PROBLEMA: SCHELOTTO E ZEEGELAAR
Para evocar a escala verdadeiramente geológica da questão, apresento o seguinte facto: em conjunto, estes dois defesas-laterais jogaram mais minutos pelo Sporting do que os minutos gastos por Fábio Coentrão a desbloquear a sua situação fiscal em Espanha antes de poder assinar contrato (e com menos resultados práticos). E ainda cá estão, tecnicamente, mas presume-se que não por muito tempo. Ambos, na verdade, reúnem as condições para irem embora muito depressa. Schelotto, honra lhe seja feita, sempre demonstrou a capacidade para ir embora muito depressa; é talvez a sua característica mais elogiável, embora seja frequente vê-lo ir embora muito depressa na direcçãoerrada, com toda a lucidez táctica de um fluxo piroclástico. Se Schelotto vivesse em Pompeia aquando da erupção do Vesúvio em 79, seria hoje um meme viral: uma figura petrificada, preservada para sempre na postura de quem cavalgava a toda a velocidade direito ao vulcão. Entreguem-lhe uma bola e ele cavalga muito depressa até ao adversário. Entreguem-lhe uma lista de compras pararisotto e ele cavalga muito depressa até à secção do esparguete. Existe aparentemente uma proposta para o levar para o Médio Oriente, a troco de cinco cabeças de gado e uma saca de cereais. O principal risco é que apanhe um avião para o Canadá, portanto esperemos que esteja a ser devidamente assessorado.
Quanto a Zeegelaar, líder isolado dos rankings Opta e GoalPoint no parâmetro “Jogador Que Mais Vezes Obrigou os Adeptos a Erguer As Sobrancelhas Com um Ar Incrédulo”, a explicação mais plausível é que se trata neste momento de um homem paralisado por uma hipertrofia de autoconfiança. O homem deixou o insucesso subir-lhe à cabeça. Acredito que atenda cada telefonema do empresário com genuína perplexidade por o mesmo não lhe apresentar convites do Chelsea ou da Juventus. Não será um qualquer Feyenoord a demovê-lo deste elevadíssimo altar: que hipóteses tem a modesta liga holandesa, quando até o planeta Terra parece demasiado pequeno para os seus talentos? O melhor será enviá-lo para um dos exoplanetas habitáveis cuja descoberta a NASA anuncia de meia em meia hora, e deixá-lo criar sozinho a sua própria equipa, o seu próprio desporto, a sua própria sociedade.
Solução: Se aquilo que ambicionamos é um mero upgrade, a solução estará mais ou menos encontrada. Um Fábio Coentrão que entre em campo com um cigarro em cada mão e um esporão calcâneo em cada pé, e que precise de constantes transfusões de sangue durante o jogo para se manter vivo, não conseguirá jogar pior do que Zeegelaar. E arrisco que Piccini conseguirá jogar melhor do que Schelotto até depois de uma lobotomia – ou até durante uma lobotomia.
E no entanto: será sonhar demasiado alto exprimir o desejo de que se contrate um lateral cujo pai é um diplomata marfinense que se apaixonou por uma advogada uruguaia num baile de máscaras organizado na embaixada em Brasília? Que tenha passado a infância no Brasil, antes de se mudar com a família para Alemanha aos 9 anos, onde foi prontamente integrado na Academia do Borussia Mönchengladbach, tendo alinhado em todos os escalões jovens da selecção do seu país adoptivo, embora não ponha de parte a hipótese de escolher a Costa do Marfim ou o Uruguai para a sua carreira sénior? Que se encontre neste momento tapado num clube do meio da tabela na Bundesliga pelo experiente titular, mas não deixe por isso de custar pelo menos 8 milhões de euros, tendo em conta o seu inquestionável potencial? Que seja rápido, forte, potente, meça 1,85m, exiba peitorais de titânio e tranças oxigenadas, tenha um bom primeiro toque e saiba cruzar por alto, embora prefira o cruzamento rasteiro e atrasado? Que se chame, por exemplo, Maximiliano Cissé ou Juan Ramón Traoré ou Pablito Coulibaly?
