Foi há vinte anos, exactamente… O Sporting massacrado por quinze anos sem qualquer titulo e com uma situação financeira calamitosa, dava um passo que se haveria de revelar decisivo para o desporto profissional português!
José Roquette, na altura presidente dos leões, e com uma visão diferente do desporto dos, então, presidentes, lançava a pedra mais revolucionária do seu ideário, que haveria de ser conhecido, simplesmente, pelo “Projecto Roquette”: a criação da sociedade anónima desportiva, que passaram a ser conhecidas pelo acrónimo SAD.
Inicialmente, vista como o toque de Midas que, através da subscrições dos adeptos e dos demais interessados, haveria de tornar os clubes nacionais ricos, beneficiou para a popularidade do modelo do título alcançado por Augusto Inácio, graças aos golos do argentino Beto Acosta. E tal, fez com os que os clubes mais ricos seguissem o modelo, ainda que no Benfica o “modelo à Vale e Azevedo” tivesse de ser revogado, aquando da vitória de Manuel Vilarinho nas eleições.
Eram os tempos da esperança… em que os clubes legalmente estavam obrigados a, apenas, poderem ser donos de 40% do capital subscrito (as acções tipo A), mas que para não perderem o controlo da sua idiossincracia criavam as famosas SGPS (Sociedade Gestora de Participações Sociais)que ficavam na posse de 11% dos títulos, de modo à associação manter o seu controlo. Ou, então, recorrer à via dos apoios autárquicos de modo aos interesses principais dos criadores da SAD não ficarem reféns de um qualquer investidor excêntrico e capaz de subverter a ideologia da cidade e do clube.
Eram, também, os tempos do modelo especial de gestão. Aquele modelo, que alguns clubes, como o Vitória SC, orgulhosamente seguiam. Porque diziam eles “o Vitória é dos sócios e são eles que nele mandam”. Apesar da estrutura profissionalizada que a lei obrigava nestas situações, da separação financeira entre as modalidades profissionais e as demais, a verdade é que quem seguia este modelo assumia perfeitamente que preferia os caminhos do associativismo e do antigamente, ainda que com a perfeita noção que o dinheiro era necessário e havia que gerar mais valias e fontes de receitas.
Entretanto, o tempo foi andando…
O futebol português, fruto do acórdão Bosman e de más escolhas desportivas, foi cada vez mais ficando um “parente pobre” no panorama Europeu. A competitividade ia decaindo e a imprensa ia vendendo que os bons resultados das equipas estrangeiras se deviam ao investimento externo, à sua capacidade de terem contas limpas, de serem transparentes em matérias fiscais, em terem um controlo restrito da sua contabilidade… olvidando de referir que isso pode acontecer em qualquer modelo, desde que à frente dele existam bons gestores!
E esquecendo as constantes operações de aumento de capital para as sociedades não terem capitais próprios negativos, não entrarem em falência técnica e que os passivos iam roçando o dantismo nas suas proporções… E fruto desse olvidar, em 2013, sai a lei que, apenas, viu um lado da questão…que violou o direito de as associações constituírem-se do modo que tenham como mais frutuoso para atingirem os seus fins, obrigando os clubes a tornarem-se em sociedades, sob pena de ficarem impedidos de competirem nas provas profissionais.
E, se no primeiro diploma, havia a preocupação de os clubes manterem o controlo da sociedade, com o novo diploma essa inquietação esbateu-se! Os clubes que, neste momento, optaram por este modelo (lembremos que os mais fortes já há muito o haviam constituído e alguns optaram por manter o controlo de si através da criação de uma sociedade desportiva unipessoal por quotas) na sua maioria tinham passivos altos e dificuldades financeiras.
O futebol português nunca viveu tempos de “vacas gordas” e na altura em que as sociedades desportivas passaram a ser obrigatórias, ainda pior estava, até fruto da conjuntura nacional. Portugal vivia os tempos do resgate da “Troika”, o dinheiro “estava caro”, o crédito bancário era de difícil obtenção e as despesas permaneciam ou aumentavam!
