Caso fosse utilizado, este podia ser um dos mais famosos hashtag das redes sociais. Encerra uma ideia que parece estar na moda, é orelhudo, abrange um universo suficientemente grande para ter impacto. Pensem nisso.

Mas antes de pensarem nisso, permitam-me dez minutinhos de tempo de antena, daqueles que são da exclusiva responsabilidade dos intervenientes, frase que também teria dado um bom hashtag caso essas coisas existissem quando ainda só existiam dois canais e o principal teimava em brindar-nos com um bloco de mensagens de partidos e associações de todo o género e feitio antes de dar o telejornal (depois veio o Preço Certo… e comeu).

Pessoal, estou cansado. Cansado de assistir a uma estúpida guerra dos tronos nas caixas de comentários. Cansado de ouvir falar mal da Tasca. Cansado de ser responsabilizado por comportamentos não assumidos por adultos. Cansado de tentar ser um gajo paciente e de acreditar que esses mesmos adultos serão capazes, por si só, de perceberem o que se passa e de alterarem alguns dos seus comportamentos.

A verdade é que a troca de galhardetes é diária ou, pelo menos, acontece de cada vez que existe um post onde se confrontam opiniões. E não me refiro a trocas de galhardetes saudáveis, construtivas, onde o debate até pode terminar numa caralhada que isso não invalida que exista respeito entre as pessoas. É essa a base do triste espectáculo com vamos sendo brindados: a falta de respeito. E como é difícil voltar a haver respeito a partir do momento em que ele se perde. A partir do momento em que se utilizam assuntos e divergências pessoais num espaço que devia ser de todos. Mas, claro, a culpa é do Cherba.

Numa coisa têm toda a razão. Assumo a culpa, uma orgulhosa culpa, por ter feito com que um blogue repleto de desconhecido se tenha tornado no motor de encontros pessoais, de amizades, de momentos de convívio bem reais. Sim, a culpa é da Tasca. Mas o verdadeiro tsunami que se formou nos últimos tempos nasce de opções que ultrapassam a Tasca e a forma como a mesma é gerida, mais precisamente da opção de formar “salas de chat” no facebook que, supostamente, aproximariam ainda mais as pessoas e permitiriam falar ainda mais de Sporting. A ideia jamais me fascinou, até por saber que o efeito Big Brother está latente sempre que se escolhe um modelo fechado de 24h sobre 24h, mas, lá está, são opções.

A verdade é que dessa ideia de ampliar o convívio salutar que nasceu da Tasca, se passou para guerras pessoais, para a criação de facções que, à falta de capacidade para gerirem a diferenças pessoalmente escolheram a Tasca como terreno de batalha e de angariação de seguidores para as suas causas.

No fim deste resumo breve que, digo-o desde já, desafio quem quer que seja a desmentir, levam por tabela todos aqueles que são alheios a esses pequenos ódios e que apenas querem ir à Tasca beber um copo e mandar uma ou duas bocas. A culpa? É do Cherba. Porque o Cherba deveria escolher um dos lados e mandar com o pano molhado na tromba dos maus. Mas… quem são os maus? Terão que existir maus? Teremos que partir a Tasca em grupos só porque as opiniões divergem? Não foi essa divergência de opiniões que fez da Tasca o que ela é e que lhe angariou o respeito de todos os que sabiam ter aqui espaço para exporem e defenderem os seus pensamentos? Não seria essa divergência de opiniões continuamente possível se as guerras pessoais ficassem de fora?

Pelo meio, o Cherba. A culpa é do gajo, pá, vê o que se passa e não faz o que quer que seja (leia-se “o gajo devia era bloquear aqueles xxx?XX%$&!!”, pensamento idêntico dos dois lados da barricada, esperando que venha outro adulto resolver problemas de adultos e dar um estranho sabor de vitória sobre as hostes inimigas).
E como o Cherba não resolve… acusa-se o Cherba de:

– defender os amigos (hum hum)

– bloquear nicks (mentira nojenta, regra geral propalada por quem jamais teve problemas desses. Os únicos nicks até hoje bloqueados foram o do SuperLeão porque me incomodava ter um gajo tipo disco riscado a tocar em loop e o do Riga, pelo simples facto de partir para a ofensa pessoal de forma incessante, algo que lhe foi explicado em conversa privada. Pelo uso desse tipo de expressões, com destaque para o “filho da puta”, o Trolha teve os comentários bloqueados um dia. Agora coloquem a mão na testa e vejam quantos nicks já deveriam ter sido bloqueados)

