A palavra ego, costuma significar muitas coisas, dependendo do contexto. No desporto, não traduz ideias positivas. Associamos ego a egocentrismo, a egoísmo, a uma necessidade ou excesso de empenho de um agente desportivo em ocupar as atenções que algo tão mediatizado como o desporto naturalmente é.
Tudo isto porque a maior parte dos desportos com mais interesse por parte dos espectadores, são colectivos e a incapacidade do um se articular com o todo costuma ser prejudicial ao sucesso.
Porém, estamos provavelmente no auge do individualismo (espero eu). O “eu” é hoje a regra base dos comportamentos e em qualquer ocasião do nosso dia a dia podemos constatar a desregulação social que esta máxima oferece. Todos os convénios comunitários que foram construídos em milhares de anos estão a ser rapidamente substituídos por uma arrogância personalizada, por um supremo isolamento, que vai ditando novas formas de nos associarmos em lógicas de interesses e valores cada vez mais circunscritos a pequenos grupos, às vezes, meros clubes de manobra pontual.
Ouço dizer que os clubes desportivos estão a passar pelos pingos da chuva desta desagregação, ao abrigo de uma base de apoio gigantesca, recebendo os caudais naturais de uma coisa gira chamada “sentimento de pertença”. Será?
Será que os atletas de hoje não estarão exponencialmente mais distantes do emblema que os seus antecessores? Os dirigentes não estarão mais motivados pela fama esmagadora que hoje um clube grande oferece, ao invés da laboriosa arte da descrição enquanto se faz tudo o que tem de ser feito? Serão os técnicos e funcionários de um clube entendedores e os primeiros defensores dos ideais do mesmo? Ou será que apenas se centram nos resultados sem conseguirem fazer a mínima distinção entre os emblemas por onde já passaram?
Sabemos as respostas. Sabemos também que os clubes passaram da missão de enraizar valores e promover práticas e comportamentos saudáveis, para serem “apenas” máquinas de conquistas. Quanto maiores, mais máquinas, mais vitórias, mais pontos, mais troféus, mais dinheiro, mais adeptos. E no entanto, eternamente mais vazios, frios, distantes e inacessíveis. Um presidente é um estadista, os jogadores são astros, os treinadores são mestres. Todos metidos em altares dourados, olhando os seus adeptos, sócios e fãs do alto dos seus high profiles, do topo dos seus ordenados absurdamente milionários.
Hoje em dia um grande emblema está completamente divorciado da rua, dos cafés, das conversas e dos convívios. São cúpulas que partilham e comunicam pouco com a plebe, gerindo a ingerência das massas em ciclos eleitorais, caminhando para a infinitamente mais desapaixonada e menos participada realidade do clube – empresa, sociedade anónima, o protótipo do emblema de baseball, basket ou futebol norte-americano. Um modelo que sempre se adaptou melhor a uma filosofia corporate e desprezante da importância dos adeptos ou da contribuição social da competição ou dos clubes. Na verdade não há “sócios”, nem se espera participação activa no rumo do clube, apenas fãs, clientes de merchandising e bilhetes de época.
A era do entretenimento puro e duro, inconsequente e adormecedor, que nos manda ficar no sofá a beber refrigerantes e comer pipocas ou em alternativa a ir aos jogos e beber refrigerantes e comer pipocas. O “nós” não existe. Só existes “tu” e é esperado que compres o que puderes comprar, deixando a gestão e governação do teu emblema “a quem sabe da coisa”. O problema é quando as “máquinas” de vitórias emperram. Aí, o modelo entra em ciclos de autodestruição, já que não serve para nada. Não havendo uma dinâmica de conquista, os adeptos não têm nada a que se agarrar, não têm qualquer tipo de cultura desportiva ou de vivência do clube que vá para lá de achar que o seu emblema é o melhor e que merecia (dê por onde der) vencer. A incapacidade de apoiar algo que não ganha (em inglês a palavra adepto é traduzida por “supporter”, não por acaso) é tremenda, porque o “eu” enquanto adepto prevalece sempre…e “eu” sendo adepto de um clube que perde, da forma mais saloia e imatura, “faz de mim um perdedor”.
