Enorme noite de Bas Dost, marcando três golos e estando ligado aos outros dois, apontados por Acuña. Podence, Piccini e Gelson foram as outras figuras de um jogo onde o Sporting até podia ter ganho por mais e onde o árbitro Rui Costa deixou claro que o VAR só vê o que um padre quiser ver
O jogo era marcado por causas. Cancro da mama, incêndios, causas bem mais sérias do que uma partida de futebol. E se Bas Dost já andava com cara de poucos amigos por estar há meia dúzia de jogos sem poder festejar um golo, entrar em campo num jogo envolto em tanta seriedade foi como mandarem o holandês com a sua canção a passar-lhe em loop no cérebro.
I was caught, In the middle of a railroad track, I looked round, And I knew there was no turning back
E a verdade é que ainda nem estavam decorridos seis minutos e já a turba se agitava: canto de Bruno Fernandes e o 28, felino, a movimentar-se e a atacar a bola primeiro que todos os outros com uma cabeçada fulgurante. Na na na na na na na na… Bas Dost vinha com fome de golos, vinha com fome de bola e isso notava-se a cada movimento. Dele e de Podence, aposta certeira (e tão desejada) para dinamitar as entre linhas flavienses. Durante a primeira parte, onde o pequeno 17 trocou várias vezes de posição com o 77, Gelson, o corredor direito do Sporting funcionou quase na perfeição e foi daí que nasceu o segundo, à passagem dos 15 minutos: Podence baixa, serve de pivot, mete em Piccini e arranca por ali fora; o italiano mete com conta peso e medida para a velocidade do Daniel e este cruza de primeira para aquela zona onde Bas Dost é mortífero. 2-0!
Sound of the drums, Beating in my heart, The thunder of guns, Tore me apart, You’ve been, Thunderstruck
Dost corria quem nem louco para abraçar Podence, num abraço de alguém cheio de saudades de ter uma bolinha metida daquela maneira. O Sporting tinha o adversário à beira do KO e com o carrossel ofensivo Acuña aparece ao meio, ajeita para a canhota e tenta um golaço que não passa muito longe. Depois, Gelson é derrubado dentro da área. Rui Costa dá-lhe amarelo por simulação, mas interrompe o jogo para consultar o vídeo árbitro. Padre orgulhoso, mantém a sua decisão quando está à vista de todos que foi penalti. Uma vergonha. Mais uma.
Mas nada parava o Sporting. Podence tem um passe de génio a desmarcar Dost, picando a bola por cima da defesa, e o 28 tenta um chapéu ao redes que termina a centímetros do poste. Logo a seguir, é o holandês a inventar um passe fantástico que deixa Gelson na cara do redes antes de fazer a assistência para Acuña encostar. Tudo decidido.
Como seria de esperar, a segunda parte não teve tanta velocidade. Gelson continuava a partir rins, Dost continuava a ser figura, agora embalado por Piccini, que se irritou com ele mesmo de ser tão inconsequente ofensivamente, roubou uma bola, foi por ali fora em diagonal e deu ao 28; o holandês tem um gesto técnico tão estranho quanto eficaz e deixa redondinha para a bomba de Acuña. 4-0 e se achas estranho não se falar de ataques do Chaves é porque o Chaves, efectivamente, não criou uma oportunidade de golo a sério até aos 92′, altura em que Davidson apanhou a defensiva leonina já desligada e foi por ali fora, com estilo, para um golo artístico.
E falo-vos deste golo antecipadamente, porque seria muito injusto não terminar a crónica com ele, o homem que voltou aos hat-tricks frente ao adversário a quem tinha oferecido o último conjunto de três batatas. Gelson, com toda a calma, esperou a subida de Piccini e meteu-lhe a bola bem puxada, à linha; o lateral fez o que mandam as regras e meteu-a por alto à espera que o gigante holandês voltasse a voar sobre os centrais. E ele lá estava, ainda com a sua canção em loop, cabeceando para o quinto enquanto se escutava And I was shaking at the knees, Could I come again please, Yeah them ladies were too kind, You’ve been… Thunderstruck!
23 Outubro, 2017 at 7:54
“O Bas Dost não vale nada. Só destrói. O Piccini é horrível. Etc, etc…”
Ups….
23 Outubro, 2017 at 9:42
Há muitos , incluindo eu que ultimamente costatamos um facto: o bas estava a jogar uma merda nos últimos 2/3 jogos…
Voltou e em boa hora, que precisamos muito dele.
Quanto ao piscini eram 80% aqui a dizer que o homem não prestava. Quanto ao lateral sempre estive tranquilo, mais que não seja pela capacidade atlética.
Digam lá agora, se não é MUITO melhor que o schelloto? E ainda há ristovsky
23 Outubro, 2017 at 10:35
Boas Jx,
Concordo contigo. Também por aqui escrevi que o Bas não andava bem, mas em nenhum momento coloquei em causa a sua mais valia. Contudo, o que mais se leu foi que o homem não prestava, que “matava” o jogo ofensivo, que era apenas um pino, etc….
O homem ontem teve apenas em todos os golos…
23 Outubro, 2017 at 8:05
Bom dia caros amigos…
Eu poderia dizer que “me impressionou” o jogo di Sporting ( mas o que vi a equipa fazer… é o que espero que ela faça…)
Não… o que me impressionou de verdade, foi “a sujeira” que o árbitro “conseguiu” fazer…como se pode ser assim tão incompetente…?
Foi ontem…
Que estive quase… a dizer um palavrão…
Mas ninguém “quer” ver uma coisa destas…?