Não é um conjunto assim tão utópico de características: é meter o scouting a trabalhar, e passar o cheque.
PROBLEMA(S): A VENDA DE RÚBEN SEMEDO, O PÉ DIREITO DE PAULO OLIVEIRA, O PÉ ESQUERDO DE PAULO OLIVEIRA, O TÍTULO DE 1999/00, A PERSISTÊNCIA DA MEMÓRIA, A ILUSÃO TÓXICA DA NOSTALGIA
É a característica mais pitoresca do coro dogmático constituído pelos adeptos de um clube durante o defeso: a convicção de que o propósito central do período de transferências é a regeneração da memória colectiva, e a consequente vontade de reproduzir as condições exactas do maior sucesso do passado recente. A juntar a isto, precisamos de um defesa-central.
Solução: Era uma questão de tempo até tentarmos encontrar uma sequela de André Cruz. Um central trintão, experiente, esquerdino, internacional pelo seu país e com passagens por grandes clubes, mas com uma reputação surpreendentemente periférica para a qualidade que tem e o currículo que acumulou. Que seja alto e até algo corpulento, embora com uma pujança mais etérea do que propriamente física, que seja mais esperto do que rápido, mas que se destaque acima de tudo com a bola no pé, que é como vai passar 90% do tempo em 90% dos jogos. Deste ponto de vista, bem vistas as coisas, o principal problema na contratação de Mathieu é ter acontecido agora e não em Dezembro, como medida desesperada. (E não saber marcar livres, o que é uma pena).
PROBLEMA: FRANCISCO DE OLIVEIRA GERALDES CONTINUA A LER LIVROS.
Solução: Pô-lo a jogar, sempre.
PROBLEMA(S): A PROVÁVEL PERDA DE WILLIAM, A NATUREZA EFÉMERA DA FELICIDADE
Não deve passar desta pré-época: William Carvalho vai levar o seu roupão de flanela e banhar-se numa outra cascata de Martinis, lá longe, no estrangeiro. No seu lugar deixa um vazio, mais profundo ainda no coração de quem sabe quão injusto é o cepticismo que o rodeia. Apesar de tudo, é possível que, caso as coisas sejam bem feitas, os adeptos percam mais do que a equipa, que, para usufruir regularmente de uma fracção do seu talento precisa de transcender limitações razoáveis, com benefícios nem sempre aparentes. William joga como um espelho cuja superfície não reflecte a luz, optando por absorvê-la, anexando confiantemente as suas características. E debaixo daquela elegante solidariedade, notava-se quase sempre uma impaciência severa, um juízo moral em plena execução. Resta-nos colmatar a perda dos inúmeros momentos em que sentimos o cérebro subitamente inundado por químicos de altíssima qualidade (um passe imaculado produz muitas vezes este efeito, especialmente quando se é adepto do Sporting) com a sensação semi-exultante e semi-fraudulenta de que se conseguiu algo a troco de nada.
Solução: Antes de mais, assimilar a noção de que a vida continua. De seguida, resistir à tentação de o substituir por uma réplica e apostar num modelo diferente: um trinco brutamontes, que se comporte como um senhor feudal à procura de camponeses para subjugar, e não como um Prometeu moderno, que nos tenta mostrar o segredo do fogo perante o nosso olhar cretino e ingrato.
PROBLEMA: A BIRRA DE AQUILES
É uma história antiga. Na verdade, é a mais antiga de todas: a Literatura começou assim. No último ano da Guerra de Tróia, décima temporada de Aquiles com a camisola dos Aqueus, o valoroso guerreiro sentiu-se desrespeitado por Agamemnon, quando este lhe roubou Briseia (uma escrava de quem Aquiles se tornara personal trainer a título pro bono) e lhe bloqueou uma transferência milionária para o exército Eólio. Aquiles artilhou uma birra épica, retirou-se para a tenda de campanha, e garantiu numa entrevista exclusiva concedida ao pergaminho diário Jogus que não voltava a sair enquanto a situação não fosse resolvida, comportamento de resto caucionado pelo pai, que tratou de explicar a quem o quisesse ouvir que o seu filho “sempre honrou a camisola grega, e não merece ser tratado desta maneira”. A situação ficou bastante complicada, mas Aquiles acabou por ceder e sair da tenda, prometendo dar tudo em prol do grupo de forma a ajudar as tropas de Agamemnon a conquistar os objectivos, mas o certo é que a qualidade das suas exibições no campo de batalha nunca mais foi a mesma, e o seu estatuto entre os adeptos sofreu por arrasto, e portanto cá estamos.