Desenganem-se os que acharem que este retrato é exclusivo do Sporting. Não é. Todos os emblemas europeus estão a atravessar este paradigma e por acaso até acho que o Sporting, em Portugal é dos clubes que ainda retém uma massa critica e participativa bastante evidente. Um estudo recente revelou que os adeptos do Sporting são os que se sentem mais ligados e “autorizados” a fazer parte do rumo do clube. Esta legitimidade convicta dos adeptos não ganha títulos, não ganha jogos, mas é talvez o património mais rico do clube. Significa entre muitas outras coisas positivas, que o emblema está vivo e é dinâmico, significa que somos o que menos dependemos do “modelo de máquina” e que somos os que resistimos mais à transição de sócios para meros espectadores. Mas esta vantagem tem o seu lado menos glamoroso para quem quer governar o Sporting como se governam outros emblemas. Há mais ruído, há mais crítica, há mais ingerência, há mais ingratidão e talvez até mais impaciência. Mas esse é o verdadeiro sintoma da democracia – nas ditaduras há apenas uma ideia de rumo, uma voz e tudo o que é feito estará sempre a salvo de crítica.
Remeto-me ao slogan de campanha das primeiras eleições ganhas por BdC “O Sporting somos nós”. O que isto quer dizer é que no Sporting não há divisões, cúpulas e “nobres”, mas sim uma massa diversificada de sócios que em conjunto participam no caminho que elegerem e apoiarem. Isso faz com que quem seja mandatado para governar o clube tenha de entender que é representante dos adeptos coerentes, criticamente positivos, adultos e ao mesmo tempo dos incoerentes, dos bota-abaixo, dos eternamente aziados e dos histéricos e infantis. Obviamente que deve ser imune às vozes de uns e sensível às participações de outros, tal como cada um de nós faz na sua vida privada. Aconselhamo-nos e ouvimos quem nos parece portador de uma visão útil, desvalorizamos e contextualizamos quem nos empresta observações menos válidas.
O que não se pode exigir é um clube ativo, participado, dinâmico, ao mesmo tempo que acusamos as farpas de injustiça e ingratidão. São faces do mesmo ser. São as virtudes e os defeitos de estar ao comando de um clube enorme, muito menos adormecido do que as narrativas mediáticas nos contam. As semanas convulsas são até sinónimo de alguma vitalidade, pois preocupar-me-ei muito mais quando no Sporting a conclusão de um caminho desportivo errático gerar apenas silêncio e alheamento.
Prefiro de longe um adepto furioso (mesmo que a disparar disparates à velocidade da luz) mas que vai ao estádio, vota e debate o clube do que um ponderado simpatizante que ninguém no trabalho consegue bem definir de que clube é adepto e que apenas conhece a cadeira de um estádio nas últimas jornadas quando há uma probabilidade alta em ser campeão.
*às quartas, o Leão de Plástico passa-se da marmita e vira do avesso a cozinha da Tasca
17 Maio, 2017 at 14:29
O Leão de Plástico é para ler e meditar.
O post está cheio de verdades duras como punhos, ao qual acrescento mais uma em que devemos todos pensar.
Bruno de Carvalho não nos pertence; nós, não lhe pertencemos. Une-nos o Sporting Clube de Portugal porque ele o merece e nós o desejamos.
Não temos o direito de lhe invadir a esfera privada da vida; não temos o direito de o aconselhar ou de o mandar fazer coisas. Ele, por seu turno, tem o dever de nos aconselhar e de nos não mandar fazer coisas.
O Amor dele ao Sporting é altruísta mas, não incondicional; o nosso Amor ao Sporting tem de ser também altruísta mas, não pode ser incondicional, senão, é acéfalo e sem sentido.
17 Maio, 2017 at 14:47
Numa era em que, como diz o LdP, os presidentes de clubes são superstars, e o nosso aparece bastante voluntariamente através das redes sociais que por definiçao são o meio de comunicaçao mais democrático da história, explica-me como podes acusar os sportinguistas de se “meterem na sua vida privada”? Que hipocrisia é essa? Isso vem com o cargo foda-se. E já agora, essas pessoas foram de certeza uma minoria. Tomar decisões que afectam todos com base nos erros de uma minoria é um erro, tal como foi meter o futsal e o futebol no mesmo saco. Eu nunca insultei o presidente e estou-me bem a cagar para a vida privada. Porque me visa ele ali? Cada macaco no seu galho
17 Maio, 2017 at 15:15
Sério? O Presidente mandou-te uma mensagem a dizer que eras visado, foi? Ou leste algures no longo texto o teu nome? Ou simplesmente enfiaste a carapuca e agora culpas o Presidente?
Não sei não.
17 Maio, 2017 at 15:34
Não concordo!
Começando pelo mais fácil…
“O Amor dele ao Sporting é altruísta mas, não incondicional; o nosso Amor ao Sporting tem de ser também altruísta mas, não pode ser incondicional, senão, é acéfalo e sem sentido.”
Seria se não fosse remunerado. Sendo remunerado é um “trabalho” como outro qualquer. Que fique claro que não me oponho a que seja remunerado. Não se pode é dizer o amor dele ao Sporting é altruísta. Será incondicional, não altruísta!