E para terminar…:
Obrigado a toda a equipa…
Só vocês “me faziam” ir ontem a Alvalade…
Abraço e boa semana para todos…
SL
23 Outubro, 2017 at 11:41
Ontem também fui sozinho, os meus companheiros ficaram no sofá … mas eu tinha que ir ver a Manita de prata ao vivo!
Abraço e boa semana para o Max 🙂
23 Outubro, 2017 at 8:10
Entrada como se pedia. Com tudo! Estádio muito bem composto e adeptos descansados bem cedo.
É curioso que tirando Podence (e Dost, que fez o que um Pl deve fazer) ninguém fez uma exibição por aí além.
Mas a equipa foi isso mesmo. Equipa. Solidária e a não dar qq hipótese ao adversário.
O meu destaque é para Acuna. Qq treinador gosta de ter um jogador destes…
Perante a vergonha que foi o terceiro golo dos lampiões, não podemos facilitar de forma alguma e em Vila do Conde não há desculpas. Sem Xico e os dois expulsos, é vencer primeiro e só depois pensar na Juve.
23 Outubro, 2017 at 8:52
e joga sem parar há meses! imagina quando tiver descanso! Acho que pode render mais ainda
23 Outubro, 2017 at 8:14
Sporting muito forte…
chaves muito fraco, pelo menos taticamente.
este Sporting teria feito a diferença na jornada anterior.
23 Outubro, 2017 at 8:26
Grande Vitória! Daquelas que tudo corre bem e nos deixa com um sorriso enorme o resto da semana!
E com Dost a ser Dost (que saudades Pá). Doi-me a alma cada vez que vejo criticas ao homem (que não joga, só estorba, que isto, que aquilo…,) o homem está lá para fazer golos!
23 Outubro, 2017 at 8:27
METE O PODENTCE! 😀 🙂
23 Outubro, 2017 at 8:35
Goleada, muito boa exibição, regresso em grande de Bas Dost, aposta num fantástico Daniel Podence e mais alguns jogadores em muito bom plano.
Uma noite em cheio!
23 Outubro, 2017 at 8:35
Dost, fantastico dentro e fora de campo. A flash dele foi espectacular. Me happy.
Podence trouxe aquilo que nos andava a faltar nos ultimos jogos, velocidade e fantasia. Aquele passe picado em qqur o Dost falha por pouco o chapeu é um bom exemplo disso.
De resto, e como diz o Brave, ninguem jogou por ai alem. Ate se falharam bastantes passes podiam ter dado dissabores.
Uma palavra para as subs de JJ. Sempre as mesmas….
Nem num jogo que tamos a ganhar por ter ou 4 arrisca meter outros.
Se nao mete o Bebeto num jogo destes vai meter quando? Podia ter posto o Risto a LE em vez do BC. Sao sempre os mesmos 14/15
23 Outubro, 2017 at 9:26
Porque o que interessa neste momento é que os 15/16 mais importantes tenham ritmo para serem titulares a qualquer momento. Não vale a pena dar 20 minutos a um gajo que amanhã vai para a bancada e depois volta a ir. Mas dar 20 minutos hoje + 20 amanhã a um que depois de amanhã é titular…isso sim, vale a pena.
Quanto ao Ristovky a lateral esquerdo…não é no jogo que vai experimentar. É nos treinos…mas concordo contigo que podia ter mais minutos (possivelmente é o único que eu concordo) e até pode vir a ser importante que tenha mas na lateral direita. Mas também percebo a dificuldade do JJ em tirar o Pisccini que dá muita consistência à defesa…
23 Outubro, 2017 at 9:59
Para quê? Temos um grande le chamado acuna
23 Outubro, 2017 at 14:26
A dificuldade de tirar o Piscini que dá consistência à defesa e a facilidade de tirar o Podence que dá consistência ao ataque…
23 Outubro, 2017 at 8:39
Bom dia tasqueiros,
Grande noite ontem em Alvalade, é bom ver jogos descansado com 3-0 ao intervalo. Nem o apitador gatuno chegou para nos parar.
O Braveheart escreve que só Podence e Bas Dost estiveram acima da média, imaginem se todos jogassem muito, curiosamente até o Cazanova esta semana está abaixo da média 😀
E O SPORTING É O NOSSO GRANDE AMOR
23 Outubro, 2017 at 9:22
Individualmente sim, mas o que conta no fim é o resukyadiresultado da equipa.
😉
23 Outubro, 2017 at 12:43
Não sou grande fã dessa vodka.
23 Outubro, 2017 at 18:33
I was abducted.
23 Outubro, 2017 at 8:45
A equipa esta época está diferente a gerir as ressacas europeias. Quem não se lembra da epoca passada e do descalabro em Vila do Conde após o jogo de Madrid? Pois ontem, tivemos direito à exibição mais categórica e à vitória mais concludente em casa da época e depois de um jogo europeu exigente com a Juventus.
Podia ter sido 6-1 com o penalty claro sobre Gelson que Rui Costa não quis ver, não fosse alguém dar-lhe cabo da nota… mesmo com o VAR (a ideia que dá é que Bruno Esteves alerta Rui Costa para a falta) o Sporting é duplamente penalizado, pois Gelson acaba por levar amarelo estúpido e completamente injusto. Como não marcar penalty sobre Gelson e assinalar falta em Vila das Aves no segundo penalty do Carnide? Já se percebeu que o plano B da tática de RV tem o nome de código “Piscina” mas não abusem… foi falha do SIRESP para as comunicações com o VAR estarem interrompidas? E já agora se querem ter credibilidade reportem as falhas do sistema de imediato e não depois das asneiras dos árbitros…que ainda por cima beneficiam sempre o mesmo clube.
