Quando a morte de uma pessoa, dentro de um contexto desportivo e causada por uma rivalidade entre claques, gera zero de reações oficiais por parte da FPF e da Liga, penso que chegámos ao fundo de um poço de moralidade e a um beco sem saída quanto aos poderes efectivos de quem tem mesmo poderes formais no nosso futebol.
Podemos associar a este comportamento a uma tentativa de não acentuar polémicas e gerir cautelosamente as medidas futuras. Será mesmo? E porquê tantas cautelas? Para não gerar exactamente o quê? Será que os polícias não interrompem e prendem os participantes de um tiroteio, esperando que este finde para então intervir? Será que a morte de alguém não é mesmo um sinal que acabou o tempo das contemporizações e discursos de serenidade.
O futebol português passou muito além de qualquer estado de sobriedade, respeito e bom funcionamento. Está desregulado, a saque de marginalidades institucionais, em plena ebulição de vários partizans que partem e repartem os media, os cargos e os lucros de uma associação (avençada ou não) aos grandes emblemas lusos. O que se esperava então das instituições que devem proteger e regular o futebol? Tenho algumas ideias:
1- Já se entendeu que as multas e os castigo não demovem ninguém. São pois regras e letras mortas. Sugiro elevar exponencialmente o valor das multas e passar a aplicá-las com critério e não como “avisos”.
2- Os media são o verdadeiro terreno de batalha, mas a proteção da “liberdade de expressão” obriga que ninguém possa ser censurado, mesmo quando mais não faz do que acicatar ódios e disseminar insultos e desinformação. Mas…as audiências não são inocentes e a ERC (Entidade Reguladora da Comunicação Social) é um órgão público que já é usado para multar os meios de informação que promovam discursos como os descritos, mas as multas são irrelevantes. Agravar os valores até ao ponto que os directores de informação e chefes de redação vejam como graves e não como “boas para as audiências” as tiradas mais incendiárias de muitos paineleiros.
3- A legalização das claques deve ser levada a sério e não, mais uma vez, entendida como um pró-forma para receber apoios oficiais. Dentro dos Grupos Organizados de Adeptos há pessoas boas, más, honestas e desonestas, pacificas e violentas. A lei deve ser aplicada na sua total extensão e vigiada para que quem não a cumpre perca o estatuto de claque organizada e oficial. O problema do Benfica é grave e deve ser entendido como tal. Os apoios ou são retirados às claques encarnadas ou todas as restantes serão arrastadas para uma marginalidade inimputável. A perda de pontos ou interdição de jogos deve ser decretada como consequência de apoios ilegais.
4- Os prazos de decisão do Conselho de Justiça e Disciplina são impensáveis, o que abre hiatos de impunidade, indecisão e o arrastamento das polémicas. Não pode continuar e o amadorismo que rodeia um desporto de muitos milhões é algo que já devia ter terminado há mais de uma década. Há quem aprecie a deficiência de todo o aparelho, pois joga-se com os poderes de intermediação, com as influências, com os “jeitinhos” e “favores” como se fossem moedas de troca sabe-se lá com que outros proveitos. Ter juízes profissionais a tempo inteiro, que reúnam diariamente e não uma vez por semana. Acabar com o voto em colégio eleitoral, pondo fim às cotas dos clubes era para ontem.
5- Sobram os blogs, twitters, as páginas de facebook, todo um portfólio de redes sociais que servem de eco a toda e qualquer campanha de intoxicação mediática. A FPF e a Liga têm de acordar e entender que já estamos em 2017 e que a internet não é um câmara de opinião paralela ou secundária. Faz parte (e muito) do desporto. Agir com a preocupação de proteger a competição do verdadeiro saque a que muitos “adeptos” ou grupos se dedicam diariamente, alguns deles pagos pelos próprios clubes devia ser uma realidade. Tal como o problema dos media, também aqui existe a questão da liberdade de expressão, mas será até mais fácil de resolver. Qualquer rede social cederia imediatamente perante uma queixa específica face a um conteúdo específico e os seus autores por arrasto. A questão não é censurar, mas separar o que é diálogo, partilha de ideias e opiniões do que é estímulo ao confronto, estímulo à mentira ou à propaganda organizada.
