É triste ver qualquer tipo de ser humano refém. Mesmo o mais reles de personalidade merece ter a sua liberdade mesmo que a use mal.

A deformação genética de carácter e personalidade são realidades, e o mundo tem de se debruçar cientificamente perante estes casos clínicos.

Ontem acreditei que Vieira seria capaz de sofrer uma regeneracão, e por isso lhe fiz o convite para assistir ao jogo na tribuna. O facto de estar refém de claques ilegais que apoia não o permitiram.

Mas não foi apenas isso. Aqueles que actuam como ratos gostam de se movimentar no “esgoto” e não sair cá fora, a não ser de madrugada. Se tentarmos aplicar esta imagem a uma pessoa e aos meandros do futebol poderíamos, com o devido respeito, comparar a alguém que cobardemente se esconderia num balneário e, só depois de não ter perdido um jogo, é que dava a cara como se de um grande homem se tratasse.

A cartilha do refém estava feita. Se perdesse era um senhor porque se remetia ao silêncio por ser um apaziguador. Se não perdesse vinha atacar pelas costas como gostam de fazer os cobardes.

Vieira, por exemplo, perdeu a hipótese de ver o jogo na tribuna demonstrando alguma coragem e classe para aceitar um convite.

Depois do jogo perdeu a hipótese, mais uma vez, de criticar veementemente alguns dos seus adeptos, desta vez pela quebra do minuto silêncio, feito em homengem ao adepto Sportinguista morto, com a já célebre e repugnante imitação do som do very light que matou outro adepto do Sporting em 1996.

Sendo ele tão benfiquista, ultrapassado o facto de ter sido sócio dos 3 grandes para ver onde podia ter “sorte”, e de ter tramado o Benfica perante o Porto com o Deco, poderia um dia ver a luz e deixar de ser o homem que roubou um camião para ser um homem normal e sensato.

Esconde-se atrás de um Vale e Azevedo para tudo, mas veremos se não se tornarão vizinhos quando deixar de ser presidente do Benfica.

É um cobarde refém de claques ilegais e de uma cartilha de terrorismo comunicacional.

Teve ontem a sorte do jogo que teve um árbitro que actuou com nota artística que depois veio atacar para lançar mais pó para os olhos de todos. O pó da porta 18 não chegou, até porque Vieira, mais uma vez até nesse caso, passou pelos pingos da chuva. Histórias com pó à mistura perseguem-no durante toda a vida, mas com toda a certeza é por estar no ramo da construção.

A cartilha mandou-o perguntar o que estava a fazer um adepto do Sporting ao pé do Estádio da Luz. Essa pergunta com que o famigerado Hugo Gil, e demais assalariados, poluiram as redes sociais e media o dia todo, demostra o quão rasteiro e baixo pode ser um ser humano.

A resposta é simples, nem todos são reféns de criminosos e por isso são livres de circular por onde desejarem.

Mas se quer ir por aí, nesse novo desrespeito por quem é assassinado e suas familias pergunto lhe: o que estavam a fazer adeptos do Benfica nas imediações do Estádio do Sporting após um Sporting – Porto e que esfaquearam um amigo meu que teve de ser internado no hospital vários dias? O que estavam a fazer adeptos do Benfica o ano passado após terem sido campeões, junto das casas das claques legais do Sporting a mandarem pedras para as mesmas e aos nossos adeptos? O que estavam a fazer adeptos do Benfica nas tantas vezes que vão a Alvalade atacar adeptos do Sporting e vandalizar o Estádio? O que anda a fazer o “presidente refém” do Benfica quando vê à sua frente, no seu pavilhão, uma traja a gozar com um adepto morto do Sporting e a ouvir cânticos de gozo pela sua morte e finge que não está a ver nem a ouvir (eu estava lá)? O que anda a fazer o “presidente refém” do Benfica quando os seus adeptos, faz dois anos, tentam matar pessoas nas bancadas de Alvalade atirando petardos para cima de familias do Sporting e, ainda por cima, manda o seu director de comunicação chamar a isso de folclore? O que anda a fazer o “presidente refém” do Benfica quando, já esta época, em dois jogos seguidos nos seus pavilhões nos jogos de futsal e andebol, assiste sem reacção a imitações de sons que deram origem a mortes e a cânticos a gozar com essas mesmas mortes?

No final disto eu tenho pena deste presidente refém, cobarde e com tudo isso pouco digno de andar no futebol.

Não posso deixar de lamentar que existam presidentes reféns de adeptos e quero enaltecer a atitude dos adeptos do Sporting CP no Estádio, que souberam ouvir o meu repto e pedido, e demonstraram que a grandeza não vem com ganhar títulos de qualquer forma. A grandeza vem com atitudes e actuações dignas como aconteceu ontem, mesmo estando todos em choque e em sofrimento pelo assassinato de mais um adepto nosso.

É um orgulho ser o líder de um Clube com esta massa associativa.

Sou e serei sempre duro e intolerante sempre que forem ultrapassadas as linhas básicas da vida. Um crime é um crime, seja quem for o seu autor, e eu manterei sempre a minha postura perante criminosos. Mas também temos de saber enaltecer as grandes atitudes e os adeptos do Sporting mostraram ontem em Alvalade a sua grandeza!

Não cumprimos o nosso objectivo dentro das 4 linhas, mas demonstrámos porque somos e seremos sempre os melhores em termos de adeptos!

Cada vez tenho mais orgulho em ser do Sporting Clube de Portugal!

Para terminar apelo aos adeptos do Sporting que mantenham esta postura de grande elevação e não cedam à tentação de reagir a quente a mais um assassinato e às constantes provocações que estão a ser alvo, sobretudo nas redes sociais, e apelo às autoridades que se as tiverem na sua posse as imagens do assassinato não as divulguem, pois a sua brutalidade poderia desencadear algo que ninguém quer.

Nós sportinguistas temos de ser fortes, unidos, sensatos e não ceder à tentação de reagir a quente a tudo isto. Em cada um destes actos estão sempre famílias e amigos que não merecem ver-se envolvidas nestas tragédias que não fazem qualquer sentido.

 

Bruno de Carvalho in Facebook