipa têm sido, sempre, jogadores formados na Academia aos quais se juntam, depois, nomes como Slimani, Coates ou Bas Dost. A estratégia era essa: a base tem o nosso sangue, os que chegam têm que ser mesmo bons e acrescentar algo extra. Parece-me estar, hoje, mais do que visto, que não foi isso que aconteceu este ano, com a agravante de não se terem resolvido os problemas que a equipa denotava na época passada, mesmo quando se fartava de jogar à bola.
Não adianta falar em nomes. Adianta, sim, assumir que a inversão da estratégia não resultou e que a abordagem do mercado foi uma merda. Pior, a abordagem do mercado foi feita sem olhar a gastos e foi uma merda. E essa é a mensagem que deve ser passada ao nosso treinador homem que, digo desde já, julgo ter todas as competências para conduzir-nos ao sucesso (já não falo na aberração que seria despedi-lo neste momento, como há pessoal a pedir). Importa, no entanto, que Jorge Jesus perceba o clube onde está e perceba que não há colinho que lhe permita andar a brincar ao FM. Aliás, não só não há colinho, como quem lhe dava colinho (direcção da liga, da federação, árbitros e imprensa), trabalha diariamente para passar-lhe uma tremenda rasteira e apontá-lo como um falhado que nada ganha sem estrutura (e, atenção, a estrutura não é o vieira, o mafioso de pacotilha e os ordinarecos que espalham a mentira em todas as plataformas comunicacionais. A estrutura é a máquina roubada a um pinto da costa em falência técnica).
Face a tudo isto, obviamente que o mais fácil seria desistir, mas o que há a fazer é exactamente o contrário. Dizia Mickey Goldmill, treinador de Rocky Balboa nos dois primeiros filmes, que o reforço negativo é uma arma poderosa. Se te chamam bandalho, falhado e tantas outras “coisas simpáticas”, estão a dar-te motivação. Porque, a não ser que seja mesmo isso, a tua resposta será a resposta de um lutador. “Fighters fight!”. É isso o que temos que fazer. Temos que mostrar que apesar de andarmos há três décadas e meia a assistir à glorificação de campeões fabricados nos bastidores, nós somos o adversário que se recusa a desistir!
Eu não sei como terminará esta época para a qual partimos com enormes esperanças, não só no futebol como em praticamente todas as modalidades. Sei que já deixaram claro que temos que fazer muito mais e muito melhor do que todos os outros. Isso revolta, mas, como dizia o Rocky, “começares um novo round quando achas que já não és capaz, é o que faz toda a diferença na tua vida”.
É… isto entranha-se. Consome-nos. Não se explica. E ao contrário do que o saber comum augura, não se torna mais fácil com o passar do tempo. Essa ideia de que nos vamos desligando serve, unicamente, para nos enganarmos a nós mesmos, ou não fosse a paixão algo que não consente amarras nem meios termo. E é por isso que custa tanto. Mas é essa inquietação interior que, primeiro, nos coloca uns contra os outros em trocas de opiniões inflamadas e, depois, nos une enquanto força intemporal deste Clube de Portugal.
É desta raiva, deste desespero, desta estupidez de condicionar a nossa vida que temos que tirar a força para continuarmos a ser o que sempre temos sido. Eu, tu, nós. Uns Mickey Goldmill de gorro verde e branco e cicatrizes de incontáveis rounds ao lado daquele em quem decidimos acreditar e apoiar para a vida. E, agora, como em tantas outras vezes, está na altura de, a uma só voz, lhe sussurrarmos ao ouvido: “levanta-te, Leão! Porque nós amamos-te!”
21 Dezembro, 2016 at 8:21
Estou In.
Revejo-me neste texto.
21 Dezembro, 2016 at 8:24
Está é na hora de BdC chamar a sí as responsabilidades e por o JJ a trabalhar dentro da filosofia do clube! Só isso!
21 Dezembro, 2016 at 11:13
Era bom, era.
