A polémica o nosso clube de qual deverá ser a preponderância dos jogadores oriundos da formação no plantel principal já tem barbas. Às vezes parece mesmo ser uma discussão estéril, onde ninguém consegue chegar a conclusão alguma. Há várias correntes de pensamento, entre as quais destaco:
A) O peso deve ser igual às soluções que os jogadores dão a cada momento. Pode ser zero ou 100%, é a qualidade e a maturidade que contam.
B) Deve ser resguardado espaço no plantel para vários jogadores assimilarem processos e serem opção a médio prazo.
C) Um clube com a nossa dimensão não pode pensar na formação se quer vencer títulos. Os melhores devem vir de que parte forem, sem olhar a nacionalidade ou idade.
D) O plantel deve ter uma forte participação dos jogadores vindo da Academia, tentando ao máximo manter os melhores e ir gerindo entradas e saídas conforme o sucesso ou insucesso das esperanças em idade sénior.
Confesso que vejo méritos e deméritos em qualquer destas vertentes. Nem sequer consigo apontar um modelo que me agrade completamente. Não sei como poderíamos ter um Dost, um substituto próximo além de também apostar num Ronaldo Tavares ou num Pedro Marques sem que todos fossem beneficiados ou prejudicados. São, em última análise opções e convicções do próprio treinador principal. São opções até viáveis ou inviáveis pelo esforço financeiro. O que sei é que algum tipo de estratégia deve existir na manobra de todo o potencial versus a solidez do plantel ou a sua capacidade para vencer muitas (mas mesmo muitas) partidas.
Andamos há demasiados anos a testar modelos, oscilando entre Ajax’s e o sistema de “entreposto” dos nossos rivais, procurando referências no futebol mundial sem que nos encontremos com o nosso próprio arquétipo, com as nossas necessidades específicas ou com os nossos próprios trunfos. A massa cinzenta não é posta a laborar e acusamos de um mal eternamente luso de pensar que as soluções ideais estão fora do nosso próprio ADN. Há anos que deveria já ter sido criado um grupo de estudo visando apresentar uma proposta que resumisse a experiência, as virtudes e o nosso background de formação e definisse em linhas muito básicas, mas de fácil implementação o que é o Sporting enquanto binómio Academia > Equipa Principal.
Mais do dificultar a missão do treinador ou restringi-la, seria um óptimo suporte às suas decisões, pondo fim à eterna polémica do “treinador que aposta ou o treinador que não aposta na formação”. Não seria perfeita, não seria porventura sequer satisfatória numa primeira instância, mas seria o desbravar de um novo caminho, indo ao encontro da evolução e, principalmente, da inovação. É que gostemos ou não, em Portugal, os clubes “navegam” sobretudo aos ventos dos resultados e dos craques que vão surgindo, oscilamos com as marés de mais ou menos dinheiro e melhores ou piores direcções. A cultura, a identidade, os modelos ficam sempre para depois, bem lá para trás dos “projectos” que são tudo e não são nada.
Seria óptimo que os Presidentes, os Treinadores e os Jogadores do Sporting soubessem o que o clube espera que façam, quando o têm de fazer e quais os parâmetros de toda as avaliações possíveis e imaginárias. É que o futuro do futebol vai mais ao encontro de regulação e parametrização do que da velha máxima “o que interessa é participar e dar o melhor”.
*às quartas, o Leão de Plástico passa-se da marmita e vira do avesso a cozinha da Tasca
22 Março, 2017 at 14:44
Eu quero um plantel com base da formação, onde as aquisições sejam para posicoes deficitárias (LE LD e PdL) ou sejam uma clara mais valia, tipo Dost.
22 Março, 2017 at 14:47
Eu penso que devemos ter os melhores independentenente da proveniência dos jogadores.
A grande questão é o critério das contratações, se o jogador que contratamos é superior ao que formamos, e se os jogadores formados no clube dispõe de oportunidadew iguais a quem chega.
Grandes jogadores são sempre bem vindos.
22 Março, 2017 at 15:12
“Grandes jogadores são sempre bem vindos.” -> verdade!
Mas também é verdade que:
– as grandes equipas, uma vez que já têm um bom plantel, vão fazendo ajustes (e não revoluções) nos seus planteis de ano para ano;
– nós não temos dinheiro para contatar craques às paletes.
Portanto o modelo tem de ser:
1- Definir modelos de jogo;
2- Para os modelos de jogo definir quaisos jogadores necessários;
3- avaliar no plantel quais as soluções a manter e quais os jogadores a ceder (ou pq não têm qualidade ou porque é necessário vender – €). Esta decisão deve ser feita tendo em conta alternativsas vindas da formação.
4- Para cada aposta da formação, definir um percurso (alguns devem rodar, outros podem ser logo integrados -> é impossível estabelecer uma receita que se aplique a todos pois depende de imensos factores inclusivé da maturidade e personalidade do jogador)
5- As lacunas (que se esperam reduzidas) do plantel depois de considerados as apostas da formação devem ser colmatadas com verdadeiras mais-valias.
Isto é o famoso “modelo das contratações cirúrgicas” que eu penso ser o melhor para um clube formador como o nosso, que luta por títuos mas não nada em dinheiro.
22 Março, 2017 at 14:55
Para mim é “muito simples”
A formação é a Base!
Depois sempre e quando não exista “qualidade” na formação vai-se buscar fora, que é o que temos que fazer relativamente aos defesas laterais.
Mas ir buscar fora…. significa ir buscar Qualidade no imediato e que façam a diferença (teoricamente, porque não se acerta sempre) e não para serem apostas ou para fazer numero no plantel!!
Se for para ir buscar “apostas a precisarem de adaptação e o caraças” prefiro dar esse tempo aos nossos “Meninos”
Dando exemplos concretos….
Contratar fora é tipo Bas Dost, Coates que chegaram e pegaram de estaca!
Não é tipo Alan Ruiz que por esta altura continua sem convencer dando apenas “sinais”.
22 Março, 2017 at 15:47
Isto.
Mas vejo espaço para algumas fezadas, um slimani, um drame, um fokobo, etc.
A única questão é serem baratos (por exemplo, neste momento, até 500 mil).
Um Alan ruiz pode até vir a ser muito bom, ser vendido por 30 m.