Muito bem JJ a não valorizar o post de Podence na véspera onde revelava insatisfação pela pouca utilização. Podence mostrou que se pode contar com ele e Dost agradeceu. Dost que está de volta. Como era importante que redescobrisse os caminhos da baliza… Até Alan Ruiz esteve bem, bem como Piccini e Acuña.
Agora temos já na sexta um jogo muito complicado em Vila do Conde. Que se encare com esta seriedade e seguiremos em frente. Os tripeiros estão fortes, mas nós também e é importante mantê-los sob pressão. Quanto ao Carnide, enquanto tiverem estas ajudas serão sempre candidatos.
SL
23 Outubro, 2017 at 9:19
Uma ressaca europeia é apenas quando a equipa tem uma carga imensa de jogos em pouco tempo.
Neste fds tivemos um jogo após jogar na quarta, mas a equipa teve parada umas duas semanas. Tirando aquele jogo de treino em Oleiros (que até foi jogado uma semana antes de Turim). A equipa teve repouso suficiente para recuperar.
Apenas na proxima semana se pode falar de uma ressaca europeia, pois a carga de jogos já será mais consideravel.
A titulo de curiosidade, as equipas que jogaram na Champions ganharam 19 jogos este fds (Besiktas ainda vai jogar), na primeira jornada europeia ganharam 21. Na segunda jornada apenas ganharam 16, e foi exactamente quando a carga de jogos já estava a pesar mais.
E das 11 equipas mais fracas (32 jogos pois o Besiktas ainda não jogou) ao todo apenas ganharam 13 jogos nessas jornadas de ressaca.
23 Outubro, 2017 at 9:53
O que é certo é que na época passada mesmo com calendários menos apertados a equipa claudicou após jogos europeus (obviamente que não nego que é pior quando se concentram muitos jogos). E a sequência Madrid – Vila do Conde da época passada não foi propriamente no final da época…e não é apenas o fator físico que pode ser determinante. O relaxamento mental e menor concentração também fazem mossa. Esta época a equipa parece mais focada e concentrada e isso é bom.
23 Outubro, 2017 at 10:07
Ou seja, quando falo em ressaca, falo a todos os níveis. Físico e Mental…
23 Outubro, 2017 at 11:47
Por isso eu dizer que não vale muito a pena andar a correr na LE para depois perder jogos no campeonato … quando é essa a nossa preoridade!
23 Outubro, 2017 at 8:49
Tirando Coentrão, Mathieu e Coates, o tem-se jogado um futebol previsível com poucos passes na diagonal e/ou verticais. Sim, William faz passes em profundidade mas quase todos com força excessiva, resultando em suspiros na bancada.
Aos 65’ o Sporting volta a soltar-se, e isso é bom. Bom porque em caso do jogo estar complicado, ainda ficamos com uma séria esperança de podermos alterar o destino do jogo. Isto coincide com o cansaço da equipa contrária, e não só. Por esta altura assiste-se a uma maior movimentação dos jogadores por terrenos que não são propriamente os seus. Gelson deixa a teimosia da direita e aparece junto a Acuna, baralhando as contas às marcações. A mim parece-me que, neste jogo, a transformação coincidiu com a entrada de Battaglia, que ao fazer o papel de Adrien, liberta Bruno Fernandes para a decisão dos últimos 30 metros. Porque não fazemos isto desde o princípio é um mistério por decifrar.
Este meio campo a dois (William e B. Fernandes) pode ter resultado frente ao Chaves, mas não sou grande apologista. Compreendo que porventura grande parte dos adeptos deseje este esqueleto táctico em Alvalade – com Podence solto a 10 -, mas cheira-me que contra equipas mais competentes (não que o Chaves jogue mal à bola) e afoitas no contra-ataque teremos alguns dissabores. Parece-me um meio-campo curto demais que fica à mercê de um passe errado.
Estas conclusões não significam necessariamente que o que vi até então tenha sido mau, aliás, por esta altura estávamos a ganhar por 4-0. Isto é sim a vontade que tenho em querer que a equipa arranje processos mais simples para ter uma sucessão maior de vitórias. Ganhar 5-1 ao Chaves e depois ter o azar de empatar o próximo não fará de nós campeões. Para garantirmos o título devemos exigir sempre mais, mesmo que o resultado termine numa goleada.
Coentrão pensa o jogo de maneira diferente, raramente perde a bola e joga com os braços. Agarra, empurra, larga, diz que não fez falta. O árbitro fica baralhado, o adversário desequilibra-se e perde o lance. Experiência de outros andamentos. E os que lá andam deviam aprender.
Uma vez mais mamamos um golo pela esquerda. Falou-se na descida de Acuna nas saídas do Coentrão, se o argentino está cansado, Jonathan é uma merda e Bruno César permeável, não há que pensar muito: André Pinto a central e Mathieu acaba a lateral esquerdo. Já não existe o perigo de cruzamentos ao segundo poste e acaba-se a palhaçada.
Doumbia deve jogar mais, precisa de ritmo e ajudar a aumentar a artilharia na frente.
23 Outubro, 2017 at 11:43
Boa ideia essa do Mathieu a LE
23 Outubro, 2017 at 11:52
A ideia é boa …. mas o próprio do Mathieu a essa altura do jogo também já fez muitos piques para defender exemplarmente.
Até pode ser uma solução até ao Natal… mas depois tem de vir um bom suplente para a esquerda!