Confesso que não vejo os dirigentes actuais a serem capazes de implementar qualquer destas medidas, nem que seja parcialmente. Por uma razão evidente. Estes dirigentes são “filhos” dos próprios problemas e mandatados pelos instigadores das fracturas, são protegidos e protegem os partizans. Não estou à espera que façam mais do que varrer os problemas para debaixo dos discursos, empurrando as soluções para as gavetas fundas do compadrio que se verga aos interesses mais “corporate” dos fluxos dos milhões de euros que circulam debaixo do nariz da Polícia e Governo.
Quando um Primeiro-Ministro ou Presidente da República tomar a iniciativa de “limpar” o estado dos avençados-interessados de fato e gravata, largando os cães em cima das zonas cinzentas do futebol, aí acredito que algo possa acontecer. Mas a irmandade finança-política-futebol está demasiado sólida, demasiado enraizada e dúvida que exista uma pessoa no actual sistema político com esse atrevimento, com essa coragem. Como tal, vamos vivendo de dedos apontados e não de esperança no futuro. Morrerão mais pessoas e morrerá muito mais a paixão por um desporto-exemplo, sinónimo de festa e acolhedor de famílias.
*às quartas, o Leão de Plástico passa-se da marmita e vira do avesso a cozinha da Tasca
26 Abril, 2017 at 13:58
“Sobram os blogs, twitters, as páginas de facebook, todo um portfólio de redes sociais que servem de eco a toda e qualquer campanha de intoxicação mediática”
Pois, mas não chega. Eles continuam a ser muitos, são pagos e não têm coluna.
Temos de ganhar a merda de um campeonato. A nossa força será outra.
26 Abril, 2017 at 18:29
Não duvido que em baixo existam comentários de enorme qualidade.
Simplesmente, o que que acima foi escrito, é de uma assertividade que me tira os olhos dos outros comentários e os dedos do teclado.
Cherba, grande post!
braveheart, que comentário mais certeiro!
26 Abril, 2017 at 14:13
Acabar com a violência e o mau ambiente no futebol é fácil…o difícil é querer…
26 Abril, 2017 at 14:14
Na nossa política de comunicação parece q andamos sempre a reboque das águias — somos REACTIVOS !
Temos de MUDAR!
Os porcos nos últimos dias estiveram bem … pareceriam os defensores da MORAL… reparem eu disse os porcos – os Andrades – os do clube do monte aventino situado na bela cidade do Porto !
O Clube do Apito DOURADO!!!!
INCRÍVEL!!!!
Noutro contexto e atendendo aos últimos posts :
1) IURI para ontem no plantel principal!
2) URGENTE : 1 LD “titular” + 1 LE “titular” + 1 “8 bom suplente” + 1 médio esquerdo “titular” + 1 PL bom suplente …
SL
26 Abril, 2017 at 14:15
Grande post LdP.
“Morrerão mais pessoas e morrerá muito mais a paixão por um desporto-exemplo, sinónimo de festa e acolhedor de famílias.”
É cada vez menos de festa e de romaria por parte de famílias. A FPF e a Liga parecem contentes com o estado actual? Sendo assim, são cúmplices.
26 Abril, 2017 at 14:23
Já agora onde é que anda o assassino? Estará escondido na cave do Orelhas? Mas que puta de país é este em que se demora tanto tempo para apanhar um homicida?
O que seria do nosso país se terroristas levassem a cabo um atentado numa das nossas cidades? Estou em crer que nunca se descobririam os responsáveis.
Puta que pariu isto… palhaçada! PÓ CARALHO!!!
26 Abril, 2017 at 14:34
Até me admira o Professor Marcelo não ter sido dos primeiros a chegar ao local do crime. Aquilo é que é um banana que muito gosta de dar nas vistas. Ele prefere é estar sentado bem ao lado de alguns criminosos que andam a matar este país aos poucos. Não passar de vaidoso e de um demagogo! Palhaços!!!
Nunca mais irei esquecer aquela imagem do Orelhas, sentado entre o Professor Marcelo e o ministro das finanças, umas horas depois da venda do Novo Banco a um grupo americano…
PQP….
26 Abril, 2017 at 14:37
Rezem para que os terroristas não se lembrem deste nosso jardim de eucaliptos plantado à beira-mar, caso contrário seria caótico.
Somos uns bananinhas e não duvidem que a nossa polícia de intervenção só tem aparência de gorilas, pois muitos deles borrar-se-iam todos com um ataque terrorista.