A acontecer o saldo vai ser considerado positivo.
Mas não teria valido mais apostar no mane ou arriscar no Podence?
Não custaram 8m e de certeza que seriam nesta altura um “vamos ver se dá “.
Digo – o desde que veio, 8 m tem de dar no imediato. Como dost.
Agora isso não iria acontecer com um sul americano de 22-23 anos que nunca jogou na Europa. .. Não dá.. Foi mais menos o que disse na altura.
Pode haver um orçamento para apostas de risco.
22 Março, 2017 at 15:55
Um exemplo de “fezada” —> Spalvis
Não faço a minima ideia se é bom ou não, pois infelizmente teve uma lesão grave, mas pela idade que tem….. pelos “números” que teve na dinamarca e pelo preço “aceita-se” o risco.
Lá está…aceita-se o “vamos ver se dá jogador” 🙂
22 Março, 2017 at 16:51
+59863211.45
22 Março, 2017 at 15:02
Nenhum clube vive da formacão. É tudo uma questão economica.
Um jogador jovem vale x e como tal é sempre vendido por um valor baixo (claro que o rei da musgueira é um fora de serie ao ponto de ter revolucionado o sistema de jogo do Bayern, mas é válido para todos os outros casos).
Quando o jogador já é mais conhecido e comeca a demostrar valor, não apenas potencial, o valor sobe para 2x/3x. E quando o jogador atinge o patamar de grande estrela o valor pode sobir para valores absurdos, tipo 10x (poucos atingem esse patamar, sendo o Ronaldo o nosso melhor exemplo).
Ou seja, o Sporting pode investir em jogadores da formacão, um caminho que muito admiro, mas em termos de lucros em vendas não tira grande rendimento no longo prazo. Os jogadores demoram 10 a 15 anos a estarem no ponto para serem vendidos com grande lucro, e requerem muito investimento até esse momento.
Ao passo que comprar um jogador, tipo Bas Dost, em que se compra por 10M/12M e passados 12 meses se vende por 40M, ou Slimani que se compra por 300m e passados 4 anos se vende por 30M.
Claramente existe mais valor em descubrir um jogador pronto e vender passados uns tempos, do que investir em jovens em que ninguem sabe o que dar (uns não têm classe, outros perdem-se na carreira, outros mudam de clube antes de estarem prontos e apenas uma pequena parte se torna estrela).
Mesmo com % da transferencia por ser clube formador, o Sporting não anda a receber fortunas. Se a FIFA mudar as regras, para o clube formador receber todos os anos um x do valor do jogador, então sim, a formacão torna-se atractiva (imaginemos o Ronaldo, a dar uma % todos os anos ao Sporting, mesmo não sendo transferido).
Eu defendo a formacâo, mas não penso que podemos continuar com esta conversa de que a formacão é tudo e que podemos “investir” nos nossos jovens…. Nós já investimos nos jovens e a prova está na Seleccão A. Alguns sairam do clube cedo de mais, mas isso é outra historia.
22 Março, 2017 at 15:08
Sem qualquer inside ou certeza…
Quanto custa a Formação por ano? Ou seja, qual o custo que o Sporting tem com a formação por ano?
3 milhões? 5 milhões? 7 milhões?
Vendendo 1 jogador da formação por ano por 10 milhões se calhar cobre a totalidade do investimento anual da formação, certo?
Ou quando vendemos um João Mário por 45 pagamos quantos anos de investimento na formação?
Se o custo for 5 milhões / ano…. com o João Mário pagamos 9 anos de formação…
Isto tudo para demonstrar com números que a aposta consistente na formação tem tudo para ser rentável, dai defendendo mais uma vez que a Base deverá ser a Formação. Repito… a “base” e não a aposta cega na formação.
22 Março, 2017 at 15:38
Não é bem assim. Formacao implica o custo de manter os jogadores durante 10 ou 15 anos (todos, não apenas aqueles que são bons), todos os treinadores, todo o equipamento e todo o investimento na Academia (incluindo a Academia em si) e todos os anos há que pagar ordenados a jogadores que nem jogam no clube para que possam crescer e retornar….. ora, entre esperar 10 anos ou comprar a pronto a escolha é obvia.
Não sei de onde tiras que o custo será de 5M por ano…. seria bom que fosse assim tão linear.
O custo da formacão é precisamente o custo de oportunidade que se perde.
Para o Sporting vender um JM tem de o colocar a jogar. Tendo apenas 15 jogadores em campo significa que temos de ter a certeza de que o JM é melhor que o José Perneta, porque se o Perneta vier para o clube por 10 e for vendido por 30 logo no ano seguinte é mais lucrativo.
O facto do Sporting não colocar todos os jovens a jogar prende-se com o facto de muitos jovens ainda não estarem seguros no clube, Pode vir um grande clube, pagar a clausula que até é baixa e ficamos a ver navios… tantos casos que nem é preciso dar exemplos. Mesmo um jogador pior é mais rentavel ao clube do que um bom jogador jovem com uma clausula baixa. Não vamos valorizar os jogadores para virem os outros e ficarem com eles.
Até o Shikabala que não prestou para nada, deu dinheiro a ganhar ao clube.
Não somos ricos e tudo o que entrar é bem-vindo. Claro que até preferia que ele nem tivesse existido, mas poderia ser ele o grande jogador em vez do Slimani… nunca sabemos quando será que temos a sorte de encontrar um diamante… erros existirão sempre.
Ter uma equipa de base vinda da formacão implica ter uma qualidade média inferior, e como tal não competir pelo titulo, mas sim andar a tentar manter as criancas em crescimento. Se falarmos de termos bastantes jogadores formados em Alcochete mais não podemos fazer. No ano passado tinhamos 4 grandes jogadores na base, e este ano temos novamente 4 (saiu o JM e entrou o Gelson).
Vamos imaginar que o Rui Patricio estava em vias de entrar na baliza, e aparecia o Peter Schmeichel… sorry Peter, mas o Patricio agora vai comecar a dar uns passos e tu vais rumar a outro lado…. não faz sentido, temos de poder aproveitar as oportunidades e os jovens aprendem mais com a experiencia de um veterano do que com mais 10 gajos iguais a eles.