Óbvio era que quem teve de seguir este instrumento estava num situação de carência! E tal levou à grande revolução do mundo desportivo profissional: as sociedades desportivas constituídas pelos clubes passaram a ser detidas por accionistas maioritários, muitas vezes extrínsecos ao clube, sem entenderem os desígnios dos sócios, sem qualquer apego às cidades de onde estes pertenciam e sem sequer entenderem ou conhecerem os sócios. Neste momento, vemos accionistas nigerianos no Feirense, vemos um proprietário sul-africano no Vitória SC, vemos capital inglês no SC Braga, entre tantos exemplos… mas vimos investimentos malogrados de chineses no Atlético, de italianos na Olhanense, de iranianos e transalpinos no Beira-Mar e mais alguns que, para não tornar a exposição fastidiosa, abster-nos-emos de referir… E vemos também desconfiança das decisões tomadas no Belenenses, no Leixões, ou no Benfica…
Porém, a certeza que a revolução mais do que legislativa, deveria ter sido feito nas capacidades de gestão dos dirigentes!
Independentemente do modelo a seguir, a gestão profissionalizada que apregoaram para governar as sociedades desportivas manteve-se nos patamares de antanho, seguindo apenas as obrigações legais.
Urgia, isso sim, ter preparado quem manda para a necessidade de adoptar a gestão para os tempos e não fazer do futebol uma modalidade autista desprovido da preocupação de acompanhar a economia e a sociedade…
Mais do que ser SAD ou SDUQ, urgia existir a “aurea mediocritas” a que Aristóteles aludia…
texto escrito por Vasco André Rodrigues para a página Economia do Golo
30 Outubro, 2017 at 10:53
A unica coisa de jeito nesta foto é o Símbolo.
Ver o Roquette dá me a volta ao estômago
30 Outubro, 2017 at 12:54
Confiei no Roquette. Inebriado pela visita ao “Café de Coimbra” e por um título que nos fugia há dezoito anos. Depois foi o que se sabe. Com a “complacência” de muitos de nós…
Sobre o tema, sempre me foi muito difícil aceitar a “modernização” do Futebol. Nasci numa época (quarenta e sete) em que o Sporting dominava mas aos seis anos, altura em que a doença Sportinguista me tocou, já tínhamos perdido o comboio. Fui crescendo numa realidade muito diferente da actual. Com padrões que o meu saudoso pai me inculcou.
Actualmente não me consigo moldar à mesma e existe uma classe que corrompeu o Futebol: os empresários.
Os dirigentes, pelo que sabemos, não ajudam. Os outros agentes, jornalistas por exemplo, são uma boa merda.
Só me habituei a uma coisa, algo que é apanágio no Sporting. Vibrar com o Símbolo, sofrer…
Um comentário à “velho de Alvalade”, admito… mas nunca fui bom gestor.
30 Outubro, 2017 at 13:39
José Roquette parecia um tipo honesto e um bom gestor.
E tinha algo semelhante a um projecto.
Quem havia aturado o Bigodes e as suas Unhas, ou a gestão do Cintra, recebia esta nova vaga com agrado.
Um ponto deixou-me logo dúvidas: a figura do Santana. Porquê colocar alguém na presidência que, teoricamente, não iria presidir? Cheirava um bocado a Bananas.
Quero acreditar que o Roquette era e é sportinguista, e queria o melhor para o clube. Mas para gente como ele, é sempre importante suportar a entourage em seu redor…
*não esquecer que o Sporting, tal como o país, foi vítima de uma filosofia popular naqueles tempos. Construção, construção, acesso excessivo a crédito, diversificação das áreas de negócio (era “mau” especializar numa área), aposta nos serviços*
30 Outubro, 2017 at 13:34
Eu também confiei no Roquette! 🙁
Caramba, o homem estava ligado aos tempos da fundação do clube!
Nunca pensei que desse no que deu!
Uma tristeza!
Mas acho que a coisa ainda piorou depois…
30 Outubro, 2017 at 21:08
Mais tarde ou mais cedo tinha que acontecer.