26 Abril, 2017 at 14:44
Em dois dias os Islâmicos invadiriam este país de bananinhas.
Mas é melhor não escrever mais nada, não vá um desses terroristas vir aqui se inspirar com as minhas palavras…
Rezem muito!
26 Abril, 2017 at 20:32
Amigo De Fran…vai uma aposta em como o assassino , mesmo que venha a ser preso…jamais será condenado…?
Esta gente ( os criminosos…) movem-se à vontade e em absoluta impunidade…
Abr e SL
26 Abril, 2017 at 14:51
Foi entre o António Costa e não o Marcelo.
26 Abril, 2017 at 14:56
Fiz confusão… eles são todos iguais.
26 Abril, 2017 at 14:31
Só agora???
Em 1996 morreu uma pessoa no estádio, assassinada por uma besta dos mesmos de sempre e houve jogo, entrega da taça e festa rija, cagando bem de alto para o falecido.
0 consequências e mais uma taça para o museu.
Agora estamos na mesma.
Um atropelamento brutal, não se sabe que é a besta não se sabe nada, não se diz de que clube é, pois a claque não é legalizada, claro para não juntar ao clube sanções.
SL
26 Abril, 2017 at 16:59
E o carrasco do Rui Mendes só foi preso um mês e meio depois desse dia fatídico, fugiu da prisão em 2000, mas só em 2011 é que foi recapturado! É um CRIMINOSO autêntico, não se pense que foi um azar!
http://relvado.aeiou.pt/diversos/homicida-very-light-recapturado-11-anos-depois?device=desktop&menu=0
26 Abril, 2017 at 14:35
Boas Tardes, Caros Tasqueiros.
Dois pontos prévios:
1- Ainda não se sabe o que aconteceu, o que levou ao confronto de adeptos, e o que levou ao falecimento do cidadão italiano;
2- Não me parece possível qualquer entidade conseguir evitar um cenário em que dois grupos “rivais” se encontram para entrar em confronto físico (a ser verdade que foi disso que se tratou). E se entidade existir com responsabilidades nisso são as autoridades policiais. Porque de “caso de polícia” se trata.
Não estou certo que os adeptos do futebol queiram, na realidade, que as instâncias que tutelam o mesmo (leia-se, Liga e FPF) intervenham de forma FORTE nesta matéria.
Dou dois exemplos muito próximos a nós, Sportinguistas:
– deverá haver algum tipo de punição ao SCP quando um comentador da Sporting TV afirma que “se alguém desse um tiro a um benfiquista, eu não sou apologista, mas até compreenderia” (não terão sido bem estas as palavras, mas o sentido foi este)?
– Quando o nosso Presidente apelida o presidente milhafre de “covarde”, e faz várias alusões a tráfico de droga, percurso pessoal, etc., deverá ser punido?
É que não vamos estar aqui com brincadeiras: se se pretende que esta “balbúrdia” pare, a intervenção das instâncias não tem que ser forte: tem que ser FORTÍSSIMA!
E não se venha depois com a treta da “liberdade de expressão”! Se há regras, as mesmas têm que ser cumpridas; se não forem cumpridas, as sanções deverão ser fortes o suficiente para dissuadir de reincidências.
Mas os portugueses não querem isso. Até acham piada a ver um treinador suspenso a dar instruções para o seu adjunto no banco pelo telemóvel. Acham isto não só perfeitamente normal como, até, uma “espertice” sinónimo de inteligência…
Querem acabar com isto? Passe-se das palavras (ou processos de intenções) aos actos.
Petardos nas bancadas pelos adeptos da casa? Estádio interdito um jogo.
Lançamento de tochas para o relvado? Mesma coisa.
Mau comportamento de elementos de claque? Toda a claque proibida de assistir ao próximo jogo em casa. A claque não se encontra legalizada? Estádio interdito.
Comunicações que colocam em causa a integridade das competições e/ou honorabilidade de agentes desportivos? Suspensão do exercício de TODAS as funções desportivas.
Processos céleres e devida e integralmente publicitados.
Seria (entre muitas outras coisas que podem/devem ser feitas) um princípio.