22 Março, 2017 at 15:51
Os 5 milhões (ou os 3 ou os 7) foi uma hipótese, pois desconheço quanto investe o Sporting na formação.
E o “número” que for é que é o investimento em formação.
E atenção que quando falo em formação falo em:
—> todos os jogadores dos escalões de formação
—> todos os treinadores dos escalões de formação
—> …
No fundo tudo o que custe €€ para que a formação exista!
Não faz sentido contares como investimento da formação os ordenados que pagamos enquanto seniores a jogadores oriundos da formação e ao mesmo tempo dares como exemplo de Rentabilidade o Shikabala e digo-te porquê.
Se contares apenas o custo de aquisição e o valor da venda dizes que “ganhámos” dinheiro com o Shikabala, mas se introduzires os salários e respectivos encargos enquanto essa besta andou por cá…. se calhar a frase “ganhámos dinheiro com o Shikabala” perde sentido.
22 Março, 2017 at 15:59
“esperar 10 anos ou comprar a pronto a escolha é obvia.”
Essa frase faria sentido se o Sporting tivesse agora a começar a formação e a ter apenas “escolinhas” 🙂
Como o Sporting já tem uma estrutura de formação a rolar…. TODOS os anos temos jogadores prontos a serem vendidos oriundos da formação
—> William, Adrien, Rui Patricio, Gelson, Semedo
Qualquer um destes 5 é “facilmente” vendável por um valor Superior à “despesa” de 1 ano de funcionamento de TODA a estrutura de formação.
Por isso… entre a aposta continua na formação e a venda anual de 1 activo com valor acrescentado ou andar a “arriscar” comprar por X para vender por x+y parece-me óbvio 🙂
22 Março, 2017 at 15:20
muito bom post do leão de plástico.
é preciso não esquecer que em termos de balanço financeiro o chamado activo os jogadores da formação valem zero.
é preciso não esquecer que também temos passivo.
muitas vezes o aspecto financeiro é esquecido nessas analises e que praticamente somos obrigados a comprar activos.
se estiver errado, digam da vossa justiça
22 Março, 2017 at 15:57
A cada compra, aumentas o activo mas também o passivo.
Os formados valem zero enquanto activo financeiro, mas podem vir a converter-se em capital. Sem dívida associada.
Os jogadores são intangíveis, o que numa empresa é um tipo de activo cujo valor pode ser… digamos, moldado? Por exemplo, coisas como marca têm valor contabilístico, mas o que valem na realidade? Basicamente, o dinheiro que consegues fazer usando-a…
Não me guiaria muito por aí
22 Março, 2017 at 16:47
nuno,
obrigado pela explicação mas porque a cada compra aumentas o passivo ?
tem que ser assim ?
se venderes um jogador por 40 milhões e comprares por 20 por exemplo
22 Março, 2017 at 17:00
No momento da compra tens:
Activo –> Aumenta pelo valor da Compra.
Passivo –> Tens de pagar a compra…pelo que o Passivo Aumenta.
No exemplo “académico” de pagares a pronto….não aumentas o Passivo, mas também não aumentas o Activo, porque se por um lado Aumentas em 10 milhões os teus “activos”…diminuis em 10 milhões as tuas disponibilidades financeiras (que estão igualmente no lado do Activo)
Exemplo: compra de um jogador por 10 milhões.
Aumentas o Activo em 10 milhões
Aumentas o Passivo em 10 milhões porque vais ter que o pagar 🙂
Ou seja…. a tua situação patrimonial permanece inalterada.
No entanto em termos de P& L…. tens mais custos, porque o jogador em questão naturalmente tem um salário para receber ao qual estão associados os respectivos encargos sociais.
Por isso… num exemplo “extremo” se comprares 10 jogadores por 10 milhões a tua situação patrimonial (Capitais Próprios) no imediato permanece inalterada, porque aumentas em 100 milhões os Activos e em 100 milhões o Passivo, mas em termos de custos aumentas significativamente e consequentemente estás a penalizar o Resultado Liquido do Exercício e consequentemente estarás a diminuir o teu Capital próprio
Regra do Equilibrio => Activo = Capital próprio + Passivo.
Quando o capital próprio é negativo está em “falência técnica!
22 Março, 2017 at 17:05
ok ricardo
obrigado.
só mais uma pergunta:
se tens um 11 todo da formação, vale em termos activos praticamente zero mas tens também os salaríos e os encargos socias e como fica ai o passivo e o respectivo balanço ?
22 Março, 2017 at 17:16
1) Salários e encargos não têm impacto no Activo e /ou Passivo
2) Salários e encargos são “custos com pessoal” e isso afecta a Demonstração de Resultados (P&L).
3) Salários e encargos vais ter sempre independentemente de serem jogadores oriundos da formação ou não, pelo que diria que é uma “não questão”.
Por isso no teu exemplo…. no Activo o “11 da formação está claramente sub-avaliado, mas por outro lado esse mesmo 11 não tem impacto no Passivo
Se fosse um 11 de contratações… terias um Activo mais elevado, mas também terias um Passivo mais elevado na mesma proporção.
E é por isso mesmo que olhar de forma “isolada” para o Activo ou Passivo vale “bola” 🙂
22 Março, 2017 at 17:28
referi os encargos por causa de tu mencionares isso no activo que é comprado no outro comentario mais acima.
obrigado pelo teu tempo e explicação
22 Março, 2017 at 20:32
Claro que se se conta encargos nas aquisições tb se tem de equacionar encargos das Renovações dos jogadores da formação.
E não só de ordenados ….
exemplo Adrien, William, RP , quanto custam anualmente?
E quanto custaram as renovações em prémios assinatura tb?
22 Março, 2017 at 20:56
A explicação do Ricardo de Activo/Passivo está correcta , mas (é tema até bastante interessante a tua questão inicial)
Será sempre melhor ter Activo do que não o ter, mesmo com passivo proporcional.