“Não temos o direito de lhe invadir a esfera privada da vida; não temos o direito de o aconselhar ou de o mandar fazer coisas. Ele, por seu turno, tem o dever de nos aconselhar e de nos não mandar fazer coisas.”
A partir do momento em que se tornou conhecido por ser presidente do clube, e por isso uma figura publica, está sujeito ao escrutínio que todas as figuras publicas têm, bem ou mal. É assim a sociedade de hoje.
No caso dele – porque há o oposto – porque tem usado e abusado das redes sociais para se promover, expondo em muitos momentos a sua intimidade/privacidade/vida privada, mais sujeito estará a que lhe invadam a vida privada. Ao se expor mais ainda do que só o facto de ser uma figura publica já o expõe, não pode depois vir pedir privacidade. quer dizer, poder até pode mas é ser idiota, é não ter a noção. É querer o melhor de dois mundos: usar a vida privada para se promover socialmente e depois não querer que lhe toquem na vida privada que ele próprio expôs.
Há ainda um outro factor a ter em conta. Alguém que é presidente de um enorme clube como é qualquer um dos chamados 3 grandes em Portugal, quer se queira, quer não, está sempre associado a esse facto, e mais ainda se antes de o ser fosse uma pessoa desconhecida. Faça o que fizer, é o presidente do Sporting que fez. Não é o Bruno de Carvalho, cidadão anónimo! Se vai a uma festa é “Bruno de Carvalho, Presidente do Sporting, vai a uma festa”. Quando se divorciou foi “Presidente do Sporting divorcia-se”! Portanto, tudo o que faz acaba associado ao clube, ao Sporting. Ele é uma das imagens do Sporting. Como o Jorge Jesus também é, como os jogadores também são. Portanto quando ele faz qualquer coisa que é criticável isso acaba por, de arrasto, afectar o clube e afectando o clube os sócios sentem-se afectados e têm o direito de se exprimir!
Reparem, o Jesus, sendo também uma das fortes imagens do Sporting, como foi do Benfica, não escapa a que a sua vida privada seja falada. Foi falada, por exemplo, para dizer onde vivia, foi falada quando decidiu comprar um apartamento luxuoso, foi falada quando ficou a arder com o dinheiro que tinha no BPN, foi falada agora com a morte do pai… Até as pessoas próximo dele são faladas por arrasto – ex-mulher, actual mulher, filhos, etc! E isto acontece mesmo sem que o Jesus exponha a sua vida no Facebook ou em qualquer rede social. É óbvio que muito mais aconteceria se ele estivesse constantemente no Facebook a publicar cenas… como faz o Bruno de Carvalho!
Quando o Sporting perdeu com o Belenenses choveram criticas sobre as publicações dos jogadores no próprio dia e no dia seguinte ao jogo, muito também pelas criticas que o próprio BdC tinha feito sobre o que se passou nessa manhã. Ora vir publicar um videozinho com a namorada nos Açores sobre o aniversário da Clínica Tallon depois do Sporting ter perdido com o Feirense é não ter noção da vida! É óvio que iam chover criticas a isso… Só um burro, ou um lunático, ou alguém que se julga acima de qualquer critica podia não esperar o que aconteceu.
E de burro o bruno de Carvalho não tem nada… 😉
17 Maio, 2017 at 14:30
A era do entretenimento puro e duro, inconsequente e adormecedor, que nos manda ficar no sofá a beber refrigerantes e comer pipocas ou em alternativa a ir aos jogos e beber refrigerantes e comer pipocas. O “nós” não existe. Só existes “tu” e é esperado que compres o que puderes comprar, deixando a gestão e governação do teu emblema “a quem sabe da coisa”. O problema é quando as “máquinas” de vitórias emperram.
[…]
Prefiro de longe um adepto furioso (mesmo que a disparar disparates à velocidade da luz) mas que vai ao estádio, vota e debate o clube do que um ponderado simpatizante que ninguém no trabalho consegue bem definir de que clube é adepto e que apenas conhece a cadeira de um estádio nas últimas jornadas quando há uma probabilidade alta em ser campeão.
É isto tudo. E isto tudo eu remeto para algo que é a base de tudo o resto (sim, vou repetir-me): paixão. Tem que alimentar-se aquilo que é o cordão umbilical entre os adeptos e o clube!
17 Maio, 2017 at 15:39
olha por falar nisso .. roubaram me o cachecol da tasca … não queres mandar um amiga ? eu faço te ja a transferencia 🙂 é que me dá sorte …nos ultimos 2 jogos não o tinha e pumba vê la no que deu
17 Maio, 2017 at 16:46
Ahhhhhhh
A culpa é tua!