21 Dezembro, 2016 at 8:29
“Importa, no entanto, que Jorge Jesus perceba o clube onde está e perceba que não há colinho que lhe permita andar a brincar ao FM. Aliás, não só não há colinho, como quem lhe dava colinho (direcção da liga, da federação, árbitros e imprensa), trabalha diariamente para passar-lhe uma tremenda rasteira e apontá-lo como um falhado que nada ganha sem estrutura (e, atenção, a estrutura não é o vieira, o mafioso de pacotilha e os ordinarecos que espalham a mentira em todas as plataformas comunicacionais. A estrutura é a máquina roubada a um pinto da costa em falência técnica).”. TOP!!
21 Dezembro, 2016 at 8:32
Estava tanto a precisar de um texto destes!!! Obrigada por este ritmo cardíaco acelerado!
21 Dezembro, 2016 at 8:35
É só isto! Muito obrigado, por mim, está dito.
(Tinha saudades de ouvir o tasqueiro mor mandar umas bordoadas valentes, daquelas que só quem passa o dia a servir bêbedos sabe mandar)
21 Dezembro, 2016 at 9:22
+1
21 Dezembro, 2016 at 9:45
Grande texto, Cherba! O começo diz muitíssimo: “Entranha-se. Consome-nos. Não se explica.”
Muito bom o comentário do filip.
SL
21 Dezembro, 2016 at 8:50
Uma estória engraçada…
O meu puto, para aí com uns 3 anitos… vou buscá-lo ao infantário, e disseram-me que ele durante toda a tarde quis um brinquedo que um puto mais velho tinha na mão… e que esse puto andava a provocar o meu, como quem diz
“Queres, é?? anda cá buscar…”
Quando fui à procura dele estava o tal puto com o brinquedo numa mão, a mandá-lo ao chão com a outra.
E o meu bebé, sempre que ia ao chão, levantava-se e tentava tirar-lhe o brinquedo, e o outro empurrava-o de volta e ele levantava-se de novo, dentes cerrados e olhos bem rasos de água …
Não deve ter nada a ver com esta história, mas hoje quando o vejo com a listada vestida a jogar rugby, lembro-me imenso desse querer e combatividade…
Never give up.
21 Dezembro, 2016 at 10:19
TOP 😉
21 Dezembro, 2016 at 11:28
Aposto que outro puto era lampiao!
21 Dezembro, 2016 at 12:05
Provável…
21 Dezembro, 2016 at 8:58
Good old Mickey
https://youtu.be/XVwsMMsfEIk
21 Dezembro, 2016 at 9:04
It doens’t matter how hard you got it…it matters how hard you got it and you keep moving forward!
https://youtu.be/WlBFZEH3SbQ
Fight and move forward!!!
21 Dezembro, 2016 at 9:09
In times like these we must always remember we are from the kind of race that will never bend and will never give up!
Alone we fail, Together no one will beat us!
21 Dezembro, 2016 at 9:11
O texto é excelente e consegue colocar muitos temas pertinentes em discussão.
Mas há um erro que vejo ser repetido:
– JJ não é o responsável pelo Clube;
– JJ pode ter dito “este jogador? Quero!”, mas não foi ele quem contratou;
JJ é o treinador, mas acima dele está muita gente.
A política de contratações (e dispensas/empréstimos) foi vergonhosa e a pré-época também. Mas já tinha sido assim, desde há 3 épocas para cá. Só que desta vez, foi à Godinho, estourando dinheiro que não temos.
21 Dezembro, 2016 at 13:00
lamento, mas desta vez o dinheiro até tínhamos!
Vendas de Slimani, João Mário e até do Naldo…
21 Dezembro, 2016 at 15:38
Está muita gente acima do JJ?
A sério?
É nisso que acreditas?
Acima do JJ só o BdC e para lhe dizer se há dinheiro ou não para contratar quem ele quer!
O BdC colocou-se nas mãos do JJ quando o achava o supra-sumo da fruta e agora está fodido pois já percebeu onde se colocou e que ele, afinal, não é tão supre-sumo como pensava! E muito menos como o próprio JJ pensa…
Gastaram-se 30M€ em aquisições e veio o Dost para o 11 inicial.
Continuam a faltar 2 bons laterais, ainda que na direita a coisa vá funcionando, continua a faltar quem substitua o William em condições, continua a faltar quem substitua o Adrien, continua a faltar um Gelson para o lado esquerdo, continua a faltar um segundo avançado pelo menos igual ao Teo, que já nem era famoso!
