Como os caros convivas sabem, eu defendo que o Rugby, mais que um desporto, é uma forma de Estar. Estar na Vida, estar com os outros e acima de tudo um Estar emocionalmente equilibrado. Para não me acusarem de dizer isto e depois não apresentar provas do mesmo, vamos a elas…
Neste passado fim de semana os nossos U14 foram até à Vila da Moita, para mais uma jornada regional de Seven’s. Foram bons jogos, onde se notou uma evolução muito grande, tanto no aspeto técnico, com mais jogadores a marcar ensaios, como no aspeto psicológico, em que estiveram os rugbyman (e as rugbywoman) sempre muito presentes e disponíveis para a equipa. Durante alguns destes jogos foram acontecendo coisas tão normais e tão corretas, que à primeira vista para quem não está dentro do Espírito do Rugby, estranha.
Um dos nossos jogadores, dos mais voluntariosos e irrequietos, e que durante quase toda a jornada foi dos mais sacrificados, sofreu uma placagem mais dura, o que fez com que o árbitro se deslocasse ao pé dele, para ver se estava em condições de continuar, mas o jogo continuou, como sempre. No decorrer dessa jogada, a nossa equipa ganha a bola indevidamente num ressalto, e faz ensaio.
O árbitro validou o ensaio, diz que não viu a jogada. Os nossos bravos Leões foram ter com o árbitro, e disseram-lhe que tinha que invalidar o ensaio, pois tinham beneficiado de uma situação irregular. Os adversários nem queriam acreditar, apesar de ser regra, pois é raro ver uma equipa prescindir de um ensaio que lhes podia dar a vitória (e dava, o jogo acabou empatado) naquelas condições. Aplaudiram o Fair Play do grande Sporting Clube de Portugal, ainda que em Rugby, ainda que num escalão de formação…
Nesta Jornada, havia também duas equipas que não tinham os jogadores todos para jogar, e as alternativas eram ou pedir jogadores emprestados às outras equipas, ou jogarem em inferioridade. Mais uma vez os nossos Bravos Leões foram exemplares no ajudar dessas equipas, e para uma delas até fizeram uma escala de jogadores a serem cedidos. Marcaram ensaios, distribuíram placagens em doses maciças e ajudaram, por vezes estando o Sporting a jogar ou a começar a jogar. Essa entrega e essa disponibilidade foi muito notada e agradecida por essas equipas.
Vou acabar com mais um exemplo do Estar que o rugby de forma muito particular proporciona… e neste caso aplica-se a justiça da Lei de Talião (a mais antiga Lei registada de forma escrita do Mundo) – um Olho por um Olho, um Dente por um Dente. Acabando como comecei, o nosso leão mais indomável, sofreu uma falta duríssima… após ter recuperado, houve tempo de corrigir esse adversário… O nosso Leão mais tarde faz-lhe uma placagem quase a queimar as regras mas bem dura, de modo a marcar uma posição, e a recordar, mais uma vez na VOX POPULI – Quem não se sente, não é filho de Boa Gente.
Fico por vezes com a sensação que todos nós, como adeptos do nosso Sporting, temos em por vezes em défice alguma coisa destes Estar e Sentir e Ser que nos traz o Rugby…
*às quintas, o Escondidinho do Leão aparece com uma bola diferente debaixo do braço, pronto a contar histórias que terminam num ensaio
6 Abril, 2017 at 15:01
Pelo que nos conta o nosso amigo Escondidinho… mais do que um desporto, o ragby do Sporting…
é uma lição de vida…
Bem hajam …por serem Leões…!!
SL
6 Abril, 2017 at 15:05
Que enorme texto Escondidinho,
Não há dúvida que mais do que um desporto, o Rugby do Sporting é uma escola de valores para as futuras gerações.
Trabalho enorme dos treinadores/formadores que conseguem transmitir estes valores aos meninos, felizmente que nesta modalidade ainda se respira a essência do que deve ser o desporto.
6 Abril, 2017 at 21:32
Assino por baixo.
Obrigado e parabéns, Escondidinho
6 Abril, 2017 at 15:43
Um dos melhores chefes da Tasca a server mais um belo pitéu 🙂
6 Abril, 2017 at 15:57
O “Petisco” do Escondinho é sempre Gourmet 🙂
6 Abril, 2017 at 16:17
Já agora é meu entendimento, que com os lampiões “metidos” no ragby, seria impossivel tal desportivismo e fairplay…
“Infectariam” tudo…
SL
6 Abril, 2017 at 16:30
Caro Max, o Benfica Rugby é o clube mais antigo em Portugal com actividade ininterrupta…
O mais antigo somos nós. Mas no Rugby, o Benfica não é o mesmo do futebol, pois o espírito do rugby é transversal.
E tenho lá grandes amigos, tal como tenho amigos adeptos de rugby benfiquistas…
Aí é raro encontrar lampiões 🙂
Um abraço.