Completamente de acordo.
Mete me nojo tudo o que foi feito ao Sporting a partir desse momento.
Esse gajo mete me nojo!
Independente do campeonato que vencemos.
30 Outubro, 2017 at 11:06
Ao contrário de alguns, sempre fui pró-SAD. Sempre fui a favor de uma gestão empresarial.
E lembro-me do Major berrar (mais alto que o habitual) que o fuebol vivia acima das suas possibilidades.
A questão das sad futeboleiras é a mesma da dicotomia economia-finança. A finança sobrepôs-se à economia, ao invés de a servir. Fizeram-se as maroscas que na altura nos eram desconhecidas, de holdings e sociedades, criou-se um bicho difícil de gerir. O clube suportou a finança, a finança minou e definhou o clube.
Depois, há a qualidade da gestão. Nos entretantos olhávamos este pessoal com reverência, hoje sabemos que os Bavas deste país, super-gestores de elevada craveira técnica, não passavam de aldrabões. As SAD funcionavam mal porque quem mandava nestas as fazia funcionar mal. Mal comparado, é como o VAR: o sistema é bom, quem o usa é que não.
Mudou-se (e bem) a gestão de mercearia e mecenato pela gestão profissional, faltou colocar profissionais de jeito à frente da coisa.
O Sporting foi vítima dos mesmos tipos que delapidaram o país; os políticos, os advogados, os construtores civis, os banqueiros. A culpa não é da SAD.
30 Outubro, 2017 at 11:35
Gestão empresarial, tudo bem.
Mas qd te esqueces que o teu core-business é o futebol… já foste.
30 Outubro, 2017 at 11:48
Exacto.
Nem tenho posição ortodoxa contra o conceito de cliente. Desde que me vendam futebol.
O Sporting (sad) não está no ramo do imobiliário, da saúde, dos conteúdos, dos serviços, está no futebol.
30 Outubro, 2017 at 12:09
E faltou perceber isso àquelas sanguessugas.
Ou se calhar até sabiam…
30 Outubro, 2017 at 14:31
Eu fui frontalmente contra o conceito cliente. Mandava de tempos a tempos mails para o Gabinete do sócio a insurgir-me contra isso. Cliente implica a prestação de um serviço. Até nisso eram mais. Eu sempre quis ser sócio, participar numa obra colectiva e retirar satisfação disso.
30 Outubro, 2017 at 14:32
Até nisso eram maus…
30 Outubro, 2017 at 11:17
Off: Treinador do Azeméis Futsal no final do jogo com os lampiões : Não admito uma falta de respeito à minha equipa, com o público a gritar ‘olés’. Gostava que o gritassem ‘olés’ quando jogam com Sporting porque, infelizmente, os jogadores do Benfica são uns meninos a jogar com o Sporting. Foi muito injusto o que fizeram à minha equipa. ‘Olés’ para nós não dá”, atirou.
30 Outubro, 2017 at 11:22
Devias ter visto o post anterior antes de fazeres este off 🙂
30 Outubro, 2017 at 11:23
O post anterior é sobre esse tema…..nao havia necessidade…..
30 Outubro, 2017 at 11:18
Bom texto a realçar o essencial: que não interessa o modelo, interessa ter bons gestores. Isso é válido para tudo na vida. Uma SAD ou uma gestao tradicional com um roquette à frente seria sempre a falência. A unica coisa que senhores dessa casta superior não levam à ruina é as suas contas bancárias.
30 Outubro, 2017 at 11:41
Interessante reflexão.
No entanto aproveito para deixar uma nota para a discussão.
Respondendo directamente diria que não valeu a pena. Convém, no entanto, deixar uma declaração de interesses: Vejo o fenómeno do ponto de vista romântico e, por isso, acho que tudo o que desvirtue o purismo do pontapé na bola o prejudica.
Ainda assim, não podemos negar a sociedade em que vivemos nem as evoluções (ou retrocessos) próprios de um mundo em constante mudança.