Ou seja, gastou-se 20M€ em entulho de categoria e tudo o que faltava continua a faltar!
Isto tem 2 culpados: JJ que escolheu o entulho; BdC que o deixou comprar o entulho!
Esta época já foi a Europa, já foi o Campeonato – por muito que haja quem tenha fé e sendo adulto ainda acredite no Pai Natal e no Coelhinho da Páscoa! Por muito que argumentem que o ano passado estivemos 7 pontos à frente, é um pouco diferente ser o clube do colinho a perseguir quem vai à frente de ser o clube roubado a perseguir o clube que vai à frente e tem o colinho! E quem não percebe esta diferença também não tem capacidade para perceber a vida! 😉
Concentremo-nos nas Taças e em despachar o Jesus no fim da época…
21 Dezembro, 2016 at 9:24
Completamente de acordo com o texto. Ta aqui tudo
21 Dezembro, 2016 at 9:27
Cherba obrigado pelo teu texto lúcido e opinião clara. Só não concordo com a parte do ADN. Se hoje estivesses na mesma situação com mais 5 jogadores da formação, estaríamos aqui a pedir para que em Janeiro fossemos buscar os trutas porque assim não íamos lá.
Lembras-te do que passou o Rui? E o Adrien ? E o William quando baixa de e forma? Sim temos na formação um potencial incrível. Mas nós queremos ser campeões e o ano zero foi só o primeiro. No ano 1 já não achaste piada ao resultado.
Dou-te um exemplo. Gelson. Temos Aline um miúdo que sem dúvida será uma estrela. Mas hoje, é a imagem do SCP actual. Muita posse ,muito ritmo e depois nada, nem remates e nem cruzamentos para a área. Se fosse outro já teríamos crucificado…
Com isto não quero dizer que concede com tudo o que está a ser feito bem com todas as decisões da direcção e equipa técnica.
Mas então digam claramente ao nosso Presidente que deixe de investir no Futebol e que faça à Liga aquilo que fez para a Taça da Liga. (Ainda me recordo de alguns comentários a esses jogos e à qualidade de alguns jogadores).
Não tenho nem nunca tive medo de eleições e sou um democrata pelo que acho muito bem que apareçam muitas listas e que o debate seja intenso mas elevado. E se no final os Sócios considerarem que não é este o caminho que querem pois será feita a vontade colectiva.
Feliz natal a todos os amigos tasqueiros, e respectivas famílias, e que 2017 traga tudo quanto desejarem.
SL
21 Dezembro, 2016 at 11:18
Caro tasqueiro, não concordo com a tua opinião em relação ao Gelson. Ele é neste momento o jogador com mais assistências na equipa. Se muitos cruzamentos não dão em nada, certamente ele não será o único culpado. Nem sempre o nosso avançado holandês faz as melhores movimentações, nem sempre aparecem homens suficiente na grande-área, nomeadamente ao segundo poste. E mais, e aí poderei ser controverso: o nosso Bas Dost está longe de ser o avançado de que muitos de vocês falam!
Bas Dost vs Slimani?! De olhos fechados: Slimani! E nem preciso de estar aqui a argumentar.
21 Dezembro, 2016 at 14:45
Slimani de 1° Ano vs Bas Dost de 1° ano?
Não é assim tão líquido.
Para o sistema de jogo do JJ, pelo menos o que usava nos vermelhos, o PL era Cardoso (semelhante a Dost) e um 2° PL (Lima ou Rodrigo) que na nossa equipa deveria ser André ou Castaignos. Porque para jogar apenas com 1, claramente Slimani.
21 Dezembro, 2016 at 15:47
Não te esqueças que o Dost veio para o SCP vindo do campeonato alemão.
Os golos são a coisa mais importante que um avançado pode oferecer, mas é não esquecer que o nosso argelino além dos golos provocava um tremendo desgaste nos defesas, fazia pressão logo no início do jogo atacante do adversário, não se deixava intimidar por qualquer cêpo com a mania de mau. Basta ver quantas vezes ele meteu em sentido alguns caceteiros que ousaram fazer-lhe frente. Olha o exemplo flagrante daquele central do braguilha com a mania que é mau. Lembro-me de no ano passado, para a Taça, ele ter tentado inibir o nosso argelino, pois não foi por isso que o Sli deixou de marcar golo.