Não o fazendo apenas num exercício isolado claro que existem vantagens
Pegando no exemplo dos 10 jogadores por 10M cada , 100M e repetir o mesmo exercício em 3 anos seguidos (300M investimento) sem usar capital próprio sequer, liquidando apenas 50 M ano e meramente fazer 3 Vendas anuais dos primeiros 10 por valores de valorização reduzida 20+15+15=50M daria no final do 3 ano
21Jogadores ainda no plantel (cada um tipo Dost de 10M, não esquecer)
Valor potencial cada a 20M = 420M
Valor no Activo 170M
Valor no Passivo 150M (valor em dívida)
Custo do Investimento inicial 300M
Vendas Geradas 150 (Na prática ainda não se tinha gasto capital)
Mais valias geradas em 3 anos 94M.
Supondo de seguida 5 vendas a 30M
Dívida liquidada
Passivo zero
Activo 150M
16 Jogadores de 10M ainda no plantel
Potencial futuro +-300M
E não é ficção !
23 Março, 2017 at 11:26
Só uma última “achega”. No exercício actual (do próprio ano) uma venda entra por completo – vendes por 20M = tens 20M de proveitos. No entanto, uma compra é amortizada ao longo dos anos de contrato – compras por 20M/contrato de 4 anos = 5M de custos por ano (rúbrica Amortizações) durante 4 anos.
Resultado: 15M de lucro no ano da venda. Problema: custos de 5M por ano durante próximos 3 anos.
Nada disto tem a ver com activo/passivo, mas os lamps para mostrar que são “pujantes” usam e abusam da lavandaria Mendes exactamente para mascarar as contas em cada ano.
O problema é que a factura vai aumentando. Se antes compravam e vendiam por 15M, agora vai ter de passar para 25/30M para compensar as amortizações actuais…
22 Março, 2017 at 19:15
Obrigado por me lembrares das aulas de contabilidade e do antigo POC. Nao tinha saudades ahaha
22 Março, 2017 at 15:26
no confronto de modelos, C versus {A,B,D}, convem lembrar que não temos “porta-moedas” para um C digno do Sporting (Slimani notwithstanding), provavelmente, só o vamos encher com anos de A, B ou D
de qualquer modo, no dia em que o onze do Sporting não tenha jogadores que eram capazes de pagar só para jogar com a verde e branca, estamos fdd
P.S. proponho um menir para a rotunda do Sporting, com a inscrição ‘Bardamerda’ escrita com caracteres ogam, assim os trolls vão gastar as meninges a tentar decifrar o que é aquilo, e largam o Sporting da mão
22 Março, 2017 at 15:40
esqueci-me de juntar um sample da expressão
ᚁ ᚐ ᚏ ᚇ ᚐ ᚋ ᚓ ᚏ ᚇ ᚐ
(Beith Ailm Ruis Dair Ailm Muin Eadhadh Ruis Dair Ailm)
22 Março, 2017 at 16:05
Ah ah ah, o wokocha passou por casa do we!!!
22 Março, 2017 at 16:36
sinto a falta de ler o ‘abducted’, é verdade… será que foi abducted? a minha costela judaica diz que o nome que escolhemos tem muita influência no nosso futuro…
22 Março, 2017 at 15:39
A aposta na formação tem de ser uma constante, quer se queira aceitar quer não, o Sporting é um clube vendedor, nós “produzimos” com o intuito de rentabilizar e vender, este é o nosso core business.
Sinceramente acho que o que falhou este ano, não foi apenas a falta de aposta inicial na formação, foi sobretudo na qualidade de boa parte dos reforços que chegaram, porque mostraram menos capacidade que o nosso “produto”, exceção feita ao Bas Dost e ao Alan Ruiz cujas características são únicas no nosso plantel.
O desafio que teremos para a próxima época, será o de formar um plantel equilibrado, atualmente, acho que temos uma base de jogadores boa, agora falta dotá-la com 3 jogadores de inegável categoria que terão de vir de fora, precisamos de um bom DE, de um 8 combativo com capacidade de transportar jogo e, na minha opinião, de um segundo avançado.
Se conseguirmos formar um plantel equilibrado em termos de opções válidas, seremos muito mais competitivos, sendo competitivos teremos mais hipóteses de vencer os nossos jogos e criando uma cultura de vitória, conseguimos fazer com que os nossos meninos evoluam e valorizem.
22 Março, 2017 at 15:53
Não acredito em quotas. Isso vale no Parlamento, ou no plantel do Sporting.
Se de uma equipa de juniores não sair alguém de jeito, não se vai fazer subir 3 ou 4 para preencher os requisitos mínimos. Se houver 11 craques, metam-se todos na A.
Isto é um exagero (figura de estilo), para dizer que o plantel deve ser formado com o que está disponível. Se os recursos da casa têm capacidade para responder, que se usem, caso contrário, vai-se ao mercado.
Sou absolutamente contra a banalização da compra em base no potencial, ou no aproveitar de oportunidades de negócio que têm como consequência a redundância em certas posições.
Acredito que o factor decisivo numa compra deve ser a qualidade do jogador, e não se tapa ou não alguém da formação. Ou seja, deve colmatar uma necessidade imediata do plantel, e revelar-se uma mais-valia. Se assim for, quando o canterano estiver pronto, o “reforço” terá certamente mercado, e no final das contas feitas, deu rendimento desportivo e rendimento financeiro.
22 Março, 2017 at 16:10
Tal como o clube procura contratar os melhores (dentro das possibilidades) também deverá manter os melhores da formação, nem todo que nascem no clube tem capacidades para se manterem no clube. Assim, deverá chegar-se a um meio termo. Só assim se conseguirá ter equipas competitivas e vencedoras.
22 Março, 2017 at 16:13
Quem foram para vocês os melhores jogadores que tivemos?
De quem se lembram logo?
Dos melhores quantos foram formados por nós e quantos vieram de fora?
O Sporting é desde sempre um clube formador. Está no seu ADN.
A base terá de ser sempre a nossa formação. Lógico que também temos que contratar, por falta de opções para determinadas posições.
Não podemos comprar em barda, armados em novos ricos. Não faz parte de nós. Tem tudo para correr mal.
E não me tragam emprestados para sermos nós a fazê-los “crescer/reabilitar” por amor da Santa!
22 Março, 2017 at 18:07
Bom ponto de vista.
Penso o mesmo.
Não hoje mas já tinha pensado nisso.
Os melhores vieram da formação.
Porra se os conseguíssemos manter !!!
(Essa a diferença para o barça)
Que equipassos.