Solução: Vender o homem por 30 milhões a um clube que os queira pagar será o primeiro passo. Para o seu lugar, quem sabe? Bruno Fernandes parece a escolha óbvia, mas discernir as intenções de Jorge Jesus transformou-se numa actividade cabalística, onde se procura adivinhar a sequência correcta dos caracteres que compõem o Nome divino. Há quem olhe para Bruno Fernandes e veja alguém que pode ter um papel semelhante ao de João Mário, derivando das linhas para fornecer apoios interiores. Há quem olhe para Marcos Acuña e veja alguém que pode ter um papel semelhante ao de Adrien, uma espécie de charrua topo de gama para lavrar o terreno inteiro entre duas áreas. Battaglia, cujas características serão talvez as mais semelhantes, fica a perder em termos estritamente qualitativos, e parece aliás ser candidato a uma posição mais recuada.
Ou seja, a época pode teoricamente começar com um médio-centro adaptado á faixa direita, um médio-ala adaptado ao centro do terreno, e um todo-o-terreno adaptado a trinco posicional. É um cenário intrigante (e que não creio vir a cumprir-se), mas que colocaria estimulantes dúvidas adicionais. Como se comporta Jorge Jesus no seu dia-a-dia? O que faz, por exemplo, quando lhe apetece comer um prego? Compra uma carcaça e um bife de vaca? Ou compra uma almofada e uma courgette e tenta adaptá-las?
PROBLEMA: ORÇAMENTO
De acordo com a internet, continua a existir uma situação de seu nome VMOCs, com respectivos “prazos de conversão”, que pelos vistos não sei quê e não sei que mais.
Solução: Aprender a pronunciar a palavra VMOC de forma mais criativa – o “O” homossexualmente prolongado, um semi-mudo “E” antes do “M” – como se invocássemos o nome de um obscuro poeta simbolista francês, e conduzir todas as conversas, especialmente com adeptos de clubes adversários, para esse campo (“pouca gente fala na profunda influência em Apollinaire da obra de Vemôque”, etc).
PROBLEMA: IURI MEDEIROS
Iuri Medeiros não é propriamente um problema, mesmo que não saibamos ainda o que é. Sabemos o que parecia ser, e sabemos o que pode vir a ser, que são duas coisas algo diferentes, e o jogador lá vai deambulando de empréstimo em empréstimo com este ontologicamente problemático estatuto.
Num conto de Henry James intitulado The Private Life, há uma personagem chamada Lord Mellifont, universalmente reconhecido como a figura mais carismática de toda a Grã-Bretanha, com o dom de dizer sempre a palavra certa na situação certa, e a capacidade para dominar qualquer grupo onde seja inserido. A dada altura no conto, outra personagem (e o leitor) faz uma descoberta assombrosa: Lord Mellifont só existe na presença de terceiros, e desmaterializa-se quando sozinho. A temporária não-existência é o preço da sua enérgica e assídua incisividade: “que outra forma de repouso”, pergunta o narrador, “poderia restaurar tamanha plenitude de presença?”