Se passarmos à fase seguinte da LC é obrigatório! Se não passarmos é Obrigatório na mesma!
23 Outubro, 2017 at 8:51
JJ esteve muito bem ontem qd aposta no Podence, ainda por cima qd o faz descair muitas vezes para uma ala, onde é fortissimo.
Por outro lado e com 4-0, podia ter metido o Matheus e podia ter deixado o Podence, entrando o Doumbia para o lugar do Dost. Mas isto já sou eu a jogar FM.
Para terminar, ontem passou-me pela cabeça várias vezes que o Piccini poderia ser perfeitamente o nosso terceiro central. Ou seja, fazer a posição qd Coates ou Mathieu não puderem jogar.
Para as laterais temos Acuna e Ristovski.
23 Outubro, 2017 at 9:02
Gostava de ver maior aleatoriedade na construção do nosso jogo. Quando um pugilista telegrafa os seus socos mete-se a jeito para um contra-ataque certeiro.
Quem é que não sabe que na primeira fase William junta-se aos centrais, os laterais sobem e os extremos fogem para o eixo?
Por vezes podíamos jogar com 3 defesas com Piccini a falso 3º central e baralhar as contas ao adversário. Isto resultaria em diferentes movimentações no William que influenciaria as dos colegas, com Coentrão mais subido na esquerda para combinações mais próximas da grande área adversária com Acuna e Bruno Fernandes. Já se viu que Battaglia tem a consciência das dobras aos laterais, não há que ter medo.
Gelson deve sair um pouco da direita porque realmente não sabe usar o pé esquerdo, e mesmo quando simula o cruzamento e vem para dentro não o usa e a jogada acaba por ser sempre a mesma: ou passa atrás no Piccini ou volta a dirigir-se para fora, resultando numa repetição facilmente descodificada pelo adversário.
23 Outubro, 2017 at 9:30
A favor de Gelson variar flanco. Bom para ele e para a equipa.
Posso estar enganado, mas acho que William e Piccini farão melhor a posição de central que André Pinto, mesmo admitido que o ex-bracarense tem mais rotinas.
23 Outubro, 2017 at 9:36
Mas como a substituição do Coentrão acaba sempre por acontecer, mais valia dar minutos a um central de raiz e derivar o Mathieu para um lugar que conhece bem.
Mais confiança ao A. Pinto, mais confiança do treinador que tem outro central disponível para o cargo, menos aflições nos últimos 15 minutos à esquerda porque o francês é uma besta sanguinária nos duelos individuais.
23 Outubro, 2017 at 10:34
Pode ser carvão, mas fala-se em irmos buscar um central na reabertura do mercado.
Outra aposta que poderá ser feita aos poucos é Abdu Conté. É muito jovem mas tem tudo para ser um grande LE.
23 Outubro, 2017 at 10:36
Confesso que não vi nenhum jogo da B…. mas os “números” defensivos não são famosos.
E nas camadas jovens…. os defesas das equipas grandes em 90% dos jogos estão de “férias” face à enorme diferença de qualidade.
Posto isto… achas que o Abdu Conté no momento actual faz melhor que o Jonathan?
23 Outubro, 2017 at 11:47
Eu acho que sim e com treino com o plantel principal, claro.
Isto vale bola pq somos nós a conversarmos, mas acredito que o tema seja falado e pensado no departamento.
23 Outubro, 2017 at 12:14
Sendo assim mete a “cunha” ao JJ 🙂
23 Outubro, 2017 at 18:35
Ontem liguei-lhe antes do jogo para o Podence cair na ala.
Resultado?
Ligou-me hoje a agradecer:
“Brevár, tivestes bem a ajudar o boçe.”
23 Outubro, 2017 at 8:51
Parece que há quem anda por aí a descredibilizar o VAR pelas falhas de ontem. Pois o que falhou ontem não foi o VAR… Bruno Esteves até terá aconselhado bem Rui Costa e no jogo do Carnide alega-se “falha de comunicações”. O que se prova é que o email tem mais força que o VAR…
23 Outubro, 2017 at 8:54
Ganhamos de goleada… estou feliz PONTO 😀
23 Outubro, 2017 at 8:54
Já agora… sem que isso tire mérito à nossa vitória, parece que o Chaves sentiu falta do seu titular indiscutível a central… de seu nome Domingos Duarte
23 Outubro, 2017 at 9:05
“Ganda Joga”!!!!
Dost a ser Dost. Piccini a provar que tem muito para dar!
Podence a crescer. Acuna decisivo.
Bruno Fernandes a precisar de descanso. Gelson lentamente a recuperar a melhor forma, mesmo que fora dela, continue a ser um craque de execlencia .
Gostaria de ter visto jogar Iuri (da bancada seria difícil) e Dala… Mas o Jantar não quis facilitar…
Parafraseando Dost: i’m happy!!
23 Outubro, 2017 at 9:12
Mas o Iure vai ter de “fazer mais” pela vida.
SL
23 Outubro, 2017 at 9:07
Acho que merecem destaque Piccini, Fábio Coentrão, William, Bruno Fernandes, Gelson e Acuña, em especial Piccini, Coentrão – que caminha para uns níveis físicos aceitáveis – William e Acuña sendo que este argentino mostrou ser um jogador com grande remate, o seu segundo golo é um grande tiro.
23 Outubro, 2017 at 9:27
Não esqueceste ninguém?
Um hat trick devia chegar para o destaquezito!
🙂
23 Outubro, 2017 at 9:29
Já tinha feito os maiores destaques num comentário acima. 😛
23 Outubro, 2017 at 9:30
Sim li agora, é o que dá começar a ler de baixo para cima.