Dito isto, não creio sequer que o surgimento das SAD seja a profissionalização do futebol. Acredito antes que ditou a sua consolidação como modelo global de negócio. Foi a transformação final daquilo que se iniciou como um desporto num modelo abrangente que ultrapassa largamente o simples e popular jogo com uma bola e duas balizas. Tentando enquadrar o fenómeno a nível nacional:
Enquanto o futebol foi um desporto fundamentalmente amador (anos 40 e 50), praticado por elites com tempo e recursos, o Sporting viveu o seu período mais glorioso. A isto seguiu-se aquilo que para mim foi a profissionalização do desporto (jogadores exclusivamente dedicados à actividade, contratos, transferências, etc) e que coincidiu com a época dourada dos nossos rivais. Tal fase foi sendo refinada e aperfeiçoada, com a inclusão de cada vez maior grau de profissionalismo nos intervenientes, quer sejam jogadores, treinadores, dirigentes…
Creio que essa profissionalização culmina com a industrialização do futebol, nos anos 80 e 90 que marca o início da hegemonia dos tipos do Norte.
Claro que a nível global (sobretudo europeu) percebe-se o potencial de mercado existente, aparecem os patrocinadores, existem marcas a investir nos intervenientes para obter retorno através da publicidade…
O que me parece que sucedeu com o surgimento das SAD foi o passo seguinte. Foi a pasagem ao nível “corporate” que tem vindo a ser exacerbada ao limite.
Aliás, o encanto do futebol e que o elevou ao estatuto de desporto rei foi precisamente o facto de ser um jogo simples, de regras simples e acessível às massas. Isto é, o adepto tanto podia estar na bancada a apreciar os intervenientes, como pode praticá-lo sonhando ser um deles.
No entanto, esta sobre exploração do jogo e dos elementos laterais ao mesmo, arruinou, para mim o seu maior encanto. É que hoje em dia, apesar de ainda ser um jogo acessível para qualquer praticante, já o não é para o espectador.
E, por outro lado, a espectacularidade associada à imprevisibilidade dos resultados caíu a pique…
Senão vejamos a lista dos vencedores da Taça dos Campeões Europeus (nas lamentavelmentes extintas taça das taças e taça uefa o fenómeno ainda é mais curioso) nos primeiros anos da sua existência e depois nos últimos:
De 56 a 92: Real Madrid (x6); Benfica (x2); Milan (x5); Inter (x2); Celtic; United; Feyenoord; Ajax (x3); Bayern (x3); Liverpool (x5); Nottingham Forest (x2); Aston Villa; Hamburgo; Juventus; Steaua; Porto;
PSV;Estrela Vermelha e Barcelona.
São 19 vencedores diferentes de 9 países diferentes.
Entre 93 e 2017: Marselha (este nem devia contar); Milan (x3); Ajax; Juventus; Dortmund; Madrid(x6); United (x2): Bayern (x2); Porto, Liverpool; Barcelona (x3) e Chelsea.
São 12 vencedores diferentes de 7 países diferentes.
SL
30 Outubro, 2017 at 11:46
Esquecendo o Marselha (acho que o título até lhes foi retirado) entre 93 e 2017 apenas 2 equipas venceram pela primeira vez a Taça dos Campeões: Dortmund e Chelsea. E se o Dortmund tem larga tradição no futebol, o Chelsea é o prototipo do futebol negócio.
30 Outubro, 2017 at 11:42
Favorável à Gestão Empresarial a “300%”!
Mas como o core-business é “desportivo”….. mais do que apresentar bons indicadores económicos e financeiros…… TODA a estratégia tem que ser orientada para GANHAR…. desportivamente!
P.S. Com isto não estou a dizer para “esquecer” os indicadores económicos e financeiros!
30 Outubro, 2017 at 12:01
Exato. My bad. Não tinha lido.
30 Outubro, 2017 at 12:40
Dicotomia Finanças e Economia.
Este é o problema das SADs, do SCP e do mundo.
O trade-off entre Finança e Economia que existe e está latente.