21 Dezembro, 2016 at 15:51
O Sli quando saiu do SCP fazia aquilo que raramente vejo no Dost, que é segurar a bola de costas e esperar pelo timing oportuno para distribuir o jogo.
O Sli quando fazia a pressão ao guarda-redes adversário não era só para fazer de conta que lá ia. Não, ia fazer a pressão cheio de ganas, como se acreditasse mesmo que o paspalho do guarda-redes lhe fosse dar a bola, cagado de medo.
E aposto que no meio dessa pressão ainda mandava umas caralhadas ao guarda-redes para o colocar em sentido.
O Sli, só com aquela passada, já fazia tremer o chão. Muitos adversários do SCP devem ter acabado os jogos com a cueca completamente borrada, tal era o respeito que o nosso argelino impunha à escória que ousa afrontar o SCP.
Nunca verás pressão por parte dos nossos adversários para que saia um sumaríssimo ao nosso avançado goleador.
21 Dezembro, 2016 at 12:53
Mas não é isso que o cherba diz?
“A estratégia era essa: a base tem o nosso sangue, os que chegam têm que ser mesmo bons e acrescentar algo extra.”
SL.
21 Dezembro, 2016 at 9:28
Obrigado pelo texto Cherba.
Espero que todos o leiam com atenção, porque é isto tudo, tudinho que lá está escrito.
O meu dia já melhorou com esta leitura.
Este texto é a TASCA e tudo aquilo que ela representa.
PS – Já disse que este texto está brutal? BRUTAL!!!!
21 Dezembro, 2016 at 9:29
É de facto um texto à “Cherba”.
A mensagem é clara e mesmo os menos crentes acabam por se rever nela, ou em grande parte.
Não é fácil, mas nunca desistimos. Estamos sempre cá. Eles bem tentam, mas têm sempre de levar connosco.
A grande diferença para mim é que durante anos quem cá estava eram os adeptos. Hoje, quem defende o Sporting não são só os adeptos. Há tb uma direção.
Bem ou mal (tem de estar sujeita à crítica)… mas nunca se esqueçam de que durante anos “o Sporting fazia falta”, agora “o BC está a mais”.
Aconselho a leitura deste texto do Artista, porque para mim a juntar ao do Cherba são as “leituras do dia”:
http://oartistadodia.blogspot.pt/2016/12/o-sporting-e-comunicacao.html?utm_source=dlvr.it&utm_medium=facebook&m=1
21 Dezembro, 2016 at 9:32
“levanta-te, Leão! Porque nós amamos-te!”, vou pendurar a frase no quarto 🙂
É isto… Não cairás enquanto respirarmos 🙂
A Juve Leo esteve muito bem, ao ir mostrar apoio aos jogadores. Critico quando tenho de criticar e portanto neste momento só tenho de elogiá-los.
Quando ao resto do teu post, concordo com tudo. Desde a comunicação do Bruno de Carvalho, quanto ao facto de não colocar minimamente em causa que é o homem certo no lugar certo. Gostava que ele não tivesse falado no Benedito, que nem disse nada de especial. Mas vou mandar para trás das costas. O BdC tem de aprender a separar as críticas.
Temos é de ser campeões ou morrer a tentar lá chegar.
Eleições temos tempo… e não é para já o mais importante (ouviste Bruno???)
21 Dezembro, 2016 at 9:37
Que belo texto Cherba. Vou ficar-me por aqui porque a raiva e a frustração corroem-me tanto as entranhas que se falasse era só para estragar este bom feeling matinal que proporcionaste aos fregueses
21 Dezembro, 2016 at 9:44
Sorry pelo Off, mas este texto do Mdc (artista do dia) é de leitura obrigatória
http://oartistadodia.blogspot.pt/2016/12/o-sporting-e-comunicacao.html
21 Dezembro, 2016 at 14:50
Como é que Bruno de Carvalho dá uma entrevista ao Correio da Manhã!?!?