😀
SL
23 Outubro, 2017 at 9:08
Temos de elogiar o Chaves.
Não se fechou lá atrás como tão bem fazem essas equipas pequenas.
Tentou sempre fazer algo mais mas não teve capacidade.
Claro que o Sporting prefere equipas que arriscam pois tem muitas dificuldade contra equipas que apenas defendem, mas o jogo é jogado para se marcarem golos, não para ver quem chega ao fim com a baliza “virgem”.
23 Outubro, 2017 at 9:09
Para alguns o que passa em loop no cérebro é que Bost não presta, Piccinni é um horror, JJ ganha muito e não presta, BC fala muito e mal… etc etc.
Não bastasse ganhar parece que por 5 ainda é pouco.
23 Outubro, 2017 at 9:10
… não esquecendo o arrebentado Coentrão e o super lento e velho Mathieu.
23 Outubro, 2017 at 17:06
E o rato que roeu a rolha da garrafa do rei da Rússia…..
caga nisso! 🙂
23 Outubro, 2017 at 9:11
Mas o desespero dos rabolhos é algo que ultrapassa todos os limites:
http://observador.pt/2017/10/23/benfica-queixa-se-a-boleia-da-falha-do-var-sporting-fala-em-ferrari-vermelho/
Carnide queixa-se de penaltis por marcar contra… o Sporting LOL
23 Outubro, 2017 at 9:23
realidade paralela… e “antes que falem dos roubos dos nossos jogos, vamos lançar poeira para os olhos e inventar”. Cartilha by Janela.
23 Outubro, 2017 at 9:29
Correção:
Carnide queixa-se de penaltis por marcar contra o Sporting… Por um padre.
23 Outubro, 2017 at 9:29
Esses só têm credito junto de gente tão ou mais burra que eles.
Infelizmente em portugal são muitos.
23 Outubro, 2017 at 9:13
Ps: Deixem-se de fetiches em querer que Acuña jogue a defesa esquerdo, Acuña é para jogar na frente ponto.
23 Outubro, 2017 at 9:33
Mas pode perfeitamente desenrascar durante o jogo e ainda mais se o adversário for defensivo.
A minha primeira alternativa seria Mathieu.
23 Outubro, 2017 at 10:33
Só concordaria com Acuna momentaneamente a defesa esquerdo durante um jogo com o resultado negativo e sem Fábio Coentrão….. se existisse uma opção “credivel” para o lado esquerdo ofensivo. Nunca com Bruno Cesar!
23 Outubro, 2017 at 10:35
Com o Porto BC entrou muito bem…
23 Outubro, 2017 at 10:40
É um facto.
Mas também é um facto que nesse jogo tínhamos toda a equipa “rebentada” pelo jogo do Barça e por essa mesma razão a inteligência e capacidade táctica do BC sobressaiu.
Muito sinceramente, na minha opinião, Bruno César foi muitíssimo útil nas 2 primeiras épocas, mas no Sporting actual não ache que acrescente grande coisa.
Mas lá está…. são opiniões 🙂
23 Outubro, 2017 at 12:18
Continua a ser útil, embora tenha cada vez menos minutos.
23 Outubro, 2017 at 12:26
Minutos esses que podia e deviam ser aproveitados por outros jogadores que precisam de jogar.
Falando apenas das opções que ontem estavam disponíveis no banco…..
Com o resultado “feito”…. o que acrescentaram estes minutos de B.Cesar?
Não teria sido mais útil ver por exemplo o Mathues Oliveira (Bebeto)?
É que se o miudo não serve nem para entrar na 2º parte num jogo como o de ontem…. então… no próximo mercado pode ir á vidinha dele e é menos 1 ordenado.
P.S. E estou à vontade porque nunca entendi a contratação do Matheus, mas já que cá está…
23 Outubro, 2017 at 12:38
Nem ligo muito a isso.
BC costuma cumprir qd entra, mas percebo que se possam dar minutos a miúdos onde exista alguma esperança no futuro, seja Matheus ou um da formação.
23 Outubro, 2017 at 11:13
BC, e não é a primeira vez, alheia-se de defender quando se encontra dentro da area, e ontem virou costas e deixou-se fintar no golo que sofremos. Mais vale por Mathieu, sempre teve formação como lateral esquerdo, alias no Valência era muito bom.
Acuña foi o melhor assistente para golos no campeonato argentino não como lateral mas como extremo.
23 Outubro, 2017 at 17:12
Vai ver a imagem do golo novamente e depois volta a fazer o teu comentário.
Mas vê com olhos de ver!
Mathieu… pura e simples mente … nem arriscou meter o pé, para evitar um vermelho e um penaltie.
Vai lá ver bem.
23 Outubro, 2017 at 10:18
Bem perto da baliza…..
23 Outubro, 2017 at 9:13
Jogo seguro, a defender muito bem, muito seguros e depois em velocidade a atacar.
Gostei de ver ali o Podence. Embora continue a achar que falta ali alguém (um 2 avançado) ele entrou muito bem e a mostrar serviço. Para jogos em casa esta equipa é a melhor, com o B. Fernandes e William a pautar o jogo e um trio de piolhos atómicos e infernizar a vida à defesa…
Venha o próximo! Rio Ave vai ser duro e aí já vai ser preciso um meio campo mais de combate. Eu mantinha o Podence mas fazia descansar ou o William ou o B. Fernandes e jogava com o Battaglia.
Fechar o primeiro terço com vitórias. Manter pressão em cima do porco para aproveitar quando houver um deslize, porque não vai haver muitos…
23 Outubro, 2017 at 9:33
Bom dia
Podiam ter sido 7 ou 8.