Mas tenho a certeza que os adeptos não querem verdadeiramente isto…
SL
26 Abril, 2017 at 14:42
Mas se quer ir por aí, nesse novo desrespeito por quem é assassinado e suas familias pergunto lhe: o que estavam a fazer adeptos do Benfica nas imediações do Estádio do Sporting após um Sporting – Porto e que esfaquearam um amigo meu que teve de ser internado no hospital vários dias? O que estavam a fazer adeptos do Benfica o ano passado após terem sido campeões, junto das casas das claques legais do Sporting a mandarem pedras para as mesmas e aos nossos adeptos? O que estavam a fazer adeptos do Benfica nas tantas vezes que vão a Alvalade atacar adeptos do Sporting e vandalizar o Estádio? O que anda a fazer o “presidente refém” do Benfica quando vê à sua frente, no seu pavilhão, uma traja a gozar com um adepto morto do Sporting e a ouvir cânticos de gozo pela sua morte e finge que não está a ver nem a ouvir (eu estava lá)? O que anda a fazer o “presidente refém” do Benfica quando os seus adeptos, faz dois anos, tentam matar pessoas nas bancadas de Alvalade atirando petardos para cima de familias do Sporting e, ainda por cima, manda o seu director de comunicação chamar a isso de folclore? O que anda a fazer o “presidente refém” do Benfica quando, já esta época, em dois jogos seguidos nos seus pavilhões nos jogos de futsal e andebol, assiste sem reacção a imitações de sons que deram origem a mortes e a cânticos a gozar com essas mesmas mortes?
26 Abril, 2017 at 14:43
Texto de Bruno de Carvalho que subscrevo.
SL
26 Abril, 2017 at 14:56
Caro Green Lantern,
Eu quis primeiro distinguir duas situações: aquelas que objectivamente serão da responsabilidade das entidades policiais e aquelas relativamente às quais as “autoridades” desportivas poderão agir/ter alguma influência.
Nas primeiras inserem-se os actos de vandalismo/agressões/etc. decorridos FORA do contexto de um evento desportivo.
Nos exemplos queo Caro Green Lantern refere quanto aos milhafres, também aí a intervenção terá que ser “musculada”.
Eu sou da opinião, por exemplo, que um árbitro de um jogo de futebol/andebol/hoquei/whatever deveria ter o poder de poder suspender um jogo até serem retiradas tarjas ofensivas.
E também aqui os Clubes deveriam ser punidos (nomeadamente com jogos à porta fechada).
Agora, dei dois exemplos relacionados com o “nosso” universo por serem, obviamente, mais próximos de nós. Para aquilatar se nós, Sportinguistas, queremos mesmo uma intervenção “musculada” da FDP e/ou da Liga no desporto.
Vou mais longe: para mim, aquela afirmação do nosso Presidente do “Bardamerda” deveria ser punida, por ser comportamento inadmissível para um Presidente de um Clube. Tenho a certeza absoluta que mais nenhum Caro Tasqueiro concordará.
SL
27 Abril, 2017 at 11:06
afirmação do nosso Presidente do “Bardamerda” deveria ser punida, por ser comportamento inadmissível para um Presidente de um Clube. Tenho a certeza absoluta que mais nenhum Caro Tasqueiro concordará.
Se todos fossem punidos ,por declarações mais graves, incendiárias.. Aceitaria de bom grado.
Tem de ser para todos
26 Abril, 2017 at 14:37
Grande texto!
E detendo-me no comentário do braveheart, por mais inverosímil que me possa parecer à primeira vista, afigura-se-me ser uma das soluções principais para eliminar o cancro instalado. Uso a palavra inverosímil porque nunca pensei ser possível, nos meus 69 anos de vida, imaginar que a conquista de um simples campeonato pudesse ter tantas implicações no Futebol do país podre onde vivemos. Apesar de Política e Futebol viveram de mãos (tão sujas!) dadas, será a conquista desse título, por parte do Sporting, que fará abanar e até mesmo fazer ruir, o império dos lampiões.
Num clube cuja massa associativa, não no seu todo mas na maioria esmagadora, não se importa em ganhar seja a que custo for,
é bem provável que a perda desse título traga a contestação do “querido líder” e o precipitar da sua queda. Isto no campo meramente desportivo. Porque o outro, aquele que parece apontar para o criminal,
não me parece, no actual lodo em que nos movimentamos, que possa levar ao que quer que seja.
