Não foi tarefa fácil escolher o jogador para abrir esta nova rubrica na ementa. Afinal, são décadas de pseudo craques, de flops, de gajos que perguntas a ti mesmo “como é possível este gajo chegar a vestir a camisola do Sporting?”. Mas, depois de colocados em cima da mesa os nomes dos candidatos, existiu um factor diferenciador: “Sou melhor que o Maldini!”.

 

balajic

 

Estávamos em plena pré-época 1996/97, as férias de verão já não tinham três meses, mas quase (bastava safares-te na primeira leva de exames da faculdade) e quando lês uma coisa destas… és obrigado a parar. Caramba, o Maldini era o Maldini e este croata chegava com a desfaçatez de dizer-se superior ao Paolo? Era esperar para ver. Afinal, tratava-se de um internacional croata, muito bem referenciado por épocas de sucesso ao serviço do Varteks (pois…).

Em Alvalade vivia-se mais uma revolução, com Norton de Matos como Director Desportivo e uma declarada aposta no mercado belga, donde veio o mister Robert Waseige, seguido do redes De Wilde e do camaronês Missé-Missé (a quem ofereceram como companheiro de ataque um tal de César Ramirez). Mas eu queria era ver o Balajic, o gajo que é melhor do que o Maldini.

O problema é que o cartão de visita não correspondeu ao futebol apresentado e Balajic revelou-se uma antítese de Balakov. Nunca conseguiu roubar o lugar a Pedrosa e até o jovem Carlos Fernandes lhe passou à frente, o que fez com que este verdadeiro marreco apenas contabilizasse meia dúzia de jogos com a camisola verde e branca e fosse recambiado de volta a casa assim que a época terminou.

Hoje, se se cruzarem com Andrija Balajic, figura maior da história do Varteks, por certo ele dir-vos-á que foi melhor do que o Maldini. E que podia ter formado duas alas de sonho com Gil Baiano à direita, mas essa… essa é outra história.

 

Quando se sente inspirado, o homem do balcão vai para a cozinha e prepar um daqueles petiscos que vos faz lembrar aquela tia que não sabia cozinhar, mas que insistia em organizar almoços de família todos os domingos