Gelson Martins e Podence jogam como talentos precoces de 16 anos, e continuarão a jogar dessa maneira durante muito tempo; Iuri joga como um veterano de 34, e joga dessa maneira pelo menos desde os juvenis: como quem protege o segredo do seu declínio, como quem se sabe obrigado a conservar energias, como quem aposta as fichas todas num ataque furtivo e quase sempre bem sucedido. É o equivalente futebolístico a um submarino, cuja eficácia depende de não ser visto até ser tarde demais. Apesar da aposta contra-intuitiva em Alan Ruiz (que, no somatório de qualidades e defeitos, tem mais em comum com Iuri Medeiros do que com qualquer outro jogador do plantel), sabe-se que o actual treinador prefere lanchas rápidas a submarinos atómicos, e que o seu naipe de preconceitos tem menos a ver com tipologias físicas do que com estilos de intensidade. O que ele quer é alguém 90 minutos ligado à corrente, e não quem aparece cinco vezes por jogo a carregar no botão para uma demolição controlada.
Solução: A tentação é escrever “Iuri Medeiros”, mas Iuri Medeiros não é propriamente uma solução para o problema de Iuri Medeiros, mesmo que não saibamos ainda o que é. A solução alternativa é espatifar 16 milhões de euros em Pity Martinez, que a julgar por três jogos e alguns vídeos do YouTube, já fez mais cuecas na vida do que a Victoria’s Secrets, e rezar que tudo corra bem.
Rogério Casanova brinda-nos regularmente com pérolas como esta no Expresso.
10 Julho, 2017 at 13:18
Assino por baixo o que o caro Rogério Casanova escreve, mesmo sem ler o artigo.
10 Julho, 2017 at 13:28
Neste caso não aprovar sem ler seria um exercício fútil, uma vez que a leitura só servirá para confirmar a própria aprovação!
10 Julho, 2017 at 13:42
+49876
10 Julho, 2017 at 14:10
Eu arrisco dizer que tu és o Casanova
10 Julho, 2017 at 13:30
looool “Se Schelotto vivesse em Pompeia aquando da erupção do Vesúvio em 79, seria hoje um meme viral: uma figura petrificada, preservada para sempre na postura de quem cavalgava a toda a velocidade direito ao vulcão” lindo…
10 Julho, 2017 at 13:32
Os Sportinguista não podem deixar que inicie o campeonato … manchado na sua verdade desportiva.
Não podemos colaborar com este sistema e continuar a ser humilhados e gozados.
Está nas nossas mão!
Vamos todos para a maior Praça de de Portugal dar a cara pelo Fim desta Vergonha ( nojo ) Nacional!!
22 de Julho 17h TODOS ao Terreiro do Paço!
O Sporting Não Pode participar nesta Vergonha Nacional!!!
Partilhe! divulguem!! está nas nossas mãos terminar com esta fantochada!
10 Julho, 2017 at 14:26
Grande Tadeu, o dar o mote para se fazer algo contra o nojo instalado no desporto nacional. 🙂
10 Julho, 2017 at 20:22
Para mim não faz sentido começar um campeonato nestas circunstancias. Não faz!
10 Julho, 2017 at 15:06
É isso mesmo Sportinguistas, vós que aí vivem tem que se unirem e protestarem contra esse sistema maldito que á anos é a podridão do nosso futebol. Força grande Sporting.
10 Julho, 2017 at 16:33
Grande Tadeu, concordo e alinho, lamento o silencio institucional do nosso SCP.
10 Julho, 2017 at 20:22
Esta ideia tem horas…pode ser que venham a ter conhecimento e alinhem!
10 Julho, 2017 at 20:07
pela primeira vez sinto admiração pelo Tadeu e julgo que esta iniciativa é meritória! assim se consiga mobilizar a tropa!
eu estou fora do país senão iria de certeza!!!!!!!!!
Saudações leoninas!
10 Julho, 2017 at 20:27
infelizmente tens me visto em “guerras” com alguns aqui no tasco. Admito que não é bonito de se ler.
e algumas vezes tenho disparado ao lado em alguns Sportinguistas.
Mas como poderás reparar… esses nem um cometário fazem a esta ideia.
Dá trabalho sair sofá. São muito Sportinguistas da boca para fora.
Admito que ando um pouco farto da nossa moleza e cobardia!