A mentalidade de alguns jogadores é péssima… brincadeiras, desleixo, displicência, o JJ que lhes puxe as orelhas.
Podence é um desequilibrador; a forma como coloca a bola em zonas de finalização é suprema. No futebol de hoje falta-lhe, claro… marcar golos.
Individualmente, há que destacar também o Mathieu. Demasiadas vezes apanhado em inferioridade numérica, descompensado. Ninguém deu muito por isso. Pois…
Na parte tech da noite, não há que fazer muito barulho. Basta exigir, perdão, pedir educadamente, o áudio, e ouvir em silêncio.
23 Outubro, 2017 at 9:35
Que saudades que tinha de ver o holandês voador a marcar e que “boost” de confiança ele estava a precisar.
Grande joga do Podence, a forma como se foi movimentando pelo campo à procura do espaço vazio, foi para mim o factor decisivo neste jogo. Esteve perfeito também nas combinações, sobretudo com os 2 homens da direita, Gelson e Piccini (mais um excelente jogo).
Vitória segura, com nota artística e importante numa altura em que tínhamos de dar uma prova de força em termos ofensivos…Pena o golo sofrido, mas caralho, que golão…Aquele estigma dos adversários marcarem os golos da vida deles contra nós, volta e meia ainda nos assombra.
23 Outubro, 2017 at 9:41
Tá explicado o Barrote, quando no início da época disse que os treinos tinham de ser adaptados ao surgimento do VAR.
Eu pensei que ele falava dos seus jogadores…
#aVARias
23 Outubro, 2017 at 9:42
Apesar de Bast Dost ser com todo o mérito o “homem do jogo”- hattrick e assistência – Acuña ter bisado e Podence desequilibrado, a equipa jogou bem e como um todo, salvo algumas perdas de bola depois do primeiro golo que poderiam ter originado dissabores maiores. Gostei também dos laterais, com Piccini a dar razão aos elogios de JJ antes do jogo e Coentrão a mostrar a sua qualidade e a grande diferença para o seu habitual substituto. Os centrais estiveram ao seu nível habitual – alto – e formam uma das melhores duplas de centrais do Sporting nas últimas épocas, salvo o lance do último golo em que a equipa já estava em descompressão.
Agora é ganhar na sexta feira em Vila do Conde perante um Rio Ave difícil mas desfalcado de 3 unidades importantes: Marcão e Bruno Teles foram expulsos no último jogo e Chico Geraldes não pode jogar). Resta saber, entrando Battaglia, quem sairá da frente? Depois do excelente jogo de Podence não é fácil escolher !
SL
23 Outubro, 2017 at 17:16
Equipa que ganha … não mexe!
Entram os mesmo é … Pumba!!!
23 Outubro, 2017 at 9:47
Ontem quando fui para o estádio ia com um mau pressentimento, ainda bem que não tenho qualidades de bruxo.
Após um jogo intenso contra uma das melhores equipas da Europa onde estivemos bem mas de onde saímos frustrados pelo resultado e onde na minha opinião o treinador teve algumas falhas, tinha algim receio qie a equipa não respondesse bem tal não sucedeu e mais uma vez, Jesus demonstrou que é um grande treinador a montar as equipas tal como sucedeu em Turim, por vezes falha é depois, aos 60 minutos.
Bom jogo coletivo e grande jogo de Bas Dost que necessitava urgentemente de um desafio assim, já havia gente a pô-lo em dúvida, mais uma vez viu -se a importância de Podence para os golos do holandês.
A defesa do Sporting é este ano motivo de alegrias para os adeptos, ao contrário do ano passado. Piccinni, Coates, Mathieu e Coentrão formam uma linha muito dificil de ultrapassar. No centro do campo William teve ontem uma missão muito difícil, sem um “Adrien-Bataglia” é extremamente complicado gerir um meio campo a dois Bruno Fernandes foi dos jogadores que mais sentiu o peso dos dois jogos. Acuña fez um grande jogo e demonstrou que pode ser também solução a lateral na falta de Fábio embora se veja nele um cansaço de quem não parou para férias, assim como Gelson, provavelmente o melhor jogador do Sporting, a quem se exige uma ação ofensiva e defensiva total, aquele que mais se aproxima da grande ideia Cruiffiana de Jesus do futebol total, está a pagar a factura física e psicológica desta actuação.
O grande dilema neste momento do treinador é a resolução da quadratura do círculo, se joga Podence ou Battaglia, vertigem ofensiva ou segurança defensiva a meio campo.
23 Outubro, 2017 at 9:57
Acabei de ver a falta de Jonas no lance que dá o penalti e 3.º golo ao benfica e é inacreditável. Lembrou-me outra deste jogador em que esquece a bola e agride claramente um jogador adversário sem sequer ser marcada falta (contra o Maritimo?). É useiro e vezeiro nestes lances e isto não são erros de avaliação dos árbitros, são mensagens de “nós estamos cá para ajudar”, são missas.
Outra coisa. Eu continuo a ver penaltis muito estranhos a serem cometidos por adversários do Carnide. Coisas perfeitamente ridículas e em lances sem qualquer perigo. Ontem o Rudolfo Reis aflorou o tema sem sequer dizer tudo o que pensava. Lamentou que um profissional de futebol, neste caso do Aves, pudesse cometer um penalti tão “estúpido”, nas palavras dele. Tenho para mim que este é o escândalo mais escondido da primeira divisão (na segunda já houve detenções e um dos beneficiários foi obviamente o Carnide B, que não desceu de divisão numa improvável conjugação de resultados). tenho para mim que isto não passa só por corrupção e tráfico de influências na arbitragem. Tenho para mim que a ilusão do 3.º lugar do benfica pode ser o tónico que eles precisam para ir amealhando tantos ou mais pontos que os outros de forma mais dissimulada até voltarem ao único lugar que dá impunidade total ao capo Vieira.