21 Dezembro, 2016 at 9:51
Não acredito que o Presidente venha à Tasca… mas na hipótese teórica de isso acontecer dou-lhe um conselho estratégico para as Eleições!
O melhor que pode fazer é “esquecer” que há Eleições em Março e concentrar-se em Gerir o Sporting e corrigir os disparates feito esta época!
Se o fizer…. as eleições serão um mero “pró-forma”. Se insistir nesta parvoíce de fazer campanha eleitoral e se ver fantasmas em todo o lado….. arrisca-se a correr mal e isso eu não quero!
Eu quero o MELHOR Bruno de Carvalho ao serviço do Sporting!
Até tolero as parvoíces de comunicação que vão acontecendo, desde que regresse o Bruno dos 2 primeiros anos!
Ou seja…. o Bruno Presidente e o JJ a Treinador e…. o nosso ADN respeitado!
21 Dezembro, 2016 at 9:55
Eu já só peço que chutem! chutem á baliza! e centrem! centrem a bola prá marca do penalty…..o Dost faz o resto!
21 Dezembro, 2016 at 10:00
O que mais me f*** neste momento é que temos um treinador que parece que que está anestesiado.
Um treinador/presidente que sabe que falhou na pré-época e na maior parte dos jogadores que escolheu para compor o plantel. E em vez de procurar soluções dentro de casa -> Alcochete, continua a insitir sempre nos mesmos, mesmo quando estes n dão uma para a caixa, sendo por ordem fisica (Ruiz) ou simplesmente falta de qualidade (Marvin).
Em que condições teremos William Carvalho, Adrien e Gelson se não lhes é dado descanso?? E se falhar Bas Doost??
Desculpem o off-topic
21 Dezembro, 2016 at 12:03
Cherba, cria aí uma missão solidária para este tasqueiro!
Vamos todos ajudá-lo a comprar medicação!
Mas eu sugiro que em vez de andarmos a encher o cú às farmacêuticas devia-mos antes comprar-lhe erva. É mais saudável e o efeito é superior à medicação.
21 Dezembro, 2016 at 13:46
Quem deve andar a fumá-las é o nosso treinador.
Só assim se justifica estar atrás de um clube que teve peseiro como treinador.
21 Dezembro, 2016 at 14:17
Sai uma sandes de caglhão a ferver para este hipócrita…
21 Dezembro, 2016 at 15:44
Está anestesiado pelo entulho que escolheu no verão…
Ou jogam os 11 do costume, variando entre o Bryan Ruiz e o Bruno César, O Schelotto e o João Pereira, ou é um “Deus nos acuda”! E mesmo assim há sempre o problema do 2º avançado…
O Jesus tem o que pediu: uma equipa curta mas com um plantel longo!
21 Dezembro, 2016 at 10:00
Grande texto Cherba!
Olha e foi esse reforço negativo, a par com o colinho, que ajudou a lampionagem no ano passado.
Com opiniões diferentes no fundo o que todos queremos é ser campeões no futebol! E se nos unirmos nesse objetivo estaremos mais próximos de o alcançar!
21 Dezembro, 2016 at 10:09
Bom dia para a Familia da Tasca…
O ” caminho” é esse…
Resistir e ” tentar” ir em frente…
Até onde conseguiremos chegar…?
Não sabemos…mas vamos lá tentar chegar..
” Para além daquilo…que as classificações dos árbitros nos permitirem…”
Temos de jogar mais e melhor sim…
Mas…como ” lutaremos” contra o ” previsivel”…?…
Abr e SL
21 Dezembro, 2016 at 10:34
“A Premier League não tem um clube como o Bayern, Juventus, Sporting ou gigantes espanhóis, que costumam transportar para o campo o futebol do próprio país. Agora, os treinadores e jogadores ingleses vão para os grandes torneios muito confusos quanto à sua identidade”,
By Niall Quinn (Histórico jogador Irlandês que esteve perto de assinar pelo Sporting em 1995)
21 Dezembro, 2016 at 10:41
Bons Dias, Caros Tasqueiros.
Saúdo o Caro Cherba pelo excelente e bem equilibrado texto.