10 Julho, 2017 at 13:52
“Como se comporta Jorge Jesus no seu dia-a-dia? O que faz, por exemplo, quando lhe apetece comer um prego? Compra uma carcaça e um bife de vaca? Ou compra uma almofada e uma courgette e tenta adaptá-las?”
Este gajo é sublime. SUBLIME!
10 Julho, 2017 at 13:52
Casanova é craque. As cronicas aos jogos do Sporting são imperdíveis
10 Julho, 2017 at 13:55
as experiências na equipa a acontecerem terão de ser curtas. O Sporting tem de entrar forte no campeonato e na eliminatória da champions…
São 15 dias para ver um 11 sério e consistente. Quem chegou de fresco, tem de render.
off:
Napachacha Selevava…
diretora desportiva do Rubin Kazan…
http://osangueleonino.blogspot.pt/2017/07/e-este-o-jornalismo-que-temos.html#comments
10 Julho, 2017 at 13:58
quantas Napachachas estão a noticiar o interesse no William e no Adrien?
não, não há nenhumas propostas.
10 Julho, 2017 at 14:12
Isto é de bradar aos céus.
10 Julho, 2017 at 15:15
Não conheço essa “Napachacha Selevava”, mas já ouvi falar numa “Pachacha Seminova”.
10 Julho, 2017 at 15:30
Me too!!!
😉
SL
10 Julho, 2017 at 19:44
A Napachacha é prima do Belfodil.
10 Julho, 2017 at 13:57
TOP!
Mesmo MUITO BOM !!!!!
Continuo a achar que mesmo que não saia nenhum jogador nuclear (Rui, Coates, William, Adrien, Gelson e DOST) ainda necessitamos de
1 LD
1 LE — acredito pouco no Jonathan
1 EE
SL
10 Julho, 2017 at 14:06
http://www.record.pt/modalidades/andebol/detalhe/sporting-quer-gilberto-duarte.html
Estamos a formar uma grande equipa de andebol. Tiago Rocha, Felipe Borges, Gilberto Duarte…
10 Julho, 2017 at 14:10
Este gajo é o máximo. Escrever humor não é fácil. escrever humor com consistência e durante bastante tempo está ao alcance de poucos. vale sempre a pena ler os seus textos, mesmo que aqui ou ali não concordemos. As descrições de Coentrão e o pedido de ementa de JJ são qualquer coisa.
aproveitando o texto para falar de plantel, acho que falta mesmo é um lateral direito de qualidade e preferia que viesse um decente ao invés do Acuna, (sem desprimor do moço), só que a brincar a brincar só temos o pisccini para essa posição.
De resto é vender vender vender
10 Julho, 2017 at 14:10
Neste momento só quero começar a ver o Sporting tomar forma. Quem fica, quem vai, como vamos jogar, quem se apresenta melhor.
Ainda não vi o suficiente (praticamente nada mesmo) para assumir desde já os maiores problemas deste novo Sporting. Tudo ainda é muito indefinido para conseguir perceber sequer o caminho que estamos a percorrer…
Venha de lá esse estágio na Suíça para clarificar a situação! Só tenho pena de não termos para estágio o Max em vez do azbe jug…já que nenhum dos 2 GR está disponível…o Jug não vai dar nada, não tem qualidade para o Sporting (sinceramente nem para o B…) e por isso tenho pena de ser a opção com o Pedro Silva. Eu acho que nesta fase o GR é mais importante do que parece na construção da defesa…
10 Julho, 2017 at 14:16
O Jug … dado era caro para quem o levasse….
10 Julho, 2017 at 14:22
É difícil construir uma defesa com um GR que parece um infantil a defender…quando dás por ela a confiança da equipa vai toda por água a baixo porque cada erro é a morte do artista…cá a passe em direção da baliza é um lance de perigo…
10 Julho, 2017 at 14:57
Provavelmente teremos de pagar para alguém o levar.
Vamos rezar para que neste estágio, não rematem muitas vezes À nossa baliza.
10 Julho, 2017 at 15:25
Ainda vamos acabar com o Bruno César à baliza. Ou o Ruiz.