A Finança pode ser astuta e criativa, mas se não houver Economia que a sustente dá no que deu ao SCP, ao país…etc.
Para termos Economia e sendo o nosso core business um dos negócios mais rentáveis do mundo, temos de tornar mais profissional e ágil a Força das Vendas (perspectiva cliente – seja transacções de jogadores, seja publicidade e patrocionios seja merchandise e todo o marketing inerente (calcanhar de aquiles do SCP)) e por sua vez a óptica dos custos optimizados e eficientes.
A prioridade tem de ser sempre a Economia. No limite sem Economia não há Finança.
É nesta perspectiva que enquanto SCP temos e têm de pensar. Criar Economia, criar escala. Seja do ponto de vista das receitas extraordinarias (vendas de jogadores) seja do ponto de vista dos proveitos operacionais (sem transacção de jogadores). Os Proveitos Operacionais é onde está o problema, ou um dos grandes problemas. A capacidade das SADs gerarem receitas operacionais (gamebox, bilhética, merchandise……). E é aqui que o SCP tem de apostar tudo e fazer resstruturações fortes em todo o segmento do Marketing. Seja ele do Marketing tradicional ao Marketing Digital. Pois só eles poderão alavancar as receitas operacionais e darem sustentabilidade a um negocio que complementado com receitas de vendas de jogadores tem tudo para dar certo.
30 Outubro, 2017 at 12:40
As SADs ajudaram a tornar o futebol num negócio e o resultado está à vista.
Os clubes ficaram mais pobres, mais endividados e menos competitivos.
Os empresários estão podres de ricos, os jogadores de topo ganham demais
e quem suporta esta entourage são os clubes.
Quando o futebol era jogado nas 4 linhas, equipas como Steaua, Estrela Vermelha ou Maselha podiam ser campeões europeus. Mesmo o Real e o Barcelona ganhavam de vez em quando. Não havia este fosso horrível. O futebol não precisa de SAD´s para nada. Haverão sempre pessoas competentes e apaixonadas pelos seus clubes para os gerirem com responsabilidade, como se fazia nos ano 70, 80 e 90. Os clubes serão sempre dos sócios e adeptos, não de acionistas.
Este não é o meu futebol, mas é o futebol que temos e o Sporting faz parte dele.
30 Outubro, 2017 at 13:11
Subscrevo.
30 Outubro, 2017 at 13:38
Concordo.
30 Outubro, 2017 at 13:41
O Marselha?!?!
Olááááááá
30 Outubro, 2017 at 12:49
Nao, nao valeu a pena.
A selvajaria em que nos encontramos hoje muito se deve a isto.
OFF
William ausente do treino… Defesa direito, central e trinco no estaleiro?
Foda-se…
30 Outubro, 2017 at 12:56
Foda-se mesmo. De repente, o jogo com a Juve tornou-se secundário.
Mas esta súbita onda de lesões começa a ser preocupante.
30 Outubro, 2017 at 13:05
Preocupante, mas previsivel!
30 Outubro, 2017 at 13:10
Sim, isto nem era comum nas equipas do JJ
(coincidência, Juventus quer levar William)
30 Outubro, 2017 at 13:16
Se quisessem mesmo era aproveitarem para o observar… Em campo.
E se ele tiver juízo, mostra-se!
30 Outubro, 2017 at 13:00
Espero que seja do treino de campo e que esteja a relaxar na piscina depois de uns minutos de bicicleta e uns abdominais.
30 Outubro, 2017 at 13:06
Espero que seja meramente gestão de esforço. Ja que nao é feita nos jogos, qur se aproveitem os treinos
30 Outubro, 2017 at 15:31
joga o palhinha. Acho que todos os sportinguistas acreditam nele. Pena é não ter sido colocado em campo mais tempo para agora ter mais confiança.
Palhinha, Xico, Iuri, Gelson, Podense e Gauld são o futuro do futebol Sporting. Até o Jonathan se atinar. São os jogadores com mais potencial do campeonato
30 Outubro, 2017 at 13:14
Fico triste porque trocamos gestores de topo por um garoto…
Faz algum sentido?
