Três das quatro contratações mais caras do Sporting juntaram-se à grande referência atual da formação do clube e montaram o ataque temível que esteve em 14 dos 15 golos leoninos num agosto “limpinho”
Desde que Bruno de Carvalho assumiu a liderança do Sporting, em março de 2013, o clube tem vindo a fazer uma visível alteração de paradigma a nível de futebol mas a prática tem dado razão à teoria.
Em risco de insolvência, a SAD verde e branca apertou o cinto em 2013/14 com Leonardo Jardim ao leme da equipa e proporcionou uma série de “promoções” de miúdos como potencial, sendo William o melhor exemplo disso mesmo. Na temporada seguinte, com Marco Silva, houve um pequeno aumento a nível de investimento, mas sustentado nas alienações feitas no Verão e nas cedências temporárias, como a de Nani. Em 2015/16, chegou Jorge Jesus.
Em termos desportivos, o antigo técnico do Benfica ganhou apenas uma Supertaça, logo na estreia pelos leões e contra a ex-equipa. Mas passou a pensar como os outros ‘grandes’. Encaixes como o de João Mário (40 milhões, mais cinco por objetivos) ou Slimani (30 milhões, mais cinco por objetivos) não existiam em Alvalade mas têm a tendência de se tornarem regra, da mesma forma que investimentos como Dost (dez milhões, mais dois por objetivos), Acuña (9,6 milhões, num acordo com outras vertentes com o Racing) ou Bruno Fernandes (8,5 milhões, mais 500 mil por objetivos) não eram a prática mas entretanto passaram a ser comuns.
Com a recuperação financeira e a melhoria desportiva, o Sporting quis entrar no ciclo FC Porto (sobretudo há uns anos) e Benfica (nas últimas temporadas): gastar pensando no retorno financeiro. A mais-valia percentual de alguém que é comprado por um milhão e depois sai por cinco é de 500%, tal como a de alguém que chega por oito milhões e saia por 40. Nos números, é diferente: em vez de se ganhar quatro, ganha-se 32, oito vezes mais. Mas aqui há sempre o plano desportivo a ter em conta e a verdade é que os quatro mosqueteiros do ataque leonino (aos três supracitados junta-se o menino da formação, Gelson Martins) estão a dar cartas neste início de época.
Acuña marcou um golo e fez quatro assistências; Gelson Martinsmarcou quatro golos e fez uma assistência; Bas Dost marcou quatro golos; Bruno Fernandes marcou três golos e fez uma assistência. Ou seja, estiveram em 14 dos 15 golos apontados pelo Sporting nos primeiros seis encontros da temporada, “falhando” apenas o quinto golo em Guimarães, apontado por Adrien após combinação com Iuri Medeiros (o tento de Battaglia em Bucareste, não resultando de uma assistência direta, nasce de uma defesa incompleta a cabeceamento de Dost).
E foi assim que, apoiado numa estabilidade defensiva ganha com jogadores experientes (Coates, Mathieu e Fábio Coentrão), os comandados de Jorge Jesus passaram o mês de agosto de forma exemplar, até porque o empate com o Steaua em casa não teve qualquer prejuízo nas ambições de entrada na Champions. Só isso deu logo à cabeça 14,7 milhões de euros. E assim se vai tornando um custo num investimento.
texto publicado no jornal Observador
29 Agosto, 2017 at 8:23
Estou a gostar do inicio, mas o campeonato do Sporting vai ser definido em Dezembro.
Todos os anos é a mesma coisa.
Até quando o JJ chegou chegámos a dezembro e fomos perder na Madeira (unica derrota da primeira volta) o que teria sido suficiente para passar o carnide no final do campeonato.
Temos mais uma vez os jogos mais dificeis nesse mês, com Barcelona e carnide, ambos fora.
Se for possivel passar Dezembro com nota positiva então sim, diria que estamos na rota do titulo, se *broxar* tudo nessa altura então temos de ser realistas e ver que não chega para o titulo.
29 Agosto, 2017 at 8:42
“Perdemos” o campeonato no início da 2ª volta.
A espera do fcp -slb rendeu dois empates. 4 pontos para os colossos rio ave e Tondela.
29 Agosto, 2017 at 10:14
O campeonato foi perdido contra o carnide, ao termos o Ruiz a falhar o golo.
Mas não é esse o ponto. Desde há muitos anos que o Sporting comeca a perder o campeonato em Dezembro. Na altura do jejum era chamado o fantasma de natal ou maldicão do natal ou o crl… depois a CS deixou cair isso, mas a verdade é que mesmo na nossa melhor epoca de sempre (em termos pontuais) perdemos pontos em Dezembro de forma parva, com a unica derrota da primeira volta. Mesmo o porto não passaria o ano em primeiro sem esse deslize, claro que depois de ganharmos o derby voltou tudo ao mesmo na jornada seguinte e terminamos a primeira volta em primeiro, mas o carnide recuperou aí 3 pontos aos dois lideres sem ter feito nada.
Este ano temos dois jogos grandes fora…. que se se traduzirem em derrotas podem deitar tudo a perder. Mas claro, ainda sobra muito campeonato depois disso.
29 Agosto, 2017 at 19:01
Há um ano, se não me engano, também concluimos o primeiro ciclo de 4 jogos com 4 vitórias.O pior veio depois. Este ano temos o crédito de vencer o play off
POSITIVO
-Boas prestações dos reforços, BFernandes,Acuña, Mathieu, Contrão, Bataglia,Piccini e Doumbia
-Maior capacidade na meia distância e marcação de livres
NEGATIVO
-Dificuldade de recuperação, algo recorrente, depois dos jogos europeus
-Pouca rotatividade dada, sobretudo a Iuri, Dala,Palhinha .
Vai seguir-se um 2º ciclo também de 6 jogos em 20 dias, mais dificil que o 1º dado que comporta Barcelona, Olimpiakos e Porto mais 3 para o campeonato, Feirense,Tondela e Moreirense onde temos tudo a perder e pouco a ganhar e o Sporting continua a ter dificuldades com os autocarros.
Exige-se muita concentração.