10 Julho, 2017 at 16:28
Não sei se…enfim…ficávamos a perder..
10 Julho, 2017 at 14:11
Este gajo não quer ser DD do Sporting?
10 Julho, 2017 at 14:40
Isso não existe. Estás a convida-lo para team manager? Acho que não é preciso experiência nenhuma. Basta ser “de confiança”.
10 Julho, 2017 at 15:05
E eu que julgava que era para defesa direito ahahaha
10 Julho, 2017 at 16:24
Pior que o Schelotto se calhar nao fazia.
10 Julho, 2017 at 15:20
Modernices.
10 Julho, 2017 at 14:11
Soberbo
10 Julho, 2017 at 14:13
Não tenho “andamento” para acompanhar toda a eloquência do Rogério Casanova. Mas que aprecio o seu notável sentido crítico através de um humor singular, isso é um facto.
TOP!
10 Julho, 2017 at 14:16
Eu, às vezes chego ao final do texto e já nem sei bem o que ele quer dizer…tenho de ir ler novamente, agora mais a sério porque me perdi nas imagens…mas adoro ler o que ele escreve…
10 Julho, 2017 at 14:16
Off:
O Borussia Dortmund informou esta segunda-feira que não vai poder contar com Raphaël Guerreiro nos próximos “três a quatro meses”, período previsto para a completa recuperação do internacional português que foi operado ao pé esquerdo.
Num comunicado divulgado através das plataformas que possui na Internet, o clube alemão revela que “a intervenção cirúrgica teve lugar hoje e implica um longo período fora dos relvados” e mostra-se muito incomodado com a informação que lhe foi prestada pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF), a qual terá dado a ideia de que a situação do esquerdino era de menor gravidade.
“Guerreiro sofreu a lesão quando estava ao serviço dos campeões europeus de Portugal no jogo da fase de grupos da Taça das Confederações frente aos anfitriões, a Rússia [21 de junho, n. d. r.]. A FPF informou o Borussia Dortmund posteriormente que o jogador de 23 anos tinha uma contusão no pé. Todavia, exames posteriores realizados em Dortmund revelaram que o pé do internacional português sofreu uma fratura evidente”,
Os médicos da federação ou são incompetentes ou só se preocupam com a “formação” do Mendes… daasssssee com o William tinham feito a mesma coisa à uns anos atras. Estranho não terem obrigado o Guerreiro a jogar também.
10 Julho, 2017 at 14:19
Não sei qual das 2…se nao sabem bem ou se só ligam a alguns…mas que são uma merda são…
Desde há muito…devem ser sempre os mesmos maneis…
10 Julho, 2017 at 14:43
Cherba, proponho uma vaquinha aqui na Tasca para se comprar uma máquina de Raios-X à Federação. Podem por a massa na minha conta que eu depois entrego 🙂
10 Julho, 2017 at 15:05
Deve ser para não acionarem o seguro.
Um povo de batoteiros!
10 Julho, 2017 at 14:35
Começa mal. Schelotto não é o melhor lateral do mundo mas também não é o pior. Na direção de vulcões nunca vi, mas vi-o muitas vezes correr que nem uma flecha para a linha de fundo e cruzar… bem. Para quem já tolerou César Prates, Saber e Arias naquela posição, não percebo tanta embirração com o rapaz.
O resto é um deleite, com momentos altos na imagem “militar” de Iuri (“o equivalente futebolístico a um submarino, cuja eficácia depende de não ser visto até ser tarde demais”) e os dotes costureiros de Pitty Martinez (“já fez mais cuecas na vida do que a Victoria’s Secret”)
Ele há gajos que escrevem bem!
10 Julho, 2017 at 14:38
Cesar Prates?
10 Julho, 2017 at 14:48
Cesár Prates era mau? comparar Schelotto com Cesar Prates é que devia dar direito a cadeia sem passar na casa de partida
10 Julho, 2017 at 14:55
Se o Squelotto acerta-se metade dos cruzamentos e remates do César Prates era um lateral brutal…
10 Julho, 2017 at 15:19
ya
10 Julho, 2017 at 17:22
concordo contigo!