Antes de mais, uma declaração de princípios: nunca, jamais, em tempo algum deixarei de apoiar os nossos atletas. Nos bons, nos maus ou nos péssimos tempos. Independentemente da identidade de Presidente, Treinador, o que seja. Quando vejo alguém a jogar com o Manto Sagrado, apoio. Incondicionalmente.
Um pensamento relativamente à chamada “base” da nossa equipe, do “projecto” e da alegada “inversão de rumo”:
Nas antevésperas desta época encontravamo-nos numa posição invejável: tinhamos vindo de um bom campeonato nacional, tinhamos feito um excelente último terço do mesmo, com não sei quantas vitórias seguidas (incluindo no Ladrão e na Pedreira), e tinhamos um plantel “alicerçado” em quatro campeões europeus (o coração da equipe), um ponta de lança temível de esforço e raça e um conjunto de “role players” muito capaz, onde começavam a despontar mais dois jovens da Academia (Semedo e Gelson).
O que se passou a partir daí (a tal “preparação de época”)?
A meu ver, alguns aspectos a ter em conta:
1- Não me parece ter havido o devido acompanhamento dos atletas.
Não me parece compreensível que não se soubesse que o Téo não queria continuar no plantel há desde já bastante tempo. Tempo esse que deveria ter sido aproveitado para seleccionar um competente substituto (que não se fez).
A questão Adrien também me fez vislumbrar algo de amadorismo: não vejo como possível o Capitão de equipe “forçar” a sua saída nos últimos dias do Mercado. Nunca o Capitão.
Só dois exemplos.
2- A necessidade de “vender para comprar”.
O SCP estava apertado financeiramente e, sem entrada de receitas extraordinárias (vendas de jogadores) seria muito complicada a contratação de jogadores que trouxessem mais-valias ao plantel. O Bas Dost (porque se sabia que muito provavelmente o Slimani sairia), então, seria impossível.
Sucede que as vendas foram feitas muito tardiamente e, parece-me, existiu alguma pressa/pânico para preencher o plantel. O que levou a escolhas por enquanto muito duvidosas.
Os dois pontos supra explicam porque é que tivemos que, à pressa, ir buscar o Elias (porque se temia que o Adrien saisse), bem como contratar jogadores como o André e o Castaignos.
3- Fracasso total do scouting:
Até ao momento, jogadores como Petrovic, Melli, Alan Ruiz, Markovic, Campbell e Castaignos pouco ou nada trouxeram de impacto ao plantel.
E, incluindo o Bas Dost, nenhum deles é uma mais valia comparado com o que tinhamos no “onze” na época passada.
E, relativamente ao sector mais deficitário na época passada (as laterais) nada foi feito.
Já o ano passado foi um falhanço total aquando da selecção do Barcos…
4- Esquema táctico desadequado:
O 4-4-2 que tão bem funcionou o ano passado com João Mário, Téo e Slimani não se encontra a resultar.
O Gelson (que efectivamente tem sido o nosso melhor jogador) é um jogador eminentemente ofensivo, e não substitui o jogo “total” do João Mário; não temos tido um “segundo avançado” capaz, apesar de termos tentado variadíssimos para o lugar.
No entanto insistimos na táctica, à espera que alguma coisa aconteça.
5- Liderança do Grupo de Trabalho.
Não há, muito sinceramente.
Pela mudança da “estrutura”, o Presidente está afastado do plantel.
O Otávio Machado é uma figura decorativa.
O Treinador já demonstrou, inúmeras vezes, que é incapaz de colocar os interesses do Grupo de Trabalho à frente dos seus.
E, que me desculpe o Adrien, não estou a ver que exista no plantel um “líder de balneário” como já tivemos.
Isto não tem nada a ver com o Bruno de Carvalho e a Direcção. O que aconteceu de bem o ano passado (entradas de Téo, Coates e Bryan Ruiz) simplesmente não aconteceu este ano.
Terem sido dados “plenos poderes” ao Treinador resultou ontem quanto a contratações, não resultou hoje. Temos que ser coerentes.