17 Maio, 2017 at 14:35
Excelente
SL
17 Maio, 2017 at 14:40
OBRIGADO
17 Maio, 2017 at 15:08
Não o diria melhor.
Bom texto e assertivo.
Parabéns.
17 Maio, 2017 at 15:12
Belíssimo post LdP. Obrigado
SL
17 Maio, 2017 at 15:33
Para os mais desatentos, até à uns anos atrás algumas direções preferiram abdicar da Massa Associativa do Clube ( o tal “povinho” desprezível e horrível) para darem mais valor aos “Investidores”. O que é que aconteceu? O clube quase faliu. Podemos esquecer disso? Podemos voltar outra vez aos 30 000 sócios e ter 10 000 nas bancadas? NÃO.
Os sócios tem o direito e o dever de estar mais ligados ao Clube e terem cada vez mais uma voz ativa no seu rumo.
A Direção está mandatada para gerir o Clube, o que em certo ponto têm sido feito de forma positiva, nomeadamente, na parte financeira e patrimonial. Mas, a Direção, não deve de deixar de ouvir os sócios, porque esses, meus amigos, são o verdadeiro coração do Clube. É lógico que “cada cabeça sua sentença”, mas quando uma grande maioria começa a partilhar as mesmas ideias, a Direção e principalmente o seu Presidente, deve parar, ouvir e refletir.
Com mais de 50 anos de idade e desde dos 4 a assistir jogos em Alvalade, nunca deixei de ser apoiante, adepto, amante, apaixonado e sócio. O mesmo acontecerá com muitos outros consócios. Agora digam-me quantos treinadores, jogadores e presidentes já passaram nestes últimos 50 anos pelo Sporting? Muitos. E muitos que não eram e nem sentiam o Sporting como eu e como muitos milhares de Sócios e adeptos.
Nós somos o Sporting. Nós sentimos o Sporting. Nós devemos e temos o direito de criticar, elogiar e chorar o Sporting porque só assim o Clube continuará vivo.
Não se esqueçam que foi o amor que levou José Alvalade a criar um “grande clube, tão grande como os maiores da Europa”. Não se esqueçam do nosso lema: “Esforço, Dedicação, Devoção e Glória. Eis o Sporting”
S. L.
17 Maio, 2017 at 15:35
Muito bom LdP. Destaco esta parte, para além da paixão já mencionada pelo Cherba:
“Mas esta vantagem tem o seu lado menos glamoroso para quem quer governar o Sporting como se governam outros emblemas. Há mais ruído, há mais crítica, há mais ingerência, há mais ingratidão e talvez até mais impaciência. Mas esse é o verdadeiro sintoma da democracia – nas ditaduras há apenas uma ideia de rumo, uma voz e tudo o que é feito estará sempre a salvo de crítica.”
17 Maio, 2017 at 15:44
Excelente texto.
Só agora tenho oportunidade de comentar a actualidade, aquela que está descrita também neste texto.
O Presidente Bruno de Carvalho diz várias coisas no seu post, no último por sinal, e finalmente que assim será. Algumas são justas e outras nem por isso.
Quer-me parecer a certa altura um espernear de alguém que sabe que vai perder um brinquedo, e de alguém que está prestes a perder alguma da visibilidade que tem tido. Quanto a mim será sempre o Presidente que nos devolveu o Sporting, jamais me esquecerei disso e serei eternamente grato, assim como sou critico, e EXIGENTE ao ponto de querer um Presidente no meu clube que saiba perceber o que é melhor para o nosso amor, e a sua presença no facebook não é, definitivamente.
Não quero saber da vida pessoal do Presidente, desde que a mesma não tenha ilegalidades como trafico de pneus branca de neve ou com noites quentes, se é que me entendem. Pode ser o que ele quiser, tem esse direito, assim como todos nós.
Agora espero foco naquilo que realmente interessa, ganhar pelo menos dois campeonatos nos próximos quatro, conforme foi prometido, e também não espero desculpas com árbitros, nem vouchers, nem portas 18, nem com frutas nem chocolatinhos, a EXIGÊNCIA É GERAL.
Aguardo por mais Garotices pois foi para isso que votei, e é isso que me faz ter orgulho neste Presidente e no clube que ele reergueu nos últimos 4 anos.
Tira umas férias, passa uma boa lua-de-mel, dá uma belas pranchadas e vais ver que voltas menos tenso!
17 Maio, 2017 at 16:22
“…não espero desculpas com árbitros, nem vouchers, nem portas 18, nem com frutas nem chocolatinhos…”
Rinaudo, não me digas que defendes que esses métodos são legítimos??
As regras não devem ser iguais para todos os que disputam o campeonato?