10 Julho, 2017 at 17:26
saiu no local errado. queria dizer que comparar um que acertava algumas com outro que falha algumas é quase um crime.
10 Julho, 2017 at 15:01
Primeira vez, se não me falha a memória, que vejo alguém desdenhar da qualidade do César Prates. Não querias dizer Quim Berto?
10 Julho, 2017 at 15:20
eu defendo-te Bala. o césar prates de vez em quando acertava, mas os cabelos que eu arranquei quando o via perdido na extrema esquerda, com o adversário a atacar pelo corredor dele. se o sporting não tivesse sido campeão em 2000 ninguém se ia lembrar do césar. era como o mpenza, não jogava nada mas eram aquilo que o sporting precisava naquela altura: gajos dispostos a comer a relva.
10 Julho, 2017 at 15:52
mais uma vez… comparar Mbo Mpenza com Cesar Prates devia dar direito a cadeia sem passar pela casa da partida
10 Julho, 2017 at 16:00
calma aí, que cadeia é mais do outro lado da estrada. uma pessoa pode ter opinião, não? e nem sequer disse que não gostava do homem, simplesmente como jogador de futebol não me enchia as medidas. nunca me hei-de esquecer dele, nem de todos os que faziam parte daquela equipa – nasci em 81, e foi a primeira vez que vi o sporting ser campeão.
eternamente grato a todos eles – até ao robaina e ao quim berto!
10 Julho, 2017 at 17:20
haja alguém! sim, césar prates. bom lateral, um gajo que centrava ainda pior que o zeegelar?
10 Julho, 2017 at 18:13
era defesa direito, o que já era bom. deixámos de ter que levar com o saber (se bem que o inácio ainda andou a meter os 2 ao mesmo tempo…).
10 Julho, 2017 at 14:47
Ainda não consegui ler tudo mas já me mijei a rir 🙂
10 Julho, 2017 at 15:17
Boas tardes , é hoje que o futebol parte para a Suíça? e vão todos?
10 Julho, 2017 at 15:35
Estamos todos à espera de saber a lista… mas vou partir hoje de tarde.
10 Julho, 2017 at 15:29
Foi das poucas alegrias no futebol o ano passado ler as crónicas do casanova.
As laterais são para já a grande incógnita.
Só ter Coentrão era muito pouco, ter Jonathan já é melhor.
Na direita um italiano desconhecido, falta mais uma opção para este lugar.
Só no fim de Agosto é que isto ficará resolvido depois de telenovelas infindáveis de entra e sai de jogadores.
Pelo meio uma pré eliminatória onde já vai dar para ver o que esta equipa vale.
10 Julho, 2017 at 15:34
O meu leãozinho já é sócio…158.xxx!
O número de novos sócios parece ter estagnado….
10 Julho, 2017 at 15:53
Parabens!!
10 Julho, 2017 at 15:56
Parabéns!! São eles o futuro do Sporting!
10 Julho, 2017 at 20:32
Parabéns!!!
10 Julho, 2017 at 16:17
Fantástico texto, com uma profundidade intelectual enorme e uma analise literária de alto gabarito, adorei, parabéns a este culto Sportinguista. SL
10 Julho, 2017 at 16:56
Estas crónicas são sempre excelentes. Uma tela pintada com palavras…
10 Julho, 2017 at 17:09
Não é Casanova… é sr. Casanova, se faz favor.
10 Julho, 2017 at 17:30
senhor, tá bom. não confundir com o “doutor” general 😀
10 Julho, 2017 at 17:44
😀
10 Julho, 2017 at 19:34
Como um elefante incomoda muita gente eu tenho uma predisposição natural para, ano após ano, aumentar drasticamente de peso e incomodar ainda mais.
Já agora que a mitologia grega está na ordem do dia, aproveito para pedir desculpa aos tasqueiros por causa dos meus posts extensos e algo obtusos, por vezes.