Só temos de conseguir manter mais uns anos, nunca como o Ronaldo (e o bom malandro do futre).
No futebol tirando o balakov e o levezinho, de facto!
Bem, uns craques da década de oitenta!
22 Março, 2017 at 21:20
Para manter daqui a 5 anos tens de vender agora…
22 Março, 2017 at 16:18
Engraçade….diria JJ
“Messi pretende a contratação de Bernardo Silva”
InBosta
…e eu a pensar que seria o Herói do Dragon, João Car(v)alho.
22 Março, 2017 at 16:30
Opção A sendo que para reforçar fora só se a qualidade for melhor no imediato do que os da formação.
Mais segundo a opção A Podence Matheus e Geraldes são já, se não titulares, pelo menos jogadores com muitos minutos na Hierarquia do Plantel pois são melhores do que a maioria. O mesmo já não se aplica por exemplo a Palhinha ou a Semedo. Cada caso é um caso, penso que o que tem levantado polémica é mais o arquétipo de jogador que JJ prefere e que parece ser o seu ponto mais fraco. JJ é grande na operacionalização, na estratégia e no modelo, mas desilude nas escolhas que faz para o potenciar. Dizer que a saída de A. Ruiz com o Nacional piorou a equipa é inacreditável e não acredito que não o tenha dito senão para começar a preparar terreno para as escolhas serem diferentes das que eu defendo. Um bom comentário teria sido ver que sem Podence de ínicio voltámos ao perfil de decisão que só leva a um jogo pastelão e sem rasgo.
22 Março, 2017 at 16:38
Eu acho verdadeiramente caricato como é que este é um tema (apostar verdadeiramente ou não na formação) no nosso clube. Um clube que produz Figo, Futre, Cristiano Ronaldo, Quaresma, Dani, Simão, Nani, Moutinho, Veloso, William, Adrien, Rui Patricio, Dier, Bruma, João Mário, Gelson, Semedo, Matheus, Podence…tem dúvidas se quer continuar a apostar a sério na formação?
Não tenho dúvidas que a formação é a nossa galinha dos ovos de ouro. Falamos duma formação com uma chancela de qualidade como poucas no MUNDO! Nas nossas maiores 15 maiores vendas quantos são da formação?
Para além da questão, para mim fundamental, de ADN do clube e de maior identificação dos adeptos com jogadores formados no próprio clube.
Só jogadores da formação? Não, não sou cego a esse ponto. Dost, Coates, Bryan Ruiz, Paulo Oliveira são jogadores bem vindos porque vêm acrescentar qualidade!! Jogadores deste nível são sempre bem-vindos.
Um ou 2 jogadores de baixo investimento por época como foram as compras de Slimani (negócio fabuloso), Spalvis, Montero também me parecem acertadas.
Dezenas de jogadores (entulho) que são autênticos tiros no escuro todas as épocas para a A e para a B não faz sentido. É deitar dinheiro à rua e tirar oportunidades de crescimento a jogadores com muito mais potencial.
E as próximas fornadas de juniores e juvenis estão aí à porta para espreitarem oportunidades de crescimento!
22 Março, 2017 at 16:40
Em suma A o que no imediato dá 3 reforços ao plantel, posições para onde não se deve comprar. Assim se aproveite o que falta para verificar que a qualidade é mesmo a que eu penso que é! A. ruiz por exemplo não é superior a Podence nem a Geraldes, no futuro não sei mas agora não é ponto! E mesmo Bryan também não será muito superior.
22 Março, 2017 at 16:45
Num clube como o Sporting que tem uma formação de excelência demonstrada e trabalhada ao longo dos anos, o fruto da sua produção tem de vingar, sabe-se no entanto que o caminho final até chegar ao topo é muito afunilado e só lá podem chegar os melhores. Num clube que para além de formar quer também ser campeão, tem de preencher as lacunas com jogadores formados noutros locais, a sua qualidade irá depender da capacidade financeira, ora num campeonato como o português com pouca margem de negócio em comparação com países da maior dimensão e mercado, essa capacidade só existe se vendermos bem, ou seja sermos competentes na formação para podermos vender e comprar bem.
É neste equilíbrio que para mim se deve encontrar o caminho. Formar bem, com qualidade, dar hipóteses de crescimento aos bons jogadores dentro do clube, para os poder valorizar e comprar bem o que necessitamos. Outra faceta importante é a de conhecer bem o mercado para poder também aproveitar as oportunidades de bons negócios, exemplo Slimani.
Resumindo não podemos viver exclusivamente da formação se queremos se campeões, mas também não podemos abdicar dela, pois é a melhor forma de aumentarmos valor, sem no entanto menosprezar o mercado.
22 Março, 2017 at 16:45
Para mim o critério da formação é simples e depende sempre de cada geração que o clube possa trabalhar. Não vamos encontrar um William de dois em dois anos. Aliás, desde que o encontrámos apenas Palhinha subiu à equipa principal, para ser alternativa e sem o impacto que William teve (provavelmente vamos demorar uma década a encontrar algo assim).
Nesse sentido, há que averiguar bem que base de trabalho existe.
Tenho jogadores com qualidade para serem referência desportiva? Tenho. Então esses terão sempre primazia em relação a qualquer contratação. E devem subir, faseadamente, uns 3 por temporada.
Tenho uma geração mais ou menos, com apenas uns jogadores porreirinhos? Então deverão ser esses a ter primazia em relação a contratações, mas desta vez para segundas linhas.
Não me faz sentido, e este é apenas um exemplo, que o Sporting gaste tanto dinheiro em extremos e médios, quando entre juniores, equipa B e emprestados temos alternativas sérias para primeiras e segundas linhas. Se surgir um negócio excelente, que seja realmente compensador em termos desportivos e financeiros, há que aproveitar claro. Caso contrário, não me faz sentido.
Não existindo esse jogador em Alcochete, o mercado está aí, livre e aberto, o Sporting tem algum poder de compra e pode investir no mesmo.
Este ano, por exemplo, o Sporting vai necessitar de um lateral esquerdo, um direito, um avançado (ou dois) e um médio centro.
Temos um lateral esquerdo pronto para a equipa principal? Não, venha o mercado. Temos dois avançados? Não, mas temos um. Então apenas se compra um. E por aí adiante.