Parabéns, Leão de Plástico, parabéns, braveheart.
Saudações Leoninas
26 Abril, 2017 at 14:38
Acabar com a violência, quando a actividade principal de certas claques vermelhas é a venda de droga com a conivência dos dirigentes do clube.
Mais, o número de votos desses meninos condiciona a direcção do boifica. Daí esta hipocrisia.
Mas o mais sujo, é o apontar de dedo ao adepto, não devia estar ao pé do estádio da luz às 3 da manhã, portanto agora qualquer sportinguista junto ao estádio da luz pode ser morto porque é legitimo, não tem nada que estar ali. Estamos sempre a aprender.
Por isso é que digo ao boifica sempre o pior aquela gente arrogante não merece nada, não é possível dialogar com quem acha que tem o direito divino de ganhar e de humilhar os outros.
Eu sempre temi isto e disse no dia em que os gajos começarem a ganhar acaba-se a civilização e vale tudo. Ora ai estamos vale tudo desde vouchers, a bilhetes a homicídios, doping e a trafico de droga, tudo vale desde que o boifica ganhe.
Voltamos ao tempo do levantamento da mão para marcar fora de jogo.
SL
26 Abril, 2017 at 14:47
Não foi o André Ventura que disse na CMerdaTV que costumam estar adeptos do boifica nas imediações do estádio para proteger o museu Cospe-me na Cona, pois este tem sido alvo de ataques?!
Isto terá sido verdade?
26 Abril, 2017 at 14:49
Esse cão já veio atacar com a estória do adepto que não pode estar nas imediações do estádio da luz.
Esse merdas não vale nada dar-lhe atenção equivale a dar importância a uma bosta de cavalo.
SL
26 Abril, 2017 at 14:52
Vou estar no Congresso SCP para falar de futebol. Se houver alguém que queira passar para me cumprimentar ou para querer saber alguma coisa sobre o futuro do futebol não hesitem!
26 Abril, 2017 at 15:17
Excelente texto, LdP.
Neste caso não sabemos ainda o que aconteceu. Já se leu de tudo mas, até ver, não é comparável com o que se passou no Jamor nem o que poderia ter acontecido o ano passado quando foram atiradas tochas para uma bancada cheia de adeptos rivais, por exemplo.
Espero mão pesada de uma vez por todas. E que imagens como as que vi de um lampião a aplaudir o Gelson no meio de adeptos Sportinguistas, sejam sempre o tipo de imagens que recordaremos.
26 Abril, 2017 at 22:28
Aquilo que é descrito no último parágrafo da Maria teve hoje, no Bayern-Dortmund, outro exemplo notável. Depois do golo do Dortmund que deu o 2-2, um adepto do Bayern, dá ao seu amigo e adversário um sincero abraço e sorri. Fantástico!
26 Abril, 2017 at 15:25
No estado atual do futebol português, qualquer ação que se tome, por mais pequena que seja, pode colocar em causa os interesses e a permanência no poder/lugares de decisão muita gente, num efeito dominó todo o sistema pode cair.
26 Abril, 2017 at 15:27
Grande texto. Infelizmente acho que a paixao pelo futebol cada vais mais vai esmorecer enquanto episodios destes nao forem fortemente punidos
26 Abril, 2017 at 15:42
https://www.youtube.com/watch?v=FzZob8w9Tqo
26 Abril, 2017 at 16:35
Parabéns pelo texto. Faltam pessoas com esta lucidez a falar de futebol. Falando de blogues, não seria um interessante um que reunisse pessoas dos três grandes clubes e que se debrucasse sobre este tipo de problemas?
26 Abril, 2017 at 17:14
O unico que lia que tinha pessoal dos 3 clubes era o sectorb32. Mas deixei de la ir
26 Abril, 2017 at 16:52
Em Inglaterra a coisa era pior e resolveu-se.
E não foi a Liga ou os clubes, ou a auto regulação dos adeptos.
26 Abril, 2017 at 16:54
O gajo que faz o programa sobre crime na TVI24 foi hoje ao programa do Goucha e disse que tudo começou com a ida de elementos da claque do beifica às imediações do nosso estádio, depois adeptos do Sporting, presumivelmente da Juve Leo, foram atrás deles para a Luz, e que o Marco foi deliberadamente atingido e arrastado pelo homicida. Portanto, ainda por cima está comprovado que quem iniciou as provocações foram eles.
