Tenho a dizer-vos que a entrevista de Jorge Jesus ao alta definição voltou a trazer-me um pensamento que já me assaltou umas quantas vezes. Não quero discutir, uma vez mais, se ele é o homem certo no lugar certo, até porque eu mesmo vivo nesse limbo de sentimentos divididos e tão depressa me apetece usar uma tshirt com a cara do mister como vê-lo emigrar para bem longe.
O pensamento de que vos falo associa-se ao momento em que sou pró- Jesus. E nesse momento, quando equaciono todos e quaisquer cenários, ainda para mais num futebol português que vive feliz e contente atolado em merda, dou por mim perante uma possibilidade que me conduz a uma gigante dúvida: imaginem que o Jorge é o nosso treinador por muitos e muitos anos, passa a perceber na plenitude o que é o Sporting, consegue corrigir muitas das coisas que nos incomodam, mas as conquistas vão-se contando pelos dedos.
No fundo, imaginem que o Jorge se transforma numa espécie de Arsène em vez de transformar-se numa espécie de Ferguson. Estaremos nós preparados para conviver com alguém de quem aprendemos a gostar, mas que em 20 anos nos dá três ou quatro campeonatos, sete ou oito taças e outras tantas supertaças?
21 Novembro, 2017 at 1:20
Não!
Começa por eu não achar que o JJ é o treinador certo para o clube.
Nós, nos contexto em que vivemos – o Portugal actual no panorama do futebol europeu e mundial – estamos nesta altura no limite salarial sustentável para o clube (cerca de 60M€) quando ainda não temos as condições que nos permitem ter esse orçamento máximo, o que nos obriga a ter de vender muito bem uma pérola – fazendo um encaixe sempre superior a 30M€ – ou vendendo 2 ou 3 jogadores para fazer esse encaixe.
Criadas as condições para termos um plantel de 60M€ e não sermos obrigados a vender nenhuma pérola, teremos um orçamento de 80M€ o que nos dará cerca de 20M€ para reforços por ano – para 2 ou 3 jogadores vindos de fora – ao que se juntarão outros 2 ou 3 vindos da Academia.
(não acredito que alguma vez haja condições para termos possibilidades de gastar com o plantel principal mais de 80M€ com as receitas normais)
Neste contexto precisaremos de um treinador (um Ferguson e não um Wenger) que saiba trabalhar com jovens, que os saiba motivar, que não queira sempre reformular o plantel a cada janela de transferências, que transforme bons jogadores em muito bons jogadores, jogadores medianos em bons jogadores e até jogadores que pareciam fracos em jogadores úteis e bem razoáveis. Um treinador que saiba gerir um plantel, mantendo todos focados e motivados. Um treinador que não tenha ovelhas brancas e ovelhas negras. Um treinador que consiga tirar o máximo de todos e não só de alguns. Um treinador que não precise contratar 10 jogadores para acertar em um.
Sinceramente, não vejo que Jesus seja esse treinador! Nunca vi! E não é uma entrevista lamecha, que até gostei, que me vai mudar de opinião sobre o que são mais de 30 anos de carreira de treinador do Jesus!
SL
21 Novembro, 2017 at 12:07
Eu também queria um Ferrari ao preço de um Fiat 500….
Esse treinador que falas é o JJ. Não há outros de craveira aparentada que queiram vir para um Clube como o nosso, muito menos por um menor salário, e seguramente sem maiores perspectivas de vitória neste lodaçal.
Claro que se podem fazer “apostas”. Leonardo Jardim e Marco Silva foram boas apostas. O toureiro, o Sá, o Verkauteten, o Domingos, entre tantos outros, foram apostas. Mas eu nunca gostei de jogos nem de
21 Novembro, 2017 at 14:29
Respeito a tua opinião mas não concordo.
Jesus tem (várias) características que não encaixam num panorama como o que defendo. Mas basta a de que NUNCA se limitou a 2 ou 3 contratações por época. É factual. E são mais de 30 anos – mais de 30 épocas! – de CV…
21 Novembro, 2017 at 12:08
(…) casinos.