22 Março, 2017 at 17:03
Leão de Plástico sempre em grande !!
22 Março, 2017 at 17:11
Eu quero um plantel que seja campeão, se for recheado de jogadores da formação melhor, mas se os jogadores da formação não derem garantias de sucesso que venham jogadores de fora, sejam portugueses ou estrangeiros.
Essa história de ter 11 da Academia e ganhar bola a mim não me fascina, não sou tão romantico quanto isso…eu quero títulos, quero ser campeão PONTO!
Se conseguirmos sê-lo com jogadores da formação, melhor, se não for assim que seja com outros.
Os maniacos da formação gostava (não gostava não, pois nem quero acreditar em que lugar estaríamos) de ver o Sporting nesta altura sem o Bas Dost e com um avançado formado em Alcochete.
22 Março, 2017 at 17:17
Eu gostava de ter um jogador da formação que marcasse tantos golos como Bas Dost, isso sim
22 Março, 2017 at 17:20
também eu Maria Ribeiro, também eu.
22 Março, 2017 at 17:59
Mas não abdicas do Bas Dost só porque ele não é da formação, pois não? Isso seria fundamentalismo e masoquismo.
22 Março, 2017 at 17:22
“Os maniacos da formação gostava (não gostava não, pois nem quero acreditar em que lugar estaríamos) de ver o Sporting nesta altura sem o Bas Dost e com um avançado formado em Alcochete.”
Vais-me dizer que não gostavas de ter um tal de Cristiano Ronaldo em vez do Bas Dost? 🙂
P.S. Estou no “gozo” porque o CR é utópico….pelo menos para já
22 Março, 2017 at 17:27
pois Ricardo, utópico mesmo.
Mas gostava de ter um Cristiano Ronaldo e Bas Dost pois o CR não é um ponta de lança apesar de marcar muitos golos.
22 Março, 2017 at 17:32
E que tal este 11 inicial?
Rui Patricio
Cedric / Coates / Dier / Contratação de valor para D. Esquerdo
William + Adrien
Quaresma e Nani nas Alas
CR 28 nas costas de Bas Dost?
22 Março, 2017 at 17:34
assino por baixo, mas lá está, é utópico Ricardo.
22 Março, 2017 at 17:42
Claro que é utópico, mas é elucidativo da qualidade da nossa formação e da importância que a mesma tem para o nosso clube.
É que “facilmente” fazes outro 11 do género com jogadores de qualidade oriundos da nossa formação.
Por isso…. Contratações de fora…. SIM…. mas apenas e só quando significarem um valor acrescentado ao que existe na nossa formação.
22 Março, 2017 at 17:57
sim, facilmente fazes um ou dois 11, mas tinhamos que ter muito dinheiro para não os deixar saír, e nem são todos da mesma fornada.
Isso será o Sporting do futuro, neste momento não é possível.
22 Março, 2017 at 19:38
José Fonte a central não?
22 Março, 2017 at 17:39
Enquanto que cá pelo ‘burgo’, no que ao ‘pontapé na chicha’ diz respeito, vamos assistindo a tantos e tão tristes episódios, tais como a pressão sobre os ‘bois de apito na boca’, sobre a fpf, a liga, etc… E isto por parte do clube que tem tido mais benesses nos últimos anos … O Presidente do Sporting Clube de Portugal, continua a “dar mundos ao mundo SCP”, com excelentes declarações e acordos assinados na visita ao centro de treino com grandes condições que a Federação Costa Riquenha de futebol implementou!
http://www.record.pt/multimedia/videos/detalhe/bruno-de-carvalho-encantado-com-projeto-na-costa-rica.html
Vamos SCP! Contra tudo e contra todos os que nos querem mal!
SL
22 Março, 2017 at 17:59
Mais … Guilherme Farinha disse …
«Hoje quero partilhar algo com todos os meus amigos:
A 19 de novembro de 2014, eu e o eng. Remy Mucundo tivemos, num café de Alajuela, um sonho: trazer o nosso Sporting Clube de Portugal até à Costa Rica. Como na altura era treinador da Academia Wilmer Lopez, da AD Carmelita, lembrei-me de que seria bonito e interessante fazer uma parceria com o Sporting, clube do meu coração, onde comecei como atleta, e onde durante anos fiz do antigo Estádio José Alvalade a minha segunda casa.
Depois de muitas reuniões, contatos, emails, horas de trabalho e uma ligação perfeita entre o staff da Academia Wilmer Lopes e do Sporting, conseguimos chegar a um acordo, a 20 de março de 2017, para criar a Academia Wilmer Lopez/Sporting/AD Carmelita.
É um sonho tornado realidade…
Passo-vos confessar que ao olhar para toda a excelente organização deste evento e na presença de muitas entidades oficiais, pais e professores, o que mais me fez feliz foi poder olhar as centenas de crianças, nossos alunos, com os olhos brilhantes, vestidos com as cores verde e brancas e o símbolo do Sporting ao peito. Creio que um dos momentos mais importantes da minha vida desportiva. Um momento mágico…
Quero, de uma forma humilde, agradecer a todos os responsáveis da Academica Wilmer Lopez, à família Bolaños e Edgar Artavia, aos representantes do Sporting, ao presidente Bruno de Carvalho e ao vice-presidente Luís Roque. Um agradecimento muito especial a todos os professores, alunos e pais da nossa academia por me terem feito sentir o homem mais feliz do mundo. Obrigado!»
«A expansão internacional da marca Sporting continua em marcha e na madrugada de hoje (3h00, em Portugal Continental), Bruno de Carvalho inaugurou uma escola de futebol em Alajuela, na Costa Rica. A abertura de mais uma infraestrutura de treino surge na sequência de uma parceria com a Academia Wilmer López e, desta forma, o Sporting passa a estar representado em mais de 20 países espalhados pelo Mundo. Em 2013, recorde-se, Toronto tinha a única academia verde e branca.
O evento contou com a presença do presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, mas também com Luís Roque, diretor do departamento de projectos internacionais do clube. Mas não só. Os futebolistas costa-riquenhos do plantel, Bryan Ruiz e Joel Campbell, também compareceram. Os dois jogadores estão concentrados com a sua selecção, que prepara os jogos com o México, dia 24, e Honduras, a 28. Recorde-se que Bryan Ruiz, capitão dos Ticos, começou a sua carreira precisamente na Liga Desportiva Alajuelense.»