26 Abril, 2017 at 16:58
Shiu
Os tipos do Sporting não tinham nada que lá estar.
Aquela hora é tempo de caminha.
O condutor despistou-se porque se assustou com a confusão.
Não sabem nada, pá…
26 Abril, 2017 at 17:06
Disse há dias que o problema da criminalidade vai muito além das claques, e passados 4 dias do assassinato do adepto italiano ainda não encontrado o assassino, bem como ainda não foi emitido qualquer noticia oficial da identificação do mesmo, bem como se tem assistido a mais uma campanha de branqueamento dos acontecimentos.
Isto demonstra o quê? Que há muitos cumplices no meio desta merda toda, policia, comunicação social, etc, etc.
Não tenho qualquer dúvida que se o adepto assassinado fosse de outra cor já se teria feito uma escandaleira, acusações ao nosso presidente (se já assim as fazem…) e mais uma fantochada estilo morte do eusébio.
26 Abril, 2017 at 19:57
Que nnguém me leve a mal mas o Leão de Plástico é o melhor prosador da Tasca. Subscrevo inteiramente aquilo que escreveste. SL
26 Abril, 2017 at 20:26
Excelente post. Leitura obrigatória para os políticos e dirigentes do desporto.
Olhem para Inglaterra. Há câmaras nos estádios e antes do fim do jogo já identificaram o gajo que mandou um petardo.
E não volta a entrar no estádio. Mais que prisão, multa, etc não entrar no estádio é uma punição muito importante, porque estes psicopatas só vivem para essa ilusão de ver os jogos e estar com a sua tribo.
Mas temo que o problema é muito pior do que apenas uns energúmenos; quanta da droga que vem pela porta 18 não é distribuída por esses gajos? Quanta não é vendida em dias de jogo? Simplesmente, para mexer com é preciso muita coragem e coordenação das autoridades. E se calhar até há bófia metida nisso, tantos amigos tem o orelhas nós sítios certos…
O futebol é parasitado como um meio para lavagem de dinheiro e tráfico de droga.
Por isso é que eu digo, não é uma questão de olharmos só para nós e fazer melhor, atitude em campo e meter os jogadores certos. É muito mais importante fazer um esforço para denunciar a podridão no futebol, arranjar alianças com quem tem mentalidade pura, Para pressionar o poder político a chamar os responsáveis por esta merda, Liga e Federação, e obrigá-los a meter isto na ordem.
Ao mesmo tempo, meter a Judite e o DIAP a apanhar estes filhos da pura, um a um, desde aos criminoso de mãos sujas e restos de sangue no pára-choques até aos lavandeira e devedores ao disco.
O futebol português podia gerar o triplo das receitas saudavelmente se fosse competitivo e tivesse condições. Se os clubes pequenos pudessem libertar-se da pedincha, dos favores e do cancro dos jogos combinados, metiam melhores condições nos estádios, mais gente is ao futebol e mais se promovia o jogo.
Olhem para fora. Já o Futre dizia que estávamos anos atrás de Espanha. Então de Inglaterra….
26 Abril, 2017 at 20:57
Os lampiões “já ganharam este campeonato” (refiro-me à morte de dois adeptos do Sporting…)…
Este é um “campeonato” em que desejo nunca ver sportinguistas envolvidos nestes “jogos de morte”…
Não podemos “deixar-nos arrastar” para esta espiral de violencia e ódio…
Confesso que começo a ter medo (sim…medo..) de levar o meu neto ao futebol…
E já agora… eu próprio, começo a ter receio de ir a certos jogos ( ou mesmo a todos..) por nunca saber quando num jogo qualquer em que nem participe o benfas… o “seu braço armado” espere nas imediações do nosso Estádio (ou onde haja adeptos bleoninos)…para “aumentarem o seu troféu de guerra…com mais mortes. )…
É inconcebível, que quem de direito, não tome medidas…que se desejam…
Sejam drásticas…
Não o fazer…é uma demonstração de falta de autoridade…
SL
26 Abril, 2017 at 21:01
mais um grande petisco, Jav! Sabes o que mais me incomoda? é ter a certeza que quem tem poder de alterar algo consegue olhar as coisas como tu aqui escreves, mas prefere chutar para canto.