É a triste verdade que estamos muito mal. Se bem ouvi um paineleiro (não fui confirmar) estamos neste momento com os mesmos pontos que o plantel orientado por Marco Silva tinha a esta altura do campeonato. O que é perfeitamente indescritível, atendendo a que o plantel “custa” cerca do dobro do anterior, e onde se chegou a gastar €18M em dois jogadores.
No entanto, não é altura para desistir. Desistir, nunca. Em teoria, estaremos afastados da conquista do campeonato. Ok. Mas temos que jogar pensando que vamos ganhar todos os jogos ainda em disputa. Difícil? Claro que sim. Impossível? Bem, não. Temos ou podemos ter (regresso de emprestados) no plantel qualidade suficiente para pensar que podemos ganhar todos os jogos em falta. Podemos não conseguir, mas temos que dar tudo para o conseguir.
Mas para isso torna-se necessário “falar menos e trabalhar mais”. Trabalhar o plantel. Definir melhores alternativas (quer tácticas quer nas apostas individuais). Cuidar da gestão física (Bryan Ruiz está de rastos e o Adrien e o William para lá caminham). Gerir emocionalmente o Grupo de Trabalho.
E no fim da época fazem-se as contas. Tomam-se as decisões.
SL
21 Dezembro, 2016 at 11:00
Yep…
21 Dezembro, 2016 at 11:28
Gostei do que escreveu e partilho de quase tudo.
Há 2 acontecimentos nesta pré época que mais que tente entender, não consigo lá chegar:
– A nossa pré-época foi desastrosa. A escolha de adversários mais fortes revelou-se, para mim, um erro tremendo. Não serviu para integrar ninguém, nem para ganhar confiança. Um ZERO!!
– Começar uma época com estes 4 laterais para mim, foi uma alucinação!!
21 Dezembro, 2016 at 12:50
Completamente de acordo Livramento, isso mesmo!
SL
21 Dezembro, 2016 at 15:50
Os planteis do Jardim e do Marco custavam 20/22M€, este custa 58M€. É mais para o triplo…
O plantel do Marco não teve jogadores escolhidos por ele e só 1 se aproveitou, que foi o Paulo Oliveira. Não conto com o Nani que veio em condições especiais!
Faz um bocadinho de diferença!
21 Dezembro, 2016 at 16:09
Bom comentário!
21 Dezembro, 2016 at 10:41
LINDO…… próprio da quadra e para que não seja, mais um natal do nosso descontentamento, bom natal a todos os que frequentam a tasca mais famosa de Lisboa. SL
21 Dezembro, 2016 at 11:01
A sociedade portuguesa não gosta de futebol.
21 Dezembro, 2016 at 11:05
fight & resist … sempre
21 Dezembro, 2016 at 11:12
O português em geral não gosta de futebol, gosta do seu clube e das picardias com os amigos de outros clubes e de ter argumentos para essas mesmas picardias.
Concordando com o texto, aponto um pormenor há já bastante tempo que os nossos melhores jogadores (de longe) são da academia a única excepção desde os tempos de Liedson foi Slimani.
E na equipa actual só Brian Ruiz e Coates tem qualidade semelhante (mas ainda com alguma diferença) a William, Adrien, Gelson e Rui. Dost ainda tem de comer muita sopinha. Ainda no golo do Braga recebe a bola entre as linhas de meio campo e defesa do braga, pode rodar e enquadrar num 3×3 com mais dois colegas frente a 3 defesas e passa a bola para trás de primeira às cegas para um jogador do Braga resultando no contra-ataque que dá o golo.
21 Dezembro, 2016 at 11:12
Cherba, um pouco em off: fazes referência a nossa medalha de bronze em judo, mas a verdade é que te esqueceste de fazer um post à conquista. Aliás, muitos de vós não devem saber, mas poderíamos ter perdido vários elementos leoninos da equipa na sequência de um tiroteio entre facções anti não sei das quantas.
Pois…
21 Dezembro, 2016 at 11:17
Foi este.
http://www.liveleak.com/view?i=431_1482028163
21 Dezembro, 2016 at 11:22
Exactamente. O que significa que anda muita gente a falhar.
Apareceu aqui alguém a dar os parabéns à nossa equipa de Judo?!