Onde já se viu?!
30 Outubro, 2017 at 13:35
Ahhhhhhhh !!!!!
SL
30 Outubro, 2017 at 13:20
Ha aqui excelente comentarios. Bem pensados e de abordagem inteligente. Reconheço as virtudes e os bem claros defeitos do Roquette, neto do fundador. Criou o modelo moderno e a academia ímpar no mundo, mas nao percebeu (como fez o ladrão de camiões) que havia um sistema corrupto a garantir os triunfos no desporto. Estar na actividade sem atacar de morte os podres do sistema foi o seu erro e a causa da nossa actual travessia do deserto. Os bons gestores e simultaneamente capos sao raros e frequentemente vão parar a’ pildra (a época dos lampiões ainda não acabou, veremos se deixamos prevalecer a podridão que eles tao evidentemente cultivam nos pasquins e em tudo o que e poder ). A cultura do respeito pela norma e a atitude de “bons rapazes” afundou-nos e trouxe lastro que quase afundou o barco. Numa guerra ha que seguir as normas da “arte de guerra” actualizada e demolidora. Somos leões (os que nao sao denunciam-se pelos atos) temos todos de usar toda a nossa energia para ganhar. Deixe-mo-nos de ataques internos, rodriguinhos passadistas e crenças em fantasmas. O caminho esta todo na frente e temos de chegar unidos ao nosso objectivo apenas focados na vitória.Vae victis! Ai dos vencidos!
30 Outubro, 2017 at 13:31
Isto era comecar por implementar o “fit and proper person test” como em Inglaterra.
Dirigente desportivo (nem político) nao pode ter cadastro criminal. Ponto
30 Outubro, 2017 at 13:38
E se não tiver vocação criminal, tb ajuda.
30 Outubro, 2017 at 13:40
Cá isso não é grande problema…
É veres gajos a roubar aos M€ e ainda são condecorados pelos PR…
30 Outubro, 2017 at 13:45
Há uns anos era ver o Alquimista Guedes no conselho fiscal a pedir louvores às gestões de topo nas AG’s quando se apresentavam os RC…
Assim bem se gere. Está para se saber é o que…
30 Outubro, 2017 at 13:42
Que tipo de cadastro?
Se eu for condenado por ter dado um sopapo em alguém isso inviabiliza poder ser presidente da Junta?
Quanto muito, crime de colarinho branco; corrupção, fraude, branqueamento de capitais.
30 Outubro, 2017 at 14:58
A nível governamental, por exemplo :
https://www.norwich.gov.uk/info/20176/houses_in_multiple_occupation/1280/what_is_the_definition_of_a_fit_and_proper_person
Futebol:
https://en.m.wikipedia.org/wiki/Fit-and-proper-person_test
30 Outubro, 2017 at 13:36
Para se ter um negócio de sucesso não é necessário ter competências efectivas de gestão. Basta que se não tenha escrúpulos e que a sociedade em que se esteja inserido “conviva” bem com empresários sem escrúpulos, banqueiros sem escrúpulos e políticos sem escrúpulos.
Numa sociedade deste tipo, uma sociedade, uma Nação nas quais a falta de escrúpulos constitui um factor crítico de sucesso quem os tenha, está debilitado pelo “handicap” da seriedade e arrisca-se seriamente a não ser bem sucedido nos seus empreendimentos, sejam eles o futebol ou qualquer outro.
Em Portugal, um Político com escrúpulos jamais terá uma vitória eleitoral. Um homem sério, por muito inteligente e competente que seja, por melhor formado intelectualmente, por melhor que se rodeie de outros como ele, faz parte de uma minoria tão insignificante da sociedade que, está condenado a ser cilindrado primeiro e depois, engolido pela voraz marabunta da vigarice que, tal como uma praga, tudo infesta, tudo vicia e tudo desvia em benefício próprio.
Em Portugal o parasita está instalado num hospedeiro tão debilitado já, que se tem revelado incapaz de reagir, de exterminar a praga instalada e devolver a saúde ao País.