Isso é um assunto importante, porque está provado que para ganhar não basta ser melhor e mais competente. Isso tem que ser resolvido de uma vez por todas. E a convergência entre SCP e FCP é um passo importante para solucionar isso. O lampionismo tem que ser manietado
17 Maio, 2017 at 16:27
Isso tudo é obviamente uma ilegalidade e fere completamente a igualdade na competição, MAS isso já existia quando a promessa de 2 títulos em 4 anos foi feita….pelo que não há margem para desculpas.
17 Maio, 2017 at 16:51
Então deixem o homem em paz, porque ainda só passou 1 mês ou 2.
No final venham todos cobrar-lhe as promessas não cumpridas. Mas sejam justos na avaliação.
Entretanto, ajudar o barco a andar, ajudar a blindar o barco contra as sabotagens de inimigos internos e externos, é algo que se impõe, não é? pelo menos ficava a quem diz ser sportinguista.
E se nesse processo conseguirmos divertir-nos e passar bons bocados apoiando o nosso Clube, o tempo será mais fácil de passar. 😉
17 Maio, 2017 at 16:52
*ficava bem
17 Maio, 2017 at 17:49
Pois, e agora resposta!
Tocastes no ponto certo, parece que aquando da opção em Março ninguém sabia que esta época seria uma valente cagada.
17 Maio, 2017 at 20:58
“…não espero desculpas com árbitros, nem vouchers, nem portas 18, nem com frutas nem chocolatinhos…”
É verdade amigo Ricardo que “tuto isso já existia quando BC prometeu ser campeão…”
Mas BC não se limitou a dizer que queria ser campeão 2 vezes em 4 anos…
“Ele lutou” denodadamente contra “esse sistema” existente e acreditou (eu em parte também acreditei…) que seria possível poder ganhar-se…poder ser-se campeão… “com jogo limpo”…
Deixemo-nos de “paninhos quentes”…
Sou dos que acredito que JJ é um bom treinador ( no entanto, suporto-o e apoio-o…porque é o treinador do meu Sporting…)…
Mas não nos iludamos…
Se não fosse “a desavergonhada protecção de que beneficiou o benfas ” enquanto ele lá esteve…JJ não teria sido tantas vezes campeão…ele não teria vencido tantos troféus…
A “prova dessa protecção” está à vista…JJ saiu e os lampiões continuaram a ser campeões… (e todos vimos que o colinho continuou…quando necessário…)
Querem “uma amostra” dessa protecção…?
Em 6 anos de lamps JJ foi expulso 2 vezes em 2 épocas em Alvalade, se não estou em erro…foram 6…
Há quem não ache bem “esta ligação” ao fcp (atendendo ao passado deste clube …que em nada ficou atrás do “actual dono” do sistema)…
Mas isto é uma luta difícil levada a cabo apenas pelo Sporting e com uma CS afecta maioritariamente aos lampiões…
Pelo menos o fcp tem o jornal “o jogo” e se forem dois a “destapar a a manta”… muito mais rapidamente o benfas “passará a ficar com os pés de fora”…
Poderão argumentar que não foi por isso que não fomos campeões, mas olhem que eu não estou tão certo de que pelo menos não tivessemos conseguido o 2º lugar…mesmo com todas as “burrices” cometidas…
Lembro apenas aquela “roubalheira” a que fomos sujeitos na “lixeira” em que se tivessemos ganho creio que teríamos ficado com 2 pontos â maior…e como perdemos (não nos deixaram ganhar)…acabámos a 5 pontos dos lampiões…
Todos sabemos como as vitórias criam um elan positivo, contrariamente às derrotas…
Acredito que a implementação vídeo ãrbitro vai ter de mudar muita coisa…
Até aqui …havia sempre “a desculpa do erro humano”…
É verdade que o erro vai continuar a poder existir…mas agora vamos ter algo com que confrontar o erro…
E quando “o erro for grosseiro”…vamos poder “mostrar” àqueles que dizem que “errare humanum est”…que ~e humano, mas “o abuso”…não é humano…é roubo…
Nós podemos sempre dizer-lhes:
“Vão gozar com quem vos fez as orelhas..acham que isso foi um erro…ou foi deliberado…”…?
Nada será como dantes…!!
Não vai “endireitar o mundo…mas vai ajudar…” e muito…
Essa é a minha opinião…
SL
17 Maio, 2017 at 16:54
É mais que obvio que não defendo, como condeno de forma veemente, como aliás já manifestei aqui várias vezes.
Foi sim, um colocar de exigência em cima do Presidente, tal e qual ele o fez no seu post, alegando exactamente as mesmas razões. Ou seja, teremos de ser 3 vezes melhores que os outros e ainda aguardar que a sorte esteja do nosso lado.
O lampionismo devia era ser eliminado.