Ora bem, já que os canso habitualmente, deixando-os tão pior que Sísifo, já sem a energia para levantar mais vezes o pedregulho e o fazerem rolar encosta acima, desta vez, para os descansar, prometo ser breve.
Tudo o que envolve a equipe do Sporting para a próxima época deixa-nos numa expectativa ansiosa sem sabermos ao certo se a “promessa” do Presidente quer dizer “mais alunos de Alcochete” ou , “quase sem alunos de Alcochete”.
A mim só me interessa que se faça o necessário para vencermos de vez, este ano. Para o resto vai-me faltando a paciência. A discussão sobre este e aquele se sai, se chega, se vem, se reina é uma discussão maçadora.
Principalmente, neste momento em que anseio mais por ver Dédalo matar Talo e Ícaro levantar voo de Creta para que, finalmente, o Sol lhe funda as asas e ele se precipite no Mar Icário e morra afogado. Isto, segundo a tese que entende as asas de Ícaro como sendo de fina cêra. Outros que preferem a tese de as asas de Ícaro terem sido tecidas pelas Fúrias e nesse caso, feitas de linho, o Sol tê-las-á incendiado acabando, mais uma vez, a sua morte por afogamento por ter o mérito de acabar com uma história verdadeiramente estúpida.
Para mim, a história é triste mas necessária pois, quem sobe mais alto que aquilo que deve, faz a vontade ao Rei e morre estupidamente.
Espero que o Rei (o Poder Público) visto que o primeiro ministro só os mails permitiram saber quem é, faça ao Benfica aquilo que Minos fez a Dédalo e a Ícaro. Espero que os exile para a Ilha da Segunda Divisão, sem permitir que de lá alguma vez saiam. A minha esperança não acaba aqui porque o Ícaro desta história é o arguido-Luís, cuja queda em chamas acredito venha a acontecer em breve, despenhando-se então, na Ria de Aveiro (a coisa mais parecida com o Mar Icário que por cá temos).
Portanto amigos, Se queremos ser campeões, temos de dar conta do Estado Lampiâmico, primeiro, manter na equipe, mais esta época, Patrício, Adrien e Gelson e finalmente ter a melhor equipe Portuguesa contratando, com ou sem VMOCS que, estando eu de acordo com o Presidente, não são fonte de preocupação, os jogadores que façam a diferença nas nossas capacidades ofensivas e defensivas.
Se são formandos nossos, se não, estou-me a borrifar. Quero é que joguem e ganhem todos os jogos que venham a disputar internamente, na época que vai arrancar. Se o não fizerem desse modo e o Estado Lampiâmico não implodir, então, independentemente dos esforços de todos nós, designadamente, aqueles despendidos pelo Presidente, todo o dinheiro que já começámos a gastar e aquele que ainda não parou de ser gasto em aquisições é investido em vão.
Mais a mais, na Mitologia Grega há muitas outras histórias para contar que se adaptam, que nem uma luva, ao futebol Português.
10 Julho, 2017 at 21:34
A descrição do Sir é absolutamente primorosa e a sua análise de Iuri não lhe fica atrás. Rogério é um Grande e é dos nossos. Chapéu.
10 Julho, 2017 at 22:32
Soberbo, como sempre.
Comecei a ler com atenção no Euro e nunca mais larguei.
11 Julho, 2017 at 2:43
Só li isto agora. Não concordo quanto aos laterais, fizeram deles os culpados do insucesso da última época. Quanto ao adrien concordo, a solução para o william acho que é a que o jota procura (comentário do ano passado acerca de tornar o palhinha no novo javi) e subscrevo completamente o que diz sobre o iuri!! Mais uma vez foi uma leitura divertida, dando 10-0 ao que os bonecos do azar do krajl fazem no mesmo espaço do expresso
11 Julho, 2017 at 7:25
Adorei.
Assenta bem nesta tasca.
Um gajo que a pensar ter graça, diminui jogadores da sua própria equipa.
Há umbigos do tamanho da cratera do Vesúvio, de facto.
Não admira que seja tão acarinhado na Tasca…
Humor, chamam-lhe.