É difícil fazê-lo? É possível fazê-lo? Irá ser feito alguma vez? Tenho resposta para todas as perguntas que eu mesmo a mim-mesmo coloco. Assim,
1. Se é difícil fazê-lo e a resposta é não mas, custa muito trabalho feito com total seriedade. Se foi feito no Sporting, também se pode fazer no País. Que custa muitíssimo fazê-lo custa, que cria enormes anticorpos e faz aparecer o “caruncho” à superfície, custa e faz. Basta ver o que aconteceu no Sporting.
2. Por outro lado, essa coragem de pôr o “BASTA” em prática que demonstra, sem margem para dúvidas que é possível fazê-lo, tornaria o País no objecto de todos os ataques de todos os outros Países Europeus que, diga-se o que se disser, são tão ou mais corruptos que o nosso e não querem, no seu seio, quem dê um bom exemplo que possa ser replicado por todo o lado, acabando com a camarilha dos parasitas Europeus que, para mal desta civilização moribunda, se contam na casa dos milhões! Basta ver o acontece com os anti-corpos despoletados pelo saneamento sério do Sporting Clube de Portugal, dentro e fora do Sporting, a nível do País e das suas corruptas instituições.
3. Um dia, há-de ser feito mas é necessário que surja, tal como surgiu no Sporting, alguém, intrinsecamente sério e estruturalmente incorruptível rodeado por uma equipe tenaz que o Povo Português identifique como indispensável à salvação da Pátria, tal como aconteceu no Sporting.
Quando isso for realizado, dentro de dez ou duzentos anos, então valeu de facto a pena estruturar a actividade desportiva sob a forma empresarial.
O Problema é no entanto actualmente um problema de seriedade e integridade dos dirigentes desportivos mas, também, um problema cultural a nível Nacional e Europeu. Os parasitas estão sempre mais solidamente instalados em hospedeiros débeis. Portugal e a Europa são hospedeiros adequados que se não deixam desparasitar e os parasitas muitos e muito bem entrincheirados.
30 Outubro, 2017 at 14:01
Como sempre tenho defendido…qualquer boa ideia ou revolução que venha trazer mais dinheiro para o futebol será engolida pelos interesses.
A SAD e uma gestão profissional são em sim uma boa forma de governance. Trouxe muito dinheiro para o futebol e podia ter permitido ao futebol português dar um salto qualitativo.
O problema é que quanto mais dinheiro há no futebol, mais dinheiro desaparece do futebol. Por isso os problemas subjacentes à criação das SAD não são de modelo mas sim de aplicação.
Eu fui apoiante do projecto Roquette. Encontro 2 problemas de concepção. A falha de já o haver pavilhão e o facto de ter vindo agregada a ele o pior que existe em PT a nível de gestão. “Gestores de topo” que vivem de um mundo de interesses próprios e do grupo fechado de “gestores de topo” e que levaram a que as grandes empresas em PT tenham caído em desgraça ao mínimo abanão. Porque todas estão interligadas neste núcleo duro.
Como costumava dizer na universidade…num jantar de 20 pessoas dava para meter toda a gente realmente importante na economia do país.
O futebol foi só mais 1 negócio a entrar neste círculo e na esfera de influência destes “gestores de topo” que rebentaram com empresas que tinham tudo para ser a coisa mais estável do mundo. Pouca concorrência, muitos clientes e geram muito dinheiro.
Enfim…se valeu a pena?! Era inevitável o futebol português levar este caminho para se redimensionar e para acompanhar (embora à distância) o movimento global (aconteceu em todo o “primeiro mundo” do futebol).
30 Outubro, 2017 at 14:25
Off
Por falar em “profissionalização”… o Sporting já explicou a derrota da equipa B de H.Patins resultante da não realização do jogo com o Parede por “falta de segurança”?
30 Outubro, 2017 at 14:40
Sim.
Já se sabe que a culpa é do JJ e dos posts do Bruno.
A solução encontrada passará pela troca de lugares: JJ será Presidente e BdC será manager/treinador ao melhor estilo FM tão apreciado dos seus detratores e críticos.