– permitir a existência de multinicks (mais uma mentira nojenta, naquela tentativa de repetir algo muitas vezes para que se torne verdade. Para que saibam, estão de “quarentena” 6563 comentários. Infelizmente não tenho tempo para desbloquear mais rapidamente os que deviam ser desbloqueados, mas a criação de um filtro inicial permite, precisamente e sempre que desconfio de duplicações, comparar ip’s e emails. E dou-me ao trabalho de questionar as pessoas quando isso acontece. Ah, e dá um jeito do caraças para vos poupar a ofensas que me são dirigidas e a comentários de adversários que colocariam a Tasca a ferro e fogo. Irónico…)

– apagar comentários (agora vomitei. Então eu crio uma rubrica intitulada “hoje escreves tu” e depois ia andar a apagar comentários? Tenham vergonha na tromba. Aproveitem e escrevam posts. E, de caminho, quando algum comentário não aparecer, enviem um email, porque basta vocês mudarem de nick, de email ou de ip para ficarem à porta a aguardar moderação. Ah, já agora, também há um filtro para comentários com demasiados links, salvo erro cinco, que deixa o comentário a aguardar moderação)

– ao Cherba interessa esta confusão porque o gajo quer é ampliar o share (não sejam patéticos e voltem a ter vergonha na tromba. Troco caixas com centenas de comentários que são insultos por caixas com dezenas que são discussões válidas)

– digo-te mais, pá, o Cherba já foi mais Sportinguista do que é (o problema da medição das pilas ou da protuberância dos mamilos que se alastra à medição do Sportinguismo. Estou-me a cagar para essa vossa teoria, mas tenham vergonha antes de chamarem “lampião” a pessoas que aqui andam há anos e com quem já partilharam tantos momentos, inclusivamente a nível pessoal)

 

As mentiras, as provocações e a tentativa de inquinar opiniões tem outras vias, mas, conforme vos disse, estou cansado. Cansado desta falta de capacidade de assumirem a merda que fazem. Cansado de ver vários nicks remeterem-se ao silêncio por falta de paciência para levarem com filmes que não são para aqui chamados (vale a pena dizer-vos que tenho saudades vossas?). Cansado de ouvir dizer que a Tasca é uma merda, sabendo que esse soundbyte é utilizado para tentar angariar seguidores para determinada frente de guerrilha. Mais, sabendo que é à conta da Tasca que, depois, se consegue arranjar tema para 70% das conversas que têm ao longo do dia nos mais variados sítios onde se respira “puro Sportinguismo”.

É ridículo, não é? É.
Tal como é ridículo afirmar que a Tasca é uma merda porque permite aos nossos inimigos “virem beber informação e descortinar descontentamento”… Mas desde quando é que a Tasca foi diferente?!? Não foi isso que vos fez aqui vir, espreitar e voltar? “Ah, os tempos mudaram…”. Pessoal, não me peçam para deixar de ser quem sou em função de quem está à frente do clube. E não me atirem areia para os olhos que eu sacudo e explico-vos uma coisa: essa vossa ideia de que as opiniões estão mais seguras em grupos fechados está ultrapassada. Há cada vez menos grupos fechados e sabem porquê? Porque todos os envolvidos nesta máquina trituradora em que se tornou o futebol têm pessoal pago cujo trabalho é sacar informação e passá-la a quem de direito. Sim, há muita gente do Sporting a trabalhar ao nível das redes sociais para perceber essas vossas ideias que ficam tão bem escondidas em “conversas mais privadas”.

No meio de tudo isto, que a prosa vai longa, têm duas opções: continuar a achar que a culpa é do Cherba ou serem mais adultos e deixarem os problemas pessoais fora da Tasca. Trocarem as provocações por comentários válidos ou por silêncios, se não tiverem algo que dizer. Respeitarem as pessoas com quem partilham este espaço e que não são vistas nem achadas na troca de insultos. Pararem com as vergonhosas ameaças de danos físicos e com os insultos gratuitos. Obviamente que o mais fácil é enveredar pela primeira opção e continuar a dizer que a Tasca é uma merda. E que é uma chatice o Cherba continuar a tentar promover um espaço com base em algo tão básico como permitir que todos os Sportinguista tenham direito à sua opinião.