6 Abril, 2017 at 20:35
Amigo Escondidinho, quando referi o rugby “dessas cores”, referia-me ao slb…e não a um grupo “civilizado” que pelo que me diz…até existe…!!
Abr e SL
7 Abril, 2017 at 8:16
Mesmo.
Civilizados ao ponto de terem arranjado patrocínio da Peugeot, e andarem com o leão da marca às costas, virem jogar connosco, e ainda se rirem do caso.
Um abraço, caro Max.
6 Abril, 2017 at 16:32
E o meu pequeno tem uma queda especial para jogar com o Benfica Rugby…
Gosta de Rugby, mas com o Benfica gosta ainda mais, aplica-se ainda mais, e tem ainda mais vontade 🙂
E sei que do outro lado, há por lá malta assim também 🙂
Abraço.
6 Abril, 2017 at 16:33
Como gosto de ler isto…
Obrigado!
6 Abril, 2017 at 17:16
Venho cá todas as semanas sem falta, e em todas elas termino com o mesmo pensamento: ” O rugby é parte do ADN Sporting!
Mehr als Worte sind es die Taten die den Charakter ausmachen!
S.L.
7 Abril, 2017 at 8:17
Mesmo.
Um abraço.
6 Abril, 2017 at 17:33
Escondidinho, e estas Leoas?
«A equipa feminina de râguebi do Sporting Clube de Portugal garantiu este fim-de-semana a presença na final da Taça de Portugal ao vencer a 2.ª eliminatória da prova, que se realizou no estádio 1.º de Maio, do Inatel, em Lisboa.
A formação orientada por Nuno Mourão começou por vencer o São Miguel por 39-0, derrotando de seguida o Cascais Rugby por 31-7. Nas meias-finais, as leoas ganharam à equipa do Lifeshaker por 5-0, garantindo desde logo o seu lugar nas finais do Jamor, terminando a ronda frente ao Benfica – também já apurado para a finais no Estádio Nacional. “Tivemos uma grande atitude, até porque optámos por fazer uma gestão mais cuidada do plantel dando mais minutos de competição às jogadores que se encontram em diferentes fases do seu desenvolvimento, proporcionando jogos com outro tipo de pressão”, explicou o técnico verde e branco.
Na final da 2.ª eliminatória, frente às rivais da Luz, o Sporting venceu por 24-14. “Já tínhamos assegurada a passagem à final do Jamor, mas para além desse jogo ser uma final, que determinava os 1.º e 2.º lugares da ronda – relevantes para os grupos das finais –, tratava-se de um confronto com o Benfica. A equipa esteve muito bem, mas a Sara Silva teve uma exibição brilhante, ao marcar três ensaios”, acrescentou Nuno Mourão.
Com cinco equipas da região Sul e três da Norte, o Sporting, por ter sido o 1.º classificado da sua série, evita o líder nortenho – o Sport Clube do Porto, que assim cruza com o Benfica –, ficando assim com a Agrária, 2.º classificado do Norte. Os restantes emblemas dos grupos ainda não são conhecidos. As finais no Estádio Nacional estão agendadas para 20 de Maio.»
7 Abril, 2017 at 8:23
Não me referi a elas de propósito, para o caso de quereres dar-lhes destaque.
Acho que foi a aposta certa do Clube, estão motivadas e comprometidas com o Clube e com o Desporto, o Sporting Clube de Portugal, todos nós afinal, só saímos melhor representados com atletas deste calibre.
Aquele abraço, e PARABÉNS 🙂
6 Abril, 2017 at 18:51
É também por tudo isto que eu sou um grande fã de Rugby, quase tanto que de futebol.
Das coisas que mais me chateiam no futebol é a tendência para a “mariquice”, o mandar-se para o chão, rebolar de dores sem ninguém lhes tocar e o “cavar” as faltas. Tudo isto sem que ninguém os critique, pelo contrário dizem que o jogador tem ratice, veja-se o caso do Jonas no jogo com o Porto, mandou-se 10 vezes para o chão, ganhou um penaltie e foi considerado por alguns jornalistas o melhor em campo.
É por este mete nojo, que o futebol se está a afastar de um desporto com fair-play ao contrário do Rugby.
6 Abril, 2017 at 21:12
Ser atleta é isto que foi escrito. Confunde-se competitividade com outros desígnios de um atleta.
6 Abril, 2017 at 23:01
Parava se era de fazer citações do alemão, uma língua feia falada por uns fdps que acham que aqui se gasta o dinheiro em copos e mulheres ( sim eu sei que o gajo é holandês, mas os boches pensam o mesmo, assim como todos os outros merdas do norte da europa). Disse!
7 Abril, 2017 at 8:19
Esse holandês…
Pensa que cá por baixo, para amar uma mulher, tê-la nos braços, apertá-la e sentir-lhe o coração no peito, temos que pagar, tal como eles no país das túlipas…
Coitadas das mulheres deles, só digo isto….
E quanto aos copos não me pronuncio, é bem capaz de ser verdade…