17 Maio, 2017 at 16:12
Isso.
17 Maio, 2017 at 16:21
Vamos começar a falar de bola. Unamo-nos em torno do Sporting, da direção, dos jogadores e dos técnicos.
17 Maio, 2017 at 18:04
Gosto do Matheus e desconheço o Piscinni.
Lateral esquerdo, rumores?
17 Maio, 2017 at 18:09
Não conheço rumores, mas o Ricky Wolf comentou a chegada do Piccini 🙂
17 Maio, 2017 at 16:33
Uma vitória no campeonato e acabam-se as merdas e as guerras.
Para ano há que ganhar ou ganhar não há alternativa.
Quanto a discussões sobre comunicação ou militância caguei, no campo contam os golos e não são marcados pelo facebook nem pelos adeptos.
Para o ano quero a vitória no campeonato penso que a direção e o treinador tem isso bem ciente, agora há que transmitir isso aos jogadores.
Sl
17 Maio, 2017 at 16:42
E se Houve um homem que despertou esse Leão que andava adormecido foi o NOSSO presidente!
Esta tasca tem sido apenas o reflexo medidor desse despertar!
O LDP escreveu e disse! nice.
Vamos lá enterrar os machados e falar de bola/Sporting… com a paixão/romantismo e loucura que isso implica… sem termos todos a certeza que uns são melhores em detrimento de outros. Porque melões só se sabem bons depois de abertos… e falar a seguir que foi uma má compra… é desnecessário de obvio… só dá trunfos ao adversário.
Temos de ser mais inteligentes do que andar a dizer muitas vezes o obvio.
Ninguém nos dá medalhas por dizermos ou expormos as nossas verdades/fragilidades.
E sim … podemos malhar naqueles que já não vestem as nossas cores…. mas se for para criticar enquanto cá estão com o nosso Leão ao peito… que seja construtivamente.
Nós Todos queremos ser Campeão!
17 Maio, 2017 at 16:57
“sem termos todos a certeza que uns são melhores em detrimento de outros”…
…que é aquilo que fazes a toda a hora.
Já agora, o Cherba nomeou-te representante da Tasca para andares para aí a dizer às pessoas que isto fecha ou faz e acontece?
17 Maio, 2017 at 16:46
Um texto de um jogador que percorreu todas as etapas no Sporting Clube de Portugal como guarda-redes até sénior:
Paulo Morais.
Perguntam-me constantemente porquê. O porquê de eu ser de um clube que está há 15 anos sem vencer um campeonato. O porquê de eu sofrer tanto por algo que dizem não me dar nada em troca. O porquê de eu sofrer tanto semana após semana. O porquê de pagar quotas. O porquê de eu acreditar nos ideais. O porquê. O porquê de eu ser do Sporting Clube de Portugal, fiz me homem e nasci naquela casa para o futebol, eles sabem lá!!!!
A resposta muitas das vezes é o silêncio. O silêncio de quem sabe o porquê, mas que não se explica. É o silêncio de quem sente. De quem vive. Dia após dia. Semana após semana. Mês após mês. Ano após ano. É o silêncio de quem nunca abandona. De quem nunca desiste. De quem acredita. De quem não verga. De quem cai, mas se levanta. É o silêncio de quem ama. De quem se orgulha. De quem é fiel. O silêncio de quem luta. De quem conquista. De quem faz das fraquezas forças. O silêncio. O silêncio de quem sabe o porquê. Mas que não se explica.
A última vez que o Sporting celebrou um campeonato português foi a 28 de Abril de 2002. confesso que me apaixonei. Não me apaixonei pela Glória. Apaixonei-me pelo Esforço. Pela Dedicação. Pela Devoção. Apaixonei-me pelos valores que desde sempre me transmitiram. Apaixonei-me pelo orgulho. Pela honra. Apaixonei-me pela própria paixão dos mais de três milhões de fieis seguidores.
Passaram-se 15 anos. 15 anos sem conquistar um campeonato. Mas são 15 anos de paixão. De luta. De orgulho. De fidelidade. De amor intransigente. São, principalmente, 15 anos de Esforço, Dedicação e Devoção. É mais fácil quando se ganha. Quando se conquista. Quando se vence. Quando assim não é, tudo se desmorona. Menos aqui, neste clube. Aqui, muito mais importante que o sucesso, está a honra e o orgulho. Está a paixão de quem comanda o sonho. E nem que venham mais 15 anos… Estaremos aqui, como sempre estivemos e iremos estar.
Terminou mais uma época desportiva. Fica a angústia de não se ter feito justiça que ficou por fazer o ano passado, muita coisa correu mal. Mas há uma certeza: O futuro é verde e risonho. Preparem-se, o Crónico está a chegar!
