Com a vitória sobre o Feirense (3-2) graças aos golos de Coates, Bruno Fernandes e Bas Dost, no último minuto, o Sporting registou o melhor arranque de Liga dos últimos 24 anos. São cinco triunfos em cinco jogos, estando a apenas um de 1993/94, quando a equipa treinada por Bobby Robson conquistou os três pontos nas seis primeiras jornadas do campeonato. “O Sporting tinha uma grande equipa, talvez até superior a esta”, admitiu Carlos Jorge, elemento desse plantel leonino que não considera que o início prometedor do conjunto verde e branco deva motivar qualquer expetativa extra: “só significa uma coisa: o Sporting começou bem. Mais nada. Não significa que vai ser campeão ou que vá fazer uma grande época porque ainda falta muito campeonato”.
Os encontros vencidos contra o SC Salgueiros (2-1), Vitória de Setúbal (3-2), Estrela da Amadora (4-0), Belenenses (3-1), Farense (1-0) e CF União (1-0) abriram as hostes do campeonato do Sporting em 1993/94. Essas partidas foram marcantes para quem os viveu, que nos contou o estado de espírito vivido no seio do clube, entre jogadores e adeptos leoninos.
“O Sporting, nesse ano, começou dessa forma e eu lembro-me perfeitamente que, sabe como é que é, quando se começou a ganhar cinco ou seis jogos já toda a gente falava em ser campeão. Foi um arranque fantástico e motivante, mas depois tivemos logo uma quebra”, começou por dizer Carlos Jorge ao Bancada.
A “quebra” a que o antigo defesa-central se refere aconteceu entre outubro e dezembro de 1993, período em que o Sporting sofreu derrotas com o Celtic, Boavista e FC Porto e foi eliminado da Taça UEFA pelo Casino Salzburgo, o que motivou o despedimento de Bobby Robson por parte de Sousa Cintra, presidente. Quem o substituiu foi Carlos Queiroz.
Carlos Jorge, por sua vez, chegou a Alvalade na época anterior mas nunca se afirmou como primeira opção no Sporting. Ainda assim, cumpriu os 90 minutos nos dois primeiros encontros da Liga em 1993/94 numa equipa que considera ter sido de grande valia, ainda que não tenha conquistado o título.
“Na altura, e não foi campeão, é verdade, o Sporting tinha uma grande equipa, talvez até superior a esta. O Sporting tinha muito bons jogadores, talvez até uma das melhores equipas de lá para cá, na minha opinião”, proferiu, apontando Jorge Jesus como uma das principais armas do Sporting 2017/18.
“Nestes últimos anos, o Sporting tem um treinador com muito conhecimento na matéria, bom currículo e dados adquiridos, o que é uma mais valia. Nós tínhamos um treinador que não conhecia tanto o futebol português como o Jesus conhece, essa é uma realidade. O Bobby Robson estava lá há um ano e qualquer coisa. Agora, em termos de qualidade o Sporting desse tempo era superior a esta equipa”, referiu Carlos Jorge.
Queiroz ainda conseguiu estar um longo período do campeonato sem qualquer derrota e a vencer larga maioria das partidas. O título estava à vista e os leões tinham uma grande oportunidade de conseguir reaver um troféu que lhes fugia desde 1982. Contudo, os jogos entre os três grandes foram determinantes, e nesse capítulo o Sporting foi o mais fraco ao perder todos os jogos disputados contra Benfica e FC Porto. Os encarnados até foram ao antigo Estádio José Alvalade vencer por 6-3, num jogo que ficou na memória de todos.
O campeão nacional acabou por ser o Benfica, com apenas mais dois pontos que o FC Porto e três que o Sporting, que ainda perdeu a final da Taça de Portugal para os dragões.
“À partida, as equipas têm de perceber que o campeonato acontece muito entre os três grandes. Se acontecer o mesmo este ano [perder todos os jogos com Benfica e FC Porto], o Sporting não será campeão. Perder com um grande faz com que a equipa se desmotive um pouco, enquanto ganhar faz com que a equipa fique mais forte psicologicamente”, contou Carlos Jorge.