🙂
30 Outubro, 2017 at 16:12
Acho que não devias acusar o BrunoVl sem provas…
30 Outubro, 2017 at 18:38
Calma…
Tou a falar de Bruno I (1º)…
Para chegar a Bruno VI (6º) o homem vai ter de fazer muitos vídeos!!!
30 Outubro, 2017 at 14:27
O problema nem foi o modelo de gestão, antes a qualidade da mesma.
30 Outubro, 2017 at 16:13
Roquette era descendente do fundador. Por isso e porque vínhamos do Bigodes e do Cintra, acreditei nele. E continuo a achar que não quis explorar o Sporting, o problema foram as pessoas que se rodeou e a sua filosofia.
Quando construiu o Alvaláxia, lembro-me de dizer que deixaríamos de depender da bola bater na trave ou não.
O problema é que nós somos um clube de futebol e que está orientado para ganhar. A questão económica é importante apenas para nos dar meios para que possamos construir equipas competitivas, assegurar o equilíbrio financeiro do clube e para nos permitir conquistar vitórias. É esse o nosso ADN, não o que se tem visto nestas 3 décadas desgraçadas.
E o problema mais grave é que não se assegurou nada a independência financeira (o projeto Alvaláxia falhou estrondosamente) e se fizeram muito más contratações e caras (Carlos Miguel, Gimenez, etc etc). Ainda assim ganhámos um campeonato com ele e outro com o Dias da Cunha – isso ajudou a que lhes dessemos mais uns votos de confiança.
Infelizmente instalou-se quase uma dinastia (não familiar) no Sporting em que cada presidente designava o seu sucessor. Assim fomos parar ao Soares Franco que nos colocou em subalternos dos tripeiros, além de ter gerido muito mal o património e finalmente no Bettencourt e no desastre Godinho.
Por esse motivo o roquettismo acabou por ser mau e o modelo das SAD também não vingou. Salvou-se ainda assim o pioneirismo da Academia. Já o Estádio teve vários erros de conceção e podia ter ficado muito melhor, que na questão do fosso, quer na pista de atletismo, quer na envolvência. Mas adiante…
30 Outubro, 2017 at 16:19
Apenas um nome (infelizmente apenas um entre muitos)…. Diogo Gaspar Ferreira….
É ver qual o papel de tal “personagem” na delapidação do nosso património e ver agora em que processos “famosos” é que tal sujeito está envolvido..
1 Novembro, 2017 at 14:45
Nem mais… Falou ta falado.
Já agora , depois do passadismo ficamos com o que? Comentario balofo a olhar o fado?
Sempre que vejo os comentários, eles sao uníssonos em análises bem conseguidas e válidas porém limitadas. Nunca vejo propostas de ação concreta e planos de batalha contra os obstáculos de HOJE, reais.
Perdoem porque não vivo no país há muito. Já não estou habituado ao ritmo de faz que anda mas não se move ou muito pouco.
Somos uma família em rápida adaptação ao mundo real competitivo e destruidor que nao e’ nao o do fundador do início do sec XIX onde muitos de nós ainda vivem, a ver os chico-espertos a paparem campeonatos.Acordem e sejam os homens de que o Sporting necessita para o guiar pelo comentário assertivo e pragmático de governança para ganhar e ganhar.
30 Outubro, 2017 at 16:13
Off
Reforço no andebol para o slb.
Quem sabe, quem é? Ah pois…
30 Outubro, 2017 at 16:21
E o Grilo faz gri gri….
30 Outubro, 2017 at 16:26
Quem é?
30 Outubro, 2017 at 16:30
Vá… diz lá quem foi…
30 Outubro, 2017 at 16:45
Eh pa, reforços para o slb? Nao acredito. bbla bla bla
Gri gri
Gri gri
30 Outubro, 2017 at 16:48
E o homónimo do Nuno faz gri gri….
30 Outubro, 2017 at 19:07
Nuno Grilo. As maiores infelicidades para ele neste regresso.