SPORTING SEMPRE!!!
CUMPRIMENTOS, SL.
17 Maio, 2017 at 16:56
Grande Paulo Morais.
obrigado Tadeu.
17 Maio, 2017 at 20:49
Eu revejo-me inteiramente nas palavras do Paulo Morais.
Tenho orgulho orgulho e honra em ser sócio do SPORTING CLUBE DE PORTUGAL.
17 Maio, 2017 at 17:12
“Não havendo uma dinâmica de conquista, os adeptos não têm nada a que se agarrar, não têm qualquer tipo de cultura desportiva ou de vivência do clube que vá para lá de achar que o seu emblema é o melhor e que merecia (dê por onde der) vencer. A incapacidade de apoiar algo que não ganha (em inglês a palavra adepto é traduzida por “supporter”, não por acaso) é tremenda, porque o “eu” enquanto adepto prevalece sempre…e “eu” sendo adepto de um clube que perde, da forma mais saloia e imatura, “faz de mim um perdedor”.”
Isto para mim sempre foi a essência do SCP. Um clube ecletico e com uma identidade que lhe tem mantido a grandeza mesmo sem vencer muito nos principais desportos. E isto é bom não é mau como o Presidente deu a entender no Post da discórdia nem é a fonte dos males.
Aliás a exigência cega de vitória que leva a vários ciclos de auto-destruição e reformulações, a que não conseguimos escapar também no SCP, são na maioria das vezes prejudiciais. As vitórias vão aumentar de número se tivermos o foco em sermos o melhores possível (em exigirmos Qualidade e não vitórias).
Eu não meço a competência apenas por títulos, para mim a época passada foi um sucesso, o nosso futebol foi em largos períodos de alta qualidade (mesmo quando empatámos em Guimarães e perdemos com o SLB) ver o SCP jogar dava gosto ao ponto de se contarem os minutos para o próximo jogo e é isto que se exige e foi conseguido. Esta época é um falhanço, não porque não fomos campeões mas sobretudo porque a qualidade desapareceu e ir ver os jogos tornou-se uma questão apenas de militância e não de verdadeiro fervor ou prazer.
A conclusão disto é que a exigência é por competência e não por vitórias, estas no desporto não dependem só da competência. Tragam a qualidade do ano passado de volta e os títulos irão surgindo.
17 Maio, 2017 at 17:19
Amaral,
“…ver o SCP jogar dava gosto ao ponto de se contarem os minutos para o próximo jogo e é isto que se exige e foi conseguido.”
Mesmo. Mal acabava o jogo, começava a contagem decrescente para o próximo. E o próximo. Este ano, houve momentos em que foi uma “tortura”.
17 Maio, 2017 at 17:33
O texto do LdP e este comentário : Top!
17 Maio, 2017 at 18:05
Amaral,
A minha grande preocupação é mesmo esta. É incompreensível, como JJ não resolveu o equilíbrio e dinamitas defensivas. Algo em que as equipas dele costumam ser fortes e muito trabalhadas. No final da época e sofrer golos de bola parada não é culpa dos fracos laterais é muito mais do que isso. Permitir imensos contra-ataques era algo que à muito deveria estar ultrapassado.
Percebo que não seja fácil encontrar novos equilíbrios perante a saída de dois importantes jogadores. Com a aposta continuada em Alan pareceu em determinada altura, que alguns problema poderiam estar resolvidos, mas a estratégia global não pode estar fundamentada apenas num jogador, terá de haver alternativas. O momento de forma de William e as lesões de Adrien também não explicam tudo, nomeadamente a falta de concentração em lances de bola parada.
Perante isto a minha duvida é, JJ perdeu capacidades?, acomodou-se ao elevado salário?, são os jogadores que estão descontentes?. Espero, que as ferias permitam avaliar o que não está bem e regressem (treinador e equipa) com a cabeça limpa e todos juntos consigam implementar a qualidade que não duvido continua a existir, em JJ e plantel. E quem tenha de sair que saia e que ingressar que tenha toda a sorte do mundo.
17 Maio, 2017 at 18:06
JJ tem uma bela oportunidade para mostrar o que vale.
17 Maio, 2017 at 18:05
Lá está Amaral…a importância das palavras Qualidade e Competência…os títulos virão por acréscimo! Na época passada foi por muito pouco.
Excelente texto LdP!
17 Maio, 2017 at 17:45
Mayke assinou pelo Palmeiras.. teria sido muito difícil contratar este jogador? Ou somos obrigados a jogar com coxos nas laterais?
17 Maio, 2017 at 18:10
Estamos mal, mas também não é preciso ser lateral e valer milhões para o Sporting o contratar.
17 Maio, 2017 at 18:11
Pena o gajo do Guimarães estar preso aos lampiões.