Este ano, o Sporting também está a começar de forma positiva. O registo, ao fim de cinco jogos, até é semelhante (13 golos marcados e quatro sofridos em 1993/13 golos marcados e três sofridos em 2017), mas o madeirense Carlos Jorge, que já viveu a experiência anterior, prefere não embandeirar em arco e até recorda que a formação verde e branca tem conseguido vitórias tangenciais, como aconteceu com o Vitória de Setúbal (1-0), Estoril-Praia (2-1) e, agora, Feirense (3-2).
“É sempre bom começar assim, com cinco vitórias. Agora, é preciso perceber a forma como o Sporting ganhou. Ganhou no limite, como ontem, por exemplo. Aquela vitória cai do céu. Apesar de ser um penálti que, na minha opinião, é bem assinalado, não vai acontecer todos os jogos. Da mesma forma que aconteceu com o Benfica, também. O Sporting está motivado e é sempre bom ganhar, mas não pode cair em excesso de vaidade porque há muito campeonato pela frente”, finalizou.
10 Setembro, 2017 at 22:24
Subidas à I liga são jogadas 70/80% fora das quatro linhas. Continua tudo igual ou pior. Porquê? Porque o país é o mesmo
10 Setembro, 2017 at 22:57
Eu valorizo muito o arranque…são aqueles pontos desperdiçados que normalmente se esquecem! Mas mais importante é ganhar o próximo até porque será na ressaca de um jogo europeu e em casa (incrivelmente sofremos muito em Alvalade) e já com o clássico em perspetiva! Todos os pontos são importantes…
10 Setembro, 2017 at 23:08
Normalmente nesta fase já fomos bem gamados e andamos logo atrás do prejuízo, onde a pressão é bem maior.
10 Setembro, 2017 at 23:14
BC com febre fica em Lx e andar à mocada com o caracolinhos deve fazer parte do tratamento.
10 Setembro, 2017 at 23:39
Muito bem o Inácio a explicar de forma simples o que quis dizer BC sobre o tema “carreira do William”.
10 Setembro, 2017 at 23:45
Tranquilidade…
Esta 3/4ª feira vai ser importante para ver o que cada um vale.
O fecepe só tem jogado contra mancos (estive a ver um bocado do Braga em Setubal e começo a duvidar da minha aposta do Domingos ser o primeiro a sair), e de semana a semana.
O Barrote anda nervoso, mesmo tendo 60% do país a passar-lhe a mão no pêlo, sente-se acossado. JOgam pevide, e a meio da semana o sermão não costuma ser cantado.
Quanto a nozes… vai ser o primeiro teste ” a sério”. O Steua, grassasadeus, era fracote. Os gregos, não sendo o que foram, têm sempre equipas aguerridas e é um ambiente complicado.
11 Setembro, 2017 at 0:20
O Abel vai de vela primeiro que o choramingos
11 Setembro, 2017 at 0:33
Difícil dizer. Pena não apanharmos belem e braga com estes dois…
11 Setembro, 2017 at 0:37
Pra semana perdem com o Guimarães. E o Abel vai embora
11 Setembro, 2017 at 0:45
Não pode ser pq o Salvador disse que ia ser campeão com ele.
11 Setembro, 2017 at 1:45
Ainda hoje me lembrei desse desejo do Salvador para esta época.
Está quase…
11 Setembro, 2017 at 9:32
Aposto que o CSKA não perde na luz. Aquela defesa é só buracos e sem o fejsa ainda dão mais espaço.
11 Setembro, 2017 at 1:03
Assim anda o futebol português:
“A acusação do processo “Jogo Duplo”, que envolve 27 jogadores, agentes, treinadores e dirigentes de futebol, está em risco.
Advogados alegam nulidades e insuficiências no inquérito e também contestam as suspeitas de associação criminosos. Em causa um esquema de viciação de resultados de jogos oficiais das épocas 2014/15 e 2015/16, da Segunda Liga, para uma rede de apostas desportivas online baseada na Ásia.” JN
12 Setembro, 2017 at 0:00
Arranjam sempre maneira de sobrepor a forma ao contudo.
11 Setembro, 2017 at 8:50
Não posso concordar com a conclusão.
Se os jogos entre os rivais fossem os mais importantes teriamos sido campeões há duas epocas. Em 6 derbis perdemos…. um, e ainda assim o carnide passou em primeiro. O importante são todos os jogos pequenos em que um gajo perde pontos, porque uma vitoria são sempre 3 pontos…. claro que o carnide ao ver empates transformados em vitorias consegue chegar ao final com mais pontos.