22 Março, 2017 at 17:49
A formação sempre produziu talento e qualidade para o Sporting ser campeão.
O pior é o resto. Nestes últimos 30/35 anos, poucas vezes tivémos 4/5 jogadores estrangeiros ou mesmo portugueses com nível para sermos campeões.
É aí que andamos a perder para porto e carnide, eles compram falcões e gaitans,
nós passamos a vida a contratar farnderuds e purovics.
O ano passado reunimos a fórmula do sucesso: tinhas 4/5 jogadores da nossa formação com grande qualidade e outros tantos estrangeiros de qualidade: Slimani, Teo, Bryan, Coates e Naldo. Esse é o caminho.
22 Março, 2017 at 18:44
Essa é que é a questão!!
A falta de qualidade para ser campeão não é da formação…
22 Março, 2017 at 22:22
Está aqui tudo val verde.
22 Março, 2017 at 18:01
As ideias que apontas não são incompatíveis. Há um valor que é inquestionável: todos querem ter os melhores, venham eles de onde vierem, porque é o talento que dá vida a um projeto. Tudo o resto é relativo e vive ou morre em função disto.
Se temperarmos esta premissa com realidade, juntando a de que “queremos os melhores que o Sporting consegue ter” isso passa obrigatoriamente pela formação, mas não se detem nela. Este ano foi especialmente ilustrativo nesse aspeto.
Defendo um modelo liberal para o nosso plantel. Não é preciso regular quotas para a formação no plantel principal, é preciso olhar para a formação com “olhos de ver”: a cada ano, os bons encontrarão naturalmente o seu espaço entre os AA, sejam os bons um, dois, dez, ou zero! e se as pessoas tem paciência para dar tempo de crescimento a um alan ruiz, muito mais terão para dar tempo a um miudo da casa.
Claro que para que funcione, este modelo precisa de executantes capazes e inteligentes à frente do futebol profissional, porque de formação estamos bem servidos. Sei que temos um presidente à altura. O resto, não sei.
22 Março, 2017 at 18:40
Já aqui o defendi e mantenho!
O nosso modelo para a construção do plantel principal deve ser:
– jovens da formação de qualidade;
– para posições onde não há qualidade nos jovens contratar para crescer.
– posições chave comprar pela certa e jogadores feitos.
Dando exemplos actuais:
– Extremos: jovens da formação! Para comprar de qualidade igual ou superior com margem de progressão é preciso muito dinheiro e é muito pouco fiável por isso é apostar nos nosso! Podence, Matheus, Iuri, Geraldes…
– Defesa esquerdo suplente: Não vejo ninguém com qualidade para integrar o plantel nos próximos 2/3 anos (no mínimo). Por isso aqui podemos ir buscar um miúdo com potencial e para ir crescendo!
– Médio defensivo: William é William. Titular! Não arranjamos melhor que o Palhinha a um preço razoável com o potencial dele e na fase de desenvolvimento em que ele está! Assim está certo!
– Médio Centro: Adrian é titular. Se JJ não acredita que Gauld possa a prazo vir a ser um jogador para ali temos de ir buscar um jovem que seja enquanto os juniores não estão em ponto rebuçado e contando que Adrian não seja eterno. Precisamos de 1 jogador jovem para crescer e ser importante nos próximos 3 ou 4 anos.
– Defesa esquerdo titular: É uma posição chave que precisa de um titular absoluto! É nestes casos que eu quero o bruto do nosso investimento.
Isto acho que é o que vai ao encontro das nossas características. Tudo o que seja fora disto acho um desperdício. ..
22 Março, 2017 at 19:03
Muito interessante o que diz o José Mourinho. Tenho quase a certeza que o que se passou ultimamente com o Mourinho passou-se com o Jorge Jesus no Sporting.
http://desporto.sapo.pt/futebol/liga_inglesa/artigo/2017/03/22/mourinho-os-jogadores-de-agora-aos-23-anos-sao-criancas-uns-pirralhos
22 Março, 2017 at 19:44
Bom post. Independentemente de tudo o que é dito, talvez o truque esteja no equilíbrio. A formação é fundamental, nós gostamos e orgulhamo-nos dela, haja dinheiro e formação, eu acho que se equilibra tudo e contrata-se certezas de mais valias pois as apostas e os riscos ficam para os da casa.
22 Março, 2017 at 20:03
“Tenho uma geração mais ou menos, com apenas uns jogadores porreirinhos? Então deverão ser esses a ter primazia em relação a contratações, mas desta vez para segundas linhas. ”
Vinha falar mais ou menos nisto.
A formação não tem de servir apenas para os titulares.
Deve servir ,perfeitamente, para segundas linhas.
Por exemplo, não seria melhor , em todos os aspectos termos o Carriço para suplente do WC em vez do
Só que para isso, o Carriço deveria ter ficado. Tinha apadrinhado a chegada de William e agora era um suplente de valor.
Por essa mesma razão talvez faça sentido manter alguns jogadores até aos 24-25 anos emprestados em boas equipas para que possam vir para suplentes (visto que não teriam qualidade suficiente para titulares, se não não teriam sido emprestados até aos 24!)
22 Março, 2017 at 20:05
Resumindo, pontos que todos concordam:
– devem jogar os melhores
– os melhores vem da formação
– a formação não chega para ter os melhores em todas as posições, logo é preciso contratar
– fundamental conseguir manter os melhores
– para ir buscar pior, ficamos com os da casa mesmo que sejam medianos
22 Março, 2017 at 20:27
O que eu defendo é uma base, um núcleo duro da formação. Este tem de ser o ponto de partida, depois o resto é variável consoante a qualidade das fornadas, a evolução dos putos e a sua capacidade de adaptação à alta competição. Tanto podem ser 11 (se existir qualidade para isso) ou 1 (para além do nucleo). Não forçar nada nem barrar a entrada de ninguém. Equilíbrio.
22 Março, 2017 at 20:51
Respeito o nosso ADN.