17 Maio, 2017 at 18:23
Por outro lado o Matheus foi “roubado” ao benfica.
Temos de ser uns para os outros.
17 Maio, 2017 at 18:25
Foi quê?
17 Maio, 2017 at 18:59
o filho do bebeto ia para o benfica e veio para nós
17 Maio, 2017 at 18:38
O Bruno Gaspar? Tem a mesma idade que o Piccini e também teve uma lesão grave. Em condições normais (se não tivesse passe repartido com o carnide) custava menos meio milhão/um milhão que o italiano, mas sabemos que o produto escarlate está sobrevalorizado e tem valor de tabela fixo.
17 Maio, 2017 at 18:54
Hoje em dia o Palmeiras é o clube mais rico do Brasil. E sim… tem mais dinheiro que o Sporting!
17 Maio, 2017 at 18:07
Muito bom post LdP!
17 Maio, 2017 at 18:22
Grande tupperware
17 Maio, 2017 at 18:34
Não quero fugir ao post, mas vamos agora bater o Madeira Sad (19h) e os lampiões vão vencer o porto em casa no sábado.
Só naquela.
17 Maio, 2017 at 18:47
Por mim, um empate dos lampiões com os corruptos serve perfeitamente! Temos é de fazer o nosso trabalho, o resto, infelizmente, não está nas nossas mãos, quando esteve não soubemos aproveitar, agora é rezar!
17 Maio, 2017 at 18:56
Epá, não há transmissão?
17 Maio, 2017 at 19:41
Aparentemente não! E o jogo foi adiado para as 20h, está mau tempo! O pavilhão está cheio de nevoeiro! 😉
17 Maio, 2017 at 19:44
E árbitros atrasados.
17 Maio, 2017 at 18:49
Para alguns, aqui na tasca, o grau de “sportinguismo” parece medir-se pelo apoio a um presidente. E é pena! Porque, para mim, “sportinguismo” sempre foi (também) NÃO fazer parte duma massa acéfala e bronca – que, aliás! sempre associei a turba lampiónica de garrafão na mão…
mudam-se os tempos,
mudam-se as vontades.
Enquanto o cherba não bloquear o meu ip hei-de vir aqui mandar o presidente e o treinador levar nas nádegas se fizerem merda, da mesma forma que venho aqui a gritar golooo! quando a esquadra verde e branca se agiganta em campo e eu não posso estar na bancada a celebrar.
17 Maio, 2017 at 19:06
Acho muito abusiva essa dedução. Pode-se ser Sportinguista de muitos modos , mas passar a vida a arrasar quem foi democráticamente eleito , não descortinar uma única virtude na sua actuação e proferir afirmações como se as eleições fossem amanhã é bem capaz de não ser a melhor forma de Ser Sportinguista.
Nada pessoal , é só uma opinião , o livre exercicio da democracia , a que todos temos direito , principalmente os que discordam de mim.
17 Maio, 2017 at 19:46
Falo por mim:
nao passo os dias na tasca
Na maior parte das vezes nem comento
Ultimamente tenho sido crítica, primero de jj e nas ultimas semanas até do bdc porque estou farta de certas merdas
Venho aqui porque acho a tasca um bastiao de sportinguismo onde posso discutir o clube com outr@s sportinguistas.
E tod@s sabemos que BdC vem ä tasca…
Reconheço em BdC muito mérito, mas esta última época… Convenhamos!!! Sobretudo parece que BdC e JJ sao incapazes de aprender com os erros…Dà-me MEDO. Lamento, mas é o que eu sinto!
E queira deus que o mister e o presidente provem que estou errada.
Sporting sempre: nao tenho, nem quero outro caminho!
17 Maio, 2017 at 18:50
Muito bom texto. Gostaria de ter sido eu a escrever , mas não tenho qualidade para tal.
Obrigado LdP.
17 Maio, 2017 at 19:07
Independentemente do teor não acham uma coisa positiva o Presidente adoptar uma posição de maior recato? Independentemente de concordarmos ou não ( e eu concordo ) não foi sempre há das ideias que a maior parte de nós defendeu o facto de acharmos que o Presidente se devia resguardar?
Eu acho o seguinte:
Houve uma reunião e um acordo entre BC e JJ
JJ pediu ao presidente recato. Este acedeu.
O que terá pedido BC a JJ?
17 Maio, 2017 at 19:45
Para meter o Iuri.
🙂
17 Maio, 2017 at 19:46
o mesmo … ficam quites… e a comunicação social fica sem lena para se aquecer no inverno… que vais ser longo! 🙂
17 Maio, 2017 at 20:23
lenha
17 Maio, 2017 at 21:03
17-18