Temos andado nós, adeptos, a dizer e a escrever que esta ponta final de campeonato deveria servir para uma pré-época antecipada e, ontem, em Arouca, o que se viu foi uma equipa em ritmo de verão, como se as pernas pesassem chumbo das tareias físicas e o sol fosse mais convidativo a controlar o ritmo do que propriamente a acelerá-lo.
Jogando contra o sol num estádio que disputa com a Choupana o título de pior estádio da Liga para receber partidas ao final da tarde, o Sporting entrou a passo, como se pouco ou nada importasse o facto dos mais directos adversários terem perdido novamente pontos. À primeira tentativa de arrancada pela esquerda, Marvin deu o mote com um passe disparatado. E, pouco depois, dividia com Rui Patrício as culpas de um golo sofrido aos sete minutos que obrigava os Leões a pensarem seriamente em disputar a partida.
Seria o único remate que o Arouca faria em toda a primeira parte, numa eficácia de 100% que o Leões conseguiram inverter em quatro tentativas. É que entre os 25 e os 40 minutos o Sporting acelerou e o resultado virou. Gelson rematou primeiro para defesa do redes, depois Bas Dost viu o mesmo Bolat negar-lhe o golo na melhor jogada leonina em todo o encontro e seria à terceira que a bola entraria: cabeçada de Gelson a desmarcar Alan Ruiz e o argentino a entrar na área como gosta, a flectir para o meio e a metê-la lá dentro. A finalização com a canhota inspirou os pés esquerdos de Bryan, Marvin e Bruno César que, um minuto e meio volvido, desceram pela ala esquerda até Chuta Chuta voltar a agitar as redes.
Estava carimbada a reviravolta e com duas sapatadas o Leão preguiçoso acabava com o jogo. Em 15 minutos, aqueles em que lhe apeteceu, o Sporting decidiu uma partida onde podia ter jogado para a goleada. Números como os 1-9 em remates ou os 31% – 69% em posse de bola que pintavam as estatísticas ao intervalo, explicam bem as diferenças entre ambas as equipas. Se vos disser, por exemplo, que no final o número de remates ficou em 5-9, sendo que os quatro feitos pelo Arouca só assustaram os apanha bolas, já dá para perceber o que se passou. Ou que não se passou.
O melhor, mesmo, é puxar do pragmatismo e ficar pela máxima de que conquistámos mais três pontos, recuperámos mais dois pontos a benfica e fcPorto, e em duas jornadas o atraso que era de 12 e 11 pontos passou para 8 e 7, respectivamente. E se me disserem que nas sete jornadas que faltam nós continuamos a jogar pouco ou nada e a recuperar pontos, assino já por baixo.
3 Abril, 2017 at 14:18
O que eu acho que merece sim ser criticado, ou pelo menos identificado, é a falta de entrosamento que ainda existe.
Temos uma percentagem muito grande de passes errados em que o portador e o gajo que se desmarca pensam coisas diferentes, e pelo contrário não respeitar a subida de alas ou laterais, guardar a bola e voltar a jogar para trás.
3 Abril, 2017 at 15:35
Olhem, até posso dizer que “gostei do jogo”…
Quer dizer…”estive sempre na espectativa” toda a 2ª parte…
à espera que os nossos meninos “explodissem”…
E aconteceu…o Pondence coloca a bola no espaço…e o Gelson corre para a baliza…
Uns segundos atrasado…e o guarda-redes cortou a bola…
E por pouco “cortava” o Gelson…!!
Foi a espera “por coisas destas” que não aconteceram…que me mantiveram na espectativa…!
SL
3 Abril, 2017 at 19:39
Treta de jogo