Penso que não, muito menos os críticos. Há gente que vive de aparência, falam de sportinguismo, como se fossem os melhores adeptos do SCP, sempre preocupados com o presente e o futuro, mas na hora da verdade mostram realmente que são adeptos tão vulgares como aqueles que eles criticam. A esses: tenham mais moderação nas críticas, o SCP não é só um clube ecléctico para parecer bonito, há que demonstrá-lo no dia-a-dia.
21 Dezembro, 2016 at 11:24
Estou farto de palhaços!
Vou dar um exemplo:
Aiiiiiii são tantos os incêndios!!! Que tristeza de país! Assassinos. Blá blá blá bá.
Uma questão: já plantaram árvores? Ou pensam que é por colocarem a vossa indignação na vossa página pessoal de facebook que vão resolver alguma coisa?
Vergonha! Mais acção e menos paleio! Farto de demagogia!
21 Dezembro, 2016 at 11:35
Demagogia, prosa, palratório…
Ontem enviei um artigo de opinião para o cherba que também fala disso.
Pode ser que tenha sorte em vê-lo aqui publicado.
É uma retrospectiva do que tem acontecido no universo Sporting.
21 Dezembro, 2016 at 11:44
Devo ter sido dos únicos que fiz referência ao Judo ontem no post da natação.
https://atascadocherba.com/2016/12/20/o-merecido-destaque/
“Nogueira82
Merecidíssimo destaque ao nosso hexacampeonato na natação masculina.
Também no último fds os nossos judocas honraram-nos com mais um bronze na Golden League (espécie de Liga dos Campeões do Judo) e Rui Pedro Silva, atleta recém contratado ao nosso rival, conquistou a São Silvestre do Porto.”
21 Dezembro, 2016 at 12:03
Todos falam que o nosso ADN é a formação, errado! O nosso ADN é o ECLETISMO, a formação é apenas um traço do nosso ADN. Claro que todos gostamos de futebol, mas se não fosse o nosso ecletismo seríamos pouco mais que o Belenenses.
Que culpa têm os nadadores, judocas, atletas ou mesatenistas das frustações dos adeptos relativamente aos resultados do futebol, andebol, hoquei e futsal do último fds? Quantos títulos perdemos no fim de semana? (mode manuel serrão on) Digam-me 1, vá? Digam-me 1? (mode manuel serrão off)
Choveram críticas e foi um corropio de declarações de sportinguistas na comunicação social a referirem-se ao fds negro no futebol e nas modalidades, como se os campeonatos e títulos tivessem todos perdidos, e não há referências ou destaques à natação, judo ou ao Rui Pedro Silva que venceu a São Silvestre do Porto.
21 Dezembro, 2016 at 12:10
Caro, seriamos menos que o Belém…
O ecletismo é que faz o Sporting grande.
Temos nos nossos paralímpicos campeões mundiais, europeus, etc. etc.
Se estivessemos à espera do pontapé na bola para sermos grandes…
O sremos grandes, tão grandes como os maiores da Europa, tem-se aplicado nas modalidades amadoras…
O futebol e a fama do nosso Clube, vem das amadoras, e recentemente da nossa formação em futebol.
Um abraço.
21 Dezembro, 2016 at 11:23
Sem retirar mérito ao texto, acho que ignoras uma encruzilhada em que nos encontramos. Será BdC capaz de inverter a marcha incessante do ego do JJ? Quererá sequer fazê-lo? Será capaz de reconhecer o erro que foi dar total poder ao treinador para definir quem fica e quem sai? Teria coragem para lhe dizer “os reforços estão na B”?
Não sei se consigo responder afirmativamente a todas. É que reconheço muitas qualidades a BdC mas a autocrítica não é uma delas.
Em relação ao apoio, estamos conversados. Nem nas nossas piores fases esse apoio faltou e não seria de todo agora que isso ia mudar.
21 Dezembro, 2016 at 11:36
BdC está refém de algumas tiradas como:
“este treinador não é para qq presidente”
…e do seu ego.
21 Dezembro, 2016 at 11:52
As bocas que o JJ já mandou (sem querer, ele é mesmo assim), com outro treinador já teriam dado faísca.
Na estreia foi logo o “agora já não ha dois candidatos”.
21 Dezembro, 2016 at 15:52
Concordo!