É tão fácil achar que o Carnide está em baixo e tal. Pois, lá vai amealhando os 3 pontinhos de jornada a jornada mantendo-se bem perto. Nada mudará, muito menos com buscas em que só falta a PJ perguntar quando dá jeito ir lá a casa deles, se não for muito incómodo. O Sporting tem que estar muito forte e não pode, sob circunstância alguma, parar de denunciar tudo o que se passa. Nuno Saraiva deu ontem o exemplo, e bem, denunciando o jogo em Aves. Adianta pouco? Sim, mas tem que ser feito.
23 Outubro, 2017 at 9:59
Perdoem o off, já agora. Fiquei feliz com o jogo de ontem, fizemos a nossa parte, mas quando assisto ao que se passa com adversários diretos, sinto um desconforto terrivel.
23 Outubro, 2017 at 17:21
Desconforto???? Cheio de sorte. A mim mete me nojo!
23 Outubro, 2017 at 10:05
Análise de Rogério Casanova (Expresso)
Rui Patrício
Um jogo agradável como elemento mais recuado do meio-campo ofensivo, dando sempre linhas de passe aos colegas e revelando segurança com a bola no pé. Falta-lhe algum rasgo para arriscar mais no drible, no remate, e nos cruzamentos, mas no geral esteve bem nas suas novas funções. Nos últimos minutos recuou para guarda-redes, onde voltou a mostrar que não possui a característica essencial que, como aprendemos esta semana, distingue os grandes guarda-redes: ter culpa nos golos sofridos.
Piccini
O tipo de exibição que deve obrigatoriamente levar muitos adeptos a levar à mão à consciência e a pistola ao cepticismo. Eu próprio faço desde já um mea culpa, autorizando que Piccini, a partir de hoje, possa ser valorizado em três milhões oitocentos e setenta e cinco mil euros. Insuperável no 1×1, mesmo dentro da área, a qualidade habitual na recepção com pé, coxa e peitorais, e intervenção directa em três dos golos, a última das quais com uma daquelas situações em que um futebolista profissional encosta o pé a uma forma esférica no sítio correcto e com força suficiente para fazer essa forma esférica sobrevoar um grupo de cidadãos adversários até chegar à cabeça de um cidadão amigo.Há um nome para isso, que nunca será escrito neste espaço, pelos mesmos motivos que os actores nunca dizem o nome de uma certa peça de Shakespeare, chamando-lhe sempre “a peça escocesa”.
Coates
Negou o direito à auto-determinação dos avançados flavienses e tomou todas as medidas necessárias durante o jogo para subjugar pontuais focos independentistas, administrando com tranquilidade a sua zona de soberania. Ao minuto 69 foi dar uma perninha ao meio-campo e fez uma pirueta por entre dois elementos subversivos, um dos quais o derrubou em falta. Revejam o sorriso que Coates esboçou nesse momento: é aquele o rosto do Poder; é assim que o Leviathan arreganha os dentes quando algo o diverte.
Mathieu
Mathieu fez hoje um jogo esquisito. Quanto mais penso no assunto, mais esse me parece o termo técnico adequado para descrever o seu jogo hoje.
Fábio Coentrão
Voltou a sair a 10 minutos do fim, e a equipa voltou a sofrer um golo. Era certamente isto que imaginava o Dr. Alfredo Augusto das Neves Holtreman, quando numa luminosa manhã estival há cento e onze anos decidiu emprestar dinheiro ao seu visionário sobrinho para que este fundasse um clube tão grande como os maiores da Europa: que um século mais tarde esse clube conseguisse lutar arduamente para se reposicionar na senda dos triunfos domésticos – DESDE QUE ESTEJA SEMPRE TUDO RESOLVIDO AO MINUTO 79.
William
Estão a ver aqueles dias em que William encarna uma presença remota e autónoma, como se impelida por forças estritamente naturais – o resultado de equações intemporais e não de algo tão banal como “características técnicas” ou “indicações tácticas” – preenchendo o firmamento com a cintilante astronomia das suas aberturas por alto, desenhando uma canópia de ângulos e perspectivas convergentes, e efectuando translações incandescentes sobre o seu próprio eixo, numa órbita de adversários pálidos que circundam o seu corpo com o respeito equidistante típico dos anéis de Saturno?
Hoje não foi um desses dias.
Gelson Martins
Como um blogger libertário ou praticamente qualquer colunista nacional, Gelson comportou-se hoje como um iconoclasta: uma voz livre contra o consenso bien pensant, uma viatura em controversa contra-mão perante o fluxo de ideias feitas e opiniões não-examinadas. Se o lugar-comum da ocasião é que os centros devem ser feitos de uma maneira, lá vai Gelson fazê-los de outra maneira. Se o rebanho determina que a bola deve ir numa determinada direcção, lá vai Gelson atirá-la numa direcção oposta. A postura serviu-lhe para falhar inúmeros passes, contabilizar uma assistência, ajudar q.b. na defesa da causa defensiva, e sair de campo convencido de que, ame-se ou odeie-se a sua exibição, “não deixou ninguém indiferente”.