No meu caso particular, não vejo a formação só como um objectivo para os seniores. Percebo o goal, mas como vibro com cada jogo e cada conquista, acabo por sentir a formação tb no processo de crescimento.
Não vejo problema nenhum nos custos com formação, tal como com custos de scouting. Gasta-se dinheiro em cada merda cuoj tiro no pé paga logo um ano de formação.
O que é preciso é ser inteligente e ter colhões. É preciso acreditar neles, só assim rentabilizam.
Mas ninguém é campeão apenas com formação. Tem de haver um misto, tem de haver malta mais velha e batida que tire alguma pressão dos jovens.
Acredito que no próximo ano vamos adoptar essa política. Acreditar nos jovens e contratar cirurgicamente.
22 Março, 2017 at 21:31
O problema do Sporting nunca foi o excesso de formação ou excesso de jovens,foi que aqueles que eram supostamente experientes nunca terem estado à altura.
É olhar para os últimos anos e aqueles jogadores que são jogadores com qualidade para ser campeões(fazendo parte do 11)
16/17
RP,Coates,William,Adrien,Gelson,Matheus,Bryan,Bas Dost
15/16
RP,Coates,William,Adrien,JM,Bryan,Teo e Slimani
14/15
RP,William,Adrien,JM,Nani,Carrillo(Slimani só se tornou goleador com JJ)
13/14
RP,Dier,Rojo,William,Adrien,
12/13
RP,Bruma,Dier,Carriço,Ilori
Conseguem ver um padrão?
22 Março, 2017 at 22:42
Boas Noites, Caros Tasqueiros.
“Formação: o que queremos?”
Simples: núcleo da equipe de jogadores da nossa formação acompanhados de contratações “cirúrgicas”.
Pessoalmente, não sigo os jogos da Equipe B, nem os dos nossos juniores, mas pelo que tenho lido, são vários os jogadores da nossa formação que foram já definitivos “diamantes por lapidar”: Bruma, Dier, Ilori, Gelson Martins, Matheus Pereira, Iuri Medeiros, Francisco Geraldes, Pedro Marques…
O que é preciso é quem aposte neles e os ajude a desenvolver.
É certo que de vez em quando teremos Betinhos, Wilson Eduardos e Esgaios, estrelas da formação que depois não se desenvolvem o suficiente…. Mas isso será o “preço a pagar”….
Da mesma forma, às vezes surgem verdadeiras surpresas como o William Carvalho….
É verdade que não é com jogadores “da formação” que se ganham campeonatos. Mas será inútil enumerar as razões pelas quais se devem aproveitar ao máximo os tais jogadores “da formação”.
Slimani/Bas Dost? Claro que sim! Não tinhamos PL na formação.
Coates? Mesma coisa.
Quanto ao resto, é analisar o que temos. Mas analisar como deve ser!
Suponho que não será novidade nenhuma para os Caros Tasqueiros que no início da época JJ não via o Gelson Martins como titular. Se não não teria vindo o Campbell. Mas JJ apostou no Gelson para o “onze” e a coisa correu bem. Como anteriormente o Leo com o William, o MS com o JJ, etc..
Esta época mostrou o completo desnorte que existiu na análise dos jogadores que tinhamos/temos à nossa disposição.
Espero que para a próxima época as coisas sejam (muito )diferentes.
Não temos laterais a aproveitar. Ok, contrate-se.
Quanto às restantes posições, temos muito capital humano para ser aproveitado. Mesmo muito: Palhinha, Podence, Geraldes, Matheus, Ryan Gauld, Iuri Medeiros… O que é preciso é ter quem os saiba aproveitar!
SL
23 Março, 2017 at 11:51
Caros amigos, este é um tema que aprecio bastante e que não deixa ninguém indiferente.
Na minha opinião temos de perceber algumas coisas.
1º A formação é uma das imagens do clube, ponto assente. Mesmo que nuns anos se aposte mais ou menos.
2º O que pretendemos da formação? Fornecer a equipa principal? Vender no imediato gerando receita (Exemplo do SLB, embora os contornos duvidosos dos negócios)?
3ºQual o “modelo” a implementar na formação e que tipo de jogador pretendemos formar. Fará sentido pretender formar jogadores talentosos mas ter treinadores que “castrem” esse talento?
É inegável que tem de existir uma estreita ligação entre a equipa principal e a formação, mas, acima de tudo, os objectivos e a “politica” da equipa principal têm de estar bem definidos. O “modus operandi” desta época revelou algum desnorte e um excesso de contratações, desvirtuando o que se vinha a fazer até então.
É urgente ser campeão?Sem dúvida. Mas preferem ser já campeões e esperar mais outros 15 ou 20 anos para ser outra vez?
Como referiu Inácio, o Sporting em 2000 é campeão quase por acaso e em 2002 Jardel e JVP numa excelente equipa fizeram o resto.
O Sporting andou ao sabor do vento e mesmo assim conseguiu lançar vários jogadores da sua formação.
Na minha opinião, BDC quase sempre tomou decisões pouco acertadas quanto à formação. Virgílio, Boa Morte, João de Deus (Sim a equipa B é importante na formação) foram péssimas decisões. A saída de Bento Valente, entrada de Paulo Leitão, Entrada de Luis Martins…Um vai e vem, sem se perceber bem o porquê. Tiago Fernandes está longe de ser consensual e apesar dos resultados é acusado de preferir força ao talento.
O que me preocupa é a falta de estabilidade e de um plano orientador. “Nós pretendemos isto, baseado nestes pressupostos” .
Preocupa-me ainda que se levantem bandeiras, saudando o momento fantástico da formação baseado em resultados…este é o principal erro. Nem sempre está tudo bem quando se ganha e nem sempre tudo está mal quando se perde.
Espero que o novo mandato de BDC traga mais estabilidade à formação, que se acabe com as danças de cadeiras.
Dizer que JJ não é a pessoa certa também está longe de ser verdade. JJ consegue potenciar vários jogadores, basta existir qualidade e isso não falta da nossa formação. Será importante colmatar com reforços? Sem dúvida. Não me espantaria que se gastasse em jogadores de qualidade confirmada.
Esta época foi uma lição para BDC, disso não tenho a mínima dúvida, como não tenho dúvidas que este não irá repetir os mesmos erros…