Bruno Fernandes
Algumas perdas de posse escusadas na primeira meia-hora por apostar demasiado na sua capacidade para se desenvencilhar de situações de inferioridade numérica num centro do terreno com excesso de população. Melhorou quando passou a usar a mobilidade e inteligência para encontrar espaços vazios, e encarregou-se de fazer circular a bola, algo que conseguiu quase sempre, excepto quando, como aconteceu ao minuto 50, o árbitro conseguia interceptar atentamente um dos seus passes. Tentou por duas vezes o remate de longe, algo que claramente não é o seu ponto forte. Aliás, é duvidoso que Bruno Fernandes alguma vez consiga voltar a marcar golos de fora da área. Diria até que é impossível que tal aconteça. Certinho.
(Pode ser que resulte).
Acuña
Um jogo indelével que fica marcado por algo que fez duas vezes – e nem sequer me refiro a ter marcado dois golos. Em duas ocasiões, Acuña foi perseguir desalmadamente uma bola perdida que se encaminhava para fora das quatro linhas com o intuito de impedir um lançamento lateral para o adversário, objectivo que em ambas as ocasiões, falhou por milímetros. Fê-lo quando o resultado estava 3-0, fê-lo quando o resultado estava 4-0, e voltaria a fazê-lo, com o mesmo esforço, com um resultado de 750-0 e no último minuto de descontos, circunstância que considero tão sugestiva, profunda e comovente como o último parágrafo d’ Os Maias.
Podence
Usou os primeiros minutos do jogo para declarar os termos da sua dupla abordagem ao jogo desta noite: sem bola, procurar em velocidade o espaço vazio entre as costas do central e as costas do lateral; com bola, procurar o espaço vazio cinco centímetros à frente do pé ou da cabeça da Bas Dost. Demorou apenas um quarto de hora a unir essas duas propensões, assistindo para o 2-0. Foi o melhor em campo na primeira parte, e saiu cedo para descansar, com o jogo resolvido – uma frase bonita e improvável que não me importaria de repetir imensas vezes.
Bas Dost
Muitas conversas entre um adepto sportinguista que tenta informar outro adepto sportinguista sobre um jogo que o segundo não pode, por algum motivo, acompanhar costumam incluir o seguinte diálogo: “então e depois, o que é que aconteceu?” “O que aconteceu? Bem, não vais acreditar, mas…”
Só que o interlocutor normalmente acredita, mesmo que aquilo que lhe é dito seja inacreditável, porque a vida nos foi ensinando coisas suficientes para aprendermos algumas. Bas Dost é o futebolista ideal para o clube porque, tal como nós, nunca parece achar nada “inacreditável”. Tal como a Alice de Lewis Carroll, consegue acreditar em seis coisas impossíveis antes do pequeno-almoço: que vai chegar àquela bola antes dos adversários; que um hat-trick é uma resposta perfeitamente natural a 360 minutos com um único remate à baliza; que o País das Maravilhas existe; que a felicidade é possível, mesmo que seja efémera.
Battaglia
Ficou na retina uma jogada ao minuto 83, em que se esfarrapou todo para travar a progressão de Djavan e roubar-lhe a bola, como se o resultado estivesse 0-0 e do sucesso dessa acção dependesse a viabilidade das democracias Ocidentais.
Doumbia
Estava ainda a pensar na melhor maneira de festejar o golo mais feio da sua carreira quando reparou, com visível e compreensível alívio, que o mesmo fora anulado. Pode assim dormir em paz esta noite.
Bruno César
Não foi um alívio ver que ele ia entrar, mas foi um alívio ver que era ele quem ia entrar, se é que me faço entender.
23 Outubro, 2017 at 10:07
Sem ser uma exibição do outro mundo … a equipa foi profissional a 100% e “à pala disso” construiu um resultado tranquilo e contundente!
Quanto a destaques:
1 )Dost a ser….. Dost
É “criminoso” ter um jogador como Dost e não adaptar os sistema de jogo de forma a criar “jogo” a Dost.
Dost é muito eficaz!! Em regra falha pouco…pelo que o que aconteceu ontem tem que voltar a ser regra. Não se podem repetir jogos em que Dost basicamente não teve uma bola de jeito para poder finalizar.
2) Podence!
“Ai e tal não tem golo” O que é ter golo?? É apenas ele marcar golos….ou também contam as assistências para golo? É que contando as assistências Podence tem golo e ….Muito!!
Ontem podia e devia ter ficado mais tempo em campo.
3) A um outro nivel…. Piccini está-me “a calar”. Não que seja exuberante no ataque (sim…fez 1 assistência para o Dost), mas porque me parece um tipo que tem perfeita noção das suas limitações e isso é Muito Bom!! É que um tipo que tem noção das limitações primeiro preocupa-se com a sua primeira função e sendo lateral direito… a sua primeira função é defender bem!! E a esse nivel é bastante certinho!
A um outro nivel…. Gelson precisa claramente de descanso! Acuna também se nota que precisa de descanso, mas o argentino fruto da idade e experiencia “sabe jogar” com isso e não se nota tanto nas decisões em campo. Por isso ontem JJ quando tirou Podence devia ter tirado Gelson, pois para alem das coisas não estarem a sair e do cansaço acumulado…. já tinha um amarelo “ridiculo”, pelo que havi o risco do Padre Costa inventar mais um amarelo…
P.S. Alan Ruiz também esteve muitissimo bem!
23 Outubro, 2017 at 10:21
LOL Alan Ruiz esteve muitíssimo bem. Diz-se inclusivamente, que mesmo sentadinho, sentiu alguma fadiga só de ver Podence a correr por aquele campo fora 😉